sexta-feira, 11 de julho de 2014

Cafezinho


Resumo de notícias dos jornais e portais publicadas na manhã de hoje






Boicote esvazia CPI da Energia Elétrica
Conturbada desde o primeiro dia de funcionamento, a CPI da Energia Elétrica terminou ontem com a consumação do boicote da base do governo ao trabalho da comissão e sem relatório aprovado. (...) Ontem a sessão para votação do relatório final não teve quorum, já que os deputados do PT, do PDT e do PTB não compareceram. Em nota, a bancada do PT justificou que “não reconhece a CPI”. (...) “O governo Britto não investiu na empresa, decidido que estava a privatizá-la. Somente o petista Olívio Dutra tentou reerguer o que sobrou da estatal, mas os governadores seguintes, Germano Rigotto e Yeda Crusius, voltaram a abandoná-la”, dia a nota do PT. (Juliano Rodrigues/ZH)

Dilma terá mais do que o dobro de tempo de TV de Aécio
O TSE divulgou a estimativa de tempo que os 11 candidatos à Presidência terão no horário eleitoral que começa no dia 19 de agosto. Dilma Rousseff (PT) terá 11 minutos e 48 segundos, Aécio Neves (PSDB) ficou com quatro minutos e 31 segundos e Eduardo Campos (PSB) terá 1 minuto e 49 segundos. (Agência Estado)

Ministério dos Transportes exonera primo de Rosemary
O Ministério dos Transportes exonerou Marcelo de Lara Peixoto, primo da então chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, do cargo em comissão que ele ocupava no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), ele ganhou um cargo na extinta Rede Ferroviária Federal em São Paulo (RFF) em 2009, período em que Rosemary atuava no âmbito da Administração Pública favorecendo familiares e terceiros. 
Segundo o MPF, a exoneração do servidor foi comunicada à autora da recomendação, a procuradora da República Thaméa Danelon, no dia 25 de junho. Junto com o ofício, foi encaminhada ao gabinete da procuradora cópia da página do Diário Oficial da União que traz o ato de exoneração.(Terra)

Datena cumpre promessa e fica de cuecas durante programa
O apresentador José Luiz Datena mostrou que é um homem de palavra e ficou apenas de cueca durante o programa Brasil Urgente, da Band, desta quinta-feira. O jornalista teve de passar pelo momento constrangedor devido à promessa feita antes da Copa.
A promessa foi cumprida apenas após quase uma hora do programa. Datena ficou de cueca por aproximadamente meia hora de programa. Ele usou uma roupa íntima com as cores alemãs durante alguns minutos. Enquanto o jornalista passava pelo momento constrangedor, ao fundo tocava a música Rhythm is a dancer, do Snap!.
“Essa cueca é uma homenagem para a Alemanha, que se Deus quiser, vai ganhar da Argentina”, disse Datena enquanto estava de paletó e cueca, reclamando do frio no estúdio. (UOL)

MP diz que Arruda não poderá assumir se for eleito
A Procuradoria Regional Eleitoral do Distrito Federal divulgou nota nesta quinta-feira (10) na qual afirma que José Roberto Arruda (PR), caso seja eleito para o cargo de governador em outubro deste ano, não poderá assumir por conta da condenação por improbidade administrativa mantida no Tribunal de Justiça do DF.
A segunda instância do TJ manteve nesta quarta (9) a condenação do ex-governador e da deputada Jaqueline Roriz (PMN) por participação no suposto esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM. A Lei da Ficha Limpa prevê o impedimento da candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados por crimes e improbidade administrativa. Em nota, o MP afirma que, caso a condenação não seja revertida nos tribunais superiores, Arruda e Jaqueline, que concorre novamente ao cargo de deputada federal, podem ficar impossibilitados de assumir. (G1)

Manchetes

Nos jornais de hoje




Destaques de jornais brasileiros nesta sexta-feira, dia 11 de julho





- Neymar: ‘Nosso futebol foi apenas regular’ (Zero Hora)

- Fraude em Alvorada passa de R$ 2 milhões (Correio do Povo)

- Exportações do segundo trimestre no Estado têm recuo de 26% (Jornal do Comércio)

- Índice que reajusta aluguel tem deflação na primeira prévia de julho (O Sul)

- ‘Conta paralela’ reduz em R$ 4 bi rombo do governo (Estadão)

- Consulta em hospital para animais em SP será marcada por telefone (Folha de São Paulo)

- Dívida de aposentados em crédito consignado chega a R$ 71 bilhões (Gazeta do Povo/PR)

- Senado pagou passagens para parlamentares verem Mundial (O Globo)

- Justiça proíbe Senado Federal de contratar funcionários comissionados (Correio Braziliense)

- Eleições: Servidor público da Bahia quer sabatinar candidatos (A Tarde/BA)

- Impacto da Copa sobre eleição presidencial  traz incertezas (Diário de Pernambuco)

- Tucanos e aliados se reúnem para definir campanha e afiar críticas ao adversário (Estado de Minas)

Opinião

Bom  Dia!


