quarta-feira, 22 de novembro de 2017

➤BOA NOITE!



Nascido em Lajático em 1958, Andrea Bocelli é um tenor compositor e produtor italiano, vencedor de cinco BRIT Awards e três Grammys. Seus discos venderam mais de 70 milhões de cópias em todo o mundo.

Em 1997, ao vivo num show realizado na Piazza Del Cavalieri, na Itália, Andrea Bocelli cantou um de seus primeiros e grandes sucessos, Com Te Partiro.


➤Organização criminosa

Grupo de garotinho usava armas de fogo


A ação que resultou nas prisões dos ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony e Rosinha Garotinho (PR), na manhã desta quarta-feira (22), faz parte de uma investigação que indica a existência de um esquema de contratos fraudulentos firmados entre empresas para repassar dinheiro para campanhas eleitorais.

Os beneficiários seriam Garotinho e o grupo político liderado por ele. Os ex-governadores são acusados de corrupção, organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais.

A investigação conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Estadual (MP-RJ) aponta que Garotinho cobrava propina de empresários em licitações da Prefeitura de Campos dos Goytacazes e, depois, pedia dinheiro para que os contratos fossem honrados.

Os promotores do MP-RJ afirmam que, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2016, período em que Rosinha foi prefeita de Campos, os envolvidos "associaram-se em organização criminosa, inclusive com o emprego de arma de fogo, de forma estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter, direta e indiretamente, vantagens financeiras, inclusive sob a forma de doações eleitorais".

Garotinho foi preso no apartamento da família no Flamengo, Zona Sul do Rio, e levado para a sede da PF. Depois, o ex-governador seguiu para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Ele foi hostilizado na saída da sede da PF, quando foi chamado de "bandido" e "corrupto". Rosinha Garotinho foi detida em Campos dos Goytacazes, no Norte do estado.
Para a operação, a Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes expediu nesta quarta-feira nove mandados de prisão e dez de busca e apreensão.
Agência Globo


➤Press Agrobusiness

Prêmio Massey Ferguson de Jornalismo

A matéria de capa da edição de junho da revista Press Agrobusiness, "A carne brasileira no olho do furacão" conquistou o 1º lugar na categoria revista do Prêmio Massey Ferguson de Jornalismo, entregue agora há pouco, durante almoço promovido pela empresa.

O jornalista Cristiano Vieira, autor da matéria, recebeu o troféu e o cheque de R$ 15 mil dado como premiação à reportagem, que concorreu com matérias finalistas publicadas pelas revistas Globo Rural e Exame.

A revista Press Agrobusiness vai se consolidando como um importante veículo de comunicação do agronegócio gaúcho e leitura obrigatória para quem vive, trabalha e atua no setor primário (primeiro) do RS.

➤OPINIÃO

Direita e esquerda*

Hoje, fica claro que eleições livres não consagram 
apenas representantes do povo

Roberto DaMatta

A crise é deflagrada por um impeachment e pela descoberta da corrupção num governo de esquerda. O fato marcante é o assalto aos bens públicos fora dos polos canônicos – esquerda e direita. Não há como ignorar como a desonestidade desmanchou a solidez das polaridade políticas.

Enquanto a esquerda foi um lugar na topografia política inaugurada com a Revolução Francesa, como mostrou J. A. Laponce num livro notável, não havia novidade. Mas, quando ela chega ao poder, cabe discutir como e onde sua moralidade fica semelhante à de uma cavernária direita.

Um governo de esquerda decepciona justamente por sua semelhança com a direita no que tange a ineficiência pública e a corrupção. Se a prova do pudim está em comê-lo, a esquerda não mudou a receita e governou seguindo as mesma práticas sociais que dominam o campo da política – um campo dinamizado mais pelos relacionamentos e favores pessoais do que por princípios ideológicos.
Parte inferior do formulário
Antigamente a “direita” significava manter o “status quo” que a “esquerda” queria mudar. Minha geração tinha como ideal reduzir a distância entre os poucos com muito e a multidão empobrecida. Até meu reacionário e alienado pai entendia isso, embora ponderasse que relativizar a propriedade seria promover o terremoto que derrubaria tanto o sistema quanto a nossa casa.

