quarta-feira, 30 de maio de 2018

➤FUTEBOL

8ª RODADA

SÉRIE A

Quarta – 30/05
19:30
Vitória 2 X 3 Internacional – Barradão
Vasco 1 X 0 Paraná – São Januário
Sport 3 X 2 Atlético MG – Ilha do Retiro

21:00
Chapecoense 2 X 0 Ceará – Arena Conda
São Paulo 3 X 2 Botafogo – Morumbi

21:45
Grêmio 0 X 0 Fluminense – Arena Grêmio
Cruzeiro 1 X 0 Palmeiras – Mineirão

Quinta – 31/05
16:00
Flamengo 2 X 0 Bahia – Maracanã

18:00
Corinthians 1 X 0 América MG – Itaquerão

21:00
Atlético PR 2 X 0 Santos – Arena Baixada

CLASSIFICAÇÃO


➤Pedrada na cabeça

Caminhoneiro é morto em manifestação em RO

A vítima, que não foi identificada, chegou a ser levada para o hospital, 
mas não resistiu aos ferimentos. A pedra atravessou para-brisa do veículo 
e atingiu o homem

Um caminhoneiro foi morto com uma pedrada, na tarde desta quarta-feira (30), em Vilhena (RO), quando passava por um ponto de manifestação na BR-364. A vítima, que não foi identificada, chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Apesar de a rodovia estar sem interdição, moradores do município têm usado da violência para atacar com pedradas caminhoneiros que passam pela via, de acordo com a Rede Amazônica, filiada da TV Globo. Uma das pedras atingiu o veículo de um homem, que foi atingido na cabeça e morreu.

A área está isolada. Tanto a PRF quanto a PM estão acompanhando o caso. A perícia técnica da Civil também está no local. A placa do veículo é de Jaru (RO).

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou, em entrevista coletiva em Brasília, que o principal suspeito de ter cometido o crime foi preso

➤FUTEBOL

BRASILEIRÃO 2018 – 8ª RODADA



Saiba quais são as partidas programadas para hoje (30) pela Série A:





19:30
Vitória X Internacional – Barradão
Vasco X Paraná – São Januário
Sport X Atlético MG – Ilha do Retiro

21:00
Chapecoense X Ceará – Arena Conda
São Paulo X Botafogo – Morumbi

21:45
Grêmio X Fluminense – Arena Grêmio
Cruzeiro X Palmeiras – Mineirão

➤De novo

PF prende operador do PSDB

A Polícia Federal prendeu o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB, e também sua filha nesta quarta-feira, 30. Segundo a decisão judicial, a prisão de Paulo Vieira de Souza é necessária para ‘assegurar a instrução criminal’

A Justiça afirmou que testemunha ou ré ameaçada não expõe toda a verdade e prejudica a coleta das provas.

Ele é acusado pelo desvio de recursos de R$ 7,7 milhões da Dersa, entre 2009 e 2011 (governos Serra e Alckmin).

Paulo Vieira de Souza havia sido preso em 6 de abril. Ficou custodiado até 11 de maio quando foi solto pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Outro alvo da PF é o ex-chefe de Assentamento da Dersa Geraldo Casas Vilela. A defesa informou que ele vai se apresentar.

Agência Estado

➤Ricardo Noblat

O plano B de Lula

Antes de ser condenado e preso, algo que custou a acreditar que seria possível acontecer, Lula tinha um plano: repetir com a família Alencar de Minas Gerais a dobradinha que o levou a se eleger e se reeleger presidente.

O empresário José Alencar, patriarca da família, foi seu vice em 2002 e 2006. O filho dele, Josué, também empresário e que herdou os negócios do pai, seria seu vice este ano. Ele e Josué conversaram a respeito. E Josué topou a parada.

Aconselhado por Lula, o patriarca filiou-se ao então Partido Liberal (PL) do deputado Valdemar Costa Neto. Aconselhado por Lula, Josué filiou-se ao Partido da República (PR) do ex-mensaleiro Valdemar Costa Neto.

A condenação implodiu o plano original de Lula, mas ele não desistiu de outro que havia guardado para sacar caso fosse impedido de ser candidato: fazer de Josué uma alternativa a um eventual nome do PT para presidente.

O plano continua de pé. Ontem, depois se reunir-se com Valdemar e com a bancada de deputados federais do PT, Josué admitiu que para ele seria uma honra disputar a sucessão de Temer.

Publicado no Blog do Noblat (VEJA) em 30/05/2018

➤Diário Oficial do RS

Fim das atividades da Fundação Piratini e da Cientec



Foi publicado nesta quarta-feira (30) no Diário Oficial do Rio Grande do Sul o decreto Nº 54.089, assinado pelo governador José Ivo Sartori, que encerra as atividades da Fundação Piratini, mantenedora da TVE e FM Cultura. Também por decreto, Nº 54.088, foram encerradas as atividades da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec).

Todos os 165 servidores da Fundação Piratini serão transferidos, a partir de 1º de junho, para um quadro especial da Secretaria de Comunicação (Secom). A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) sucederá a Cientec e receberá seus servidores, igualmente em quadro especial. Os funcionários de ambas as fundações poderão ser relotados para órgãos da administração direta do Poder Executivo do Estado, desde que em funções compatíveis com seus cargos de origem.

Na Fundação Piratini, 53 servidores já foram demitidos (27 aderiram ao Plano de Demissão Voluntária). Nesta terça-feira (29), outros seis servidores foram demitidos e 19 Cargos em Comissão (CCs) foram exonerados, sendo três diretores. Vinte Funções Gratificadas (FGs) são extintas com a medida, gerando uma economia anual de aproximadamente R$ 700 mil. Apenas três CCs permanecem na Fundação Piratini para a baixa do registro da instituição: o presidente Orestes de Andrade Júnior, o diretor-geral, Thomaz Schuch, e a assessora jurídica, Maria Cícera Nascimento.


A TVE e a FM Cultura passam a ficar vinculadas à nova Diretoria de Radiodifusão e Audiovisual da Secretaria de Comunicação. Orestes de Andrade Jr. acumulará a presidência da Fundação Piratini com esta direção. “Devido ao desabastecimento de gasolina provocada pela greve dos caminhoneiros, tínhamos liberado os servidores até segunda-feira, 4 de junho. A TVE ficará plugada na TV Brasil até lá. A FM Cultura segue com programação gravada”, afirma Orestes de Andrade Jr. Ele lembra que o decreto ainda estabelece que o acervo patrimonial mobiliário e imaterial da Fundação será gerido e conservado pela Secom, que preservará o acesso aos dados e às informações de interesse público.



Dos 165 servidores que serão incorporados pela Secom, 28 têm estabilidade reconhecida pelo Estado, ou seja, possuíam cinco anos de serviço público quando da promulgação da Constituição de 1988. Os demais funcionários têm estabilidade precária, mantida por liminar na Justiça. O assunto está para ser apreciado no Superior Tribunal Federal (STF).

Se todos os desligamentos forem confirmados na fundação, serão economizados cerca de R$ 30 milhões ao ano. Do total de servidores, 25% ganham mais de R$ 10 mil e mais da metade (110 funcionários) recebe mais de R$ 7 mil.

No decreto de extinção da Fundação Piratini, também foi dissolvido o Conselho Deliberativo da Fundação Piratini. Junto a SECOM foi criado o Conselho Consultivo de Programação, composto por 11 integrantes: um representante da Secretaria de Comunicação – SECOM; um representante da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - SDECT; um representante da Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer - SEDACTEL; dois representantes da indústria audiovisual do RS (Fundação Cinema RS - FUNDACINE e Instituto Estadual de Cinema - IECINE); um representante da indústria musical gaúcha (Instituto Estadual de Música); um representante das agências de publicidade (Associação Riograndense de Propaganda - ARP); um representante dos Jornalistas (Associação Riograndense de Imprensa - ARI); um representante da rede de parceiros de programação da TVE e da FM Cultura; dois representantes da sociedade civil, indicados, para o primeiro mandato, pelo governador do Estado.

O novo Conselho terá o seu funcionamento regulamentado por Decreto, no prazo de quinze dias. Orestes de Andrade Jr. antecipa que, entre as prerrogativas do novo Conselho Consultivo da TVE e da FM Cultura, está estabelecer as diretrizes da programação de acordo com as finalidades das emissoras educativas, conforme a legislação aplicável às outorgas federais concedidas ao Estado do Rio Grande do Sul. O Conselho Consultivo deverá fiscalizar para que as emissoras educativas, TVE e FM Cultura, não sejam utilizadas para fins político-partidários, para a difusão de ideias ou fatos que incentivem recurso à violência, discriminações de qualquer natureza e preconceitos de raça, classe ou religião, e para finalidades publicitárias. 


SECOM/RS

➤Registros sindicais

PF abre operação contra fraude
Paulinho da Força, Jovair Arantes e Wilson Filho - Fotos: Reprodução
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 30, a fase ostensiva da Operação Registro Espúrio. A investigação mira um esquema concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.