Declaro, publicamente, que não solicitei permissão ao David Coimbra para reproduzir seu artigo publicado na ZH de hoje. Corro o risco de ser interpelado, mas acredito que o David vai entender que um texto brilhante como o dele, merece ser compartilhado. Foi o que fiz. Decidi dividir com vocês o artigo do jornalista de ZH e que reflete, de maneira clara, sem deixar qualquer dúvida, sobre o que ocorre no Brasil. Faz muito tempo que venho afirmando, aqui, que quem não idolatra o governo e os governistas, é reacionário de direita. Ou canalha, como diz o David.  Leia e reflita.


Governista ou canalha?

David  Coimbra:*

 

Ou você é governista, ou é canalha. É assim, no Brasil do século 21. Antes, um jornalista, por exemplo, se fosse governista, chamavam-no de “chapa-branca”. Hoje, se 
o jornalista não é governista, chamam-no de chapa-branca. Como o governo conseguiu essa façanha?
É a aposta no seccionamento da sociedade. Aparta-se alguns para ganhar outros tantos. O governo é a favor dos pobres; logo, quem é contra o governo é contra os pobres. Os governistas eram contra a ditadura; logo, quem critica os governistas é a favor da ditadura. Onde estão os negros, que não são vistos nos estádios da Copa, onde se vaia a presidente? Estão nos mocambos do Brasil, abençoando a mão maternal do governo. Elite branca versus negros pobres, esse é o jogo promovido pelo governo.
Eu, aqui, prefiro ser chamado de canalha a ser governista. Quero poder criticar o governo, qualquer governo, em qualquer tempo. Quero poder reclamar, como jornalista em segundo lugar, como cidadão em primeiro. E elogiar também, se for o caso.
Até porque todos os governos do Brasil tiveram defeitos e qualidades, como sói acontecer com os governos todos. O busílis é que, no Brasil, os governos só deram e só dão atenção a supostas necessidades materiais da população. Isso é fácil. Ou menos difícil.
O Brasil é um país com vocação para o crescimento material. Sempre cresceu materialmente, mesmo nos piores momentos. O pior talvez tenha sido o governo de Sarney, na época da hiperinflação. E mesmo assim o Brasil foi para frente, graças à variedade de seu parque industrial, à pujança da sua agropecuária, à capacidade de trabalho de um povo multiétnico.
Moralmente, porém, o Brasil só submerge. A decadência moral do Brasil é palpável e se aprofunda a cada ano. E, quando o governo aposta na divisão da sociedade, essa desintegração só faz aumentar.
A força do Brasil está na sua variedade, na coabitação das suas diferenças. Existe racismo, discriminação, preconceito? Claro que sim. Onde não há? Mas existe também natural miscigenação e convivência pacífica. Todos somos brasileiros. 
O governo vai faturar com a realização desta bela Copa do Mundo? Decerto que sim, e é justo que fature. Vai perder com o vexame da Seleção? Espero que não, não é culpa do governo. Lula foi um visionário ao candidatar o país para sediar a Copa. Lula agiu como estadista, porque foi um estadista. Fernando Henrique também. Dilma, não. 
Dilma não é uma carismática. É uma técnica, é de executar, não de ideias, não de liderar. Se o governo acertou ao propor a Copa, errou na condução dos negócios da Copa. Houve gastança desnecessária em estádios desnecessários, houve atrasos imperdoáveis, obras inacabadas e improvisos que podem até ter ocasionado acidentes como o desabamento do viaduto em Minas.
A Copa é um sucesso. A maioria das ações do governo na Copa, não. O governo merece seu quinhão de aplausos, e outro tanto de apupos. E podem me chamar de canalha.

*Jornalista – Coluna publicada na página 2 de ZH, hoje, 11 de julho