Era correto, entretanto, entender a história nessa chave desde que a esquerda não desempenhasse o papel da direita. A troca de lugar – esse movimento democrático – foi um avanço, pois democratizou também a esquerda. Ela deixou a lista negra e passou a fazer suas listas negras. No governo, foi obrigada a abandonar o “quanto pior, melhor” e exibiu poderosos e fracos no seu próprio espaço. Perdeu a inocência.

Até onde a dualidade entre esquerda e direita disfarça hierarquias? Num ensaio famoso e em outro contexto, Lévi-Strauss questiona se as organizações dualistas existem – ou seriam um modo de esconder hierarquias. Tal ocorreu quando a França revolucionária acabou com aristocracia, clero e povo e reduziu tudo a uma dualidade. Quem era contra o rei, ficava à esquerda; os que o sustentavam, à direta.

É prático, como sugere Laponce, reduzir o complexo campo da política à polaridade das mãos. Afinal, vive-se sem uma das mãos – como revelam os despotismos de direita e de esquerda –, mas não se caminha sem os pés ou sem a cabeça. A polaridade entre esquerda e direita integra diferenças porque suprime relações e estabelece, como mostrou Hertz, o destaque da mão direita. Mas, como ensina Dumont, não podemos esquecer que as mãos, distintas num juramento, juntam-se numa prece. São interdependentes.

Minha geração viu realizado o sonho de ter a esquerda no poder e observou desencantada como as peculiaridades do Estado à brasileira, associado a práticas sociais como o familismo e o favor, a transformaram em direita. Nela, vimos também surgir uma selvagem corrupção. Um hóspede sempre convidado do poder nacional, mas lamentavelmente escancarado pela esquerda.

Temo que, fora do poder, esquerda e direita se diferenciem, mas tal não ocorre quando elas se mudam para o palácio. Nele, o eleito tem que lidar com a matriz hierárquica nacional, com seu atávico e engenhoso legalismo a qual lhe assegura uma capacidade de mando maior do que esperava. Tal matriz tem feito milagres no Brasil. Se ela foi capaz de ordenar eleição com escravismo, por que não seria igualmente competente para conciliar austeridade socialista com riqueza capitalista? Além disso, o palácio tem suas portas abertas aos movimentos populares e aos projetos milionários. Governar, logo se descobre, é criar elos e fazer amizades cruzadas. Não é, pois, sem espanto que descobrimos como o político atua por meio de um espesso tecido de favores pessoais amparado por um igualmente denso e arcaico legalismo de cunho teológico, destinado a criar e manter privilégios.

Resumo da ópera: além da luta de classes, temos que nos haver com o combate entre o bom senso e um arraigado fetichismo legal. Com ele, mascaramos crimes e garantimos impunidade. Hoje, fica muito claro que eleições livres e competitivas não consagram apenas representantes do povo, mas também fazem com que os eleitos pelo povo entrem numa casta – fiquem além da lei. Quem deveria dar o exemplo de cidadania é tentado a virar mestre de mistificação e oportunismo. E aqui, caros leitores, as mãos lamentavelmente se unem e se igualam embolsando dinheiros...

*Publicado no Portal Estadão em 22/11/2017

➤COMENTANDO

Nas rádios, nos jornais, na internet...

Segue a greve contra os alunos
Ontem publiquei uma foto (AGÊNCIA RBS) de uma professora sentada no degrau de acesso ao Palácio Farroupilha, mostrando uma corrente que impedia que os funcionários da Assembleia Legislativa que desejavam trabalhar entrassem no prédio. Postei e fiz um comentário sobre a ligação política do Cpers com partidos de esquerda. Ou alguém lembra de alguma greve contra os governadores eleitos pelo PT? Os professores passam quatro anos esperando e, quando o governador não é do partido deles, promovem greve geral.
Agora, estão desde o dia 5 de setembro (77 dias) parados, reivindicando o que sabem que não podem ganhar. Mas certamente exigirão que os dias parados não sejam descontados. Os alunos que não concluirão o ano letivo são problema do governador, segundo os professores (?) que apoiam o que o Cpers manda.
Os comentários foram de todos os lados, mas a grande maioria contestando a greve política que o Cpers faz, prejudicando irrecuperavelmente, a vida escolar de jovens que perderão um ano de estudos e muitos sonhos!

