Seis horas de reunião. É o PT preocupado!
Um reforma ministerial poderá ocorrer antes mesmo do que
o previsto e anunciado pelo governo. Inicialmente previstas para janeiro, as
mudanças podem ocorrer antes do final do ano, numa tentativa de ajustar as
coisas antes do começo do ano eleitoral.
Para tratar do assunto, a presidente Dilma, o
ex-presidente Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, estiveram reunidos por
mais de seis horas, nesta sexta-feira (13), na Granja do Torto, em Brasilia.
Um dos destaques foi a preocupação com a possível entrada
do governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB) na corrida pelo Planalto.
Tanto que foram traçadas estratégias para segurar a ala do PSB que não quer Campos na disputa, junto ao governo.
Já se fala em entregar o Ministério da Integração, hoje ocupado por um aliado
de Eduardo Campos, Fernando Bezerra, ao PMDB (sempre ele) desde que o partido
concorde em fazer parte do palanque de Dilma no Nordeste.
A reunião marca o começo de uma ofensiva muito forte do
PT para tentar fazer com que Dilma seja reeleita em primeiro turno. Tudo será
tentando, a partir da ideia de dividir o PSB atraindo, por exemplo, o
governador do Ceará, Cid Gomes.
Como as relações com o Congresso não estão das melhores,
começam a ecoar os rumores de troca das ministras Ideli Salvatti e Miriam
Belchior. A insatisfação com elas é tanta que um dos mais acionados para ajudar
nas articulações políticas, é o deputado Paulo Rocha, homem ligado e de
confiança de José Dirceu, réu do mensalão.
O que sabe, mesmo, é que
12 dos 39 ministros deixarão seus cargos para disputar aas eleições de
2014. Gleisi Hoffmann, por exemplo, deixará a Casa Civil para disputar o
governo do Paraná. Um candidato forte a seu lugar é o atual Ministro da
Educação, Aloisio Mercadante, extremamente ligado a Dilma.
Sobre a possibilidade de um novo julgamento dos ‘companheiros’
condenados no processo do mensalão, apesar da solidariedade aos amigos, Dilma
avalia que a retomada do processo poderá prejudicar sua candidatura.
Preocupado, Edinho Silva, presidente do PT paulista, alertou para o fato de
que, segundo ele, a retomada do processo deve ficar para 2015 e não para o
segundo semestre de 2014, quando ocorrerão as eleições.
Resumindo a questão do mensalão, dá para se afirmar que a
alta cúpula do PT está vibrando com a possibilidade de um novo julgamento para
seus companheiros de partido, mas torce para que Celso de Mello vote contra os
embargos infringentes.
Pedindo a proteção de Deus, desejo a todos um Bom Dia!