O jornalista Reinaldo Azevedo publica em sua coluna no Portal da Revista Veja, este comentário sobre mais uma tentativa do PT de jogar a culpa de seus erros nas costas da imprensa. Fala também da capacitação de militantes para acusar a midia, criticar opositores e defender o PT nas redes sociais. É bom ler para estar preparado.
Olhem aí… Eles começaram a sair da casinha!
Vou imitá-los um pouquinho: “kkk, rá, rá, rá, oinc, oinc, oinc,
fuça, fuça, fuça, pum, pum, pum”!!! O PT reuniu fisicamente, no último fim de
semana, a sua militância digital num “camping” — escrevi a respeito —, e já se
notam os primeiros efeitos na rede. Vejam esta maravilha:
Vejam ali este lindão no meio da turma — algumas companhias ali
muito me honrariam, mas nem todas. “Mais de R$ 30 mil???” Ah, não nos
subestimem!!! O mais engraçado é que os idiotas não sabem nem mesmo distinguir
alhos de bugalhos. Imaginem se eu toparia uma conspiração, qualquer uma, com
Miriam Leitão, por exemplo — ou ela comigo! —, ainda que fosse para salvar da
extinção um glossoescolecídeo… O bicho morreria seco, coitado! Sem contar que
ela se preocupa em provar àqueles que a odeiam que ela é bacana, genuflexão que
não faço. Ao contrário até. Dado o exclusivíssimo ponto de vista da turma, eu
me preocuparia se começassem a me achar um cara legal.
Os vagabundos que ficam fazendo oinc, pum e fuça-fuça debaixo de
barracas jamais entenderão! Ainda que, naquela montagem, só houvesse canalhas,
cada um o seria à sua maneira e por sua própria conta — ao contrário deles, que
são milicianos a soldo, pagos, como de hábito, com dinheiro público. No seu
caso, até os borborigmos obedecem a um comando.
Setores da imprensa que vivem hoje sob o ataque dessa súcia fazem
questão de se ajoelhar no milho, de pedir desculpas, de se redimir, deixando-se
patrulhar pela corja. Vivem, nas sublinhas, se explicando e se justificando, o
que é bastante constrangedor: um espetáculo triste de ler, ver e ouvir. A
covardia é sempre repugnante. Eu os chamo por aquilo que são: vagabundos,
fascistoides, venais e moralmente deformados. Não são meus juízes. Não dependo
deles para existir nem os quero como leitores!
Se vocês acessarem a página no Facebook em que esse troço foi
publicado, verão que ela existe para odiar a imprensa e para pregar o controle
da mídia nos moldes do chavismo. Há gente achando que a melhor maneira de
enfrentar o bando é fazer concessões, “mantendo a interlocução”!!! Interlocução
com bandido? Não faço! Alguns dos seus alvos, movidos por uma covardia
asquerosa, acreditam, por exemplo, que, se me xingarem um pouquinho, poderão
ser poupados: “Ó, eu sou diferente, hein!? Também odeio os conservadores, tá?
Sempre fui de esquerda! Tirem-me da lista! Falem bem de mim!”. Os inocentes e
os idiotas ainda não entenderam a natureza do confronto. São, assim, uma
mistura de Daladier e Chamberlain, mas adaptados à chanchada autoritária
brasileira.
A página não deixa a menor dúvida quanto ao inspirador:
Não ajoelho, não! Podem babar à vontade. Eu os chamarei por aquilo
que são. Pra dentro da casinha!
Por Reinaldo Azevedo