quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Brasileirão 2014

24ª Rodada



Resultados dos jogos desta quinta-feira e classificação atualizada





Palmeiras 2 X 0 Vitória
Botafogo 1 X 0 Goiás
Atlético MG 3 X 2 Santos

CLASSIFICAÇÃO
LIBERTADORES
REBAIXAMENTO



Alamanaque

Na página Almanaque, de ZH, edição de hoje (25), uma matéria sobre os 60 anos do Teatro Infantil de Marionetes (TIM) do qual tive o orgulho de participar nos anos 60. Mesmo sem ter solicitado permissão para o Ricardo Chaves, editor da página, estou reproduzindo a matéria com orgulho, saudade e muita emoção. Na foto, em preto e branco, estou caracterizado para uma apresentação na TV Piratini. Bons tempos!

Teatro Infantil de Marionetes 
completa 60 anos de atividades


Dona Odila com alguns dos bonecos da companhia. Foto: José Luiz de Sena, Divulgação
A professora e artista plástica Odila Cardoso de Sena, 60 anos atrás, decidiu criar um teatro de marionetes. Ela idealizou e confeccionou cada um dos bonecos para o grupo e, em 25 de setembro de 1954, fundou o Teatro Infantil de Marionetes (TIM). Os filhos, alguns amigos deles e vizinhos foram mobilizados para formar a companhia. Dona Odila (1913-2007) era moradora da Azenha, e foi num aniversário na casa do Major Villas Boas, na pequena Travessa Luiz Rossetti, que aconteceu a primeira apresentação, para encanto da garotada.
Seis décadas depois, com um repertório além de oitenta textos e mais de mil encenações, o TIM é o teatro de bonecos mais antigo da América Latina em atividade ininterrupta. Formado em Artes Cênicas pela UFRGS, Antônio Carlos de Sena, um dos filhos de dona Odila, é o diretor do grupo. Auxiliado por parentes e colaboradores, trata de preservar a estrutura e manter vivos os aspectos históricos e técnicos dessa arte.
Em teatros, escolas, centros comunitários, clubes, feiras, festivais e praças públicas da Capital, do Interior, de outros Estados e até no Exterior, como em Portugal, França, Espanha, Argentina e Uruguai, as exibições foram se sucedendo depois da estreia, com cobrança de ingressos, ainda nos anos 1950, no antigo Cine Oásis, na esquina da Rua 20 de Setembro com a Barão do Triunfo, na Azenha.

Da esquerda para a direita, em pé, estão Jorge Palma, Mecenas Marcos, Márion Kurt, Marco Aurélio Garcia, Elgin Kurt, Luiz Carlos Rolla e Nelson Menda. Sentados, estão Paulo de Sena, Machado Filho, Irene Maria de Sena e Antônio Carlos de Sena. Foto: Divulgação
Na televisão, o TIM era um sucesso. Nos anos de 1960 e 1961, no pioneiro Canal 5 (TV Piratini), havia um programa semanal. Também se exibiu com êxito na TV Tupi de São Paulo. Durante sua longa trajetória, o TIM pôde contar ainda com o auxílio de pessoas que acabaram por tomar outro rumo, mas que fazem parte dessa história, assim como o TIM faz parte da história delas.

O professor Aníbal Damasceno Ferreira escreveu algumas peças para o grupo. Marco Aurélio Garcia, com 19 anos, muito antes de ajudar o ex-presidente Lula e a atual presidente, Dilma, como assessor para assuntos internacionais, fez textos e dava voz aos bonecos. O jornalista Paulo Sant’Ana se orgulha de ter ajudado a “erguer palcos e oferecer espetáculos” junto a Tutu, apelido de Antônio Carlos de Sena. O TIM transcendeu o esforço de uma família e hoje “é um patrimônio do Rio Grande do Sul”, como já disse o escritor Carlos Urbim.

OPINIÃO

Bom Dia
Hoje, bem cedo, li o editorial do Estadão e confesso que fiquei indeciso entre escrever o meu comentário diário ou reproduzir aqui a opinião do jornal. Pela relevância e atualidade do tema, divido com todos o Editorial de O Estado de São Paulo, que analisa as declarações da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre a barbárie que vem sendo cometida por extremistas do Estado Islâmico. Seria bom que cada um, depois de ler o Editorial, se desse conta que tem muita gente que apoia o pensamento da presidente.
Tenha todos um Bom Dia!

