terça-feira, 19 de maio de 2015

Mudança no Grêmio

Felipão X Cristóvão

Sai Felipão


Depois de mais um tropeço no começo do brasileirão, o treinador Luiz Felipe Scolari não resistiu e está deixando o Grêmio. O presidente Romildo Bolzan disse que Felipão pediu demissão. Como a questão foi decidida em reunião fechada, não se sabe se Luiz Felipe saiu ou foi demitido. O que se sabe é que nem ele nem a comissão ténica tinham mais ambiente com a torcida tricolor.


Entra Cristóvão


Ainda na tarde de hoje, ou mais tardar amanhã, o nome de Cristóvão Borges será confirmado como novo treinador do Grêmio. Com 55 anos, Cristóvão assinará contrato até dezembro de 2016, quando se encerra a atual gestão comandada por Bolzan.

Ex-jogador do Grêmio em 1988 e 1989, Cristóvão assumiu como técnico no Vasco, em 2011, tendo passado, depois, por Bahia e Fluminense. 

O presidente Bolzan confirmou que o Grêmio terá vice de futebol. Nesse sentido, cresce muito o apoio de grupos políticos a Dênis Abrahão.


Consumidor

Inadimplência sobe quase 15%

O indicador de inadimplência do consumidor da Serasa Experian cresceu 14,9% nos primeiros quatro meses do ano em comparação com o mesmo período de 2014. Em abril, o índice avançou 1,8% ante março, o que representa aceleração, após uma ligeira alta de 0,2% em março e uma retração de 0,9% em fevereiro. Em relação a abril do ano passado, a alta foi de 12,2%.
O aumento do desemprego, a inflação mais alta e a elevação dos juros são apontados como motivos para o aumento do atraso nos pagamentos, segundo os economistas da Serasa Experian. 
Na passagem de março para abril, dívidas junto aos bancos, com alta de 8,2%, foram as responsáveis pelo avanço do indicador. Os outros três componentes do indicador registraram queda na margem: as dívidas não bancárias - com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, por exemplo - apresentaram retração de 2,6%, os títulos protestados, de 14,8%, e os cheques sem fundos, de 10,7%, sendo, nesta ordem, os fatores que mais contribuíram para o alívio do índice no mês passado.
O valor médio das dívidas não bancárias subiu 29,7% no acumulado dos quatro primeiros meses de 2015 sobre mesmo período do ano anterior, para R$ 413,44. Já o valor médio dos cheques sem fundos aumentou 10,0% no mesmo período, para R$ 1.828,17, em média. O valor médio das dívidas com os bancos registrou ligeira alta, de 0,1%, para R$ 1.247,12. Os títulos protestados foram os únicos que registrar queda nos valores médios, com retração de 3,4%, para R$ 1.372,90, segundo a Serasa Experian.

Fator Previdenciário

Ana Amélia declara voto contra



A senadora Ana Amélia (PP-RS) declarou voto pelo fim do fator previdenciário e a retirada de direitos dos trabalhadores terceirizados. Ela destacou a necessidade de criar mecanismos para fiscalizar os serviços prestados pelas empresas de terceirização, como forma de assegurar o cumprimento de direitos trabalhistas como FGTS, adicional de férias, férias remuneradas e licença-maternidade.

Ana Amélia também defendeu alterações no projeto que regulamenta a terceirização, em tramitação no Senado, para adequá-lo às atividades presentes na economia moderna e globalizada, sobretudo na área de tecnologia da informação.

Ela observou que a natureza das ocupações mudou muito nos últimos anos e que diversas funções existentes hoje no mercado de trabalho vão perder o sentido com o crescimento da economia virtual, "havendo ainda uma indefinição sobre o que é atividade-meio e atividade-fim".

A senadora lembrou que esteve reunida no final de semana com líderes sindicais do Rio Grande do Sul, aos quais assegurou que não votará em "iniciativas que retirem direitos dos trabalhadores":

— O meu compromisso com as centrais é exatamente o de votar pela emenda do fator previdenciário. A presidente Dilma, primeiro, disse que ia vetar. Depois, ela recuou e disse que vai encontrar uma fórmula. Pelo menos é uma forma de pressionar o Poder Executivo a fazer alguma coisa. Então, eu vou votar pela introdução do mecanismo de 85-95; 85 anos para mulher e 95 anos para homem, na soma de tempo de contribuição e idade.

Bom Dia!

