domingo, 16 de março de 2014

Eleições 2014

Tarso lançado candidato do PT ao governo
Mais do que festa de aniversário pelos 68 anos de Tarso Genro, o encontro de petistas e aliados na Casa do Gaúcha, foi um ato político. Oradores que subiram ao palco depois da apresentação do músico Hique Gomez, foram unânimes em lançar a candidatura do atual governador à reeleição
— É Dilma lá e  Tarso aqui, disse o presidente do PT, Ary Vanazzy. Ele salientou que “o presente que o PT e os aliados vão te dar, governador, será a reeleição desse projeto no Estado.”
Entre os mais aplaudidos esteve o ex-governador Olívio Dutra. Para ele, “Tarso é o pensador” do partido, pedindo união partidária em torno de sua reeleição.
Tarso conversou com os jornalistas e disse que o ato era o lançamento de uma "pré-candidatura", recuando das condições que tinha imposto para ser candidato, como a aprovação do projeto que renegocia a dívida dos estados com a União e que a presidente Dilma subisse apenas no seu palanque aqui no RS. Depois dos parabéns, Tarso alterou seu discurso anterior.
— Administrar o Estado, vai depender da capacidade do governador. Eu me sinto capaz, já que assumi o Estado quebrado e promovi transformações. Eles (se referindo ao PMDB) dizem que o Estado será ingovernável com os aumentos que concedemos ao funcionalismo público. Bom, então eles que deixem com a gente — afirmou.
Sobre o candidato ao cargo de vice, Tarso preferiu não se aprofundar, e lembrou que o PTB, partido que indicará o candidato, tem muitas opções. Para os petistas, o nome preferido é o de Sérgio Zambiasi, aguardado na festa, mas que desistiu de participar minutos antes do evento.
— O Zambiasi é um nome popular, alinhado com o projeto nacional desde o início, mas ele está muito atrelado à sua atividade profissional. O PTB tem vários nomes fortes capazes de ocupar a vaga – comentou Tarso.

Revista Veja

Dirceu, na Papuda, tem até podólogo à disposição
A rotina do ex-ministro e seus comparsas na prisão é bem diferente daquela dos demais detentos.
Ninguém em sã consciência pode imaginar que um criminoso condenado, privado temporariamente da liberdade, cumprindo pena em uma cadeia povoada por milhares de outros tipos de bandidos, leve uma boa vida. No máximo, a vida pode ser um pouco menos amarga. O homem que aparece na página anterior foi um dos mais influentes parlamentares do Congresso, o ministro mais poderoso do governo Lula e um dia alimentou o sonho de substituir o chefe no Palácio do Planalto. Na foto, José Dirceu de Oliveira e Silva, ex-pre­sidente do PT, ex-chefe da Casa Civil e condenado por liderar um dos maiores esquemas de corrupção da história política do Brasil, é apenas o preso número 95 413 em uma cena que agora faz parte da rotina dele e de outros mensaleiros. Num país em que a impunidade de gente poderosa sempre foi uma tradição, a imagem tem um magnífico valor simbólico. Reforça que é possível colocar e manter corruptos influentes na cadeia. Reforça que os ladrões de dinheiro público não estão acima da lei. Reforça que as instituições democráticas funcionam apesar da pressão e da tentativa recorrente de sabotá-las. A imagem, porém, também serve para advertir que, apesar de tudo isso, a vigilância tem de ser permanente.
É a primeira vez que o ex-ministro é mostrado dentro da penitenciária, num ambiente que foi cuidadosamente preparado para recebê-lo. Para fugir da rotina lúgubre do cárcere, José Dirceu, visivelmente mais magro, com os cabelos aparados e usando roupa branca, como determina o regulamento do presídio, passa a maior parte do dia no interior de uma biblioteca onde poucos detentos têm autorização para entrar. Lá, ele gasta o tempo em animadas conversas, especialmente com seus companheiros do mensalão, e lê em ritmo frenético para transformar os livros em redações, o que lhe pode garantir dias a menos na cadeia. O ex-ministro só interrompe as sessões de leitura para receber visitas, muitas delas fora do horário regulamentar e sem registro oficial algum, e para fazer suas refeições, especialmente preparadas para ele e os comparsas. Os 10 326 presos da Papuda recebem marmitas produzidas em escala industrial por uma empresa prestadora de serviços. Já os mensaleiros têm direito a um cardápio próprio. O Brasil, como se sabe, também é a terra dos privilégios. (Veja)
Obs.: A reportagem completa está na Revista Veja desta semana.