Bicudo, Reale Jr. e PSDB fazem novo pedido de impeachment
Em Curitiba, preço do Etanol sobe mais que o da gasolina
Foi o reajuste da gasolina nas refinarias da Petrobras
que chamou atenção no fim de setembro, mas o preço que mais subiu na bomba
desde então foi o do etanol. Segundo
as pesquisas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), em duas semanas, o derivado da cana ficou 11,2% mais caro nos postos de
Curitiba. O preço médio na cidade passou de R$ 2,115 por litro, na semana
encerrada em 26 de setembro, para R$ 2,351, na semana passada. Na média de todo
o Paraná, o preço subiu de R$ 2,146 para R$ 2,368 por litro, um aumento de
10,3%.
Enquanto
isso, o valor da gasolina na bomba aumentou 6,4% em Curitiba, de R$ 3,171 para
R$ 3,373 por litro. No estado todo, o preço do litro subiu 5,8%, passando de R$
3,252 para R$ 3,44, conforme a ANP. Os porcentuais são próximos ao reajuste
aplicado nas refinarias da Petrobras, de 6%.
Itália quer ouvir Lula em processo envolvendo Berlusconi
A justiça italiana pediu oficialmente ao governo
brasileiro para ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um processo
envolvendo um empresário italiano e o ex-premiê da Itália, Silvio Berlusconi.
Lula seria ouvido na condição de testemunha. Fontes no Ministério da Justiça da
Itália confirmaram que uma carta rogatória foi
enviada para Brasília em setembro. O Ministério Público italiano pede para
ouvir Lula e também solicita informações sobre a suposta relação do
ex-presidente com Valter Lavitola, apontado como operador de diversos negócios
do ex-premiê italiano. O empresário foi condenado por extorsão e está preso em
Nápoles. O documento foi enviado pelo Ministério da Justiça italiano ao
Ministério da Justiça brasileiro, que também tem a função de encaminhá-lo para
a Procuradoria-Geral da República. Por enquanto, o governo brasileiro não
respondeu se aceita a cooperação.
15 estados elevam ICMS
e preço da TV paga vai subir
Depois de quase uma década de crescimento e bonança, 2015
será o pior ano da TV por assinatura no Brasil. O número de assinantes já caiu
em mais de meio milhão nos últimos 12 meses, surgiu o peso da concorrência de
serviços de filmes via streaming como o Netflix e agora veio mais um golpe: 15
Estados do país decidiram aumentar as alíquotas de ICMs sobre o serviço.
Isso não só vai prejudicar ainda mais a expansão da TV
paga como também afetará diretamente ao bolso dos consumidores: os pacotes de
TV vão ficar mais caros a partir de janeiro. Hoje em dia cada assinante na maioria dos Estados
brasileiros paga entre 10% e 12% de ICMS, mas agora Acre, Alagoas, Amapá,
Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Tocantins e Distrito Federal
passarão a cobrar 15%. Esse "reajuste" passa a valer em janeiro e
deve estar na conta de todos já em fevereiro, possivelmente.
Cúpula do PMDB monta ‘gabinete de crise’ para avaliar
cenário
A
possibilidade de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), deflagrar o
processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff mobilizou uma série de reuniões de ministros do PMDB e da cúpula do partido, nas quais os peemedebistas
trocaram impressões sobre o cenário político. Só ontem, houve dois jantares dos
caciques da legenda: um na residência oficial do vice-presidente Michel Temer e
outro na casa de Renan
Calheiros,
presidente do Senado. Nos
encontros, os peemedebistas avaliaram que o Planalto ganhou um pouco mais de
tempo com as decisões do Supremo Tribunal Federal que, ontem, barraram a
manobra discutida entre Cunha e a oposição para iniciar o processo de
afastamento de Dilma. Mas a percepção de que Cunha ainda pode criar a comissão
especial do impeachment, para desviar o foco e diminuir a pressão sobre as
denúncias de que ele mantém contas não declaradas na Suíça, permanece mais viva
do que nunca.