Assim como tantos sindicatos, tantas associações, tantas ONGs, a UNE - União Nacional de Estudantes - virou um braço do lulopetismo, financiada pelo dinheiro público, sem qualquer responsabilidade com a calamidade que vem tomando conta do ensino no Brasil.

O editorial - A serventia da UNE - do jornal O Estado de São Paulo, mostra exatamente o que é e para que serve a UNE.

É uma leitura que recomendo para quem está preocupado com a situação cada vez pior do nosso país.

Tenham todos um Bom Dia!


A serventia da UNE

19 de Maio 2015

O que faz a União Nacional dos Estudantes (UNE)? Em seu site na internet, a UNE diz ter “um papel histórico em defesa da educação e dos estudantes!” – com exclamação. Os alunos das universidades federais, que enfrentam imensa crise, esperam mesmo que a UNE os defenda. No entanto, essa organização está cada vez menos interessada nos estudantes, pois seu papel, nos últimos anos, tem sido o de servir apenas como correia de transmissão do lulopetismo. 

Uma entidade que nasceu para contestar o poder se tornou seu fiel vassalo, para usufruir da coisa pública como se privada fosse – e o moderno prédio que a UNE está erguendo em área valorizada do Rio de Janeiro, conforme mostrou recente reportagem do Estado, talvez seja o símbolo definitivo do patrimonialismo que tanto marca a era petista no governo.

O prédio ocupará o lugar da antiga sede da UNE, na Praia do Flamengo, que foi metralhada e incendiada em 1.º de abril de 1964, dia seguinte ao do golpe militar. Em vez de servir como reparação histórica a uma agressão cometida pelo regime ditatorial, conforme diziam os dirigentes da UNE e do governo em 2010 – quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que a União tinha de indenizar a entidade –, o que se verá naquele terreno é uma obra do mais puro oportunismo daqueles que se assenhorearam do Estado.

No final de seu segundo mandato, Lula assinou a autorização para que a UNE recebesse nada menos que R$ 44,6 milhões a título de compensação pelos danos causados pela ditadura. Tal indenização não estava prevista na Lei de Anistia, que só menciona pagamentos a indivíduos, e não a entidades. Mas, como se sabe, a lei nunca foi um constrangimento para o lulopetismo. Em junho de 2010, Lula fez aprovar no Congresso uma norma que tratava especificamente do “reconhecimento da responsabilidade do Estado brasileiro pela destruição da sede da União Nacional dos Estudantes”. Estava resolvido o problema.

Com dinheiro em caixa, a UNE lançou a pedra fundamental do empreendimento ainda em 2010, com a presença de Lula – saudado como “guerreiro do povo brasileiro” por uma audiência embevecida com seu mecenas.

Feita a partir de um projeto doado por Oscar Niemeyer, a obra demorou a deslanchar, mas agora está a todo vapor – e a UNE, afinal, não usará recursos próprios na construção. Como mostrou o Estado, a entidade preferiu se associar a diversas empresas privadas para bancar a obra e explorar o aluguel de salas comerciais. É um progresso e tanto para uma organização administrada pelo PC do B desde 1979 e habituada a denunciar a perversidade da exploração capitalista.

Um vídeo por ela divulgado para promover a obra mostra que a UNE disporá de luxuosas instalações, decerto muito melhores do que nos tempos em que corajosamente fazia oposição ao governo. Agora como sócia do Estado, a UNE vai dispor de equipamentos e de estrutura que contrastam com a situação de penúria enfrentada pelos estudantes das universidades bancadas com dinheiro do governo federal.

Na Universidade Federal Fluminense, por exemplo, um dos prédios corre o risco de desabar. Na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, algumas turmas são obrigadas a ter aulas em uma escola estadual, por falta de salas. Há relatos de falta sistemática de equipamentos e de segurança.

A ostentação da UNE contrasta também com o momento difícil pelo qual passam estudantes que dependiam do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), crédito que passou a minguar desde que o governo mudou suas regras.

Pois não há registro de protestos da UNE nem em relação à situação dos alunos das federais nem contra o corte abrupto do financiamento estudantil. A entidade ocupa seu tempo atualmente fazendo campanha a favor da reforma política defendida pelo PT. Nem se podia esperar outra atitude de uma entidade que abandonou há muito tempo a defesa dos estudantes, preferindo servir como mera – e agora lucrativa – claque do lulopetismo.