quarta-feira, 20 de agosto de 2014

OPINIÃO

Li muitos comentários sobre a entrevista que a presidente Dilma concedeu ao Jornal Nacional. Antes foram entrevistados Aécio Neves e Eduardo Campos. Hoje o Estadão publicou sua OPINIÃO sobre o assunto. É uma leitura que recomendo.

A presidente no sufoco
O ESTADO DE S.PAULO
20 Agosto 2014 

Nunca antes nos 3 anos, 7 meses e 18 dias de Dilma Rousseff no Planalto o público tinha tido a oportunidade de ver o que subordinados da "gerentona" conhecem por humilhante experiência própria: a chefe à beira de um ataque de nervos. Com a diferença de que, no seu gabinete, ela se sente literalmente em casa para descarregar a ira com as presumíveis dificuldades da equipe em captar o seu pensamento - o que, tendo em vista as peculiares circunvoluções de sua forma de expressão, se explica plenamente.
"Não há no inferno", escreveu Shakespeare, "fúria comparável à de uma mulher rejeitada." Ou de uma Dilma Rousseff contrariada - e sem poder pôr no devido lugar o responsável real ou imaginário pela afronta. Foi o que a audiência do Jornal Nacional (JN) da segunda-feira descobriu ao acompanhar a entrevista dos apresentadores William Bonner e Patrícia Poeta com a candidata à reeleição. Ela foi a terceira a ser arguida na série de sabatinas de 15 minutos com os principais aspirantes à Presidência, iniciada com o tucano Aécio Neves, a quem se seguiu o ex-governador Eduardo Campos, na véspera de sua trágica morte. (Quando a sua candidatura tiver sido formalizada, também Marina Silva será convidada.)
Por ser presidente, Dilma teve o privilégio de receber os jornalistas na residência oficial do Alvorada, à frente de estantes de livros encadernados e cuidadosamente dispostos, sem sinal de manuseio, um cenário escolhido para denotar solenidade, elevação e a nobreza da função presidencial. Nada que ver com o ambiente do JN, nos estúdios da Rede Globo, no Rio de Janeiro, em que os donos da situação, como Aécio e Campos sentiram na pele, são os âncoras do principal noticioso da TV brasileira, infundindo, nas suas perguntas, contundência e conhecimento de causa à altura dos seus implacáveis colegas britânicos - a referência mundial no gênero.
Mas logo na resposta ao primeiro disparo de Bonner sobre uma das duvidosas distinções do governo - as denúncias de casos de corrupção em sete ministérios - ficou claro o desamparo da presidente. Faltava-lhe o ponto no ouvido pelo qual o seu marqueteiro João Santana poderia conduzi-la, se não a terra firme, ao menos para longe do vórtice. Pior ainda, faltava-lhe o conforto das gravações irrepreensivelmente produzidas que confeccionam uma imaginária Dilma estadista. Com o misto de irritação e impaciência que denotaria durante toda a entrevista, ela desandou a juntar frases e mais frases que tinham em comum a extensão, a desconexão e a pretensão.
Para mostrar superioridade ética, por exemplo, disse que os governos petistas não têm um "engavetador-geral da República", como, segundo a oposição, teria sido o titular do Ministério Público Federal nos anos Fernando Henrique. E reivindicou, para "nós", a criação da Controladoria-Geral da União. Na realidade, Lula pouco mais fez do que mudar o nome do órgão fiscalizador do Executivo (Corregedoria-Geral da União) instituído pelo tucano em 2001 e fortalecido no ano seguinte com a absorção da Secretaria Federal de Controle, antes vinculada ao Ministério da Fazenda. Em dado momento, tentando cortar o interminável palavrório da candidata, o entrevistador recebeu uma dose de Dilma em estado puro: "Então, continuando o que eu estava dizendo…".
Fez-se de desentendida quando Bonner lhe perguntou o que achava de o PT tratar como vítimas os companheiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão. Pelo menos três vezes ela repetiu que, como presidente, "não julgo ações do Supremo", por mais que o jornalista reiterasse que o objeto da pergunta era a conduta de seu partido, não o veredicto do Tribunal. A esta altura, Dilma parecia prestes a explodir. Quando o assunto passou a ser a economia, diante dos números amargos, de conhecimento público, sobre a inflação e o PIB, saiu-se com um "não sei da onde que estão (sic) seus dados". O tempo do programa estourou depois de quatro perguntas apenas e Dilma precisou ser interrompida quando pedia "o voto dos telespectadores".

Terminado o sufoco, a presidente tomou uma decisão prudente, embora apequenadora: cancelou a entrevista que daria em seguida à Globo News.

Brasileirão 2014

16ª rodada


Confira datas, horários, jogos e locais






Quarta - 20/08
19h30

Sport 2 X 1 Palmeiras - Arena Pernambuco
Santos 2 X 0 Atlético PR - Vila Belmiro
Figueirense 1 X 0 Botafogo - Orlando Scarpelli

21 horas

Coritiba 2 X 0 Vitória - Couto Pereira
Bahia 0 X 0 Criciúma - Fonte Nova

22 horas

Internacional 0 X 1 São Paulo - Beira Rio
Flamengo 2 X 1Atlético MG - Maracanã
Chapecoense 1 X 0 Fluminense - Arena Condá

Quinta - 21/08
20h30

Cruzeiro _ X _ Grêmio - Mineirão
Corinthians _ X _ Goias - Arena Corinthians

ATENÇÃO

Paracetamol e mais cinco
ANVISA  determina suspensão 
de venda de medicamentos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou hoje (20) a suspensão de lotes de seis medicamentos. As resoluções foram publicadas no Diário Oficial da União. Segundo o governo, todos os lotes dos produtos suspensos serão recolhidos pelos fabricantes. Quatro medicamentos que tiveram lotes suspensos são fabricados pelo Laboratório Teuto Brasileiro.