Três deputados federais são alvos da ação: Paulinho da Força (SD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB).

Em nota, a PF informou que cerca de 320 policiais federais estão cumprindo 64 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de prisão temporária, além de outras medidas cautelares. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal e estão sendo cumpridos no Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.

As medidas cautelares diversas da prisão solicitadas pela Procuradoria-Geral da República são a proibição de ir ao Ministério do Trabalho e proibição de contatar demais investigados da operação. Elas só serão aplicadas a dois dos três parlamentares — PGR e a PF não informaram quais sofrerão essas restrições.

“Após cerca de um ano, as investigações revelaram um amplo esquema de corrupção dentro da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com suspeita de envolvimento de servidores públicos, lobistas, advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares”, informa a nota da PF.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro.

Agência Estado

➤BOM DIA!

Greve, feriadão ou comício?
A greve (?) que os petroleiros, mesmo contra decisão da Justiça, iniciaram em apoio aos caminhoneiros! Um movimento sindical sem conotação política, afirmam! 
Mesmo que a Justiça tenha decretado a ilegalidade do movimento, os petroleiros paralisaram suas atividades a partir de hoje. Mas não pensem que estão solicitando aumento de salários, benefícios trabalhistas ou coisa parecida. Eles estão somente parados em apoio aos caminhoneiros que já receberam tudo o que pediram e que, numa demonstração clara do envolvimento ideológico, seguem parados em determinados pontos de estradas brasileiras.

Desde que me conheço por gente, e já faz tempo, sempre ouvi falar, participei e soube de greves reivindicatórias. Era gente insatisfeita com o que ganha, que desejava melhores condições de trabalho e coisas do gênero.

O movimento iniciado pelos petroleiros, além de ilegal, não tem nada disso. Eles estão parados, e ficarão assim por 72 horas, ou mais, em apoio aos caminhoneiros, pedindo a saída de Pedro Parente da Petrobras, tudo numa claríssima demonstração de defesa de uma ideologia partidária manifestada desde o tempo em que o presidente do Sindipetro sentava ao lado da ex-presidente Dilma, feliz da vida e não se queixava de nada. Fazia parte do governo!

Analisando os motivos que levam os petroleiros a aderirem ao movimento iniciado hoje, considerado ilegal pela Justiça, repito, fico pensando no quanto uma paralisação que teve o apoio de grande parte dos brasileiros, descambou para aquilo que tem movido os movimentos de sindicalistas nos últimos anos. As greves sindicais, nada mais são do que movimentos partidários e ideológicos com finalidades específicas.

Ontem, ao assistir um caminhoneiro sendo brutal e covardemente agredido por um bando de caminhoneiros (?) fiquei pensando se estava vendo cenas de uma democracia ou vivendo num estado selvagem onde a liberdade é superada pela força, pela ignorância de alguns.

A greve dos caminhoneiros acabou ou, pelo menos, não tem mais razão de ser a partir do momento em que o governo, depois de tantos fracassos, atendeu aos pedidos das lideranças grevistas.


Pois agora, mesmo desafiando uma determinação da Justiça, os petroleiros paralisam suas atividades, num movimento claramente político e agressivo do ponto de vista legal. Sem qualquer outro objetivo, somente tumultuam o ambiente já conturbado do Brasil.

Mas o pior de tudo é que, como sempre, logo após a paralisação, apresentarão uma carta de reivindicações exigindo, em primeiro lugar, que os dias paralisados não sejam descontados de seus salários. Esquecem, os petroleiros, que quem para durante um movimento considerado ilegal, deve arcar com o ônus do que acontecer posteriormente.

Sem esquecer que a greve, além de ideologicamente preparada, faz com que os envolvidos tenham um prolongadíssimo feriadão. Talvez nem lembrem que os brasileiros estão cansados de tanta fila para abastecer os carros parados e pensam, exclusivamente, em seus interesses partidários.

Aos que ainda não viram, peço que olhem as cores das camisetas, das bandeiras e faixas que os petroleiros carregam em suas manifestações. Além dos cartazes, é claro!

Coincidência?

Machado Filho

terça-feira, 29 de maio de 2018

➤Fazendeiros de três estados

Colocam funcionários à disposição da greve



Fazendeiros e associações rurais de pelos menos três estados do país colocaram seus funcionários para “trabalhar e servir” à greve dos caminhoneiros. O GLOBO conversou, sob a condição de manter o anonimato, com produtores e lideranças dissidentes da Confederação da Agricultura e Pecuária que têm atuado no apoio à greve nos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.


