terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Crise na Petrobras - 2

Graça vai sair, mas não é agora

A presidente Dilma Rousseff vai mudar toda a diretoria da Petrobrás. A saída da presidente da companhia, Graça Foster, é questão de dias e está atrelada apenas à aprovação do balanço do terceiro trimestre de 2014 da estatal. Dilma conversou nesta terça-feira, 3, com Graça, durante três horas, no Palácio do Planalto, e comunicou a decisão. O governo procura agora um nome do mercado para substituir a executiva.
Dilma quer repetir a solução "a la Levy", uma alusão ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que era diretor do Bradesco e foi chamado para o governo com a missão de resolver os problemas na economia e acalmar o mercado. Na avaliação da presidente, depois da Operação Lava Jato, que escancarou um esquema de corrupção na Petrobrás, a companhia precisa de um nome de peso para limpar sua imagem.
Na lista dos cotados para substituir Graça estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim, que trabalhou com Eike Batista na OGX. O problema é que o governo está enfrentando dificuldades para encontrar quem queira ocupar a presidência de uma empresa em crise, alvejada por denúncias de corrupção.
(Com Estadão/ Conteúdo)

Crise na Petrobras

Dilma e Foster reunidas


A presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, estão reunidas neste momento no Palácio do Planalto e a expectativa é de que a executiva deixe o comando da estatal, nos próximos dias. A situação de Foster à frente da empresa foi se deteriorando ao longo dos últimos meses com o desenrolar da Operação Lava-Jato e tornou-se insustentável após a divulgação do balanço da empresa na semana passada.

Dilma e a cúpula do governo discordaram da divulgação do documento contábil e, principalmente, os desdobramentos posteriores do anúncio. A primeira versão do documento não trazia as perdas da estatal com as denúncias de corrupção. Posteriormente, foi divulgada uma perda de R$ 88,3 bilhões, o que irritou a presidente.

Correio do Povo

Não pedi licença, o que faço agora, mas sei que ele não se importará. Estou reproduzindo um comentário postado pelo Juremir Machado da Silva em seu blog no Correio do Povo, nesta segunda-feira, dia 2 de fevereiro. Leitura que faço questão de dividir com vocês. 

O PT sofre de Síndrome de Estocolmo

Juremir Machado da Silva*


Uma campanha para a presidência da República custa muito caro.
Mais inteligente é mandar no país sem precisar disputar esse cargo honorífico.
O PMDB encontrou a fórmula mágica. Faz o vice-presidente da República, um bloco de ministros, o presidente da Câmara de Deputados, o presidente do Senado e muitos governadores. Manda no país sem sentar no trono.
O PT é refém do PMDB. A prova é ter de eleger Renan Calheiros e engolir Eduardo Cunha.
O petismo sofre de síndrome de Estocolmo. Ama o sequestrador.
O leigo se pergunta: entre 81 senadores, alguns bem graduados, por que o presidente do Senado é sempre Renan Calheiros? O que ele oferece aos seus colegas? O que ele dá que outros não poderiam dar? Como ele faz para dominar seus companheiros? As respostas são sempre genéricas embora evidentes. Seria preciso explicitá-las. Por que até o senador gaúcho Paulo Paim se obriga a votar em Renan, cuja ficha é conhecida: coronel de Alagoas, possivelmente no furacão da Lava-Jato, tendo renunciado uma vez à presidência do Senado por ter tido a pensão da amante paga por uma empresa amiga? Por que esse impoluto senador manda na casa?
Como disse a senadora Marta Suplicy, ou o PT muda ou desaparece.
Engolido pelo PMDB.
*Jornalista - Colunista do Correio do Povo

Opinião

Começamos a pagar a conta

Machado Filho

No último sábado, dia 31 de janeiro, fui ao posto de gasolina para encher o tanque do carro. O litro do combustível custava R$ 2.84. Foram 47 litros, o que deu R$ 133,48. Ontem, dia 2 de fevereiro, menos de 48 horas depois, fui ao mesmo posto para verificar o preço da gasolina. Na bomba. o novo preço: R$ 3,16, ou seja, R$ 0,32 a mais, por litro. Fiz o cálculo: 47 X R$ 3,16 = R$ 148,52, o que significa uma diferença de R$ 15,04. Um aumento de quase 11% por litro. O aumento no valor do meu beneficio (?) de aposentado, foi de pouco mais de 6%. Como não sou muito bom de cálculos, admito que possa ter me enganado em algum momento, mas no geral, acho que não.

Hoje, no Correio do Povo, a manchete dando conta da mensagem que a presidente enviou ao Congresso: ”Economia mudará para voltar a crescer, diz Dilma”. No subtítulo, “presidente afirma que ajustes são necessários porque o país está no limite e não pode retroceder”.

Fui ler a matéria e me deparei com mais algumas perolas ditas pela petista, como “recuperar a economia o mais rápido possível. Atingimos um limite” e que os ajustes “não são um fim em si mesmos e que mesmo com essas medidas, o governo não promoverá recessão e retrocessos”. Para a presidente Dilma, ajustes fazem parte do dia a dia da política econômica e de empresas e pessoas. E acabou repetindo o mesmo lenga lenga de sempre, ou seja, que o objetivo é o crescimento econômico com inclusão social, e conter os efeitos da crise externa. Os culpados, sempre são os outros!

Nem precisei me aprofundar muito para entender que não entendo mais nada do que está acontecendo no Brasil ou o que a presidente quer que a gente imagine que esteja acontecendo. Afinal, se estamos com a economia arrochada, se temos um PIB ridículo, se a inflação está em alta, se a corrupção atingiu níveis inimagináveis, se existe um rombo nunca visto nas contas públicas, a culpa é de quem mesmo? Quem conduziu mal a política econômica no Brasil, dando de barato, nos últimos quatro anos? Quem comandou as decisões que aprofundaram a crise, que colocaram o Brasil num patamar ridículo, quem permitiu a volta da inflação, que não teve capacidade para admitir que tudo vai mal e mentiu, descaradamente, na campanha eleitoral, para conseguir os votos de quem, hoje, sofre com as medidas que desmentiram as promessas eleitoreiras?

Dilma e o PT iludiram e seguem tentando iludir, uma parcela do povo brasileiro, falando em “inclusão social”, em “cotas raciais”, mantendo o Bolsa Família, programa que prometia erradicar a pobreza, e o Minha Casa, Minha Vida. Hoje, a gente sabe que o número de beneficiados com o Bolsa Família, aumenta anualmente, sem erradicar pobreza nenhuma, mas garantindo votos. O Minha Casa, Minha Vida se transformou, como muitas coisas neste governo, em cenário das piores transações, antro de corrupção e de aproveitadores, sem falar na péssima qualidade das obras.

O pacote “necessário para que o Brasil volte a crescer”  (parou de crescer por culpa de quem?) traz aumento de impostos, reformas em benefícios previdenciários e trabalhistas, mais inflação, tudo para ser pago com o nosso dinheirinho, ganho com muito suor no final de cada mês.

Quem roubou bilhões, quem desviou dinheiro dos cofres públicos, quem contribuiu para que o Brasil estivesse no fundo do poço, estes estão com dinheiro sobrando em contas em paraísos fiscais, dando risada de quem está pagando a conta.

Mas é só o começo. A partir de agora, começamos a pagar a conta, mas vem muito mais por ai!