O mundo encantado de Dilma

O ESTADO DE S.PAULO
25 Setembro 2014


Um turista francês de 55 anos, chamado Hervé Goudel, foi decapitado na Argélia por um grupo extremista que disse estar sob as ordens do Estado Islâmico (EI), a organização terrorista que controla atualmente parte da Síria e do Iraque e lá estabeleceu o que chama de "califado". Um vídeo que mostra a decapitação de Goudel foi divulgado ontem, para servir como peça de propaganda do EI - cujos militantes já decapitaram em frente às câmeras dois jornalistas americanos e um agente humanitário britânico e estarreceram o mundo ao fazer circular as imagens de sua desumanidade.

Pois é com essa gente que a presidente Dilma Rousseff disse que é preciso "dialogar".

A petista deu essa inacreditável declaração a propósito da ofensiva militar deflagrada pelos Estados Unidos contra o EI na Síria. Numa entrevista coletiva em Nova York, na véspera de seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, Dilma afirmou lamentar "enormemente" os ataques americanos contra os terroristas. "O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU", disse a presidente - partindo do princípio, absolutamente equivocado, de que o EI tem alguma legitimidade para que se lhe ofereça alguma forma de "acordo".
É urgente que algum dos assessores diplomáticos de Dilma a informe sobre o que é o EI, pois sua fala revela profunda ignorância a respeito do assunto, descredenciando-a como estadista capaz de portar a mensagem do Brasil sobre temas tão importantes quanto este.

O EI surgiu no Iraque em 2006 por iniciativa da Al-Qaeda, para defender a minoria sunita contra os xiitas que chegaram ao poder depois da invasão americana. Sua brutalidade inaudita fez com que até mesmo a Al-Qaeda renegasse o grupo, que acabou expulso do Iraque pelos sunitas. A partir de 2011, o EI passou a lutar na Síria contra o regime de Bashar al-Assad. Mas os jihadistas sírios que estão na órbita da Al-Qaeda também rejeitaram o grupo, dando início a um conflito que já matou mais de 6 mil pessoas.

Com grande velocidade, o EI ganhou territórios na Síria e, no início deste ano, ocupou parte do Iraque, ameaçando a própria integridade do país. No caminho dessas conquistas, o EI deixou um rastro de terror. Além de decapitar ocidentais para fins de propaganda, seus métodos incluem crucificações, estupros, flagelações e apedrejamento de mulheres.

"A brutalidade dos terroristas na Síria e no Iraque nos força a olhar para o coração das trevas", discursou o presidente americano, Barack Obama, na Assembleia-Geral da ONU, ao justificar a ação dos Estados Unidos contra o EI - tomada sem o aval do Conselho de Segurança da ONU. Em busca de apoio internacional mais amplo - na coalizão liderada por Washington se destacam cinco países árabes que se dispuseram a ajudar diretamente na operação -, Obama fez um apelo para que "o mundo se some a esse empenho", pois "a única linguagem que os assassinos entendem é a força".

Pode-se questionar se a estratégia de Obama vai ou não funcionar, ou então se a ação atual é uma forma de tentar remendar os erros do governo americano no Iraque e na Síria (ver o editorial A aventura de Obama, abaixo). Pode-se mesmo indagar se a operação militar, em si, carece de legitimidade. Mas o fato incontornável é que falar em "diálogo" com o EI, como sugeriu Dilma, é insultar a inteligência alheia - e, como tem sido habitual na gestão petista, fazer a diplomacia brasileira apequenar-se.

Em sua linguagem peculiar, Dilma caprichou nas platitudes ao declarar que "todos os grandes conflitos que se armaram (sic) tiveram uma consequência: perda de vidas humanas dos dois lados". E foi adiante, professoral: "Agressões sem sustentação, aparentemente, podem dar ganhos imediatos. Depois, causam enormes prejuízos e turbulências. É o caso, por exemplo, do Iraque. Tá lá, provadinho, no caso do Iraque". Por fim, Dilma disse que o Brasil "é contra todas as agressões" e, por essa razão, faz jus a uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU - para, num passe de mágica, "impedir essa paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo".