São registrados protestos contra a reforma da Previdência
nesta segunda-feira (19) em Porto Alegre e cidades do interior do Rio Grande do
Sul. Os atos começaram nas primeiras horas da manhã. Na capital, um grupo segue
em caminhada até a agência central do INSS.
Logo no início da manhã, o grupo de manifestantes se
concentrou no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Eles fizeram ainda uma
caminhada de 500 metros entre a estátua do Laçador e o terminal, na Zona Norte.
O ato foi pacífico, com manifestantes carregando faixas.
Em seguida eles se deslocaram para a rodoviária, na área central da capital.
Na Serra do Rio Grande do Sul foi registrado um ato
também contra a reforma da Previdência em Caxias do Sul. O trânsito chegou a
ficar temporariamente interrompido no km 146 da BR-116 por cerca de 50
manifestantes de sindicatos, pouco antes das 7h. A pista foi liberada, e não
foram registrados maiores transtornos.
Em Passo Fundo, no Norte do estado, manifestantes se
concentraram em frente a uma agência do INSS. Foi anunciado que seria feito um
bloqueio, mas o acesso é livre no local.
Em Pelotas, no Sul do estado, aconteceu uma paralisação
em frente ao prédio do INSS. O ato foi realizado por pessoas ligadas a
sindicatos e professores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Câmara vota hoje decreto da intervenção
O plenário da Câmara dos Deputados vota nesta
segunda-feira o decreto de intervenção na segurança do Rio de Janeiro anunciado
na última sexta-feira pelo governo federal. Uma sessão deliberativa
extraordinária foi convocada para as 19h. É a primeira vez que a Câmara
analisará uma intervenção federal desde que a Constituição foi promulgada em
1988.
De acordo com a Constituição Federal, apesar de já estar
em vigor, a intervenção precisa ser autorizada pelo Congresso Nacional. O
regimento interno da Câmara estabelece que esse tipo de matéria deve tramitar
em regime de urgência, com preferência na discussão e votação sobre os outros
tipos de proposição. A análise de intervenção federal só não passa à frente de
declarações de guerra e correlatos.
A matéria deve receber o parecer de um relator membro da
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) designado em plenário pelo
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Este parecer é que será submetido
à votação em plenário.
Para ser autorizada, a intervenção precisa do voto
favorável de metade dos deputados presentes na sessão mais 1, o que corresponde
à maioria simples. O decreto também deve ser votado no plenário do Senado
Federal.
Economia brasileira cresceu 1,04% em 2017
Após dois anos de tombo, a economia voltou a crescer em
2017 e conseguiu sair da recessão, indicam números divulgados nesta
segunda-feira (19) pelo Banco Central.
No ano passado, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br),
divulgado pelo BC, registrou uma expansão
de 1,04% na comparação com 2016. O número não possui ajuste
sazonal, pois considera períodos iguais (ano contra ano).
O IBC-BR é um indicador criado para tentar antecipar o
resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e
serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O
resultado oficial do PIB de 2017 será divulgado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de março.
O mercado, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central
com mais de 100 instituições financeiras, estima uma expansão de 1% para a
economia brasileira em 2017.
Se o IBGE confirmar o resultado positivo para o PIB em
2017, será o primeiro registrado pelo país depois de dois anos seguidos de
queda na atividade econômica e o fim da pior recessão da história do país.
Trump falará com estudantes após massacre
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, se
reunirá na próxima quarta-feira (21) com estudantes e professores, e na
quinta-feira (22) com diferentes autoridades, para falar sobre segurança nas
escolas depois do massacre que deixou 17 mortos em um instituto de Parkland
(Flórida) nesta semana.
A Casa Branca informou nesse domingo, ao divulgar a
agenda semanal de Trump, que o presidente manterá na quarta-feira uma sessão
para ouvir estudantes e professores do ensino médio.
A assessoria de Trump não detalhou que estudantes serão
convidados à reunião e, ao ser questionado pela agência EFE, um porta-voz da
Casa Branca limitou-se a dizer que haverá mais detalhes na própria
quarta-feira.
No dia seguinte, Trump se reunirá "com funcionários
estaduais e locais para falar sobre segurança nas escolas", informou a
Casa Branca.
As reuniões mostram a tentativa de Trump de exercer um
papel mais ativo após o massacre que deixou 17 mortos e 15 feridos na última
quarta-feira, quando um ex-estudante armado com fuzil semiautomático AR-15
disparou contra seus antigos colegas e professores na escola de ensino médio
Marjory Stoneman Douglas em Parkland.
Petistas discutem estratégias em caso de prisão de Lula
Enquanto torcem para que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda
um habeas corpus em favor de Luiz Inácio Lula da Silva, petistas
próximos ao ex-presidente discutem o que fazer caso o líder máximo do partido
vá para a prisão. Os petistas calculam que, se
consumada, a prisão de Lula deve ocorrer em março.
O debate ainda não foi colocado formalmente para
deliberação das instâncias partidárias, mas um grupo restrito formado por
dirigentes, parlamentares, ex-ministros e líderes de movimentos sociais tem
conversado sobre quais ações podem ser postas em prática enquanto Lula estiver
detido.
As discussões vão desde a estratégia eleitoral em caso de
impedimento do ex-presidente até mobilizações de rua, campanhas na internet e o
comportamento do próprio petista na cadeia. Segundo um membro do partido
próximo de Lula, o ex-presidente não vai reconhecer “moralmente” a condenação a
12 anos e 1 mês de prisão imposta pelo Tribunal Regional
Federal da 4.ª Região (TRF-4), não deve ser um preso dócil e “vai dar
trabalho”.