terça-feira, 7 de julho de 2015

Aécio Neves

“Tudo que contraria o PT é golpe”


O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), rebateu nesta terça-feira as declarações da presidente Dilma Rousseff de que os setores da oposição que defendem o seu impeachment são "golpistas". Para o tucano, quem recorre a um discurso golpista é o PT, com o objetivo de "constranger e inibir instituições legítimas".

Aécio ironizou a fala da presidente: "Para o PT, se o TCU identifica ilegalidades e crime de responsabilidade nas manobras fiscais autorizadas pela presidente da República, trata-se de golpe. Para o PT, se o TSE investiga ilegalidades na prestação de contas das campanhas eleitorais da presidente da República, trata-se de golpe. Se a Polícia Federal e o Ministério Público investigam crimes de corrupção praticados por petistas, para o PT, trata-se de golpe. Tudo que contraria o PT, e os interesses do PT é golpe".


Opinião

Sobre o 'despudor democrático'

O Estado de São Paulo
07/07/2015

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, talvez por dever de oficio, reagiu à intensificação do movimento pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff acusando a oposição de, inspirada por reprovável “despudor democrático”, estar promovendo o golpismo e o revanchismo eleitoral. As declarações de Cardozo foram feitas no mesmo dia em que o Estado publicou artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contendo uma lúcida e aguda análise do papel das oposições diante da crise que o País enfrenta. Argumentou o ex-presidente que das oposições se espera que não tenham “o propósito antidemocrático de derrubar governos, mas tampouco o temor de cumprir seus deveres constitucionais, se os fatos e a lei assim o impuserem”.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ministro da Justiça afirmou: “É de um profundo despudor democrático e de um incontido revanchismo eleitoral falar em impeachment da presidente como têm falado alguns parlamentares da oposição”. E acrescentou: “O desejo de golpe sob o manto da aparente legalidade é algo reprovável do ponto de vista jurídico e ético”.

Preocupado em mostrar serviço por pressão de seu próprio partido, Cardozo equivoca-se. As condições para que a discussão sobre eventual afastamento da presidente da República tenha entrado na agenda política não foram dadas pela oposição, mas pela própria Dilma Rousseff e pela incompetência de seu governo, que têm sido alvo de duros ataques até mesmo por parte do ex-presidente Lula. Foram as investigações da Lava Jato e as delações premiadas, e não a oposição, que levantaram suspeitas sobre a arrecadação de recursos na campanha reeleitoral de Dilma, abrindo a possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vir a cassar-lhe o mandato. É o Tribunal de Contas da União (TCU), e não a oposição, que acha que as “pedaladas” fiscais de Dilma atentam contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e por isso ameaça reprovar as contas, o que abriria a possibilidade de, neste caso, o Congresso cassar-lhe o mandato. 

Não havia nada parecido com tudo isso quando, na oposição, o PT do ministro Cardozo sentiu-se no direito de exigir “Fora FHC”, por despudor democrático.

As condições políticas que estimulam a discussão do impeachment no âmbito do Congresso foram criadas pela incompetência de Dilma e de seus conselheiros políticos que, sob o efeito inebriante da vitória eleitoral em outubro, tiveram a pretensão de passar por cima de seu principal aliado, o PMDB, e impor sua vontade na eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados. Deu no que se vê.

Não é, portanto, o “despudor democrático” da oposição que está colocando em risco o mandato de Dilma Rousseff. As forças políticas que se opõem ao governo têm a responsabilidade – enfatizada por Fernando Henrique – de apontar um rumo para o País diante da crescente possibilidade de que Dilma seja legalmente impedida ou até mesmo se afaste espontaneamente da Presidência da República.

Se isso vier a ocorrer terá sido o resultado não de um golpe, como querem os defensores da presidente, mas da aplicação das medidas constitucionais destinadas a garantir a estabilidade das instituições republicanas, hoje ameaçadas – nunca é demais repetir – pela corrupção apascentada por eminentes líderes do PT e aliados, pela incompetência gerencial e pela desastrada ação política da chefe do governo, que resultaram na ampla reprovação popular a seu desempenho.

É preciso levar em conta ainda o fato de que o afastamento de Dilma pode representar, por paradoxal que pareça, o melhor caminho para a sobrevivência, no prazo mais curto, do projeto de poder do PT e da ambição de mando de seu principal líder. Pois parece ser isso o que leva Lula, diante da improvável perspectiva de recuperação da economia em tempo hábil para tornar possível a sua eleição em 2018, a dar uma no cravo e outra na ferradura quando se refere a sua criatura, sinalizando a intenção de descolar-se do desastre em que se transformou o governo de sua pupila e sucessora.