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou o
rating de longo prazo do Brasil em moeda estrangeira e local de BBB para BBB-.
A perspectiva da nota permanece negativa. Em seu comunicado, a agência diz que
o corte reflete o crescente endividamento do governo, os desafios à
consolidação fiscal e a piora da perspectiva para o crescimento econômico.Há cerca de um mês, a agência Standard
& Poor's também rebaixou a nota do Brasil e retirou o seu selo de bom
pagador.
"O ambiente político
difícil está dificultando o progresso na agenda legislativa do governo",
afirma a Fitch, apontando que esse problema reverbera negativamente para a economia
em geral. A perspectiva negativa, segundo a agência, reflete a visão de que a
performance abaixo do desejado deve persistir, enquanto a incerteza política
continua a pesar na confiança, nos investimentos e no crescimento, aumentando
os riscos para a consolidação fiscal de médio prazo.
A
Fitch diz que o impacto antecipado da recessão econômica sobre as receitas do
governo e a dificuldade para implementar medidas para compensar o cenário
político "complicado" minaram a estratégia de consolidação fiscal do
governo. "Consequentemente, em julho o governo reduziu suas metas de
superávit primário substancialmente para 2015 e adiante", diz a agência.
"Em outro revés para a credibilidade fiscal, o governo entregou o
Orçamento de 2016 com uma meta fiscal ainda mais fraca."
A agência aponta que, ainda
que o governo esteja trabalhando em certas propostas tributárias e de gastos
para retomar o padrão fiscal contido nas projeções de julho, permanece havendo
"incerteza considerável" sobre sua implementação, "especialmente
no contexto do atual impasse político".
O secretário-executivo interino da Secretaria da Pesca,
Clemerson José Pinheiro da Silva, foi preso em Brasília nesta quinta-feira (15)
durante operação da Polícia Federal contra suspeitos de conceder ilegalmente
permissão para pesca industrial. Apasta perdeu
o status de ministériono
início do mês, na reforma administrativa anunciada pela presidente Dilma
Rousseff. Pesca foi incorporada ao Ministério da Agricultura.
A ação ocorre paralelamente em São Paulo, Rio de Janeiro,
Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Pará. Até as 8h20, 19
pessoas já haviam sido presas.
Um dos outros
presos é o superintendente do Ibama em Santa Catarina, Américo Ribeiro Antunes.
Na casa dele foram apreendidos documentos e computadores. Ele foi encaminhado
para o prédio da PF em Florianópolis, na avenida Beira-Mar Norte.
De acordo com a PF, a investigação apontou que servidores
públicos, armadores de pesca, sindicalistas e intermediários atuavam no
esquema. O crime ocorria por meio de corrupção e tráfico de influência. Em uma
das ocasiões, a organização teria cobrado R$ 100 mil por embarcação para emitir
a licença.
“Muitas das embarcações licenciadas irregularmente sequer
possuíam os requisitos para obter a autorização. Em outros casos, eram
colocados empecilhos para embarcações aptas, com o objetivo de pressionar os
proprietários dos barcos para o pagamento de propina”, diz a Polícia Federal.
A investigação também apontou fraudes em documentos para
inserir no mercado o pescado sem origem. Exemplares de espécies ameaçadas de
extinção, como tubarão-azul, tubarão cola-fina, tubarão anjo e raia viola,
foram apreendidos. De acordo com a PF, mais de 240 toneladas de pescado, com
preço de mercado superior a R$ 3 milhões, foram recolhidos.
A ação conta com 400 policiais. São 61 mandados de busca
e apreensão, 19 de prisão preventiva e 26 de condução coercitiva – quando a
pessoa é obrigada a prestar depoimento. Segundo a Polícia Federal, Clemerson
José Pinheiro da Silva deve ser transferido para Porto Alegre (RS).(Portal G1/Conteúdo)