Todos admitem que fazendeiros desses três estados “liberaram” os funcionários para servir churrasco e levar comida para os caminhoneiros, além de terem retirado os trabalhadores do campo e os colocado para conduzir tratores e maquinários em direção a pontos de bloqueio de rodovias, com o objetivo de engrossar o tamanho dos engarrafamentos e fortalecer o “movimento”.

Um fazendeiro e representante de uma associação ruralista do interior de Goiás afirma que, se não fosse o apoio do setor, a greve já teria terminado. O fato é que, segundo ele, os fazendeiros, neste nono dia de greve, estão divididos “ao meio” quanto à continuidade do apoio à paralisação.


— Sinceramente, acho que os produtores estão perdendo a oportunidade de aproveitar a paralisação para colocar algumas de suas pautas. Mas a verdade é que a gente não tem uma federação forte, e o pessoal não reconhece a CNA como sua representante. Então, a maioria dos produtores apoia a greve porque quer intervenção militar.

No Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, os fazendeiros também estão divididos quanto ao apoio da continuidade à greve. Isso porque a paralisação também tem gerado prejuízo ao meio rural.

— Quem mexe com coisas muito perecíveis, e até quem mexe com grãos, também está tomando prejuízo. Os insumos não chegam. Então, metade dos produtores já pararam de dar comida e churrasco para alimentar os caminhoneiros. Também pararam de colocar trator nas rodovias, porque acreditam que os caminhoneiros já conseguiram suas reivindicações. Quem permanece apoiando é quem quer a intervenção (militar) - afirma o representante de uma associação de fazendeiros de Rondonópolis, no Mato Grosso.

“Satisfeito” com o resultado da greve, ele completa:

— Existe um movimento de fazendeiros para acabar e outro para terminar com a greve. O que quer manter faz isso pelo ponto de vista ideológico, pedindo intervenção militar. Produtores foram para as rodovias, levaram seus funcionários para protestar junto aos caminhoneiros. Mas, agora, parte quer o retorno dos caminhoneiros, estão preocupados com a produção.

Agência Globo

➤Sem comida

Quase 70 milhões de aves morrem

Foto: ABPA/Reprodução
Os bloqueios que impedem a circulação de caminhões com rações, insumos para a produção da alimentação animal e outros produtos já deixaram quase 70 milhões de aves mortas, segundo estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Outras 120.000 toneladas de carne de frango e carne suína deixaram de ser exportadas desde o início da greve dos caminhoneiros, que já está no seu nono dia.

Segundo levantamento feito pela entidade, os caminhões que transportam milho, soja e outros produtos para manter os animais são impedidos de circular em mais de 300 pontos de 22 estados em todo o país. Além dos bloqueios, de acordo com a associação, há relatos de ameaças a motoristas que querem deixar a paralisação.

Em nota, a ABPA afirma que os animais mortos são colocados em composteiras dentro das propriedades, mas o sistema já está no limite de sua capacidade para abrigar os corpos. “O risco ambiental e de saúde pública é crescente. Cerca de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos ainda estão em risco de morte como consequência direta dos bloqueios”, diz o comunicado.

A entidade também afirma que todos os esforços estão sendo realizados por avicultores, técnicos do setor, colaboradores da cadeia produtiva e, inclusive, motoristas que não concordam com a continuidade da greve para diminuir os graves impactos causados pela paralisação.

“A situação é alarmante para todo o setor. A continuação dos bloqueios para produtos alimentícios, rações e animais são um grave risco para o País e exigem uma ação forte e imediata do governo. Não é mais possível esperar”, diz o texto.

Portal VEJA

➤Greve dos petroleiros:

Ignorância, arrogância e oportunismo

Mailson da Nóbrega



A greve que os petroleiros anunciaram é um movimento político. Nada tem a ver com o direito de greve, pois não envolve  reivindicação de salários e benefícios. Parece ter por objetivo enfraquecer o governo, talvez imaginando que o agravamento da crise de abastecimento possa reduzir ainda mais a popularidade de Michel Temer.

O movimento exige a demissão do presidente da Petrobras. Trata-se de uma arrogância inacreditável. O presidente Temer jamais poderia ceder a uma chantagem dessa envergadura. Seria melhor renunciar ao cargo, pois se atendesse tal demanda teria perdido o pouco que lhe resta de comando do governo e do país.

