segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Tá na hora de dormir!


Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se. 

Gabriel Garcia Marquez




Feriadão

Vai começar tudo de novo!

Foto: Reuters
O fim do feriadão de 7 de setembro, foi marcado por protestos que acabaram sendo mais manchetes que o próprio desfile militar que fez a alegria de tantos brasileiros durante tantos anos.

Aqui no RS o foco foi o governador Sartori, vaiado em vários momentos do desfile. Em Brasília, como não poderia deixar de ser, o alvo foi a presidente Dilma e seu governo. Foram protestos que só não apareceram mais nas imagens de televisão, pela blindagem que a presidente e o desfile tiveram. Foram erguidos tapumes na Esplanada onde ocorreu o desfile, para que a presidente ficasse longe das vaias e dos protestos. Aliás, sua chegada, em carro aberto, foi protegida por um carro blindado do exército. Os protestos, com direito a boneco inflável da presidente e o já famoso pixuleco, representando Lula, ficaram para locais longe dos olhos de Dilma e seus ministros.

Hoje, enquanto esperava pelo desfile na TV, fiquei corujando os noticiários da televisão e fiquei preocupado, especialmente, com os números desastrosos que envolvem a educação, principalmente quando o lema do governo é "Brasil Pátria Educadora".

O Pronatec, cabo de batalha da presidente na campanha, foi cortado pela metade. Até 2018, a promessa era de 12 milhões de vagas, mas não passarão de cinco milhões. Não tem dinheiro.

O programa Ciências sem Fronteiras, que permitia o intercâmbio de alunos que buscam aperfeiçoamento em outros países, também foi cortado pela metade. Agora, nenhum candidato novo terá chances. Somente os que já estão viajando ou que tem viagem marcada para este ano, usufruirão do programa. Para o restante, o sonho acabou. Não tem dinheiro.

Com relação ao FIES, todos já sabem que o corte foi violento. Quem quiser concluir uma faculdade, que se vire com recursos próprios. Os financiamentos garantidos pelo governo, acabaram. Não tem dinheiro.

Parece que só tem dinheiro para o Bolsa Família e para o Minha Casa Minha Vida, programas que garantem votos nas eleições.

Paralelamente, o vice Michel Temer afirma e, logo depois, afirma que não afirmou, mas o certo é que está deixando governo. As negociações com o PMDB estão muito mais nas mãos, quem diria, de Renan Calheiros.

A semana, que começa amanhã, promete muitas novidades em se tratando da área política. Muita coisa vai acontecer, tornando cada vez mais doloroso o inferno astral da presidente e seus aliados.

A partir de amanhã, vai começar tudo de novo!