sexta-feira, 27 de outubro de 2017

BOA NOITE!


Hermes Aquino, que nasceu na cidade de Rio Grande, em 21 de maio de 1949 é um publicitáriopoetacompositorviolonista e cantor brasileiro. Em 1976 estoura com Nuvem Passageira que foi tema da novela O Casarão e se tornou um enorme sucesso desse ano.

A música "Nuvem Passageira" foi um grande destaque em Portugal no ano de 1978 aquando da exibição da novela "O Casarão" em Coimbra.


➤Segurança máxima

STJ nega pedido da defesa, e Cabral será transferido

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido da defesa do ex-governador do Rio Sérgio Cabral para que ele não seja transferido para o presídio de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.  Com a decisão, ele terá que deixar a penitenciária em Benfica, no Rio, onde está preso. A decisão foi da relatora, a ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Por segurança, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) não vai divulgar a data exata da transferência do ex-governador. A transferência de Cabral foi pedida pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, na quinta (26).

O juiz Marcelo Bretas determinou que ele deixasse o Rio após a audiência com ex-governador na segunda (23). Segundo a Justiça, declarações de Cabral sobre a família de Bretas nos depoimentos foram ameaçadoras.

➤DESTAQUES


Mutirão de empregos oferece 3,6 mil vagas no RS
Mais um mutirão de emprego ocorre nesta sexta-feira em todo o Estado. O Empregar/RS, promovido pela Fundação  Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), oferece 3.627 vagas de emprego em todo o RS, sendo que 1.629  oportunidades são na Região Metropolitana e 929 em Porto Alegre. São 70 agências abertas em todo o Rio Grande do Sul das 9h às 16h. Os trabalhadores serão encaminhados para as entrevistas no local do evento, que conta. Algumas empresas realizarão a contratação no próprio mutirão. Quem tiver interesse, pode ir até uma agência com a carteira de trabalho e da previdência social. O endereço em Porto Alegre, é Rua Coronel Vicente, 281

Polícia Civil apreende arsenal bélico com universitário
Uma equipe da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) apreendeu na manhã desta sexta-feira em Santa Cruz do Sul um arsenal de armas no apartamento de um estudante no bairro Avenida. No local, foram localizados  pelo menos 15 fuzis de guerra de diversos calibres de fabricação americana e russa, 21 pistolas 9 mm e grande quantidade de munição de armas de calibres 556, 762 e 9 mm. Foram encontrados ainda carregadores de AK 47 e dois fuzis desmontados. A apreensão é consideada a maior de armamentos do ano. De acordo com o chefe de polícia, Emerson Wendt, deve ser a maior apreensão de fuzis da história do Estado. Na residência, localizada na rua Samuel Pinto Cortez, foi preso em flagrante o guardião do material. O delegado Luciano Menezes, que coordenou a ação junto com o delegado Marcelo Chiara Teixeira, informou que o jovem, natural de Cachoeira do Sul, é aluno do curso de engenharia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), e recebia cerca de R$ 10 mil por mês do tráfico para guardar o armamento no apartamento onde mora. As armas seriam da facção Os Manos, sediada no Vale do Sinos.

Justiça do Amazonas suspende leilão do pré-sal; governo tenta reverter 
O juiz Ricardo Augusto de Sales, da 3ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Amazonas, concedeu liminar (decisão provisória) na noite de quinta-feira (26) suspendendo a 2ª e a 3ª rodadas dos leilões do pré-sal marcadas para esta sexta (27) no Rio de Janeiro. A assessoria da Advocacia-Geral da União (AGU), órgão responsável pela defesa do governo federal na Justiça, informou que já recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e espera uma decisão ainda na manhã desta sexta. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que a programação do leilão está mantida, mas que ele só será iniciado quando a liminar for derrubada. Os participantes estão chegando e tomando seus lugares. A ANP disse que aguardará uma decisão até o fim da tarde desta sexta. Na ação, o advogado Wallace Byll Pinto Monteiro, representante do Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM), afirma que o leilão traz lesão ao patrimônio público por acarretar perda de receita tributária e pelo fato de o governo abdicar de explorar as reservas de petróleo para desenvolvimento da indústria nacional e geração de emprego e renda.

Defesa de Cabral quer impedir transferência para Campo Grande
A defesa do ex-governador Sérgio Cabral entrou com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar impedir a transferência para o presídio federal do Mato Grosso do Sul. O pedido será analizado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora da Operação Calicute. A transferência foi pedida pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, nesta quinta (26).O advogado Rodrigo Roca, que cuida da defesa de Cabral negou que o pedido de habeas corpus seja uma estratégia para deixar o ex-governador no RJ. “Não é estratégia, é a lei. Nós impetramos um habeas corpus para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a liminar foi negada mas o mérito da impetração ainda não. Nós estamos aguardando que isso aconteça para, daí, decidirmos se vamos recorrer ao Superior Tribunal de Justiça ou não a respeito do mérito. Com relação a medida liminar, ainda está vigorando a decisão originária e esperamos que ela seja cassada o quanto antes ou que seja revogada pelo próprio juízo já que nós vamos ingressar com uma petição de reconsideração ao próprio juiz da 7ª Vara Federal Criminal”, explicou o advogado.