Outra exigência absurda é a da revogação da política de preços da Petrobras e a redução dos preços do gás de cozinha e da gasolina.  Os petroleiros parecem desejar o retorno do desastroso controle de preços do governo Dilma, que quase quebrou a empresa, infligindo lhe bilhões de reais de prejuízos.

Isso é uma demonstração de ignorância que beira à estupidez. A volta do controle de preços dos combustíveis, associada à redução de preços de produtos da empresa, poderia levá-la à bancarrota. A medida interromperia boa parte de seu acesso ao crédito local e estrangeiro. Garroteada em suas finanças, a Petrobras poderia ficar impossibilitada de cumprir seus compromissos e, assim, de pagar os funcionários que o Sindicato dos Petroleiros imagina defender.

Por fim, a greve, caso deflagrada, constituiria demonstração inequívoca de oportunismo. Os petroleiros provavelmente imaginam que o movimento, ao prejudicar ainda mais uma sociedade indefesa diante da greve dos caminhoneiros, poria de joelhos o governo, o que beneficiaria o PT, com o qual se aliam, acarretando a derrota dos candidatos que julgam ser seus inimigos políticos.

Por tudo isso, é lícito afirmar que a greve prometida pelos petroleiros tem característica marcadamente ilegal.

Portal VEJA

➤Josias de Souza

Presidente terminal

Além dos reflexos econômicos, a crise dos caminhões deixará marcas políticas. O governo já havia entrado em colapso ético em maio de 2017, quando explodiu o grampo do Jaburu. Na crise atual, o que se convencionou chamar de gestão Temer viveu um apagão administrativo. No momento, Temer dispõe de uma equipe inepta, uma base congressual estilhaçada e uma autoridade que cabe numa caixa de fósforos. Tudo isso leva o mercado, a sociedade e os atores políticos a desligarem o presidente da tomada.

Entre o colapso moral de maio de 2017 e o apagão de maio de 2018, o desgoverno de Temer operou em duas velocidades que podem ser consideradas insultuosas. Moralmente, foi ligeiro como um punguista. Gerencialmente, foi lento como uma lesma. A autoridade de Temer ruiu porque a sociedade tem a exata percepção de que honestidade e eficiência são como virgindade. Quem perdeu não recupera.

A crise dos caminhões fez de Temer um presidente terminal. Ele não deixará a Presidência, terá alta. Sairia em 1º de janeiro de 2019. Mas, na prática, seu mandato será encurtado para 28 de outubro. Nesse dia, o brasileiro escolherá, em segundo turno, o próximo presidente da República. A realidade forçará o presidente eleito a iniciar o novo governo já na fase de transição. Temer, que se queixava de ser tratado por Dilma como um vice “decorativo”, permanecerá no Planalto até 1º janeiro como um vaso quebrado à espera de ser removido para o entulho da história.

Publicado no Blog do Josias em 29/05/2018

➤Infiltrados na greve

Governo identifica três movimentos


O governo apura se três movimentos políticos – “Intervenção militar já”, “Fora Temer” e “Lula livre” – se infiltraram na paralisação dos caminhoneiros. Eles estariam alimentando os focos que ainda querem manter os bloqueios, mesmo após ter boa parte de suas reivindicações atendidas ou ao menos encaminhadas. Essa é uma leitura feita nas reuniões do gabinete de crise montado pelo Palácio do Planalto na semana passada.

Os caminhoneiros falam abertamente do problema. “Para esses que têm posição extremista, esse ou qualquer outro acordo não iria funcionar porque a intenção não é resolver problemas, mas criar o caos e a instabilidade”, disse o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí, no Rio Grande do Sul, Carlos Alberto Litti. Para o líder gaúcho, o grupo mais resistente ao acordo é movido “por um tema político e não econômico”.

“A pauta política existe, mas não vamos nos envolver. Tudo o que os autônomos precisam para voltar a ganhar dinheiro está aqui”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, ao exibir o acordo firmado na noite de domingo. Segundo líderes dos caminhoneiros informaram ao Planalto em reunião ontem, os infiltrados somariam algo como 10% a 15% do movimento. A informação foi recebida com irritação pelas autoridades federais, principalmente por envolver o “Fora Temer”.

Ontem, o próprio ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu a possibilidade de haver infiltração política e informou que a Polícia Rodoviária Federal trabalha para apartá-los do movimento. “A PRF conhece as estradas onde trabalha, conhece quem é líder do movimento caminhoneiro e sabe das infiltrações políticas. Ela está mapeando e não quer cometer nenhuma injustiça. Com muita cautela, vai começar a separar os infiltrados.”

