quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Shopping e supermercado

Estacionamento é responsável por veículo

Quem oferece o serviço de estacionamento ou garagem, independente de ele ser pago ou não, é responsável pela segurança e integridade do veículo por um determinado período de tempo.
Por isso, se você deixou seu carro em um estacionamento e quando voltou o encontrou amassado, sem o rádio ou o estepe, você tem o direito de ser indenizado.
E isso vale para shoppings, supermercados, restaurantes, ou qualquer outro tipo de estacionamento, mesmo que o responsável tente fugir da responsabilidade colocando avisos de que não cobre os prejuízos, pois tal prática é abusiva.
Para resolver seu problema, primeiro junte todas as provas possíveis (notas fiscais, tíquetes com horário de entrada e saída do estacionamento, etc.) e tente um acordo com o responsável pelo estacionamento.
Nunca entregue tíquetes de estacionamento ou notas fiscais originais, e sim cópias, pois os originais são a sua prova se precisar entrar na Justiça.

Caso não tenha sucesso, registre um Boletim de Ocorrência na Delegacia mais próxima. Calcule o valor de seu prejuízo com três orçamentos diferentes em caso de pneus ou acessórios do carro e peça uma indenização na Justiça.  Há boas chances de reaver o prejuízo.

Placas de veículos

Brasil terá novo modelo


O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) apresentou nesta quinta feira (4)  o novo modelo de placas de veículos que será usado no Brasil e demais países do Mercosul, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. No Brasil, a placa será obrigatória para  veículos novos a partir de janeiro de 2016.Para os veículos que atualmente já estão emplacados, a mudança será opcional.
O novo modelo adotará quatro letras e três números, diferente da placa atual, que apresenta três letras e quatro números. A distribuição entre letras e números na nova placa será aleatória. Com isso, segundo o Denatran, serão possíveis mais de 450 milhões de combinações diferentes, contra as pouco mais de 175 milhões de possibilidades do atual modelo brasileiro.
A placa terá as mesmas medidas das já utilizadas no Brasil, 40 cm de comprimento por 13 cm de largura. O fundo será branco com letras pretas. Sobre uma faixa horizontal na parte superior, haverá o emblema do Mercosul e a bandeira do país do veículo.

Editorial

A carta-compromisso de Dilma

O ESTADO DE SÃO PAULO
04.12.2014

Sem reconhecer os erros do primeiro mandato nem o fracasso de seu “modelo” desenvolvimentista, a presidente Dilma Rousseff  acaba de prometer um novo estilo de gestão para os próximos quatro anos – com mais juízo e mais cuidado com os fundamentos da economia. A promessa foi formulada em carta lida pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em evento do Banco J.P.Morgan para investidores. Convidada para a reunião, a presidente preferiu mandar um representante para ler seu pronunciamento. O objetivo da mensagem é semelhante ao da Carta ao Povo Brasileiro,  assinada em 2002 pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva; conquistar a confiança do mercado. Mas as circunstâncias são diferentes.

O candidato Lula precisava renovar sua imagem, mostrar-se moderado e razoável e neutralizar o velho discurso petista, eliminando o temor de um calote contra os credores da dívida pública e de uma administração irresponsável. A carta da presidente Dilma Rousseff, reeleita há pouco mais de um mês, é uma promessa de bom comportamento de quem já exerceu o poder por quatro anos e criou uma herança maldita para seu segundo mandato.

O tempo foi curto para a celebração da vitória eleitoral. Logo foi preciso deixar em segundo plano a retórica de campanha para cuidar de problemas imediatos e muito graves. Permanecia o risco de rebaixamento do crédito soberano pelas agências de classificação. As contas públicas em frangalhos forçavam o governo a pedir ao Congresso a anulação da meta fiscal de 2014. Tudo apontava para mais um ano, pelo menos, de indicadores internos e externos muito ruins.

Conquistar confiança seria o primeiro desafio - passo indispensável para ganhar tempo e estimular o empresariado a assumir novos riscos e a investir. O lance inicial foi apontar como líder da equipe econômica um nome respeitado e confiável para o mercado, o economista Joaquim Levy, indicado para o Ministério da Fazenda.

A carta lida na reunião do J. P. Morgan reproduz, como compromisso presidencial, a estratégia esboçada na semana anterior pelos futuros ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do Banco Central (BC). O texto vai além, no entanto, da promessa de promover um ajuste fiscal e de combater com rigor a inflação - e esse detalhe foi especialmente valorizado pelos analistas.

