quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Medicamentos

Anvisa suspende lotes de antidepressivo e glicose

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta quarta-feira a distribuição, comércio e uso de um lote do antidepressivo Clo 25mg (cloridato de clomipramina), fabricado pela empresa Ems Sigma Pharma.
Segundo a decisão da Anvisa, publicada no Diário Oficial da União, o medicamento teve resultado “insatisfatório nos ensaios de aspecto e descrição da amostra, em que se constatou uma mancha escura na superfície do comprimido”. O lote suspenso é o 572420, com validade até agosto de 2015. A fabricante deverá recolher os produtos do mercado.
Também nesta quarta-feira, a Anvisa suspendeu um lote do produto Glicose 5% Solução Injetável 500mL, fabricado pela empresa Fresenius Kabi do Brasil. De acordo com a agência, “foi constatada a presença de um corpo estranho de coloração escura no interior da embalagem” dos produtos do lote 74GD1441.

Operação Lava-Jato

Contadora diz que Yousseff era um banco

A contadora Meire Bonfim da Silva Poza, que trabalhou para o doleiro Alberto Youssef, afirmou nesta quarta-feira (13), em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, que Youssef atuava como um "banco" e que repassava dinheiro para diversos políticos, entre eles o deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA).
"O Alberto [Youssef] era um banco. Eu não teria uma relação das pessoas para quem ele emprestava. Ele pagava contas, dava dinheiro, dava presentes, emprestava. Ele pagava diversas contas, fazia TEDs [transferências eletrônicas], pagamentos. Por exemplo, eu fazia pagamentos que eu não tenho conhecimento do que se tratava. Às vezes vinha um pagamento e ele falava só para eu pagar", disse.
Ao ser questionada sobre para quais deputados o doleiro repassou dinheiro, ela afirmou: "Eu preferia hoje me limitar a falar sobre o deputado Luiz Argôlo. E, sim, houve entrega de dinheiro para o deputado Luiz Argôlo."
Perguntada se poderia confirmar que houve pagamentos a outros políticos, mesmo sem citar nomes, ela disse: "Sim, houve".
Durante o depoimento no Conselho de Ética, Meire Poza citou um episódio em que o deputado viajou para São Paulo para receber dinheiro de Youssef. "Ele chegou a receber, sim. Inclusive, da última vez em que esteve em São Paulo foi para buscar dinheiro. Ia embora naquele mesmo dia. E não pôde ir embora porque o dinheiro não chegou. E ficou em São Paulo mais um dia para pegar no dia seguinte."
Meire afirmou não ter informações sobre o valor que o deputado recebeu.
O deputado Marcos Rogério (PDT-RO) perguntou, então, se pagamentos foram feitos para outras pessoas. Ela disse que pagamentos foram feitos para um parente do deputado, Manoelito Argôlo, e para Elia Da Hora, que seria um "contato" do parlamentar.
"O Manoelito Argôlo ficou fácil de saber quem era e a dona Elia, numa ocasião, o próprio deputado que estava á no escritório falou que tinha que mandar naquele dia para a Elia. E foi quando eu associei que a Elia era um contato dele."
Segundo a contadora, Youssef e Argôlo tinham relação "carinhosa" e o doleiro tratava o parlamentar como "bebê Johnson". "Era uma relação carinhosa, ele era tratado como bebê Johnson."

Meire Poza afirmou ainda se lembrar de um depósito para o próprio Argôlo no valor de R$ 60 mil. "Sim, R$ 60 mil por mim depositados. Foi feita uma TED de R$ 47 mil para dona Elia Da Hora, esse eu me lembro os valores e posso afirmar agora. Os outros eu não me lembro." (Com G1/conteúdo)

Benjamin Steinbruch

'Só louco investe no Brasil'

Presidente da CSN e da Fiesp diz que situação econômica do País está crítica e que não adianta mais tomar medidas paliativas


O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Benjamin Steinbruch, disse ontem que o Brasil nunca vivenciou um ano eleitoral em que a expectativa é de recessão econômica. "A situação está difícil, crítica. A esperança era de que a economia estivesse mais aquecida, mas temos um risco iminente de desemprego e falta de perspectiva dos negócios", disse o executivo, na abertura do Congresso do Aço, em São Paulo.

Steinbruch disse que o Brasil precisa fazer algo "muito diferente", já que o País está chegando a um limite. "Medidas paliativas não adiantam. Eu só acredito em uma solução se houver algo muito diferente para solucionar nossos problemas. Só algo agressivo para arrumar essas distorções", afirmou.
A preocupação é ainda maior, afirmou, porque a percepção é de que o Brasil possui "muita margem para piorar". "As medidas são urgentes", disse, destacando a elevada taxa de juros no País. "O custo Brasil não permite competir. Só louco investe no Brasil", disse.
O executivo disse ainda que percebe um grande distanciamento do governo federal em relação aos problemas que vêm sendo enfrentados pela indústria. "Falta comunicação, nossa dificuldade não chega a Brasília", disse, ao exemplificar que os problemas da indústria automotiva são antigos e estão afetando toda a cadeia. (Agência Estado)

LUTO

A morte de Eduardo Campos


Eduardo Campos morreu aos 49 anos de idade. Ele começou na política ainda estudante de economia da Universidade Federal de Pernambuco. Trabalhou na campanha do avô, Miguel Arraes (PSB) a governador e foi chefe de gabinete de seu governo. Arraes morreu no mesmo 13 de agosto há nove anos.
Em 1990, Eduardo Campos elegeu-se deputado estadual e, quatro anos depois, deputado federal. Governou Pernambuco e sua gestão foi a mais bem avaliada do país. Como candidato, vinha pregando a modernização do estado, a implementação de escolas de tempo integral, a concessão de passe livre para estudantes, o controle da inflação, dentre outras propostas”