O governo avalia já ter feito tudo o que estava a seu alcance para atender à pauta dos caminhoneiros: redução da Cide e do PIS/Cofins no diesel, a promessa de congelamento de preço por 60 dias – e depois reajustes a cada 30 dias –, a liberação da cobrança de pedágio sobre eixo suspenso (quando o caminhão trafega vazio e, por isso, suspende o terceiro eixo) e a reserva de 30% das cargas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para os caminhoneiros autônomos.

Mas, ao lado da pauta dos caminhoneiros, ganhou força a pauta política. E sobre essa ainda é impossível avaliar a intensidade e extensão do movimento. Os mais pessimistas não descartam o risco de, havendo crescimento dessa vertente, o protesto resvalar para algo semelhante às manifestações de 2013, quando atos que, inicialmente tinham como questão central a reclamação contra o aumento das passagens de ônibus ganhou dimensão muito maior.

Agência Estado
Fotos: Reprodução

➤Greve de caminhoneiros

Desabastecimento geral no 9º dia


O acordo proposto pelo presidente Michel Temer para encerrar a greve dos caminhoneiros não foi suficiente para acabar com os bloqueios nas estradas. O governo atribuiu a dificuldade para encerrar a greve à existência de infiltrados políticos dentro do movimento. Os líderes grevistas se dividiram sobre a continuidade da paralisação. A Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) defende o retorno ao trabalho, mas uma parte da categoria afirma que nem todas as reivindicações foram atendidas e por isso a greve continua. Enquanto isso, a população faz filas atrás de gasolina e álcool nos postos do país e aguarda o abastecimento de alimentos em supermercados e centros de distribuição.

O abastecimento de combustíveis apresentou melhoras pelo país com a redução do movimento de paralisação dos caminhoneiros, mas a situação ainda está longe do ideal e deve demorar pelo menos uma semana para voltar ao normal, disse nesta terça-feira o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Aurélio Amaral.

Ainda há locais onde a situação é considerada delicada. Uma grande preocupação das autoridades é com o Porto de Suape, um polo importante para a Região Nordeste. “Lá em Suape a situação ainda é crítica e continua ruim também em Minas, Rondônia, São Paulo, Roraima, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Sergipe”, acrescentou o diretor, que disse esperar uma melhora ao longo do dia.

Postos de gasolina de vários pontos da cidade de São Paulo começaram a receber combustível na noite desta terça-feira. Os caminhões-tanque chegavam escoltados por carros da Polícia Militar, que permanecia nos postos. Em alguns estabelecimentos, preço da gasolina chegava a 5,10 reais.


Nove dos 54 aeroportos administrados pela Infraero estão sem combustível no início desta terça-feira como reflexo da greve dos caminhoneiros. São eles:

Foz do Iguaçu/PR
Paulo Afonso/BA
Teresina/PI
Palmas/TO
João Pessoa/PB
Ilhéus/BA
Cuiabá/MT
Imperatriz/MA
Petrolina/PE

A Infraero esclarece que os aeroportos estão abertos e têm condições de receber pousos e decolagens. Nos terminais em que o abastecimento está indisponível no momento, as aeronaves que chegarem só poderão decolar se tiverem combustível suficiente para a próxima etapa do voo.

SITUAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL


greve dos caminhoneiros entra no nono dia nesta terça-feira (29) com registros de manifestações em diversos pontos do Rio Grande do Sul. De acordo com Federação das Indústria do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), o prejuízo da mobilização para as fábricas chega, até agora, a R$ 1,6 bilhão. Os segmentos de bebidas, laticínios e alimentos são os mais prejudicados, mas também há impactos nas áreas químicas, veículos e máquinas.

Manifestações: há pelo menos 100 pontos de protestos em rodovias federais e estaduais do Rio Grande do Sul nesta terça-feira 

Ônibus em Porto Alegre: nesta terça e quarta-feira, nos momentos de pico – dos primeiros horários às 8h30min e das 17h às 19h30min –, os coletivos irão circular normalmente. Nos demais horários, as linhas funcionarão apenas de hora em hora.

Aeroporto: Salgado Filho tem combustível disponível para garantir voos até as 14h de quarta-feira (30).

Combustível: de acordo com a prefeitura de Porto Alegre, pelo menos 24 postos estão vendendo combustível nesta terça-feira

Escolas: rede estadual deve retomar as atividades nesta terça-feira

VEJA/Gaucha/ZH

➤OPINIÃO

Brincando de golpe

Eliane Cantanhêde

Assim como nos aviões, são duas as decisões mais tensas de uma greve: quando e por que começar, quando e por que parar. A greve dos caminhoneiros começou na hora certa, jogou luz nas agruras do setor, criou um caos no País e foi um estrondoso sucesso. Os caminhoneiros, porém, estão perdendo o timing de acabar a greve e capitalizar as vitórias.