A nova política, segundo a carta presidencial, deverá incluir uma importante regra orçamentária. O governo tentará adequar o ritmo de crescimento do gasto público à taxa de expansão da economia. É uma regra elementar e só se deveria descumpri-la em situações muito especiais, quando há evidente insuficiência da demanda agregada. Não há nada parecido com isso, hoje, nem houve, nos últimos quatro anos, embora o governo ignorasse ou menosprezasse esse detalhe.

A nova equipe, segundo a carta, cuidará da "elevação gradual, mas estrutural, do resultado primário da União, de modo a estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público em relação ao PIB".

Também essa passagem avaliza o roteiro apontado pelo futuro ministro da Fazenda: o superávit primário deverá chegar a 1,2% do PIB em 2015 e pelo menos igualar 2% em 2016 e 2017. Uma novidade importante em relação ao discurso habitual é a referência à dívida bruta. É esse o indicador mais importante para os formuladores da política, nos países mais maduros. Mas a retórica dos governantes brasileiros tende a valorizar a dívida líquida, um conceito, no caso do Brasil, muito duvidoso por causa da natureza dos créditos contabilizados a favor do Tesouro.

Mas nem tudo na carta indica uma efetiva mudança de perspectiva. O texto menciona os "efeitos externos do lento crescimento mundial" e a redução dos preços das commodities. A situação externa ainda é apontada, numa evidente mistificação, como a grande fonte de problemas. Além disso, o governo, segundo a presidente, manteve a inflação "dentro do intervalo estabelecido" - como se a meta fosse qualquer ponto até 6,5%. A promessa de seriedade é bem-vinda, mas a presidente terá de provar na prática a sinceridade de sua conversão.

Bom Dia!

Só falta pagar a conta!

Passei o final da manhã, toda a tarde e fui até o sono me derrubar, assistindo a sessão do Congresso Nacional que ontem (3)  tratou dos vetos, depois da questão dos aposentados da Varig, Cruzeiro e outras e, finalmente, da modificação da Lei proposta em projeto do governo Dilma Roussef.

Minha primeira surpresa foi ver as galerias do plenário completamente vazias. Logo fiquei sabendo que uma determinação do presidente Renan Calheiros (PMDB), proibia o acesso, inclusive ao prédio do Congresso, de qualquer pessoa que não fosse parlamentar ou trabalhasse na casa. Uma demonstração clara de que alguma coisa estava sendo escondida do povo.

Daí fiquei pensando no que acontecia quando o PT era oposição. Já imaginaram alguém tentar proibir o acesso do povo às galerias do Congresso? Já pensaram em tentar impedir que os populares se manifestassem contra o governo? Foi o que o Partido dos Trabalhadores, sob o comando do sindicalista Lula, mais fez em 20 anos. Com bandeiras, caras pintadas, gritando palavras de ordem, sempre ocuparam, ou tentaram ocupar, todos os espaços possíveis para reclamar contra o que não concordavam. Aquilo que defendiam antigamente, hoje é chamado de golpismo. Por eles, é claro.

Pois ontem, com a maior cara de pau deste mundo, petistas se colocaram ao lado do democrático Renan Calheiros, que antes era odiado por pertencer ao grupo (tropa de choque) de Collor, para defender a proibição de ocupação, pelo povo, das dependências do Congresso Nacional. Afinal, lá estava sendo votado um projeto de interesse único e exclusivo do governo petista. E foi deprimente, pelo menos para mim, assistir petistas e comunistas de braços dados com muitos que eles sempre chamaram de “direita raivosa”, negando tudo aquilo que pregaram antes de chegar ao poder.

Depois de mais de 12 horas de debates, o Partido dos Trabalhadores viu aprovado o projeto que muda aquilo que, por lei, deveria ser cumprido pela presidente Dilma. Não deu para cumprir, muda-se a lei pois é bem mais fácil, principalmente para quem tem maioria no Congresso . Uma vergonha.

Já nem falo no decreto que oficializou a chantagem e estabeleceu o quanto vale o voto de cada um de seus deputados e senadores aliados. Uma espécie de mensalão oficializado por decreto.

Agora, como não há mais necessidade de cumprir a lei, só falta o governo pegar o dinheiro que é fruto do trabalho diário dos contribuintes, para pagar a dívida assumida com os parlamentares da base aliada. Sem contar que são 36 ministérios para distribuir entre os amigos.

Fui dormir ontem, e acordei hoje, com uma enorme vergonha de ser brasileiro.

Tenham todos um Bom Dia!