Foto: Estadão/Reprodução |
A Polícia
Federal prendeu, na Operação Skala, nesta
quinta-feira, 29, amigos muito próximos do presidente Michel Temer (MDB). Os
aliados do emedebista são alvos da investigação que apura o Decreto dos Portos.
Foram presos o empresário e advogado José Yunes, o
presidente da empresa Rodrimar, Antonio Celso Grecco, o ex-ministro de
Agricultura Wagner Rossi e
o coronel da PM reserva João Batista de Lima Filho, o coronel Lima.
Milton Ortolan, auxiliar de Wagner Rossi, e uma mulher
ligada ao Grupo Libra também foram presos. As ordens de prisão são
temporárias – por cinco dias.
O nome Skala se refere ao único porto da ilha de
Patmos. As ordens de prisão foram solicitadas pela procuradora-geral da
República, Raquel Dodge.
Os mandados são do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo
Tribunal Federal no âmbito do inquérito que apura o Decreto dos Portos.
O presidente Michel Temer (MBD)
é um dos alvos da investigação e está sob suspeita de beneficiar a empresa
Rodrimar na edição do decreto voltado ao setor portuário. Em fevereiro, Barroso esticou o inquérito por 60 dias.
O Decreto dos Portos foi pivô de um diálogo no dia 4 de maio entre Temer e seu então assessor Rodrigo Rocha
Loures, alvo do grampo da Polícia Federal. A
interceptação ocorreu em meio ao processo de delação premiada de executivos do
Grupo JBS, entre eles Joesley Batista.
José Yunes é amigo do presidente Michel Temer (MDB) há
mais de 50 anos. O empresário foi assessor de Temer da Presidência.
O empresário também foi citado na delação do doleiro
Lucio Funaro. O delator afirmou que José Yunes era um dos operadores de Michel Temer.
Wagner Rossi é pai do deputado Baleia Rossi. O ex-ministro foi citado na delação de executivos da J&F e da JBS.
A Polícia Federal informou que por determinação do STF
‘não se manifestará a respeito das diligências realizadas na presente data’.
Ele pediu demissão do cargo após a revelação do conteúdo da delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo
Filho. José Yunes disse, na ocasião, que teria sido
‘mula involuntária’ do ministro Eliseu Padilha.
Agência Estado