quarta-feira, 27 de maio de 2015

Juro do cheque especial

A maior taxa em quase 20 anos


A taxa de juros cobrada no cheque especial avançou de 220,4% ao ano em março para 226% ao ano no em abril. Com isso, o juro dessa modalidade foi o mais alto desde dezembro de 1995, quando estava em 242,23% ao ano, segundo dados do Banco Central. 

No caso do cartão de crédito, o juro médio total cobrado subiu de 79,1% ao ano em março para 81,4% ao ano no mês passado. O juro do rotativo, a taxa mais elevada do crédito, atingiu a marca de 347,5% ao ano em abril ante 345,8% de março. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 111,5% ao ano para 114,6% ao ano.

A taxa média de juros no crédito livre para pessoa física subiu para 56,1% em abril. Com essa alta, a taxa passa a ser a maior da série iniciada em março de 2011. Em março, ela havia sido de 54,4%. Para o crédito pessoal, a taxa total subiu para 48,4% em abril. No caso de consignado, a taxa passou para 26,9% de março para abril e, nas demais linhas, para 113,3%. No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros foram de 24,6% em abril.

Para pessoa jurídica, houve elevação de 26,5% para 26,6% de março para abril. Na média entre as operações de crédito livre para pessoas físicas e jurídicas, a taxa subiu de 40,9% ao ano em março para 41,8% ao ano em abril, a maior da série. No primeiro quadrimestre deste ano, a taxa subiu 4,5 pontos porcentuais, já que em dezembro de 2014 estava em 37,3% ao ano. Em 12 meses, a alta é de 5,4 pp. 

A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, subiu de 25,9% em março para 26,4% em abril. 

Escândalo na FIFA - 2

Copa 2014 - Justiça dos EUA 
vai investigar escolha do Brasil 


Autoridades encontram indícios de irregularidades nos contratos da CBF com a Nike, apontam suspeitas nos contratos da Copa do Brasil e Libertadores e dizem que a escolha do país como sede do Mundial do ano passado é alvo da investigação

As autoridades americanas irão investigar o processo de seleção para a escolha do Brasil como sede da Copa de 2014. Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (27), a procuradoria-geral dos Estados Unidos confirmou que o Mundial de 2014 também é alvo do processo envolvendo a Fifa.

Loretta E. Lynch, procuradora-geral dos EUA, afirmou ainda que o Departamento de Justiça do país está “determinado a acabar com a corrupção no mundo do futebol”. “Os detidos utilizaram suas posições de confiança para pedir subornos em troca dos direitos comerciais, e o fizeram várias vezes, ano após ano, torneio após torneio”, afirmou Lynch, ao lado do diretor do FBI, James B. Comey.

Segundo os EUA, as investigações contêm acusações a respeito de pagamento de suborno do contrato da CBF com “uma grande marca esportiva americana”. Também cita pagamentos de contratos relacionados à Copa do Brasil, competição anual organizada pela entidade, e à Libertadores, pela Conmebol.

Além de José Maria Marin, foram detidos também Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Eles participariam do congresso da Fifa e da eleição da entidade, que ocorre nesta sexta (29).

Os detidos devem ser extraditados para os Estados Unidos, onde a Procuradoria de Nova York faz a investigação. Os procuradores, durante coletiva à imprensa em Nova York, confirmou que a escolha do Brasil como sede da Copa de 2014 será apurada, mas não deu mais detalhes porque as investigações ainda estão em andamento. “Não podemos falar mais sobre isso”, afirmaram.

Escândalo na FIFA

Marin e mais seis estão presos


Foto: AFP
Um terremoto sacudiu a Fifa nesta quarta-feira com a detenção em Zurique, a pedido das autoridades dos Estados Unidos, de seis dirigentes suspeitos de corrupção, a dois dias da eleição para a presidência, na qual Joseph Blatter buscará o quinto mandato à frente da entidade. Segundo as autoridades suíças, pelo menos nove dirigentes são suspeitos de aceitar suborno de milhões de dólares desde os anos 90.

O jornal New York Times (NYT), que revelou o caso, afirmou que policiais suíços compareceram a um hotel de luxo de Zurique durante a madrugada. Entre os acusados e detidos, o jornal e a rede britânica BBC mencionam o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin. Segundo o NYT, além de Marin estão presos Mr. Li, Jeffrey Webb, Jack Warner, Julio Rocha, Costas Takkas, Rafael Esquivel, Eugenio Figueredo e Nicolás Leoz, ex-presidentes da Conmebol. 

Ao mesmo tempo, a Promotoria da Suíça apreendeu documentos eletrônicos na sede da Fifa, em uma investigação penal por suspeitas de "lavagem de dinheiro e gestão desleal" relacionadas à escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

"Os enriquecimentos ilegítimos teriam acontecido ao menos em parte na Suíça", afirma o ministério da Justiça. A investigação teria começado em 10 de março. Segundo o jornal New York Times, as acusações se referem a casos de corrupção dos últimos 20 anos, em particular as escolhas das sedes dos Mundiais, direitos de marketing e televisão, assim como fraude e lavagem de dinheiro.

