segunda-feira, 21 de maio de 2018

➤FUTEBOL

BRASILEIRÃO 2018

Depois do resultado do jogo de hoje, Internacional 3 X 0 Chapecoense, no Beira Rio, encerrando a 6ª Rodada, a classificação da Série A ficou assim:

CLASSIFICAÇÃO

➤Do Fucs:

Ciro vira cover de Dilma

Dilma e Ciro - Foto: Estadão/Reprodução
A campanha eleitoral nem começou para valer, mas, desde já, revelam-se as reais intenções de Ciro Gomes, pré-candidato do PDT, para o Brasil. Por tudo o que tem dito, com a agressividade que lhe é peculiar, pode-se dizer que o Brasil que Ciro propõe é muito parecido com o de Dilma. Para ser honesto com os eleitores, só falta ele assumir que é isso mesmo o que pretende fazer se ganhar o pleito.

Como Dilma, ele é nacionalista e estatista. Critica os bancos e defende um modelo desenvolvimentista, apoiado pela ala mais retrógrada do empresariado, que enriqueceu nos governos petistas com o protecionismo e a concessão de subsídios e crédito barato pelos bancos oficiais. Também é contra a reforma trabalhista e o teto dos gastos e põe em dúvida o déficit na Previdência. Embora procure se mostrar como fiscalista, defende como Dilma a volta da CPMF, para equilibrar as contas públicas, em vez de controlar os gastos. Qualquer semelhança com Dilma não é mera coincidência. / José Fucs

Publicado no blog BR 18 do Jornal Estadão - 21/05/18

➤Denatran

Suspenso pagamento de multas
com cartão de crédito ou débito


Dois meses após ter regulamentado o uso de cartões de débito ou crédito para o pagamento de multas de trânsito, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) suspendeu a portaria que estabelecia as diretrizes e os procedimentos para os pagamentos eletrônicos.

Publicada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje (21), a Portaria Nº 91 suspende a anterior (número 53, de 23 de março) sem especificar os motivos. Procurado pela reportagem, o departamento ainda não informou o porquê da suspensão, nem os impactos da decisão.

O texto da portaria anterior destacava que a possibilidade de os motoristas pagarem suas multas por infrações de trânsito utilizando cartões de débito ou crédito levava em conta a “necessidade de aperfeiçoamento da forma de pagamento, adequando-a a métodos de pagamento mais modernos utilizados pela sociedade”. A quitação dos débitos veiculares poderia ser feita à vista ou em parcelas, sem ônus para os órgãos de trânsito.

A portaria suspensa também autorizava os órgãos e as entidades que integram o Sistema Nacional de Trânsito a assinar acordos de parcerias técnico-operacionais com empresas aptas a implantar um sistema informatizado de gestão de arrecadação de multas de trânsito.

Agência Brasil

➤Blog do Noblat

Eleição com Maduro é fraude

Sabe por que a de ontem foi a eleição mais contestada na Venezuela desde que Hugo Chávez chegou ao poder e depois que ele foi sucedido por Nicolás Maduro? Porque foi a mais recente. Simples assim.

E assim será com a próxima eleição caso Maduro, ditador travestido de presidente legítimo, ainda continue à frente do país. Ou mesmo que tenha cedido o lugar a um dos que lhe prestam vassalagem.

É pouco provável que Maduro governe por mais seis anos. Na última eleição presidencial de 2013, embora a Venezuela já caminhasse para o abismo, 80% dos eleitores compareceram às urnas.

Nesta, pouco mais de 54% se abstiveram de votar. Se Maduro completar seu novo mandato, pouco restará da Venezuela tal qual ele a herdou de Chávez. O país está quebrado. A eleição foi considerada uma fraude.

Sem sucesso, por aqui o PT tentou arrancar da Comissão Interamericana de Direitos Humanos um atestado de que o impeachment de Dilma fora um golpe e de que a eleição deste ano sem Lula será uma fraude.

Mas o Conselho, na semana passada, apressou-se a atestar que o processo eleitoral venezuelano não contava “com as condições mínimas necessárias para permitir a realização de eleições livres”.