Avô de Campos também morreu no dia 13 de agosto

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, morreu no mesmo dia que o seu avô e padrinho político, o também ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005).
Político com inclinações à esquerda mas com boas relações com a oligarquia pernambucana, Arraes morreu aos 88 anos no final da manhã do dia 13 de agosto de 2005, num hospital do Recife, após dias internado. A causa de sua morte foi uma reincidente infecção generalizada.
Eduardo Campos, 49, morreu no final da manhã desta quarta-feira (13) num acidente aéreo em Santos, no litoral de São Paulo. O jato em que o candidato estava caiu num condomínio residencial.
Miguel Arraes, avô do político, foi eleito três vezes governador de Pernambuco. A primeira vitória, em 1963, terminou de forma abrupta e amarga no ano seguinte, quando foi preso e deposto pelos militares após o golpe de Estado de abril de 1964. Exilou-se na Argélia, onde viveria até 1979, quando retornou ao país após a promulgação da Lei da Anistia. Ele reelegeu-se novamente ao governo e foi também deputado federal.
Principal herdeiro político de Miguel Arras, o neto Eduardo Campos trilhou caminho semelhante. Foi deputado estadual e federal e elegeu-se governador de Pernambuco em 2006, sendo reeleito em 2010.
Na atual campanha, Eduardo Campos buscava pela primeira vez chegar ao Palácio do Planalto, posto que seu avô nunca disputou.

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Eduardo Campos morre em queda de avião

 


Jato caiu sobre casas em um bairro residencial da cidade, no litoral paulista.
Presidenciável do PSB tinha agenda de campanha nesta quarta em Santos.


O candidato a presidente do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morreu na manhã desta quarta-feira (13) após a queda do jato particular em que viajava em um bairro residencial em Santos, no litoral paulista.
Campos tinha uma programação de campanha em Santos nesta quarta. Ele não compareceu a nenhum dos compromissos. O candidato participaria às 8h, às 9h30 e às 14h30 de entrevistas em emissoras de televisão locais, concederia uma entrevista coletiva às 10h30 e participaria de um seminário sobre o porto local às 12h30.
No Congresso, parlamentares falaram sobre o episódio. O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) disse que foi informado da queda da aeronave pelo deputado Márcio França (PSB).
"Parece que havia mais de 15 pessoas dentro do avião e não há nenhum sobrevivente. Vamos ver o que vamos fazer para ir para São Paulo. Parece que o Eduardo Campos estava no avião que acabou de cair. A Marina eu não sei. Parece que era a aeronave que estava o Eduardo e o Márcio [França, deputado] não foi otimista. Uma conversa muito triste, estou atordoado. Parece que perdemos o Eduardo, uma liderança da nossa geração", declarou.
No perfil da Rede Sustentabilidade no Twitter, foi publicada a seguinte nota: "Todos estamos chocados com a morte de Eduardo Campos, em queda de avião hoje de manhã. Marina Silva segue agora para Santos (SP)". A ex-senadora Marina Silva é a candidata a vice na chapa de Campos. Como o partido dela, a Rede Sustentabilidade, não conseguiu registro a tempo para concorrer na eleição deste ano, ela se filiou ao PSB.


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ACIDENTE AÉREO

Cai Jato que transportava Eduardo Campos


Um jato que transportava o candidato Eduardo Campos, políticos e assessores, caiu esta manhã em Santos. As primeiras informações são de que não existem sobreviventes. Mais informações dentro de instantes.

Manchetes

Nos jornais de hoje




Destaques desta quarta-feira, dia 13 de agosto






- Indicadores mostram alta da inadimplência
Em julho, o índice Serasa subiu 11%; o SPC cresceu 2,6% e o CNDL, 4,4% (Jornal do Comércio)

- Saúde e indústria fecham acordo para reduzir sal em alimentos
Intenção não é banir o produto, mas evitar excessos (Correio do Povo)

- Os pardais estão voltando
As rodovias estaduais voltarão a ter pardais até o dia 15 de outubro (O Sul)

- Gênio brasileiro
Doutor aos 21 anos, Artur Ávila, 35 anos, recebeu a Medalha Fields, o “Nobel da Matemática” (Zero Hora)

- Governo descumpre meta de superávit, que deve ficar próximo de 1%
Com descontrole de gastos e baixo crescimento da atividade, economia nas contas públicas ficará muito aquém do anunciado (Correio Braziliense)

- Candidatos do Rio voltam a ser vetados em favelas
Tráfico e milícia vetam nomes e cobram por apoio de líderes e por exclusividade, que pode custar até R$ 300 mil (O Globo)

- Ex-contadora de doleiro depõe hoje na Câmara

Conselho de Ética apura relação entre Youssef e Luiz Argôlo, flagrados em diálogos interceptados pela Polícia Federal (Estadão)

 

- Plano de saúde submete idoso à consulta médica antes de aceitá-lo

Para o Idec, a avaliação médica prévia acaba sendo um condicionante para a contratação do plano e é ilegal (Folha de São Paulo)

 

- Atraso em repasse do Tesouro à Caixa cria conflito no governo

Questionado por causa de "descompassos" nos saldos das contas que bancam 15 diferentes programas sociais, banco estatal pediu o auxílio da AGU (Gazeta do Povo/PR)

 

- Impostos: contribuintes já pagaram R$ 1 trilhão

Os contribuintes já destinaram R$ 1 trilhão aos cofres dos governos federal, estaduais e municipais em 2014 (Diário do Nordeste)