segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

➤DESTAQUES

Protestos contra a reforma da Previdência no RS
São registrados protestos contra a reforma da Previdência nesta segunda-feira (19) em Porto Alegre e cidades do interior do Rio Grande do Sul. Os atos começaram nas primeiras horas da manhã. Na capital, um grupo segue em caminhada até a agência central do INSS.
Logo no início da manhã, o grupo de manifestantes se concentrou no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Eles fizeram ainda uma caminhada de 500 metros entre a estátua do Laçador e o terminal, na Zona Norte.
O ato foi pacífico, com manifestantes carregando faixas. Em seguida eles se deslocaram para a rodoviária, na área central da capital.
Na Serra do Rio Grande do Sul foi registrado um ato também contra a reforma da Previdência em Caxias do Sul. O trânsito chegou a ficar temporariamente interrompido no km 146 da BR-116 por cerca de 50 manifestantes de sindicatos, pouco antes das 7h. A pista foi liberada, e não foram registrados maiores transtornos.
Em Passo Fundo, no Norte do estado, manifestantes se concentraram em frente a uma agência do INSS. Foi anunciado que seria feito um bloqueio, mas o acesso é livre no local.
Em Pelotas, no Sul do estado, aconteceu uma paralisação em frente ao prédio do INSS. O ato foi realizado por pessoas ligadas a sindicatos e professores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Câmara vota hoje decreto da intervenção
O plenário da Câmara dos Deputados vota nesta segunda-feira o decreto de intervenção na segurança do Rio de Janeiro anunciado na última sexta-feira pelo governo federal. Uma sessão deliberativa extraordinária foi convocada para as 19h. É a primeira vez que a Câmara analisará uma intervenção federal desde que a Constituição foi promulgada em 1988.
De acordo com a Constituição Federal, apesar de já estar em vigor, a intervenção precisa ser autorizada pelo Congresso Nacional. O regimento interno da Câmara estabelece que esse tipo de matéria deve tramitar em regime de urgência, com preferência na discussão e votação sobre os outros tipos de proposição. A análise de intervenção federal só não passa à frente de declarações de guerra e correlatos.
A matéria deve receber o parecer de um relator membro da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) designado em plenário pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Este parecer é que será submetido à votação em plenário.
Para ser autorizada, a intervenção precisa do voto favorável de metade dos deputados presentes na sessão mais 1, o que corresponde à maioria simples. O decreto também deve ser votado no plenário do Senado Federal.

Economia brasileira cresceu 1,04% em 2017
Após dois anos de tombo, a economia voltou a crescer em 2017 e conseguiu sair da recessão, indicam números divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central.
No ano passado, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo BC, registrou uma expansão de 1,04% na comparação com 2016. O número não possui ajuste sazonal, pois considera períodos iguais (ano contra ano).
O IBC-BR é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do PIB de 2017 será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de março.
O mercado, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, estima uma expansão de 1% para a economia brasileira em 2017.
Se o IBGE confirmar o resultado positivo para o PIB em 2017, será o primeiro registrado pelo país depois de dois anos seguidos de queda na atividade econômica e o fim da pior recessão da história do país.

Trump falará com estudantes após massacre
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, se reunirá na próxima quarta-feira (21) com estudantes e professores, e na quinta-feira (22) com diferentes autoridades, para falar sobre segurança nas escolas depois do massacre que deixou 17 mortos em um instituto de Parkland (Flórida) nesta semana.
A Casa Branca informou nesse domingo, ao divulgar a agenda semanal de Trump, que o presidente manterá na quarta-feira uma sessão para ouvir estudantes e professores do ensino médio.
A assessoria de Trump não detalhou que estudantes serão convidados à reunião e, ao ser questionado pela agência EFE, um porta-voz da Casa Branca limitou-se a dizer que haverá mais detalhes na própria quarta-feira.
No dia seguinte, Trump se reunirá "com funcionários estaduais e locais para falar sobre segurança nas escolas", informou a Casa Branca.
As reuniões mostram a tentativa de Trump de exercer um papel mais ativo após o massacre que deixou 17 mortos e 15 feridos na última quarta-feira, quando um ex-estudante armado com fuzil semiautomático AR-15 disparou contra seus antigos colegas e professores na escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas em Parkland.

Petistas discutem estratégias em caso de prisão de Lula
Enquanto torcem para que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda um habeas corpus em favor de Luiz Inácio Lula da Silva, petistas próximos ao ex-presidente discutem o que fazer caso o líder máximo do partido vá para a prisão. Os petistas calculam que, se consumada, a prisão de Lula deve ocorrer em março.
O debate ainda não foi colocado formalmente para deliberação das instâncias partidárias, mas um grupo restrito formado por dirigentes, parlamentares, ex-ministros e líderes de movimentos sociais tem conversado sobre quais ações podem ser postas em prática enquanto Lula estiver detido.
As discussões vão desde a estratégia eleitoral em caso de impedimento do ex-presidente até mobilizações de rua, campanhas na internet e o comportamento do próprio petista na cadeia. Segundo um membro do partido próximo de Lula, o ex-presidente não vai reconhecer “moralmente” a condenação a 12 anos e 1 mês de prisão imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), não deve ser um preso dócil e “vai dar trabalho”.

