segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Infraero

Prejuízo de R$ 500 milhões

Gustavo do Vale
Um prejuízo de R$ 500 milhões é a previsão do presidente da Infraero, Gustavo do Vale, para o ano de 2015. Além deste valor, a estatal tem uma dívida de aproximadamente R$ 150 milhões com empreiteiras que realizaram serviços em aeroportos brasileiros em 2014.

Durante entrevista nesta segunda-feira, Vale disse que “a situação é delicada”, lembrando que nenhum pagamento de obra foi feito em dezembro. Ele informou que o governo liberou R$ 100 milhões para quitar parte da dívida. “Mesmo assim, ficam faltando R$ 50 milhões”, lamentou.

A infraero tem recursos em caixa somente para cobrir despesas administrativas até o final de janeiro. “Custeio estamos dando conta, a parte administrativa ainda estamos sem problemas, mas vamos ter a partir de fevereiro. Para investimentos, o caixa está zerado”, disse o presidente.

Gustavo do Vale está negociando com o Ministério da Fazenda uma alternativa para a cobertura do déficit da estatal, mas sabe que o rombo só poderá ser reduzido se a Anac, aprovar um reajuste no valor das tarifas aéreas.

Essa dificuldade de caixa da Infraero é reflexo direto dos leilões de aeroportos feitos pelo governo ao longo do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. 
A estatal perdeu as receitas com cinco dos maiores terminais do país: Guarulhos, Campinas, Brasília, Galeão e Confins, que hoje são administrados por concessionárias.

Entrevista

Petistas criticam Marta

“Um desastre total”, disse o deputado Jorge Bittar (PT-RJ) sobre a entrevista da senadora Marta Suplicy (PT-SP) ao Estadão de domingo. Ela criticou a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante e o presidente do partido, Ruy Falcão. 

Para Bittar, “as críticas que ela faz têm muito mais a ver com a sucessão paulistana do que com os grandes temas nacionais”.  Mesmo assim, o deputado petista concorda que “ isso nos causa um problema grave pela dimensão que ela tem”. Mas Jorge Bittar disse que a saída de Marta do PT, “não é inevitável” meso que os fatos “sejam muito graves”. O petista espera que o partido “possa contornar” o fato.

Outro deputado petista, Alessandro Molon (RJ-PT) entende que o diretório-nacional deveria tomar uma posição oficial sobre o que classificou de “fogo amigo”. Para Molon, “é importante que seja uma posição do partido, para que não sejam individuais”.

Miguel Rosseto, da Secretaria Geral da Presidência decidiu “não falar sobre o assunto”. Os comentários foram feitos durante a cerimônia de posse de Juca Ferreira no ministério da Cultura.

A saída de Marta Suplicy do PT, parece ser fato consumado, por decisão própria ou por recomendação do diretório nacional do partido.

Bom Dia!

Marta Suplicy abriu o jogo

Seria extremamente fácil e óbvio começar a segunda-feira falando do calor quase insuportável que atravessou o final de semana e se mantém ameaçador quando começamos uma nova etapa. Sem o privilégio do ar condicionado, a situação é insustentável. 

Mas por falar em calor, foi muito quente a entrevista da Marta Suplicy, senadora do PT ao jornal Estado de São Paulo. Entre outras coisas, falou que Dilma não escuta ninguém e revelou que Lula queria ser candidato em 2014, o que não ocorreu, segundo ela, para “evitar uma disputa em que os dois sairiam perdendo”.

A ex-ministra da Cultura também comentou o quadro desenhado para a eleição de 2018. Para ela, Lula enfrentará o atual Chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a quem chamou de “inimigo” e que “mente quando diz que não será candidato”. Marta Suplicy também afirmou que o presidente do partido, Ruy Falcão, “traiu o projeto do PT”.

Depois de se declarar decepcionada com o PT, a senadora disse que se sente alijada, cerceada e “estarrecida com o partido que ajudei a criar”.

Quem quiser saber mais, acesse o portal do Estadão. A entrevista foi publicada na edição de domingo.

Enquanto isso, O Tribunal de Contas da União está alertando para as chamadas sociedades de propósito específico, que podem criar descontrole na contabilidade das estatais. O TCU baseia seu alerta no fato de que a Petrobras criou uma rede de empresas para executar obras de grande porte, fugindo de uma fiscalização mais rigorosa dos órgãos de controle.

A nota, quase imperceptível entre o noticiário do final de semana, dá uma ideia exata da zorra em que transformaram a Petrobras para garantir, e dissimular, a corrupção na estatal. Breve teremos alguém alegando que nos governos passados, antes do PT, também era assim.

Tenham todos um Bom Dia!