Deputados do Rio pensam que mandam mais que a Justiça
Desde ontem, novamente por 5 X 0, os desembargadores do TRF2 decidiram que os três deputados do PMDB, retirados da prisão por determinação da Assembleia Legislativa do RJ, devem voltar para a cadeia. E os três já estão atrás das grades de onde, aliás, só poderiam ter saído, no entendimento do TRF2, por ordem judicial. “Só pode soltar, quem manda prender”, disse o desembargador Abel Gomes. E determinou, juntamente com seus colegas, que os parlamentares voltassem para a cadeia.
Agora começa uma nova etapa, mas pelo menos temos reestabelecida a ordem e o cumprimento da lei. Onde já se viu a justiça mandar prender e deputados decidirem pela liberdade dos suspeitos? Como se diz lá em São Gabriel, manda quem pode, obedece quem tem juízo!

Nunca se prendeu tanto ex-governador do Rio
Depois que escancararam as vigarices, a corrupção, a roubalheira de Sérgio Cabral, sua mulher e vários secretários seus, agora PF prendeu, mais uma vez, o ex-governador Anthony Garotinho e sua mulher, também ex-governadora do Rio, Rosa Garotinho. Os dois são acusados de compra de votos em Campo dos Goytacazes, no norte do Estado.
Neste momento, o casal está na PF, passando por exames e, depois, vai prestar depoimentos sobre os motivos da prisão e a suspeita de compra de votos.
Como o atual governador, Pezão, também está envolvido em denúncias, vamos combinar que a coisa não está das melhores para o lado de quem governa o Rio de Janeiro.

O drama da tripulação do submarino argentino
Na realidade é um drama deles, das famílias e do mundo inteiro. Preso no fundo do mar, o ARA San Juan está sendo procurado por guarnições de marinha de vários países, incluindo o Brasil. Mas o drama fica maior quando se sabe que o oxigênio que pode manter vivos os tripulantes do barco, está acabando. A marinha da Argentina disse que o ARA tem oxigênio para uma semana, o que significa que hoje deve acabar.
Vou fazer um comentário sobre o que penso do episódio e sei que posso agradar muitos e desagradar muitos, também. Não posso concordar que as notícias sobre o acidente sejam tão singelas, Não penso em sensacionalismo, mas em informações que nos coloquem realmente a par do que está ocorrendo. Lamentavelmente, se dá muito mais destaque aos shows de alguns artistas, ao futebol, por exemplo, do que à vida de vários marinheiros argentinos presos no fundo do mar. É a minha opinião.

A qualidade do ensino no Brasil
Leio no Portal G1, a seguinte notícia: “Dez anos depois da criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 71% das escolas dos anos iniciais do ensino fundamental avaliadas em 2015 ainda não chegaram ao patamar mínimo de qualidade definido pelo Ministério da Educação (MEC). E 39% delas ainda estão distantes da meta nacional estipulada pelo próprio MEC para 2021, que corresponde ao nível 6 no Ideb”.
Certamente nem precisaria comentar, já que o texto diz tudo. O que penso que tenho obrigação de falar, é que admitindo as falhas enormes dos governantes e o descaso com o ensino, não podemos esquecer o idealização que tomou conta de alguns sindicatos de professores, atrelados a partidos políticos e que pensam muito mais em obedecer ordens de seus comandantes,. Do que nos alunos que dependem exclusivamente do que buscam nas escolas. O ensino público, principalmente, está cada vez pior. É culpa dos governantes? Claro que sim. Afinal de contas, não dão aos professores e alunos as condições necessárias.  É culpa dos professores? Claro que sim, pois, afinal são contratados para dar aulas, não para dirigir sindicatos e comandar greves.