O lote 1998101 (validade 11/2015) do medicamento paracetamol 500 miligramas (mg) comprimido, produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso após denúncia feita ao Procon. Um consumidor identificou que, em uma das cartelas do medicamento, havia um parafuso no lugar do comprimido. Segundo a Anvisa, o fabricante já iniciou o recolhimento voluntário do lote, que foi distribuído em Goiás, Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e na Bahia.

O lote 1048105 (validade 6/2015) do medicamento cetoconazol 200mg comprimido, também produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso após queixa de um consumidor ao SAC da empresa. Na denúncia, o usuário informou que, ao abrir a embalagem, constatou a presença  de outro produto – o medicamento Atenolol 100mg. Segundo a Anvisa, o fabricante também iniciou o recolhimento voluntário do lote, que foi distribuído em Goiás, no Amazonas, em Alagoas, na Bahia, em Minas Gerais, no Pará, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O lote 8910019 (validade 2/2016) do medicamento nistatina 25.000 unidades internacionais por grama (UI/g) 60g,  também produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso depois que um usuário relatou que, na cartonagem do medicamento, havia outro produto – neomicina+bacitracina. Segundo a Anvisa, o fabricante informou que o lote em questão foi distribuído no Distrito Federal, Espirito Santo, em Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

O lote 6909006 (validade 10/2015) do medicamento atorvastatina cálcica comprimido, também produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso após denúncia que revelou que, dentro da embalagem do produto de concentração 20 mg, havia o produto de concentração 10 mg. Segundo a Anvisa, e empresa informou que o lote foi enviado ao Distrito Federal, Pará e Paraná.
J
á o medicamento Tabine (citarabina), da empresa Meizler UCB Biopharma, teve 13 lotes suspensos pela Anvisa. Uma análise laboratorial detectou resultados fora de especificação para teor de princípio ativo durante os estudos de estabilidade, o que pode indicar uma redução do prazo de validade indicado na embalagem do medicamento.
A empresa informou que já iniciou o recolhimento voluntário do lote e que todas as distribuidoras do medicamento já foram informadas sobre a suspensão. Informações ao consumidor podem ser obtidas por meio do SAC do laboratório, no telefone 0800 166 613.

Por fim, o lote 86119 do medicamento Tamsulom (cloridrato de tansulosina), da empresa Zodiac Produtos Farmacêuticos S.A, foi suspenso após comunicado de recolhimento voluntário do laboratório. A empresa identificou que na embalagem interna do lote consta a data de validade 6/2015, mas o lote é válido somente até 06/2014. Mais informações podem ser obtidas por meio do SAC do laboratório, no telefone 0800 166 575.


Além dos medicamentos, a Anvisa também suspendeu o lote 5954 (validade 9/2018) do produto compressa de gaze cirúrgica Neve estéril, fabricado pela empresa Neve Indústria e Comércio de Produtos Cirúrgicos Ltda. Laudo de análise emitido pelo Instituto Adolfo Lutz constatou a presença de corpo estranho de coloração escura no interior da embalagem ainda intacta. A Agência Brasil entrou em contato com a empresa e aguarda um posicionamento em relação à suspensão.

Manchetes

Nos jornais de hoje




Destaques de jornais desta quarta-feira, dia 20 de agosto






- Prisão do foragido número 1
Condenado a 278 anos por estupros de pacientes, médico Roger Abdelmassih estava vivendo no Paraguai (Zero Hora)

- País gastou R$ 455 bi em cartões até junho
Volume em crédito r débito deve fechar o ano em R$ 1 trilhão: setor crescerá 17% (Jornal do Comércio)

- Vice de Marina Silva será o gaúcho Beto Albuquerque
PSB anunciará hoje oficialmente a chapa que vai disputar a eleição presidencial (Correio do Povo)

- Devolução de cheques em julho foi a maior para o mês desde 91
Rio Grande do Sul ocupa a 20ª posição no levantamento dos cheques devolvidos no País, com 2,10% (O Sul)

- Carta de compromissos do PSB constrange aliados de Marina Silva
O PSB finaliza a carta de compromissos que Marina Silva terá que assinar, assumindo para si os compromissos, as alianças e o discurso de campanha encapado por Eduardo Campos nos últimos meses.(Correio Braziliense)

- Briga entre oposição e base paralisa votações na Câmara de BH
A tentativa de votação de dois projetos de lei de autoria da Prefeitura de Belo Horizonte se transformou em uma novela na Câmara Municipal, que continua sem votar nenhuma proposta neste mês. (Estado de Minas)

- Marina descarta fazer campanha com Beto Richa e Alckmin
A ideia é que ela faça campanha autônoma, descasada dos dois tucanos, e transfira aos dirigentes regionais do PSB a agenda conjunta. (Gazeta do Povo/PR)

- Nigéria registra quinta morte por Ebola
Um médico que tinha tratado do primeiro paciente com Ebola da Nigéria faleceu, aumentando para cinco o número de vítimas da febre hemorrágica no país. (Diário de Pernambuco)

- Marina pode deixar de apoiar Suplicy para o Senado em SP
Marina Silva não apoiará mais Eduardo Suplicy, do PT, ao Senado em SP. E sim dirá que a aliança que representa apóia José Serra, do PSDB.(Folha de São Paulo)

- Abdelmassih deve cumpri pena em Tremembé

Chegada a São Paulo está prevista para as 13h desta quarta, de onde deve, então, ser enviado para a Penitenciária de Tremembé (Estadão)


- Dupla presa pela morte de cinegrafista vai a júri popular
Caio Silva de Souza e Fábio Raposo responderão por homicídio, decidiu juiz (O Globo)