Brasil planeja apoio a
superporto uruguaio
Superporto de Rio Grande |
Um superporto a ser
construído em Rocha, no Uruguai, poderá receber financiamento de R$ 1 bilhão de
dólares do governo brasileiro. Assim como aconteceu em Cuba, o Brasil poderá
financiar o superporto uruguaio que estará localizado a 288 quilômetros de Rio Grande,
onde está o porto mais importante do Rio Grande do Sul. O governo brasileiro
está sendo atraído pela maior oferta de frequência marítima, fretes mais
baratos, tempo de deslocamento menor e possibilidade de alcance do mercado
asiático através do Estreito de Magalhães. Tudo, no entanto, torna os
operadores portuários apreensivos diante da possibilidade da concorrência de um
porto mais moderno que os nacionais, principalmente no Sul.
Enquanto os portos
do Sul do Brasil tem calado (profundidade) de no máximo 14 metros e capacidade
para receber navios com até 78 mil toneladas, o porto de Rocha terá calado de
20 metros permitindo a atracação de navios com capacidade para 180 mil
toneladas.
O presidente da
Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, considera
preocupante o apoio do governo brasileiro à construção do porto em Rocha, no
Uruguai. 'Não podemos financiar um concorrente enquanto temos grandes carências
em acessos terrestres e aquaviários e na infraestrutura portuária', assinalou.
O empresário lembrou que o governo brasileiro passou o ano de 2013 dizendo que iria investir na infraestrutura portuária. "Se o financiamento pelo BNDES acontecer, isso vai na contramão do que a presidente Dilma pregou durante o ano passado, quando elaborou um novo marco regulatório para atrair investimentos para os portos brasileiros. E por que agora financiar um porto no Uruguai?"
O
governo uruguaio publicou na Internet estimativas sobre o novo porto. Em 2025,
deve movimentar 87,5 milhões de toneladas, mais do que a soma dos terminais de
Paranaguá (com 44,7 milhões de toneladas em 2013) e Rio Grande (com 33,2
milhões de toneladas em 2013). É esperado que uma empreiteira brasileira faça
as obras em Rocha. É o mesmo modelo adotado pelo BNDES para financiar com 685
milhões de dólares o porto cubano de Mariel, reformado pela Odebrecht. (Com informações do
jornal O Globo)
O empresário lembrou que o governo brasileiro passou o ano de 2013 dizendo que iria investir na infraestrutura portuária. "Se o financiamento pelo BNDES acontecer, isso vai na contramão do que a presidente Dilma pregou durante o ano passado, quando elaborou um novo marco regulatório para atrair investimentos para os portos brasileiros. E por que agora financiar um porto no Uruguai?"