domingo, 27 de maio de 2018

➤FUTEBOL

7ª RODADA

SERIE A

Sábado – 26/05
16:00
Fluminense 3 X 1 Chapecoense – Maracanã

19:00
Palmeiras 2 X 3 Sport – Arena Palmeiras

21:00
Atlético MG 0 X 1 Flamengo – Independência

Domingo – 27/05
11:00
Paraná 0 X 0 Atlético PR – Durival de Brito

16:00
Internacional 2 X 1 Corinthians – Beira Rio
Bahia 3 X 0 Vasco – Fonte Nova
Botafogo 1 X 1 Vitória – Engenhão
Santos 0 X 1 Cruzeiro – Pacaembu

19:00
Ceará 0 X 1 Grêmio – Castelão
América MG 1 X 3 São Paulo – Independência

CLASSIFICAÇÃO


SÉRIE B

Terça – 22/05
19:15
CSA 1 X 4 Figueirense – Rei Pelé

21:30
Fortaleza 2 X 0 Criciúma – Castelão

Sexta – 25/05
19:15
Avaí 3 X 1 Paysandu – Ressacada
Atlético GO 2 X 2 Oeste – Olímpico

21:30
Coritiba 2 X 0 Vila Nova – Couto Pereira

Sábado – 26/05
16:30
São Bento 2 X 2 Juventude – Walter Ribeiro
Brasil 3 X 0 Londrina – Bento Freitas
Goiás 1 X 2 Boa Esporte – Serra Dourada

21:00
Guarani 2 X 0 CRB – Brinco de Ouro

Segunda – 28/05
20:00
S. Corrêa _ X _ Ponte Preta - Castelão

➤Lillian Witte Fibe

Valdemar, o ministro de fato das rodovias

O movimento dos caminhoneiros é um protesto contra um preço essencial administrado pelo Ministério das Minas e Energia, hoje com Moreira Franco. Mas o nó foi no transporte.

Mais uma vez, nossa dependência de uma malha rodoviária desde sempre malcuidada e estrangulada veio à tona.

E cadê o ministro dos Transportes?

Quem é ele?

Você não sabe?

Nem eu.

O atual titular da pasta atende pelo nome de Valter Casimiro.

Está lá há menos de dois meses.

Chegou a compor a mesa da entrevista coletiva de quinta-feira à noite, no Planalto.

Mal abriu a boca, mal foi notado.

É o Brasil, onde quem manda, de fato, e já há seguidos 15 anos, em ministério tão estratégico e de tamanha importância vem a ser o ex-presidiário e eterno influente Valdemar Costa Neto.

Rodovias, ferrovias, portos e aeroportos estão sob o comando dele desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula.

Primeiro no PL, o Partido Liberal que em 2006 virou PR, de Partido da República, Costa Neto não abre mão de tão preciosa cota na Esplanada.

O Ministério dos Transportes é dele, e dele ninguém o tira.

Condenado a mais de sete anos pelo mensalão, cumpriu parte da pena em semiaberto na Papuda.

Aparece nas gravações da JBS sobre recebimento de dinheiro ilegal em campanha.

É, ainda, investigado na Lava Jato por suspeita de recebimento de propina durante as obras da Ferrovia Norte-Sul (Odebrecht).

Sem mandato nem cargo na direção do partido, tem sido interlocutor frequente de Temer.

Há apenas quatro dias, quando o movimento dos caminhoneiros já fervia, os dois conversaram no Planalto.

Assim como conversaram no fim do ano passado, quando Temer desistiu da privatização do aeroporto de Congonhas.

Logo em seguida, por pura coincidência, 26 dos 39 deputados do PR votariam contra a investigação da segunda denúncia contra Temer no Supremo.

Costa Neto nega que sua moeda de troca tenha sido Congonhas.

Nunca negou ter ficado feliz com a decisão, que custou uns R$ 6 bilhões aos mesmos cofres públicos agora chamados a subsidiar também o diesel.

O atual presidente do partido de Valdemar é Antonio Carlos Rodrigues, que foi ministro dos Transportes de Dilma Rousseff.

Ele também tem, no currículo, passagem por Benfica.

Ficou preso pouco menos de um mês no ano passado, acusado de crime eleitoral via doações da JBS, nas mesmas investigações de campanha que levaram à cadeia o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho.

Três dias antes do Natal, os dois foram soltos.

Por ordem de Gilmar Mendes.

Publicado no portal da Revista VEJA em 27/05/2018

➤OPINIÃO

Escolhendo o inimigo

Eliane Cantanhêde

Quase ninguém percebeu, mas o governo Temer e o PT assumiram um discurso parecido diante do caos que a paralisação dos caminhoneiros gerou no País inteiro. Para os dois ex-parceiros de poder, agora inimigos ruidosos, o protesto dos caminhoneiros é “justo” e os verdadeiros culpados são os donos das transportadoras. A uns, solidariedade; aos outros, a lei.

