quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Mensalão
Polícia italiana indicia Pizzolato
Foto distribuída pela polícia italiana
Preso na semana passada na Itália, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi indiciado pela polícia de La Spezia. Os crimes imputados a Pizzolato são substituição de pessoa, falso testemunho a oficial público e falsidade ideológica, segundo a agência de notícias Ansa.
O mensaleiro fugiu para a Itália no ano passado, depois de ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a doze anos e sete meses de cadeia no julgamento do mensalão. Na fuga, ele usou documentos forjados do irmão Celso Pizzolato, morto em 1978.

Antes de ter sido detido pela polícia na residência de um sobrinho em Maranello, norte da Itália, Pizzolato morou por dois meses em uma casa alugada com vista para o mar em Porto Venere, na costa da Ligúria. Na casa litorânea à beira do Mediterrâneo, a polícia italiana encontrou pen drives com diversos documentos bancários sobre transações que somam dezenas de milhares de euros, de acordo com a Ansa. A partir de uma primeira análise dos arquivos, a polícia acredita que ele estivesse se preparando para investir grandes quantias no país.

Protestos na Venezuela

Jornalistas presos e TV fora do ar
Ao menos dois jornalistas foram presos e um canal colombiano de notícias foi tirado por ar na televisão a cabo ontem durante os protestos contra o governo na Venezuela. Os  detidos são o fotógrafo Rafael Hernández, da revista Exceso e o blogueiro Ángel Matute. O canal de notícias colombiano NTN24, que vinha fazendo uma ampla cobertura dos protestos, teve o sinal cortado em duas provedoras de TV a cabo.

Em outro incidente com veículos de comunicação, uma equipe de jornalistas da agência France Presse teve a câmera de vídeo roubada. Segundo a agência, nela havia imagens da repressão policial aos manifestantes. Uma câmera de um fotógrafo da Associated Press também foi roubada por manifestantes chavistas.
As provedoras Directv e Movistar TV cortaram o sinal do canal, que transmitia ao vivo os protestos pouco depois de o presidente do Conselho Nacional de Telecomunicações (Conatel) William Castillo ter criticado em sua conta no Twitter a imprensa internacional.
"Fazemos um pedido aos meios internacionais que respeitem o povo venezuelano. Promover a violência e o desconhecimento das autoridades é crime", escreveu.
Nunca pensei que anos depois, trabalhando fora do meu país, também teria de narrar uma queda de sinal", disse a jornalista venezuelana Idania Chirinos, que trabalhou na RCTV, cuja concessão não foi renovada pelo então presidente Hugo Chávez em 2007, e hoje é âncora do canal colombiano. "Não fizemos outra coisa que não informar. Não podem negar a realidade apenas cortando o sinal de um canal."
Segundo Marco Ruiz, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Imprensa (SNTP, na sigla em espanhol), o fotógrafo da revista Exceso foi preso e levado para um quartel da polícia enquanto cobria a manifestação de quarta-feira.  Matute também foi detido e levado para auma sede regional da Guarda Bolivariana.
"Medidas como essa buscam aprofundar a autocensura, afeando a liberdade de expressão dos venezuelanos", disse o líder sindical.

No final da noite, manifestantes antichavistas atacaram a sede da TV estatal VTV. "Os bombeiros tiveram de apagar as chamas no local", informou a Agência Venezuelana de Notícias. (Associated Press – Fotos: Reuters)

MST critica Dilma

Em carta, movimento pede mudanças urgentes
Dilma recebe MST - Foto Estadão
"O governo foi incapaz de resolver esse grave problema social e político. A média de famílias assentadas por desapropriações foi de apenas 13 mil por ano, a menor média após os governos da ditadura militar. É necessário assentar, imediatamente, todas as famílias acampadas", diz trecho do primeiro item da carta, elaborada pelas lideranças do MST entregue à presidente Dilma e representantes do governo federal durante encontro, no Planalto, esta manhã.
As dificuldades burocráticas para que os sem-terra ingressem em programas como PAA (Programa Aquisição de Alimentos e Penae (Programa Nacional Alimentação Escolar, também são motivo de queixa. “Esses programas só atingiram 5% das famílias camponesas. É necessário que o governo aumente recursos para estes programas, desburocratize e amplie para o maior número possível de municípios do Brasil”, diz o documento.
O plano nacional de agroecologia, lançado em outubro do ano passado pela presidente Dilma, é outro alvo de reclamações. “Esse plano continua na gaveta, sem recurso e sem programas efetivos. Enquanto isso o Ministério da Agricultura afronta a Anvisa, ao liberar o uso  de venenos agrícolas ainda mais perigosos para o meio ambiente e, sobretudo, para a saúde das pessoas”.
Mudanças profundas na forma do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) funcionar, são requeridas no documento que pede, também, “contratação urgente de servidores, qualificados para a função específica da Reforma Agrária e recursos suficientes para uma reforma massiva”. (Fonte: Agência Estado)

