terça-feira, 7 de novembro de 2017

➤FUTEBOL

Campeonato Brasileiro 2017
33ª Rodada
34ª Rodada


SERIE A

Quarta – 08/11
19:30
Ponte Preta 0 X 1 Grêmio – Moisés Lucarelli
Avaí 1 X 2 Bahia – Ressacada

21:00
Atlético PR 0 X 1 Corinthians – Arena Baixada
Sport 1 X 2 Botafogo – Ilha Retiro

21:45
Flamengo 2 X 0 Cruzeiro – Luso Brasileiro
Santos 1 X 2 Vasco - Vila Belmiro
Vitória 1 X 3 Palmeiras – Barradão

Quinta – 09/11
20:00
São Paulo 2 X 2 Chapecoense – Pacaembu
Atlético MG 3 X 2 Atlético GO – Independência

21:00
Fluminense _ X _ Coritiba - Maracanã


SÉRIE B

Segunda-06/11
20:00
Luverdense 2 X 2 Internacional – Parque das Emas

Terça-07/11
19:15
Criciúma 2 X 0 Boa Esporte – Heriberto Hülse
Vila Nova 1 X 1 Santa Cruz – Serra Dourada
América MG 2 X 0 ABC – Independência

20:30
Náutico 1 X 3 Paysandu – Arena Pernambuco
Oeste 1 X 1 Figueirense – Arena Barueri
Brasil 2 X 0 Paraná – Bento Freitas
Londrina 2 X 0 Goiás – Estádio do Café

21:30
Ceará 2 X 2 Guarani – Castelão
CRB 2 X 0 Juventude – Rei Pelé

CLASSIFICAÇÃO

➤BOA NOITE!



Israel Kamakawiwo'ole,  foi um cantor e compositor havaiano que morreu com 38 anos.

Kamakawiwo'ole, que usava também o nome "Braddah IZ", foi muito famoso em sua terra natal e era descendente de uma linhagem pura de nativos havaianos. Nunca ocultou a sua posição a favor da independência do Havaí e de defesa dos direitos dos nativos. É um dos nomes mais conhecidos do estado americano do Havaí.


Entre os diversos sucessos de Israel Kamakawiwo’le, que ele interpretava com seu estilo próprio, está What a Wonderful World, que selecionei para hoje.


➤Pena de Vaccari

TRF 4 aumenta de 10 para 24 anos de prisão


O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julgou nesta terça-feira, 7, a apelação criminal do publicitário João Santana, da mulher dele, Mônica Moura, do operador Zwi Skorniczi, e de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, que recorreu na 3ª ação criminal em que foi condenado pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba. A pena de Vaccari passou de 10 anos para 24 anos de prisão na Operação Lava Jato.

As informações foram divulgadas pelo TRF4.

Vaccari teve a condenação por corrupção passiva confirmada pelo Tribunal e a pena aumentada de 10 anos para 24 anos de reclusão. Apesar de a 8ª Turma ter absolvido o ex-tesoureiro de dois dos cinco crimes pelos quais havia sido condenado em primeira instância, foi afastada a continuidade delitiva no cálculo da pena e aplicado o concurso material. Neste caso, os crimes de mesma natureza deixam de ser considerados como um só e passam a ser somados, resultando no aumento da pena.

Como nas duas apelações anteriores julgadas pelo tribunal envolvendo Vaccari, o entendimento do relator, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, foi de manter a condenação de primeiro grau. Conforme Gebran, “Vaccari, direta ou indiretamente, em unidade de desígnios e de modo consciente e voluntário, em razão de sua posição no núcleo político por ele integrado, solicitou, aceitou e recebeu para si e para o Partido dos Trabalhadores os valores espúrios oferecidos pelo Grupo Keppel Fels e aceitos também pelos funcionários da Petrobras, agindo assim como beneficiário da corrupção”.

O desembargador Leandro Paulsen, que absolveu Vaccari nas duas apelações criminais julgadas anteriormente, esclareceu que “neste processo, pela primeira vez, há declarações de delatores, depoimentos de testemunhas, depoimentos de corréus que à época não haviam celebrado qualquer acordo com o Ministério Público Federal e, especialmente, provas de corroboração apontando, acima de qualquer dúvida razoável, no sentido de que Vaccari é autor de crimes de corrupção especificamente descritos na inicial acusatória”.

O desembargador Victor Luiz dos Santos Laus teve o mesmo entendimento. Para ele, nesta ação está superado o obstáculo legal presente nos processos anteriores, visto que existe corroboração dos réus que firmaram acordo de colaboração. “Nesse processo ocorre farta prova documental no sentido de que Vaccari propiciou que o dinheiro da propina aportasse na conta de Mônica Moura e João Santana por meio de Skorniczi”, afirmou o desembargador.