As pessoas apoiaram a revolta, mesmo sofrendo diretamente as consequências, porque se identificaram com as dificuldades dos caminhoneiros e, como eles, estão à beira de um ataque de nervos diante de tanta corrupção. Mas é improvável que apoiem agora, simultaneamente, o “Fora Temer”, o “Lula livre” e a “Intervenção militar já”. 

É uma salada indigesta. Pepino, abacaxi e pimenta não combinam e, cá para nós, focar o protesto na queda do presidente Michel Temer raia o ridículo, é como “chutar cachorro morto”. Faltando seis meses para o fim do governo? Com Temer já no chão? É muita artilharia para pouco alvo.

O governo cedeu exatamente em tudo que eles pediam: preço do diesel, redução de impostos, previsibilidade nos reajustes, tabela mínima de fretes e mudança nos pedágios federais, estaduais e municipais. Uma brincadeira que vai custar de R$ 9,5 bilhões a R$ 13,5 bilhões ao Tesouro. Leia-se: a você, leitor, leitora. Agora, a munição do governo acabou. Não há o que fazer.

Eles exigiam mais do que 30 dias de suspensão de aumentos, o governo admitiu o dobro. Exigiam aprovação já, o governo assinou medidas provisórias, que entram em vigor imediatamente. Exigiam publicação do acordo no Diário Oficial da União, o governo fez uma edição extra. Depois de tudo, eles passaram a exigir o corte de R$ 0,46 nas bombas, antes de voltar à ativa. Estão enrolando. Com outras intenções?

Uma coisa é a paralisação de caminhoneiros com reivindicações justas. Outra coisa, muito diferente, é um movimento político com exigências difusas, até contraditórias, e absolutamente inexequíveis. A paralisação deixa de ser justa, perde a legitimidade e passa a ser um ataque oportunista, não a um governo agonizante, mas às instituições e a toda a sociedade.

Ontem, manifestantes já circulavam pela Praça dos Três Poderes e confrontavam o Palácio do Planalto, como ocorreu em junho de 2013. Amanhã, os petroleiros podem começar uma greve sem pauta, movida a ódio e a política. No que isso vai dar? Há um clima de insegurança, de temor, de exaustão, no qual o que mais falta é racionalidade. Não estão medindo as consequências.

Estão todos brincando com fogo: governo, caminhoneiros, os que amam Lula, os que odeiam Temer, os saudosos da ditadura militar... Mas todos eles, que comemoram e se divertem hoje, poderão ter muito o que chorar e espernear amanhã, porque todo esse ódio e essa “revolução” miram um governo em fim de festa, mas podem acabar fazendo a festa de quem menos eles esperam em outubro.

Diz a inteligência, e confirmam os estrategistas, que você só dá passos sabendo onde quer chegar. E deve saber o momento de parar, para renovar energias, ou até recuar, para não bater com a cara na parede. O que se vê hoje, nos radicais que ameaçam as vitórias dos caminhoneiros, e na turba que os aplaude maliciosa ou ingenuamente, é justamente a falta de objetivos, de propósitos. É se jogar de cabeça, sem pensar nos riscos, nos perigos.

Derrubar Temer e colocar Rodrigo Maia na Presidência não pode ser um objetivo sério, um propósito de boa-fé. É uma manifestação irracional de ódio, um desserviço ao Brasil, uma aventura com repercussões nefastas. Quem gosta de brincar com fogo parece torcer por um golpe, mas um golpe de verdade. Que não venham depois chorar sobre o leite derramado, tarde demais.

Publicado no portal do Jornal Estado de São Paulo em 29/05/2018

segunda-feira, 28 de maio de 2018

➤FUTEBOL

Uma partida - Sampaio Corrêa 1 X 0 Ponte Preta - encerrou a 7ª Rodada da Série B do Brasileirão 2018. Veja como ficou a classificação:



➤Pesquisa

Maioria desaprova ‘greve’ de caminhoneiros

Uma pesquisa realizada pelo instituto Idea BigData no fim de semana e divulgada pelo Globo nesta segunda-feira, 28, aponta que a maioria da população está contra o movimento dos caminhoneiros, ao contrário do que pode parecer nas redes sociais, com a mobilização das milícias digitais favoráveis ao protesto.

