terça-feira, 24 de março de 2015

Renan Sobe o tom

“Como está, ajuste não será aprovado”

 
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez um duro discurso nesta terça-feira (24) contra a gestão de Dilma Rousseff, afirmando que o ajuste fiscal proposto pela petista ao Congresso não será aprovado como está. Ele voltou a defender a redução à metade do atual número de ministérios. "O Congresso Nacional está pronto para fazer a sua parte. Não há como o Parlamento abrir mão de aprimorar o ajuste fiscal proposto pelo Executivo. O ajuste como está tende a não ser aceito pelo Congresso porque é recusado pelo conjunto da sociedade", discursou o peemedebista em evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que entregou a ele uma lista de prioridades da indústria para o Legislativo em 2015.

Proposto pelo governo Dilma com o objetivo de reequilibrar as contas públicas, o pacote de ajuste fiscal pretende economizar R$ 67 bilhões ao ano, mas é atacado pelas centrais sindicais e por petistas, entre outros segmentos, por reduzir benefícios trabalhistas e previdenciários. Afirmando que o momento é difícil e grave, Renan disse que cabe ao Executivo dar o exemplo e cortar na carne. Para isso, voltou a defender uma das bandeiras da oposição nas eleições de 2014: o corte à metade do atual número de ministérios (39). "Se aplaudimos recentemente o Mais Médicos [um dos principais programas do governo na área da saúde], está na hora do programa 'Menos Ministérios'; 20 no máximo, menos cargos comissionados, menos desperdício e menos aparelhamento", afirmou. O discurso de Renan foi bastante aplaudido pelos empresários presentes ao ato da CNI, em Brasília.
 
Eduardo Cunha

A proposta de redução de ministérios conta com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem projeto nesse sentido. A posição do PMDB vem na esteira da queda de popularidade de Dilma, cujo índice de reprovação só não é maior do que o do final do período de Fernando Collor de Mello na Presidência. Renan também defendeu a manutenção do programa de desoneração da folha de pagamento, que beneficia 59 setores da economia. "A desoneração da folha de pagamentos foi importante. O fim da desoneração, como quer o governo, será um colapso. Na crise vínhamos mantendo o nível de emprego, que agora se vê ameaçado." (Agência Folha)

Ajuste Fiscal

Governo não vai flexibilizar


 
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse hoje (24) que o governo está convicto da importância das medidas do ajuste fiscal e que o país depende do aprovação dos cortes para retomar o crescimento. Segundo Mercadante, o Congresso Nacional é um poder independente e vai votar as medidas como “achar que deve”, mas o governo não vai voltar atrás nas propostas.


Entre as medidas do ajuste fiscal que dependem de aprovação do Congresso, estão as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que restringem o acesso a benefícios previdenciários e trabalhistas e o projeto de lei que altera as alíquotas e reduz as desonerações da folha de pagamento.

“O governo tem absoluta prioridade e total compromisso com o ajuste fiscal. Não procedem as informações de que – seja em relação ao presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva], seja em relação ao Partido dos Trabalhadores – o governo esteja flexibilizando o ajuste”, disse Mercadante em entrevista após participar de reunião com a presidenta Dilma Rousseff e mais dez ministros.

Mercadante disse que o governo, com participação da equipe econômica, está negociando a aprovação das medidas com lideranças parlamentares e que vai usar “todos os argumentos” para que as propostas passem no Congresso.

“O Congresso Nacional é um poder independente. Ele vai votar como achar que deve votar. A convicção do governo é que as medidas foram discutidas com muita profundidade, elas têm consistência, têm fundamentações que são muito estruturais para o país, são indispensáveis à economia brasileira. É isso que estamos defendendo”, argumentou.

O ministro repetiu declarações da presidenta Dilma Rousseff de que as medidas do ajuste fiscal são temporárias e necessárias diante de dificuldades conjunturais. Segundo ele, os cortes são um “sacrifício indispensável e passageiro”. (Agência Brasil)

Saldo negativo em fevereiro

Em cada 4 brasileiros, um ficou no vermelho


Em fevereiro, 24% dos consumidores brasileiros terminaram o mês com saldo negativo no banco, de acordo com pesquisa feita pelo app de controle financeiro GuiaBolso. O porcentual inclui consumidores que utilizaram o cheque especial ou tiveram valores antecipados pelo banco ao registrarem saldo negativo na conta corrente, nos casos em que a instituição financeira não oferece o cheque especial.

Como consequência do descontrole do orçamento, os consumidores pagaram, em média, 199 reais em juros ao banco no mês.
O levantamento foi feito entre os dias 24 e 28 de fevereiro com uma amostra de 11.993 pessoas que utilizam a ferramenta de controle financeiro, tanto pelo site, como em aplicativos para aparelhos móveis com sistema iOS e Android.
O Nordeste do país registrou o maior porcentual de usuários com conta corrente negativa (28%). Os clientes de bancos da região também foram os que pagaram mais juros (254 reais).

Bom Dia

Que pais é esse?


Uma foto e uma manchete publicadas no portal do Correio do Povo, me deixaram de boca aberta. Nela aparecem o ex-presidente Lula e o senador Paulo Paim, ambos do PT. A manchete diz: “Após encontro com Lula, Paim dá prazo a Dilma”.

Curioso, fui dar uma olhada na matéria e fiquei de boca mais aberta ainda. Nela, o senador reclama das mudanças anunciadas pela presidente nos direitos trabalhistas, diz que sempre lutou pelo trabalhador e que tem “votado contra os meus princípios por ordem do partido”. Termina ameaçando que, se não for atendido, sai do PT.

Mas onde estamos, minha gente? Quem é o senador Paim e quem é o Lula? Ambos se encontram, um promete que vai intervir para atender os pedidos de quem ameaça sair do partido e ambos, pelo que parece, devem exigir uma tomada de posição da presidente.

Mais tarde, olhando outro portal de notícias, leio que Dilma já admite mudanças em sua decisão de acabar com alguns direitos trabalhistas. Não custa lembrar que elas são exigidas pelo ministro da Fazenda para poder arrumar a economia que o próprio governo desmantelou.

Será que o Lula já falou com ela e passou o recado do senador petista? Como se sabe que quem manda é ele, certamente deve ter determinado que a presidente mude o que pretendia mudar e deixe tudo como está, caso contrário, Paim ficará brabo e deixará o PT.

Se bem que quem comanda um governo que tem apenas 10,8% de aprovação, e 77,7% de desaprovação pessoal, não tem lá muito cacife para ficar querendo dar ordens.  A Dilma vai acabar fazendo o que Lula e Paim decidiram.

Ao mesmo tempo, na Operação Lava Jato, Augusto Mendonça, do Grupo Setal, entregou recibos que, segundo o MPF, comprovam que o PT recebeu dinheiro de propinas, entre 2008 e 2012, registrado como “doação oficial” para o partido.

João Vaccari Neto, tesoureiro, e Renato Duque, considerado o elo entre o PT e a corrupção na Petrobras, foram considerados réus pela Justiça Federal, sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Não fosse o fato de estar sabendo que quase todos os petistas condenados (?) no mensalão estão livres, leves e soltos, juro que acalentaria a esperança de que, agora sim, os ladrões vão para a cadeia.

Mas, sabendo que vivo no Brasil, lendo o que li esta manhã, sou obrigado a perguntar: Que país é esse?

Tenham todos um Bom Dia!