Com o impeachment ou a renúncia de Dilma, quaisquer que sejam os desdobramentos constitucionais, Lula estaria livre para assumir o comando da oposição com tempo suficiente para destilar o discurso de vendedor de ilusões que sempre embalou sua carreira populista. Aí sim, se consumaria o verdadeiro despudor democrático.

Greve

Servidores do INSS param a partir de hoje

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram entrar em greve nesta terça-feira (7). Em estados como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio Grande do Norte, Piauí e Pará, os funcionários já aderiram à paralisação das atividades.

Os servidores pedem um reajuste salarial de 27,5 % imediato, com aumento gradual durante os próximos quatro anos. Além do reajuste, os funcionários pedem melhorias nas condições de trabalho e no atendimento à população.

Nesta terça, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), que representa a categoria nacionalmente, fará uma reunião no Ministério do Planejamento, responsável pela gestão do órgão, para novas negociações.

Rio Grande do Sul
Somente em Porto Alegre e Região Metropolitana, a categoria estima que 90% dos funcionários devam aderir à greve, que ocorrerá por tempo indeterminado.
A mobilização acontece também nas cidades de Canoas, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Santa Maria, Passo Fundo, Ijuí, Uruguaiana e Pelotas. Entre os serviços que podem ser afetados, estão encaminhamento de aposentaria, encaminhamento de auxílio-doença, emissão de certidão de tempo de contribuição e consulta de perícias médicas agendadas.

Comércio

O pior 1º semestre desde 2003

Dados da Serasa Expirian indicam que a atividade no comércio, nos seis primeiros meses de 2015, registrou o pior primeiro semestre desde 2003. Em relação à primeira metade de 2014, a alta foi de 2,6%. Trata-se do segundo pior resultado da série histórica, melhor somente que a queda de 6,95 no primeiro semestre de 2002.

Para os economistas da Serasa, a alta da inflação, a queda dos níveis de confiança dos consumidores, a elevação das taxas de juros e o aumento do desemprego, contribuíram para que a atividade varejista fosse prejudicada no primeiro semestre de 2015, o que determinou o fraco desempenho no comércio de todo o país.

Bom Dia!

De cara nova!


Evidente que a cara nova não é a minha. Ela é a mesma, só bem mais velha! O que mudou, como certamente vocês já notaram, foi o logo do blog. Ficou mais colorido, com nova foto que espero seja do agrado de todos. 

Também estou divulgando duas novas empresas, casualmente de um pessoal que faz coisas deliciosas. A Sabor D'Arte, que oferece doces feitos pela Rô e pela Amandinha que vocês nem imaginam de tão gostosos. E a Mengue Pizzas e Congelados, com delicias preparadas especialmente pelo Leandro. As pizzas e os escondidinhos, de vários sabores, são de dar água na boca.

De resto, além das novidades anunciadas, sigo com o noticiário sobre as coisas do momento no Brasil e no mundo. 

Um dos destaques do noticiário do final da tarde de ontem, foi o anuncio feito pela presidente Dilma, do lançamento de uma Medida Provisória permitindo que empresas reduzam a carga horária e o salário de funcionários em períodos de crise, como agora. As empresas atingidas pela crise econômica, podem reduzir a carga horária e o salário de funcionários em até 30%. Em contrapartida, assumem o compromisso de não demitir ninguém.

Para quem pergunta se é uma boa noticia para os trabalhadores, na minha opinião acho que depende do ponto de vista de cada um, já que o governo se compromete a cobrir 50% do valor deduzido do salário, através do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Claro que ficar desempregado ninguém quer, mas ter o salário reduzido, não sei se todos concordam. Quem tem contas para pagar, sabe muito bem que passar a ganhar menos não é nada agradável. As contas seguem com o o mesmo valor e o dinheiro para pagar diminui.

Mas o que me impressiona em tudo isso, é que, mais uma vez, quem vai acabar pagando a conta pelos erros administrativos da nossa economia, somos todos nós. A presidente não soube conduzir, ou conduziu mal, gastando o que não podia, e agora, diante de um quadro que apresenta números ridículos (9%) de aceitação de seu governo, tenta encontrar fórmulas para estancar sua queda de popularidade. Para tal, conta com o sacrifício dos trabalhadores que já sofrem com a inflação, com impostos altíssimos e energia muito cara, para equilibrar as finanças que o seu governo desequilibrou.

Acho que só quem mudou de cara foi o meu blog, o governo segue com a mesma cara de pau de sempre.

Tenham todos um Bom Dia!


Música: Rhapsody
Intérprete: Rachmaninoff
Pedidos:Clara Veiga, Débora, Saul Reis, Esther Mendes e Marisa Turck