Confiança do comércio sobe 3,3 pontos em outubro, segundo a FG
O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 3,3 pontos na passagem de setembro para outubro deste ano e atingiu 92,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Com essa, que é a segunda alta consecutiva, o indicador registra o maior nível desde agosto de 2014 (quando alcançou 92,7 pontos). Segundo a FGV, o empresário do comércio está mais confiante tanto em relação ao momento atual quanto em relação ao futuro. O Índice de Expectativas, que avalia as opiniões sobre os meses seguintes, teve uma alta de 4,1 pontos e atingiu 99,2 pontos. Já o Índice da Situação Atual, que avalia as opiniões dos empresários sobre o momento presente, subiu 2,3 pontos e alcançou 86,2. De acordo com o coordenador da pesquisa, Rodolpho Tobler, a alta do índice nos últimos dois meses “reforça a percepção de que o efeito da crise política de maio passou completamente e de que os indicadores de confiança do setor retomam a tendência de alta do início do ano", afirmou, em referência às denúncias dos executivos do grupo J&F, Wesley e Joesley Batista, que gravaram o presidente Michel Temer e outras autoridades, o que deu início a investigação por suspeita de corrupção passiva e impactou o mercado. "O movimento sugere que o segmento segue em recuperação lenta, sob influência da inflação baixa e do ciclo de redução das taxas de juros”, completou Tobler.

➤OPINIÃO

Demonstração de força*

A única oposição de fato ao presidente Michel Temer 
se limita hoje às redes sociais e aos partidos desalojados 
do poder depois do impeachment de Dilma Rousseff

Após a rejeição pela Câmara dos Deputados da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer, não faltaram análises segundo as quais a perda de 12 votos em relação à votação que derrubou a primeira denúncia expressa o enfraquecimento do presidente nos 14 meses que lhe restam de mandato. Comentários semelhantes também foram feitos depois que a primeira denúncia foi rejeitada. Na ocasião, dizia-se que a votação obtida por Temer seria insuficiente para conseguir aprovar mais reformas e medidas de ajuste fiscal. Temer teria se transformado, em resumo, em um “pato manco”, expressão importada da política norte-americana que designa o presidente que não é candidato à reeleição e perde importância nos meses finais de seu mandato.

Se esse tipo de análise tivesse alguma conexão com os fatos concretos, e não com os imaginados (ou desejados, em alguns casos), o presidente estaria, a esta altura, esvaziando as gavetas no Palácio do Planalto. Há quem acredite que a política nacional realmente se deixe pautar pela lógica das redes sociais, cujo norte são a histeria e a produção profícua das famosas fake news, e pelo messianismo de alguns procuradores da República, que parecem dispostos a denunciar todos os políticos como corruptos.

Quando a realidade da natural negociação política entre governo e Congresso Nacional se impõe, como no caso das articulações para rejeitar as denúncias contra Temer, essa lógica singela entra em parafuso. O resultado é uma indisfarçável decepção de quem presumia que o presidente fosse refém dos parlamentares e que estes, premidos pelo calendário eleitoral, deixariam em algum momento de apoiar um governo impopular e acusado de corrupção.

O fato incontestável é que a única oposição de fato ao presidente Temer se limita hoje às redes sociais e aos partidos desalojados do poder depois do impeachment de Dilma Rousseff. Nenhuma análise séria pode se deixar impressionar por pesquisas que mostram uma alta rejeição a Temer, pois o presidente nunca foi realmente popular. Em forte contraste com as manifestações virtuais de artistas e intelectuais que pedem “fora Temer” e com o falatório mendaz do chefão petista Lula da Silva e de seus adoradores, as ruas estão silenciosas e os brasileiros tocam a vida na esperança de que o País volte de vez aos eixos, esperança que cresce à medida que a economia mostra sinais objetivos de recuperação.

Nada disso garante, é claro, que Temer terá êxito total na imensa tarefa de aprovar as prometidas medidas ainda pendentes, em especial a reforma da Previdência. Infelizmente, alguns partidos que formalmente ainda são governistas – contando inclusive com vistosos Ministérios – não garantem os votos necessários para fazer passar essas mudanças cruciais para o saneamento das contas públicas.

Mas o regime de governo brasileiro ainda é presidencialista, e Michel Temer demonstrou que sabe como usar o poder da Presidência na negociação com o Congresso, com quem, aliás, desde o primeiro dia, prometeu governar. Foi dessa maneira que o presidente, mesmo sem ter popularidade, em meio a uma gravíssima crise política e econômica, conseguiu fazer aprovar o teto para os gastos públicos, a reforma trabalhista e a reforma do ensino médio, entre outros temas naturalmente polêmicos.

A rejeição das denúncias ineptas contra Temer pela Câmara deve finalmente encerrar o lamentável capítulo de irresponsabilidade protagonizado pela Procuradoria-Geral da República, ao tempo de Rodrigo Janot, abrindo caminho para o retorno à tão desejada normalidade. O fim da paralisia do governo deve recolocar na pauta da política o que realmente interessa aos brasileiros. Há muito trabalho pela frente.

O que se espera é que os grandes partidos da base aliada, seja lá quais forem seus dilemas internos e seus objetivos eleitorais, ajam como sustentáculos reais de uma administração que até aqui foi bem-sucedida na hercúlea tarefa de recuperar um país arruinado pelo pesadelo lulopetista – façanha que, por si só, merece respeito.

*Publicado no Portal Estadão em 27/10/2017