Elas acabaram acontecendo com boa parte da oposição perseguida ou presa e sem a supervisão de nenhum órgão independente. Observadores internacionais, só aqueles escalados pelo próprio governo.

Desde 2015, quando perdeu as eleições legislativas, Maduro dedicou-se a desmontar o arremedo de democracia que restava à Venezuela. E é justo reconhecer que se saiu bem na tarefa.

Em minoria na Assembleia Nacional (o Congresso de lá), criou uma assembleia paralela sob seu controle. Revogou e promulgou leis ao seu gosto. Enfraqueceu as administrações regionais.

Azeitou as milícias, tropas paramilitares empregadas para obrigar os venezuelanos mais pobres a se comportarem como manda o governo e a votarem conforme sua orientação.

Se o Bolsa Família, aqui, criou uma reserva de votos para o PT, na Venezuela com a maior inflação do mundo e onde tudo falta, até mesmo papel higiênico, o “carnet de la pátria” cumpriu igual objetivo.

Maduro atribui a crise ao que chama vagamente de “guerra econômica” e às sanções impostas pelos Estados Unidos. A desculpa era a mesma oferecida pelo ditador Fidel Castro para manter-se no poder em Cuba.

O regime castrista ainda está de pé, embora Fidel tenha morrido. O regime bolivariano da Venezuela começou a baixar à sepultura quando Chávez se internou em Cuba para morrer de câncer.

Publicado no portal da Revista VEJA em 21/05/2018

➤Gasolina e Diesel

Petrobras anuncia novo aumento


Os preços do diesel e da gasolina voltam a subir nas refinarias a partir de amanhã (22). Segundo informações do site da Petrobras, a gasolina subirá 0,9% e o diesel 0,97%. Com a alta, o preço da gasolina passará a custar R$ 2,0867, enquanto o do óleo diesel sobe para R$ 2,3716.

Este é o 11º aumento do preço da gasolina nos últimos dezessete dias. A exceção ocorreu entre os dias 12 e 15 deste mês, quando a estatal interrompeu a sequência de altas ao manter o preço da gasolina em R$ 1,9330, e entre os dias 19 e 21 quando os preços passaram para R$ 2,0680. Ao longo do mês de maio, o preço da gasolina subiu 16,07%.

O produto iniciou o mês custando R$ 2,0877 na porta das refinarias, sem a incidência de impostos, e passará a valer a partir da meia-noite de hoje R$ 2,0867, contra os R$ 2,0680 que vigora desde o último aumento, no sábado passado (19).

Já o óleo diesel, que aumentará 0,97%, acumula alta de 12,3% desde o dia 1º de maio. Com o último aumento, o preço do produto passará de R$ 2,3488 – preço que passou a valer também no último sábado – para R$ 2,3716. É o sétimo aumento consecutivo do produto.

A Petrobras rebate as criticas às altas constantes dos derivados a atribui as elevações de preços às oscilações do preço do barril do petróleo no mercado externo. Segundo a estatal, “os combustíveis derivados de petróleo são commodities e têm seus preços atrelados aos mercados internacionais, cujas cotações variam diariamente, para cima e para baixo”.

Segundo a companhia, a variação dos preços nas refinarias e terminais é importante para que a empresa possa competir de forma eficiente no mercado brasileiro.

EXAME

➤Eleição na Venezuela

Quem tem carteira social foi
obrigado a votar em Maduro


A fila de eleitores na Escola Pedro Emilio Coll, em El Valle, região humilde de Caracas, era pequena, não mais de 15 pessoas esperando para votar. Já o número de agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e membros da Milícia Nacional Bolivariana era expressivo, refletindo o rigoroso controle que o chavismo exerceu sobre o processo eleitoral. Cada vez que um eleitor entrava na escola, um miliciano — em sua grande maioria aposentados — se aproximava para indicar-lhe os passos a seguir. Votar na Venezuela chavista é um ato monitorado por funcionários civis e militares.