Como ficaram as penas:

João Vaccari Neto: condenado por corrupção passiva. A pena passou de 10 anos para 24 anos de reclusão;

João Cerqueira Santana Filho: condenado por lavagem de dinheiro. A pena foi mantida em 8 anos e 4 meses;

Monica Regina Cunha Moura: condenada por lavagem de dinheiro. A pena foi mantida em de 8 anos e 4 meses;

Zwi Skornicki: condenado por corrupção ativa. A pena foi mantida em 15 anos e 6 meses.
Execução da Pena

A execução da pena poderá ser iniciada pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba assim que passados os prazos para os recursos de embargos de declaração (2 dias) e de embargos infringentes (cabem no caso de julgamentos sem unanimidade, com prazo de 10 dias). Caso os recursos sejam impetrados pelas defesas, a execução só se dará após o julgamento desses recursos pelo tribunal.

Agência Estado

➤Questão polêmica

Câmara articula PEC para regular ‘supersalários’


Depois que a ministra Luislinda Valois, de Direitos Humanos, alegou, em 207 páginas, que um salário de pouco mais de R$ 33 mil como ministro era coisa que “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo”, os deputados querem  aprovar um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) criando regras para que os chamados ‘supersalários’ sejam regulamentados.

O desejo dos deputados é que somente quem ocupa cargo nas áreas de saúde e educação, poderão acumular salários. Ao mesmo tempo, querem acabar com as férias de 60 dias a que tem direito membros do Judiciário e do Ministério Público.

Deputado Rubens Bueno (PPS-PR)
Depois que o STF decidiu que a incidência de mais de um teto no caso de acumulação de vínculos com a administração pública é possível, o relator do projeto, deputado Rubens Bueno (PPS-PR) entendeu que a interpretação de que a menção a “cargos, empregos e funções” é vaga e pode abrir espaço para situações como a da própria ministra, há a necessidade de restringir a regra de acúmulo.

“O STF deixou o entendimento muito elástico. Queremos deixar claros os casos em que pode acumular, para não deixar espaço aberto para o jeitinho brasileiro”, afirmou Bueno. Segundo o parlamentar, a ideia é manter a possibilidade de acúmulo para professores e profissionais de saúde. 

Sobre o fim das férias de 60 dias, o presidente da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti, disse que o fim das férias de dois meses “é uma discussão justa”, mas defende que seja ampliada a outras categorias que também as recebem, como diplomatas. 

Já o presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Roberto Veloso, afirmou que as férias de 60 dias são uma compensação aos magistrados porque eles não recebem horas extras e não têm direito ao FGTS. “Não pode haver uma injustiça com os juízes. Eles têm as férias de 60 dias, mas não têm outros direitos”, disse.


➤Comentando

No rádio, nos jornais, na internet...

Assalto no Centro Histórico
Claro que eu sei que não é novidade. Aliás, é uma coisa até corriqueira pois acontece todos os dias, ou até várias vezes por dia.
Ontem, no meio da tarde, quatro marginais assaltaram, agrediram e roubaram um cidadão que passava pela Rua da Praia, esquina com a Dr. Flores. Para azar dos assaltantes, as câmeras do local ajudaram para que a polícia prendesse os quatro. Se bem que logo estarão soltos e assaltando novamente.
Fiquei preocupado pois trabalho a cerca de 30 metros do local e passo pela mesma esquina várias vezes por dia. Vou me cuidar mais!

Apresentador sabe de tudo
Venho de carro para o trabalho. Normalmente minha mulher me traz por volta de sete e meia, todos os dias. Ligamos o rádio para ouvir, ou tentar ouvir, as notícias do dia. Por comodidade, concordo, o rádio fica sintonizado na Gaúcha.
Hoje, lá pelas tantas, minha mulher decidiu desligar o rádio. Acontece que o apresentador do programa daquela hora, não deixa ninguém falar, entende de tudo, sabe de tudo, desde como desencravar unha do pé, passando por engenharia de trânsito, política internacional, futebol, música, economia e não sei o que mais. Ele sabe tudo ou, na realidade, não sabe de nada, só não consegue calar a boca para ouvir os repórteres que participam do programa. Aliás, é sensacional ouvir um repórter que fala desde a BR 116, em São Leopoldo e diz que o trânsito está fluindo normalmente na Avenida Bento Gonçalves. na Agronomia!  Coisas da tecnologia. Até nisso o apresentador dá palpite.

Um antro de bandidagem e refúgio de marginais
Duas meninas, uma de quinze e outra de 13 anos, por algum motivo, andavam numa rua ao lado da Redenção, ou Parque Farroupilha, por volta de 22 horas. Disseram que se dirigiam para uma parada de ônibus. Pode ser que sim.
De repente, um marginal, dos muitos que fazem do escuro do parque seu local preferido para atacar e roubar, pegou a menina mais velha pelo braço, ameaçou a mais nova com uma arma, entrou para a escuridão do local, estuprou a de 15 anos e roubou o celular que elas levavam.
Seria mais uma notícia para as páginas de polícia, não fosse o fato de ser a repetição de algo que ocorre todos os dias no mesmo local.
Duas coisas chamam minha atenção: nada justifica a ação do marginal, mas como é que duas meninas andam por um local sabidamente perigoso as 22 horas? Descuido, desatenção ou falta de cuidado dos pais?
Lendo a notícia, lembrei da campanha que foi feita pedindo a colocação de cercas na Redenção. Os ambientalistas, principalmente, se posicionaram veementemente contra a medida. Alguns usuários também. Provavelmente são os que fazem do Parque Farroupilha um local de confraternização, tomar chimarrão, levar os cachorrinhos para passear, aproveitar o sol, tudo num sábado ou domingo de manhã/tarde quando o parque está repleto de gente e ninguém corre perigo. Na hora dos assaltos, da ação dos bandidos, estão em segurança em seus apartamentos com câmeras e guardas.