➤BOM DIA!

Estamos de volta!

Acabaram-se as férias, terminou o horário de verão, o carnaval já era pelo menos para alguns, e a segunda-feira, que já começa extremamente quente, nos traz de volta à realidade. Estamos recomeçando.

Durante o período em que fiquei mais devagar do que o normal, aproveitei para colocar algumas coisas em dia, pelo menos na cabeça, raciocinando sobre o momento que vivemos no Brasil. Fora, é claro, o cotidiano que não nos permite grandes mudanças.

Já nem vou falar na Reforma da Previdência já que este foi assunto permanente em todos os noticiários e rodas de conversas. Muitas opiniões contra, algumas a favor, mas a grande maioria sem um embasamento sério, sem coloração partidária, sem emoção e, principalmente, sem conhecimento profundo do que realmente está por ser reformado.
Muita gente é contra por ser contra, afinal, não se pode dar qualquer tipo de vantagem ao adversário. Se a reforma for ruim, culpa de quem governa, se for boa, nada de ser aprovada.

Vou tentar falar um pouco, sem emitir uma opinião que tenho, mas que certamente provocaria mal entendidos de todos os lados, ou de alguns lados claramente identificados. Mas vamos lá.

Durante não sei quanto tempo, o Brasil inteiro ficou apavorado com o que vem acontecendo no Rio de Janeiro em termos de violência urbana. Favelas, agora chamadas de comunidades, tomadas por bandidos, comandadas por facções criminosas, dominadas por policiais corruptos, com incontáveis números de mortos, transformaram nossa cidade então maravilhosa, em reduto de assassinatos, trombadinhas, criminosos, roubos, balas perdidas e de tudo que significa insegurança absoluta.

Tudo sob olhares complacentes de políticos tão ou mais corruptos do que quem faz parte diretamente do crime. São verdadeiros marginais comandando ou fazendo vistas grossas, por absoluta incompetência ou proveito próprio, para a total insegurança que tomou conta de um Estado literalmente roubado por um grupo de companheiros.

Durante não sei quantos meses, todos comentaram, todos escreveram, todos falaram sobre a necessidade de se fazer alguma coisa para acabar com a criminalidade no Rio. Todos queriam uma solução, um fim para a onda de crimes. Alguma coisa precisava ser feita, mas ninguém fez!

Pois bem, o presidente Michel Temer, golpista para muitos, incompetente para vários, decidiu decretar uma intervenção na (in) Segurança do Rio. O Exército tomará conta e ficará lá durante o tempo que for necessário para tentarlimpar um pouco da sujeira que se instalou na maioria dos setores cariocas.

Pois bastou ser anunciado o decreto para que muitos, principalmente os que nunca fizeram nada para terminar com o crime, saltarem, gritarem, se posicionarem contra. Até o dia de anuncio do decreto de intervenção, os que hoje se dizem contra, que criticam o governo, jamais ofereceram qualquer sugestão de como acabar com a violência.

Apareceu até uma “especialista em segurança”, que nunca falou para sugerir alguma solução, que nunca disse que tal providência seria necessária para acabar com a criminalidade, criticando violentamente a intervenção que, repito, não sei se é boa ou ruim, mas sei que é uma providência que surge em meio ao verdadeiro oásis de ideias para solucionar a barbárie em que se transformou o Rio de Janeiro.

Alegações de que o decreto tem finalidades políticas, perdem força quando se sabe que somente uma ação governamental diante da inércia e impossibilidade da sociedade, pode ser aplicada num caso gravíssimo como o do Rio. Os efeitos da ação política serão julgados logo ali adiante. Ou não.

Será que, caso o governo federal não decretasse a intervenção, alguém estaria gritando teses, defendendo o indefensável, criticando providências sem nenhuma participação ou ideia de participação que ajudasse a acabar com a violência no Rio? Não falo dos que tem posição firmada faz muito tempo, mas sim dos aproveitadores que tentam ganhar dividendos, principalmente políticos, criticando uma providência que nem sabem se dará certo ou não.

Parecem torcedores de times de futebol, que, depois de uma derrota, se voltam contra o treinador e elucubram diversas formações táticas. São os entendidos que não entendem nada, mas que exaltam os atletas e o técnico em caso de vitória. Se bem que, no caso da violência no Rio, se der certo, não sei se aparecerá alguém para admitir o acerto da decisão do governo.