sábado, 23 de junho de 2012

O que um pensava do outro

“Se o civil tiver que ser o Paulo Maluf, eu prefiro que seja um general.” (LULA,  junho de 1984)

“Como Maluf pode prometer acabar com ladrão na rua enquanto ele continua solto?” (LULA, setembro de 1986)

“O problema do Brasil não está no deputado Paulo Maluf, mas sim nos milhares de malufs.” (LULA, outubro de 1986)

Os administradores do PT são como nuvens de gafanhotos.“(PAULO MALUF, março de 1993)

“Maluf esquece de seu passado de ave de rapina. O que ameaça o Brasil não são nuvens de gafanhotos, mas nuvens de ladrões. Maluf não passa de um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão que fica querendo assustar as elites acenando com o perigo do PT. Maluf é igualzinho ao Collor, só que mais velho e mais profissional. Por isso é mais perigoso.” (LULA, março de 1993)

“Ave de rapina é o Lula, que não trabalha há 15 anos. Faz 15 anos que não está no torno, que não conta como vive e quem paga seu salário. Ave de rapina é o PT, que rouba 30% de seus filiados que ocupam cargos de confiança na administração. Se o Lula acha que há ladrões à solta, que os procure no PT, principalmente os que patrocinaram a municipalização do transporte coletivo de São Paulo.” (MALUF, março de 1993)

“Quem votar em Lula vai cometer suicídio administrativo.”. (MALUF, julho de 1993)

“A impressão que se tem é que Cristo criou a terra, e Maluf fez São Paulo.” (LULA,  maio de 1996)

 “Declaração infeliz do presidente. Ele não está a par do problema, e se ele quiser realmente começar a prender os culpados comece por Brasília. Tenho certeza de que o número de presos dá a volta no quarteirão, e a maioria é do partido dele, do PT.” (MALUF, outubro de 2005)

Rápidas

Faltam sete dias
Para que o julgamento dos mensaleiros comece em 1° de agosto, conforme o cronograma aprovado por unanimidade pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, o revisor do processo, Ricardo Lewandowski, precisa entregar seu voto até 30 de junho. Foi o que prometeu.
Não aceitam
 Governos de Argentina, Venezuela, Equador, Chile, Bolívia, México e Peru criticaram o processo de impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e a posse de seu vice, Federico Franco, na presidência.

Vai ou não vai?
A defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) informou que discutirá neste final de semana se o parlamentar vai comparecer à sessão do Conselho de Ética, na próxima segunda-feira (25), que votará o relatório sobre o processo disciplinar que apura se ele cometeu quebra de decoro parlamentar.

Mais álcool na gasolina
O Ministério de Minas e Energia recebeu da Petrobras um pedido formal para aumentar de 20% para 25% o teor de álcool anidro na gasolina. A proposta resultou de um estudo sobre a viabilidade financeira e estrutural da alteração na mistura, recém preparado pela subsidiária Petrobrás Biocombustível.



Paraguai: Federico Franco assume a presidência 
Com a destituição de Fernando Lugo, o vice-presidente Federico Franco, 49 anos, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), assume a presidência do Paraguai. Após ser tocado o hino nacional do Paraguai, Franco fez o juramento, recebeu aplausos e saudações dos presentes no Congresso paraguaio e vestiu a faixa presidencial.
Em seu discurso, já como presidente, afirmou que vai respeitar as instituições democráticas do país. "Essa transição se realiza em absoluto respeito às leis e aos tratados internacionais e não fere os princípios democráticos universais (...)Vamos respeitar o Estado Social de Direito, as instituições democráticas e o Direito Romano."
Franco disse querer governar "com a união de todos os setores e de todos os partidos políticos" e citou, com repúdio, o confronto entre camponeses e policiais, uma das motivações da abertura do processo de impeachment contra Lugo.
Sobre planos políticos, o novo presidente afirmou que vai continuar as ações de Lugo mas que é preciso "ter uma política de Estado energética" e finalizou dizendo que quer organizar o país. "Tenho vontade, tenho experiência, graças a Deus tenho saúde, mas não tenho todo o conhecimento. Quero que me ajudem e quero entregar um país mais organizado ao próximo presidente no ano que vem".
Dilma diz que Impeachment pode levar à sanção 
A presidente Dilma Rousseff afirmou que um processo sumário de impeachment ao presidente do Paraguai, Fernando Lugo, representando ameaça de ruptura da ordem democrática, violação da ordem constitucional ou qualquer situação que ponha em risco o legítimo exercício do poder e a vigência dos valores e princípios democráticos, pode levar a uma sanção ao país. O que pode ter como consequências o desligamento do Paraguai de organismos como Unasul e Mercosul.
Durante entrevista coletiva antes de encerrar a Conferencia Rio+20, Dilma foi questionada se o processo de impeachment de Lugo pode levar à expulsão do Paraguai desses organismos por não respeitar as cláusulas democráticas. A presidente respondeu que não queria raciocinar sob hipótese, mas emendou: "posso dizer o que está previsto no protocolo, que é a não participação nos órgãos multilaterais".
Para ela, não contribui, neste momento, a discussão de uma situação que ainda não ocorreu e que pode ser visto como uma forma de ameaça. Mas advertiu que "a atitude dos 12 chanceleres e dos 12 países representam uma atitude de muito respeito à soberania do Paraguai, mas é também uma atitude de muito respeito pela democracia". E avisou: "desta situação, asseguro que sai uma consequência".
Dilma lembrou que "nós que passamos por um processo muito doloroso de golpe, passamos por processo de retomada da democracia. Dar valor a ela é algo muito importante, mostra maturidade da América Latina".
Espanha pede respeito à democracia
O governo da Espanha defendeu neste sábado o pleno respeito à institucionalidade democrática e ao estado de direito, e manifestou a confiança de que o Paraguai conseguirá resolver a atual crise política, assim como garantir a segurança de seus cidadãos após o impeachment do presidente do país, Fernando Lugo.
O Executivo espanhol informou em comunicado que "acompanhou com atenção" o desenrolar do julgamento de Lugo, e disse ter "tomado nota" de sua decisão de acatar a resolução do Senado de afastá-lo.
"A Espanha defende o pleno respeito à institucionalidade democrática e ao Estado de direito, e confia que o Paraguai, em respeito à sua Constituição e aos compromissos internacionais, conseguirá pôr fim à atual crise política, assim como garantir a convivência pacífica do povo paraguaio", acrescentou a nota.

Costa Rica oferece asilo político para Lugo
A Costa Rica condenou na sexta-feira, 22, o impeachment de Fernando Lugo da presidência do Paraguai e ofereceu asilo ao político e aos membros de seu gabinete.
O chanceler da Costa Rica, Enrique Castillo, afirmou que o procedimento que levou à cassação de Lugo "tem reflexos de golpe de Estado" e por isso seu país rejeita a decisão do Congresso paraguaio.
O diplomata acrescentou que seu país, "historicamente um tradicional território de asilo, tem disposição" de receber Lugo ou membros de seu gabinete se isto for solicitado.
Em comunicado oficial divulgado em San José, Castillo afirmou que não foi dado ao "presidente Lugo as possibilidades e o tempo suficiente para um devido processo de defesa".
"Costa Rica expressa ao povo paraguaio seu desejo de que se restabeleça em breve a institucionalidade em seu país, conforme os instrumentos internacionais", afirmou o comunicado.