No caso de eleitores que recebem assistência do governo, esse monitoramento é aberto e nele ocupam um lugar central os chamados “pontos vermelhos” do governista PSUV (Partido Socialista Unificado da Venezuela), que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ordenou que não fossem instalados a uma distância inferior a 200 metros dos centros de votação. Para quem votou nessa escola de El Valle, bastava atravessar uma rua para encontrar o ponto vermelho — que em muitos casos eram barracas brancas ou identificadas apenas com uma bandeira da Venezuela — no qual deviam apresentar sua Carteira da Pátria (concedida pelo governo) e perguntar para que número de celular deviam enviar um torpedo confirmando a participação no processo.

A carteira é emitida desde 2016, quando, com a crise econômica, o governo passou a distribuir cestas básicas subsidiadas a cerca de 6 milhões de famílias por meio dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (Clap). O governo estimulou os beneficiários das cestas e outros serviços sociais a se registrarem para receber o documento, um cartão eletrônico. Antes da eleição, correram rumores de que os que apresentassem sua Carteira da Pátria nos "pontos vermelhos" receberia um bônus equivalente a US$ 12.

Medo é permanente
Com a ameaça implícita de perder benefícios sociais — entre eles sacolas de comida sem as quais muitas famílias venezuelanas, literalmente, morreriam de fome — os eleitores do governo deviam cumprir à risca os três passos. Votar, informar pessoalmente que votaram mostrando sua carteira patriótica e, por último, enviar um torpedo.

— Estou com tudo certinho aqui na bolsa, tenho todos os documentos e vou fazer o que nos pedem. Os riscos, caso contrário, são muito grande. Minha família não pode ficar sem ajuda do governo — comentou Adela, de 65 anos, que evitou dar seu sobrenome por temor a retaliações.

O medo está presente permanentemente na Venezuela. Medo de não votar e perder ajuda estatal. Medo de votar e que a situação nunca melhore. Medo de ser assaltado. Medo de que a crise se aprofunde e até mesmo de que a pouca ajuda dada atualmente se torne inviável.


Na Escola Fermín Toro, no centro, o cenário era o mesmo. Um ponto vermelho muito próximo do centro de votação e algumas pessoas se submetendo a todas as condições impostas pelo governo para evitar castigos. No país, fala-se em “voto assistido”, expressão que confirma que o voto deixou de ser livre e passou a ser uma ação de disciplina.

De acordo com dados da opositora Frente Ampla, cerca de 80% dos votos de ontem foram “assistidos”. A assistência, em muitos casos, começa na porta de casa, já que eleitores chavistas foram trasladados até os centros de votação com recursos estatais, denunciou o chavista crítico Nicmer Evans, do movimento Maré Socialista.

— A situação é ruim, mas pelo menos recebemos comida e, no meu caso, consegui minha primeira casa graças à Missão Habitação. Não quero perder o pouco que tenho — admitiu Jesus, servidor que votou no centro.


Agência Globo
Fotos: Reuters/Reprodução

➤Blog BR 18


Fidelix fala em ‘guerra civil’
Presidente do PRTB, partido no qual o general Hamilton Mourão se filiou neste ano, Levy Fidelix acredita na possibilidade de “guerra civil” no Brasil. Ele disse que se não forem resolvidos os problemas de distribuição de renda no País, pode ocorrer uma revolta popular.
“Na minha ótica, se não resolvermos a questão financeira e de distribuição de renda, nós não vamos tornar esse país mais justo e podemos até ter uma guerra civil. Veja, são 13 milhões de pessoas desempregadas. Não há no mundo um exército desse tamanho. Imagine se todo esse povo resolve pegar em armas”, especulou.



Fiéis a Temer, tucanos hesitam em casar
O PSDB dá mais apoio aos projetos de Michel Temer que o MDB. Levantamento da Folha mostra que o PSDB deu 83,5% de seus votos aos principais projetos da gestão Temer. Em segundo lugar vem o DEM de Rodrigo Maia, com 80,7%. Só então vem o partido de Temer, com 78,9% de votos favoráveis.
O apoio congressual não é garantia de aliança: tucanos e democratas hesitam numa aliança com o MDB porque consideram a impopularidade de Temer tóxica do ponto de vista eleitoral e não querem defender seu legado.