O homem bomba!
Se a moda pega, e parece que está pegando, as coisas ficarão piores do que já estão. Tudo o que acontece de ruim lá fora, imediatamente é copiado pelos inconsequentes. Até homem bomba já temos.
Um não sei quem, com uma granada que não sei de onde tirou ou roubou, tentou entrar num bar da Marechal Floriano (sempre no Centro Histórico) e foi impedido pelos seguranças. Saiu dali e jogou uma sacola plástica no meio da rua. Na sacola, uma granada, daquelas do Exército, que, para sorte de quem estava por perto, não detonou. A polícia veio, levou a granada e explodiu em lugar seguro.
É triste, eu sei, mas logo teremos alguém entrando em escolas e matando pessoas!

➤OPINIÃO

Sindicalismo preguiçoso*


O fim do imposto sindical – que correspondia ao desconto compulsório de um dia de trabalho de todos os empregados com carteira assinada –, um dos principais avanços da reforma trabalhista, que passa a vigorar a partir do dia 11 deste mês, naturalmente, não foi bem assimilado por sindicatos acostumados a receber muito dinheiro em troca de pouco, ou nenhum, trabalho.

Tão logo a Lei n.º 13.467, que instituiu as alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), foi sancionada pelo presidente Michel Temer, no dia 13 de julho deste ano, começou a choradeira dos sindicatos, que passaram a buscar outras formas alternativas, igualmente autoritárias, de impor aos trabalhadores um novo ônus que pudesse compensar – e em alguns casos até superar – os recursos até então confortavelmente auferidos.

Alguns sindicatos, vinculados a diferentes centrais, resolveram simplesmente ignorar a lei e transformaram as suas próprias assembleias em edículas do Congresso Nacional, aprovando novas formas de “contribuição” a serem pagas por todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, como uma espécie de compensação pelo fim do imposto sindical.

O sindicato dos metalúrgicos de São Paulo, por exemplo, vinculado à Força Sindical, chegou a aprovar em uma assembleia realizada no início de outubro uma “contribuição” correspondente a 1% do salário anual dos trabalhadores. Para ter uma ideia do disparate, caso passasse a ser cobrada, a gatunagem envernizada representaria 3,5 vezes o valor pago anteriormente pelos trabalhadores como imposto sindical, ora extinto.

O fato de essa exorbitância ter sido considerada ilegal pelo Ministério Público do Trabalho, por óbvia afronta à Lei n.º 13.467 – que proíbe expressamente qualquer desconto sindical sem a autorização do trabalhador – e também à Constituição, que não dá às assembleias de sindicatos as prerrogativas do Poder Legislativo, não foi suficiente para aplacar a sanha de sindicalistas que querem continuar sendo abastecidos por grandes fortunas sem ter de se esforçar para convencer aqueles que representam, ou deveriam representar, da importância social de suas funções.

A nova investida para a manutenção de alguma forma de financiamento obrigatório dos sindicatos é encampada pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), que acumula suas funções legislativas com a presidência da Força Sindical. De acordo com a Coluna do Estadão, o deputado estaria negociando com o colega Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, a volta do imposto sindical por meio de um projeto de lei a ser votado em regime de urgência na Casa. A medida seria incluída em outro projeto de lei, já em tramitação, sem qualquer vinculação com o imposto sindical. O contrabando seria um subterfúgio para acelerar a aprovação da medida que oneraria ainda mais a classe trabalhadora.

Sindicatos sérios, dignos da função social a eles reservada, são os que realmente lutam pelos interesses dos trabalhadores que representam, assegurando-lhes o necessário equilíbrio de forças que deve haver em uma mesa de negociação que se pretende justa.

Sentindo-se representados e protegidos em suas relações de trabalho, os empregados não se furtariam a contribuir voluntariamente para o funcionamento de suas entidades de classe. Mas não é isso o que se tem. Tanto é assim que os sindicatos se prestam a defender com afinco o privilégio que lhes garantia o dinheiro farto e fácil.

A realidade da representação sindical no Brasil – hoje pulverizada e muito distante dos corações e mentes da massa de trabalhadores que deveria defender – mudará para melhor quando os sindicatos deixarem de servir a governos, a partidos e a uns poucos pelegos e passarem a olhar para as necessidades daqueles que devem representar, e não para a manutenção de seus próprios privilégios.
*Publicado no Portal Estadão em 07/11/2017