Em nota, o partido de Lula condenou as empresas de transporte, “que se aproveitaram do movimento para realizar um locaute”. Em entrevista no Planalto, ministros destacaram que greve de trabalhador é legal, mas locaute de patrão é crime. Raul Jungmann, da Segurança, enumerou imputações e penas: incitação à violência, tantos anos, ameaça à segurança dos trabalhadores, mais tantos...

O presidente Michel Temer abriu a sexta-feira anunciando o uso de “forças federais” e atacou a “minoria radical” que ignorou o acordo com o governo e manteve a paralisação. Seus ministros, porém, deixaram os radicais para lá e, cuidadosos com os caminheiros que impõem ao País falta de comida, remédios, água e combustíveis, anunciaram medidas duras contra seus patrões.

Carlos Marun, da Articulação Política, disse que o governo optou pela negociação “por entender justas as reivindicações”. Eliseu Padilha, da Casa Civil, até elogiou: “O movimento foi plenamente exitoso”. Enquanto isso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga as empresas de transportes e a Polícia Federal convoca vinte empresários do setor para depor.

E por que os adversários PT e governo assumiram esse mesmo discurso? Primeiro, porque a população, já exausta de corrupção e abusos, e também atingida diretamente pelos aumentos de combustíveis, identifica-se com os caminhoneiros, trabalhadores e vítimas como ela própria.

Mas a coisa muda de figura quando a população percebe, ou é devidamente informada, que são patrões oportunistas e aproveitadores que estão criando o caos, impondo as filas em postos de combustíveis, cancelando ônibus e voos e ameaçando hospitais, o fornecimento de comida e água. 

Até por isso, uma palavra mágica no Planalto foi “desabastecimento”. Quem fica feliz e aplaude a falta de tudo? Nesse espírito, e bem treinado antes, o primeiro militar a assumir a Defesa, general Silva Luna, justificou assim o uso das Forças Armadas em todo o território nacional: “Para garantir o abastecimento”.

As reações do governo e do PT têm um alvo poderoso: a opinião pública. Mas o governo esconde, e o PT assumiu explicitamente, um temor de “aventuras autoritárias”. E, evidentemente, o efeito nas eleições de outubro. Como o movimento remexeu o mau humor nacional, e a esquerda e as bandeiras vermelhas de PT, CUT, MST... estão ausentes nos caminhões parados de Norte a Sul, é razoável supor que tudo isso possa favorecer Jair Bolsonaro. Aí, bate o pânico.

Nesse inferno, o governo ficou entre a cruz e a espada  ao negociar suspensão e “previsibilidade” de reajustes, mas sem piorar as perdas da Petrobrás, de muitos bilhões na Bolsa e também de credibilidade: voltou a ingerência populista na política de preços da companhia, que, em horas, deixou novamente de ser a número 1? Assim, o governo interfere nos reajustes, viu, caminhoneiro, viu, sociedade? Mas arcando com o grosso do prejuízo, viu, investidor, viu, acionista?

Há, porém, um problema aí: essa engenhosa negociação é para o diesel. E a gasolina, que bate direto no bolso do cidadão e da cidadã? A resposta do governo é que não é por causa da gasolina, e sim do diesel, que sobem os preços da carne, dos ovos, de toda a cadeia produtiva. Ok. Agora, vai lá combinar com os russos. Ou explicar o litro a R$ 5 para quem tem pouca opção e precisa encher o tanque para tocar a vida.

Publicado no portal do Jornal Estado de São Paulo em 27/05/2018

➤ATENÇÃO!

Ônibus não circulam neste domingo


Para garantir a circulação dos veículos de transporte coletivo na Capital nesta segunda-feira (28), os ônibus ficam parados durante o dia de hoje. A medida é necessária para garantir o transporte da população no começo da semana, e ocorre devido a falta de combustível.

A EPTC informa que o transporte está garantido entre 6 horas e 8h30min.Para as 10 horas está marcada nova reunião entre representantes da prefeitura e empresários que deverá avaliar a situação, definindo a circulação durante o dia.

Em razão da greve dos caminhoneiros, os ônibus de Porto Alegre estão circulando, desde quinta-feira (24) em horários diferenciados do normal. Apenas nos horários de pico os veículos cumprem tabela norma, nas demais horas do dia, circulam de hora em hora.


Durante o domingo, a prefeitura liberou o uso coletivo de táxis. Os interessados devem esperar os veículos nas paradas de ônibus e pagarão uma tarifa de R$ 6,00.