Meirelles com Lula e FHC
Enquanto no MDB é tabu escalar Michel Temer para a coordenação da campanha de Henrique Meirelles, o ex-ministro da Fazenda não hesitará em se mostrar ao lado de dois ex-presidentes: Lula e FHC.
Os dois serão usados em peças da pré-campanha como forma de mostrar que Meirelles transita bem em vários grupos políticos, informa o Painel da Folha.


O fantasma das denúncias contra Temer

As duas denúncias contra o Presidente Michel Temer barradas pelo Congresso devem voltar a assombrá-lo em breve, afirma o Valor. O jornal apurou que, com o fim do foro para Temer em 1º de janeiro, caso não se reeleja, a procuradoria da República do Distrito Federal deve formalizar duas acusações contra o presidente.
Uma terceira denúncia ainda pode surgir, em relação ao chamado inquérito dos portos. As delações dos executivos da J&F têm grande peso nos casos contra Temer.



Fake news só para os outros
Sete de cada dez usuários de redes e aplicativos como Facebook, Twitter e WhatsApp dizem que não desconfiam de notícias sobre política que recebem nessas plataformas, informa reportagem do Valor.
A pesquisa, realizada pelo Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação, parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), ainda revela que 63,5% dos brasileiros que usam redes sociais confiam pouco ou nada nessas plataformas. O desencontro nas respostas pode indicar que as pessoas estão conscientes que fake news são um problema, mas são incapazes de reconhecer que elas mesmas são alvo.


Alckmin sob investigação

Representantes da concessionária de estradas CCR afirmaram ao Ministério Público de São Paulo que a empresa deu cerca de R$ 5 milhões para o caixa dois da campanha de Geraldo Alckmin em 2010, informa a Folha.
Como observa a reportagem, a CCR não pode fazer doação de campanha, pois é concessionária de serviços públicos. Além de Alckmin, a empresa teria doado também para o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e para o senador José Serra.



Os campeões da vaquinha
João Amoêdo (Novo) e Manuela D’Avila (PCdoB) podem não estar na frente nas pesquisas de intenção de voto, mas já saíram ganhando na vaquinha virtual. Reportagem do Globo relata que o pré-candidato já juntou R$ 80,3 mil pelo crowdfunding, enquanto Manuela conseguiu R$ 34,6 mil. Bem atrás vem Alvaro Dias, em terceiro lugar, com R$ 1,8 mil.
Como explica a reportagem, o Novo já tinha experiência com esse tipo de arrecadação e decidiu não usar recursos dos fundos Eleitoral e Partidário, o que pode explicar o sucesso inicial.


Publicado no portal do Jornal Estado de São paulo em 21/05/2018

➤Eleições na Venezuela

Brasil e mais 13 países não reconhecem resultado

Nicolás Maduro - Foto: AE/Reprodução
O governo brasileiro, ao lado do Grupo de Lima, afirmou que não reconhece o resultado da eleição na Venezuela, na qual o líder Nicolás Maduro foi declarado vencedor. O Itamaraty alega que a votação não ocorreu "em conformidade com os padrões internacionais de um processo democrático, livre, justo e transparente".

Em nota emitida na manhã desta segunda-feira, 21, o País, juntamente com os governos de Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia expressaram que "não reconhecem a legitimidade do processo eleitoral que teve lugar na República Bolivariana da Venezuela, concluído em 20 de maio passado, por não estar em conformidade com os padrões internacionais de um processo democrático, livre, justo e transparente".

No documento, os países também concordam em reduzir o nível de suas relações diplomáticas com a Venezuela e que chamarão para consultas os embaixadores em Caracas. Além disso, ressaltaram o "aprofundamento da crise política, econômica, social e humanitária que deteriorou a vida" dos venezuelanos, resultando no intenso fluxo de imigrantes para regiões próximas.

O Grupo de Lima ainda lamentou a "grave situação humanitária na Venezuela" e disse que uma reunião com autoridades do país será convocada para tratar de imigração e saúde pública. O encontro deve ser realizado no Peru no começo de junho.