Manchetes

Nos jornais de hoje




Destaques de jornais brasileiros nesta quinta-feira, dia 13 de fevereiro




Suspeito de acender rojão no Rio teria recebido R$ 150
Preso na Bahia e levado ao Rio, Caio de Souza disse ter acionado artefato que matou o cinegrafista Santiago Andrade. Advogado afirma que jovem foi aliciado. (Zero Hora)

Setor de energia recebe multas de R$ 154 milhões
Agergs atua para evitar precarização de serviços no RS e população reclama de mau atendimento. (Correio do Povo)

Sem renegociar dívida Estado para, diz Tarso
Capacidade de investir ficará zerada em 2015 se Senado não mudar o indexador. (Jornal do Comércio)

Confronto entre MST e PM deixa ao menos 42 feridos em Brasília
O protesto, que teve o objetivo de cobrar mais rapidez na reforma agrária no Brasil, reuniu cerca de 15 mil pessoas. (O Sul)

Lucro do BB em 2013 foi recorde na história do país: R$ 15,8 bilhões
O resultado foi influenciado pelos R$ 5,4 bilhões captados pela abertura do BB Seguridade. (O Globo)

Comércio cresce 4,3%, menor avanço desde 2003
Os dados foram publicados pelo IBGE. (Folha de São Paulo)

Mega-sena acumula e pode pagar R$ 62 milhões no sábado
Nenhum apostador acertou as seis dezenas sorteadas na noite de quarta-feira (12) no concurso 1573. (Gazeta do Povo/PR)

Dilma reúne-se com representantes do MST após protesto
Os manifestantes participam nesta semana do 6º Congresso Nacional do MST, na capital federal, reclamam da "estagnação" da reforma agrária no país. (Estado de Minas)

Lei antiterrorismo: PT blinda Planalto
PT muda o discurso e quer evitar que aprovação do polêmico projeto antiterrorismo no Congresso tenha qualquer ligação com governo, que tem pressa na votação do texto. (Correio Braziliense)

Na estréia do voto aberto, 467 deputados cassam Donadon

Em agosto do ano passado, parlamentar, que já estava na cadeia por desvio de verbas públicas em Rondônia, havia mantido mandato em votação secreta. (Estadão)

Bom Dia!

Quarta-feira marcante
Confronto entre PM e MST
Não há como negar que a quarta-feira, 12, ficará marcada por acontecimentos importantes e que, sem qualquer dúvida, se refletirão no cotidiano de todos nós.
Começamos pela prisão do suspeito (?) de ter acendido e jogado o rojão que matou o cinegrafista da Band durante um protesto no Rio de Janeiro. Ele admitiu que estava lá, que acendeu o artefato e que temeu ser morto, não pela polícia, mas pelos manifestantes (?) que também estavam lá. O advogado dele disse que seu cliente recebeu R$ 150 para tumultuar o protesto (?), mas não disse quem pagou.

Na Câmara Federal, o deputado, agora ex, Natan Donadon, que cumpre pena de 13 anos no Complexo Penitenciário da Papuda, finalmente perdeu o mandato. Graças ao voto aberto, 467 deputados votaram pela cassação e nenhum pela absolvição. O curioso é que no dia 28 de agosto do ano passado, 131 parlamentares votaram pela absolvição do colega Donadon., quando a votação foi por voto secreto. Outro detalhe é que o número de votos pela cassação, mais do que dobrou. Dos 233 em agosto, ontem 467 votaram pela perda de mandato. Mudaram de opinião ou sentiram os olhos dos eleitores sobre o voto aberto?

Uma gravação feita em novembro do ano passado e divulgada no Youtube, ontem, causou revolta manifestada pela opinião pública, principalmente nas redes sociais. No vídeo os deputados Luiz Carlos Heinze (PP) e Alceu Moreira (PMDB) usam palavras fortes, consideradas como incentivo à violência e contra índios, gays e lésbicas. Sem negar o que está gravado, o deputado Heinze tentou contornar mas, no fundo,  acabou confirmando tudo o que disse, salientando que não pregou a violência, mas a defesa da propriedade através da contratação de seguranças. Precisa comentar?

Em Brasília, aos gritos de “Dilma cadê a reforma agrária” e “Dilma ruralista’, 15 mil representantes do MST acabaram envolvidos em tumulto e confronto com a Polícia Militar, na Praça dos Três Poderes. Segundo a PM, 22 policiais e dois sem-terra resultaram feridos. A polícia usou bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, armas de choque e balas de borracha para conter os manifestantes. Para se defender, os representantes do MST jogaram cruzes de madeira contra os policiais. Precisa comentar?

Foi ou não foi uma quarta-feira marcante?
Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!