As acusações envolvem uma dezena de pessoas, segundo o jornal, mas algumas delas não estão no momento em Zurique.Entre os dirigentes atuais ou passados da Fifa acusados estão Jeffrey Webb (Ilhas Cayman), membro do comitê executivo, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jack Warner (Trinidad e Tobago), ex-membro do comitê executivo, já envolvido em outros casos de corrupção.

O jornal americano também cita o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Julio Rocha, Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana de Futebol, e o paraguaio Nicolás Leoz. 

Reforma política

Eduardo Cunha derrotado


Deputados votam contra proposta apoiada por presidente da Casa; emenda sobre doação privada de campanha também é derrubada.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sofreu na noite dessa segunda-feira sua primeira grande derrota no plenário da Casa, ao ver o distritão, sistema eleitoral que defendia, vencido em 1.º turno por 267 votos contrários, 210 favoráveis e cinco abstenções. Os deputados também rejeitaram a proposta de regulamentar as doações de empresas privadas a partidos e candidatos.

Posicionamentos a favor e contra evidenciaram alianças improváveis como a formada entre PT e PSDB, que se uniram contra o modelo que elege sempre os candidatos mais votados, sem levar em conta o partido. Além de Cunha, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) também era um entusiasta da proposta.

Horas depois da rejeição ao distritão, Cunha foi novamente derrotado ao não conseguir os 308 votos necessários para aprovar a inclusão do financiamento privado de campanha na Constituição. Foram 264 votos a favor, 207 votos contra e quatro abstenções. A emenda era uma proposta do PMDB, que buscava se contrapor a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, onde já há maioria formada pelo veto às doações de pessoas jurídicas. O julgamento, porém, está parado por pedido de vista do ministro Gilmar Mendes.

Bom Dia.

A vaca tossiu


Assisti, durante algum tempo, os trabalhos no Senado onde estava sendo discutida e votada a medida provisória 665, que muda regras do seguro-desemprego, do abono salarial e do seguro defeso. Aproveitei para recordar as promessas de campanha da presidente Dilma que, em outubro do ano passado, disse que "não mudo os direitos trabalhistas nem que a vaca tussa".

Pois não é que, passados seis meses, tivemos um acesso de tosse tão grande que, provavelmente para fugir dele, a presidente foi para o México, de onde monitorou a votação.

Todos sabemos dos prejuízos que os trabalhadores terão com as mudanças que servem, única e exclusivamente, para que os brasileiros paguem a conta dos despesas absurdas e incontroláveis feitas pelos governos petistas nos últimos anos. Eles gastaram sem qualquer controle, pagando por votos necessários para sua manutenção no poder, e nós, como sempre, teremos que pagar a conta.

Para que todos fiquem sabendo o que muda, vou repicar o noticiário da manhã, primeiro falando nas mudanças dos direitos dos trabalhadores, depois  no que foi votado na Câmara, numa tentativa de alguns deputados querendo mudar o processo eleitoral no Brasil.

Tenham todos um Bom Dia!


Trabalhadores perdem direitos


O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (26) por 39 votos favoráveis e 32 contrários a medida provisória 665, que restringe o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso. Como já havia sido aprovada pela Câmara e não sofreu alterações no Senado, a matéria segue para sanção presidencial.

Considerada pelo governo como necessária para o ajuste fiscal que visa reequilibrar as contas públicas, a MP 665 foi editada em dezembro de 2014 pela presidente Dilma Rousseff juntamente com a MP 664, que restringe o acesso à pensão por morte.

Ao todo, 11 senadores da base aliada votaram contra a MP, entre eles, três senadores petistas, partido da presidente Dilma Rousseff: Paulo Paim (RS), Lindbergh Farias (RJ) e Walter Pinheiro (BA).

Antes do início da sessão, os líderes partidários se reuniram com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar um acordo sobre o procedimento da votação dos textos. A ideia era definir se o plenário votaria destaques ao texto original separadamente ou em bloco, o que aceleraria o processo.

Logo no início da sessão, o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO) apresentou diversos requerimentos para votar separadamente cada emenda ao texto original na Câmara. A estratégia de obstruir a votação visava retardar ao máximo a aprovação do texto.

Após duas horas de discussão, o Senado rejeitou a análise individual de cada destaque. Também foram rejeitadas todas as alterações propostas pelos senadores.

Tumulto

A sessão foi interrompida por cerca de dez minutos após integrantes da Força Sindical se manifestarem nas galerias do plenário do Senado.

Enquanto o senador José Agripino (DEM-RN) falava na tribuna, os sindicalistas começaram a gritar nas galerias usando máscaras com a imagem da presidente Dilma Rousseff com chifres. Além das máscaras, os manifestantes cantaram o hino nacional e gritaram "Fora, PT".

Após a aprovação da MP 665, no momento em que os senadores discutiam se iriam continuar com a sessão ou se deixariam a votação da MP 664 para a sessão desta quarta, integrantes da Força Sindical voltaram a se manifestar e começaram a cantar: "PT pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão".

Após a conclusão da análise da MP 665, os senadores passaram a discutir se dariam continuidade à ordem do dia e votariam ainda nesta terça a MP 664, que restringe o acesso para o pagamento da pensão por morte. Após quase meia hora de discussão, os líderes partidários entraram em acordo para que a medida fosse votada na sessão desta quarta (27), antecipada para as 14h.