Agência Estado

➤OPINIÃO

A apatia do eleitor

Há na política nacional um clima de apatia e desencanto. Em menos de cinco meses haverá eleições e o cidadão mostra-se reticente com suas preferências. “Os eleitores estão sem perspectiva de melhora”, diz Márcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência. “Não conseguem ver como sair desse lugar em que estamos, não conseguem enxergar uma luz no fim do túnel.”

O fenômeno da apatia com a política tem traços paradoxais. Nos últimos dois anos, o brasileiro experimentou uma melhora da situação econômica e social do País, que foi em boa medida resultado da mudança do governo federal. O impeachment de Dilma Rousseff serviu de ocasião para retificar os rumos da política econômica, com efeitos diretos sobre a inflação, o emprego, os juros, o consumo. Ainda há muito a fazer, mas a situação do País hoje é incomparavelmente melhor do que há dois anos.

Há evidências empíricas, portanto, de que o modo como o País é governado tem consequências práticas sobre a população. Em tese, tal constatação deveria ser mais que suficiente para que o eleitor reconhecesse a importância da política e, portanto, das próximas eleições, para o seu futuro imediato. Do resultado das urnas dependerá a continuidade da reconstrução do País.

A percepção sobre a importância das eleições é, no entanto, ainda muito frágil. Na prática, a ideia de que as eleições periódicas são fundamentais para o País convive, sem maiores conflitos, com um profundo alheamento da política. Em geral, não se nega o valor do voto, mas ele é visto como incapaz de mudar o País. Segundo esse raciocínio, o melhor seria não criar expectativas com as eleições. Ou seja, o cidadão não parece disposto a utilizar o voto como um poderoso instrumento de mudança.

Entre as causas da apatia, que conduz a graves distorções na representação, ressaltam o populismo praticado pelo PT ao longo das últimas décadas e a demagogia que se tornou método de quase todos os partidos. De certa forma, o eleitor tem razão para estar frustrado. Foi-lhe dito que não era preciso cuidar do equilíbrio fiscal, foi-lhe prometida a diminuição dos juros por simples ato de vontade da presidente da República, foi-lhe afirmado que o déficit da Previdência não era motivo para preocupação, assim como tantas outras barbaridades.

O lulopetismo prometeu ao brasileiro um futuro espetacular sem necessidade de esforço. A única condição para que o paraíso fosse definitivamente instalado na terra era manter o PT no poder. Como bem se sabe, não foi isso o que ocorreu. As lideranças petistas trouxeram de volta a inflação, o desemprego, o aumento dos juros. Em suma, o PT deu motivo para que a população desconfiasse do governo – qualquer governo – e descresse do País.

Para piorar, a crise econômica veio acompanhada de grandes escândalos de corrupção. Sob o discurso da preocupação social, tão repetido pelos petistas, havia uma enorme podridão moral, capaz de gerar casos como o do mensalão e o do petrolão. Os recursos públicos desviados ganharam proporções inéditas.

Diante desse quadro, houve quem tenha vislumbrado a oportunidade para difundir a ideia de que todo o sistema político estaria podre. Com adeptos no Judiciário e no Ministério Público, essa causa disseminou ainda mais desconfiança em relação à política. Se, como afirmam, tudo está irremediavelmente podre, qualquer medida que venha da política estaria viciada pela raiz. Essa atitude é profundamente antidemocrática, pois o trabalho de reconstrução do País caberia apenas a alguns poucos iluminados, que não receberam nenhum voto para isso.

O eleitor precisa resgatar o seu protagonismo, ressaltando toda a importância do voto para o futuro do País. Isso não significa que a simples ocorrência de eleições seja garantia inexorável de um futuro promissor. Significa que o voto é o instrumento democrático e legítimo para a mudança dos hábitos administrativos e dos costumes políticos que têm levado o País ao fundo do poço. Somente a consciência dos nefastos efeitos de escolhas irresponsáveis nas eleições pode levar o eleitor a uma conduta mais madura diante das urnas. Não se constrói um País sem a ativa participação política e o trabalho de seu povo.

Publicado no portal do Jornal Estado de São Paulo em 21/05/2018