De acordo com a pesquisa, 55% dos brasileiros desaprovam a paralisação. O levantamento, que ouviu 2.004 pessoas por telefone, mostra também que 95% desaprovam as ações do governo Temer para tentar por fim ao protesto e 66% são contra a política de preços da Petrobras, que leva em conta a cotação internacional do petróleo, para reajustar diariamente o combustível entregue às refinarias

Blog BR 18/Estadão

➤Greve dos caminhoneiros

PF vai prender quem tentar continuar


As novas concessões do governo aos caminhoneiros, anunciadas na noite desse domingo pelo presidente Michel Temer, não foram suficientes para encerrar os protestos nas estradas e fazer a categoria voltar ao trabalho normal. O governo fala em 'retorno da normalidade', mas ainda há manifestações na maioria dos Estados e o reabastecimento das cidades é lento. A Polícia Federal deve começar a prender líderes da greve que resistem ao fim da paralisação.

Os postos que receberam combustíveis das distribuidoras registram longas filas. O transporte público segue prejudicado - em São Paulo, o prefeito Bruno Covas afirmou que a frota de ônibus só tem combustível suficiente para circular até esta terça-feira, 29.

Escoltas das forças de segurança priorizam o transporte para áreas essenciais - como o de combustível para veículos policiais, aeroportos e área da saúde. Hospitais ainda cancelam procedimentos não urgentes pelo risco de desabastecimento.

Pesquisas mostram que o apoio da população à greve dos caminhoneiros caiu nos últimos dias. Na capital paulista, houve registro de manifestações de motoristas de vans escolares nesta segunda-feira, 28. A Bolsa de Valores caiu 4,49% no pregão desta segunda e a Petrobrás soma perda R$ 115 bilhões em uma semana

Agência Estado

➤Diesel mais barato

Governo admite que vai aumentar imposto


O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, indicou nesta segunda-feira que o governo terá de aumentar impostos de “outras coisas” ou retirar benefícios tributários para garantir uma das partes da redução de impostos sobre diesel, com impacto de 4 bilhões de reais neste ano.

“Haverá aumento (de impostos) para alguém? Sim”, afirmou ele, acrescentando ainda que essa compensação também pode vir com eliminação de benefícios hoje existentes. “Isso não é aumento da carga tributária, é um movimento compensatório previsto na lei”, afirmou ele.

Na noite passada, o presidente Michel Temer anunciou redução do preço do diesel em 46 centavos de reais por litro por 60 dias, em atendimento às reivindicações dos caminhoneiros. Mesmo assim, a categoria mantinha a paralisação que tem provocado desabastecimento em todo o país.

Desses 46 centavos, 30 centavos serão bancados até o final do ano pela União, via programa de subvenção que custará 9,5 bilhões de reais, coberto por uma sobra de 5,7 bilhões de reais que o governo tem em relação à meta de déficit primário, além de corte de despesas de 3,8 bilhões de reais.

Os 16 centavos adicionais virão por redução de impostos, ao custo total de 4 bilhões de reais, perda de receita que, por lei, deverá ser compensada por outras fontes, ressaltou Guardia. Ele destacou que a aprovação do projeto de reoneração da folha de pagamento é crucial para essa cobertura, mas, sozinho, não dará conta do recado.

Ele lembrou que o projeto, tal qual aprovado pela Câmara dos Deputados, teria impacto positivo de 3 bilhões de reais em 12 meses. O texto ainda demanda cumprimento de noventena para começar a valer, de forma que seu efeito líquido não será suficiente para tapar o buraco de 4 bilhões de reais.

Bastante questionado a respeito da natureza das demais medidas tributárias que virão a seguir, Guardia repetiu em diversos momentos que tudo será divulgado em momento oportuno. E afirmou que o governo buscará nessa tarefa melhorar a qualidade do sistema tributário.


“Temos que aproveitar essa discussão para caminhar na direção de uma carga tributária melhor distribuída independentemente das reclamações que possam vir em função disso”, afirmou.

O ministro avaliou que a greve dos caminhoneiros terá impacto temporário e não tenderá a alterar o comportamento da inflação. Mais cedo, ressaltou ainda que o governo segue prevendo um crescimento da economia de 2,5% este ano apesar dos distúrbios provocados pela paralisação até agora.

A greve dos caminhoneiros tem afetado a atividade econômica nos últimos dias e influenciado a leitura de agentes econômicos. Segundo pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta manhã, as estimativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) caíram a 2,37% na semana passada, sobre 2,5 por cento antes.

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