quinta-feira, 26 de outubro de 2017

➤BOA NOITE!

Milton do Nascimento que todos pensam que é mineiro, nasceu no Rio de Janeiro em 26 de outubro de 1942, é um dos mais consagrados cantores e 
compositores do Brasil,  reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos artistas da Música Popular Brasileira. Mineiro de coração, tornou-se conhecido nacionalmente, quando a canção "Travessia", composta por ele e Fernando Brant, ocupou a segunda posição no Festival Internacional da Canção, de 1967.
Hoje Milton Nascimento está completando 75 anos. Para relembrar sua voz e interpretação diferenciadas e consagradas em todo o mundo, selecionei um vídeo de 1980 com Milton cantando uma de suas composições mais bonitas, Canção da América. 


➤Segurança máxima

Cabral será transferido para Campo Grande


O ex-governador Sérgio Cabral será transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, nos próximos dias. A decisão foi do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão vinculado ao Minsitério da Justiça e Segurança Pública. De acordo com o órgão, a data de transferência não será informada por questões de segurança. O Depen divulgará informações sobre a transferência depois que o procedimento for finalizado.

Nesta terça (24), os filhos de Sérgio Cabral estiveram na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para visitar o pai antes que ele seja transferido. O desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da segunda região, decidiu nesta terça pela transferência do ex-governador para um presídio fora do Estado.

A transferência foi determinada após a audiência entre o ex-governador e o juiz Marcelo Bretas. No despacho, o desembargador afirmou que as declarações de Cabral sobre a família de Bretas nos depoimentos não foram apenas um desabafo, como alegou o pedido de liminar da defesa.

Desembargador Abel Gomes
"Assim, o que se observa da audiência, é que de fato o paciente [Sérgio Cabral] não só referiu dados da vida pessoal do magistrado como expressamente e em bom som disse que foram 'informações que lhe chegaram', sendo claramente notável da postura e tom adotados na audiência, que vi e revi na mídia requisitada ao juiz federal impetrado, o cunho de constranger a autoridade judiciária federal", escreveu Abel Gomes.

E continuou: "Mas não foi só isso o que se viu. O paciente claramente enfrentou o juiz intimoratamente por diversas vezes, num primeiro momento insinuando que todo o processo e o ato realizado seriam um grande 'teatro', culminando por dizer, claramente, que a atuação do magistrado se dava pelo sentimento pessoal de se auto projetar publicamente, como a prevaricar no exercício de sua função, isso perante diversas pessoas presentes ao ato judicial."
Agência Globo

➤FUTEBOL

A flauta esportiva nas redes sociais!

Ontem, enquanto assistia ao FlaFlu pela Sul-americana, vencido pelo Flamengo, um time pelo qual torço desde pequeno, sem  nenhuma outra emoção a não ser a que me move todos os dias em relação ao futebol, fiquei pensando no que as pessoas transformaram o que deve ser tratado como uma diversão, em cavalo de batalha para despejar um monte de coisas sobre os chamados “adversários”.

Alguns, lamentavelmente, não conseguem entender que, em muitos casos, a flauta é saudável, que se trata de brincadeira com quem torce por um time diferente do seu, mas que não deve passar disso.

Acordam cedo para postar mensagens que, provavelmente na imaginação deles, ofenderão aos torcedores de outros clubes. Perdem tempo ou não entendem que, no meu caso, as respostas são brincadeiras que acho saudáveis. Só paro quando sinto que não estou sendo entendido e que a brincadeira virou coisa séria.

Não imaginam, acredito, que fazem do futebol um trampolim para despejarem mágoas, ressentimentos, frustrações. Torcem desesperadamente por quem em muitos casos, ganha num mês o que torcedores levam anos para ganhar.

Que pena que seja assim. Tenho acompanhado aqui jornalistas, professores, advogados, engenheiros, médicos, gente de todas as profissões, tratando do futebol como se fosse a coisa mais importante do mundo. E o que é pior, criando inimizades defendendo quem jamais vai saber quem briga por ele.

O jogador de futebol é um profissional que quer ganhar muito mais a cada contrato. Muitos, lamentavelmente, nem completaram o ensino fundamental, mas ganham milhões. Já alguns profissionais ditos liberais, que estudaram durante muitos anos para chegar ao diploma, lutam sem saber por quem estão lutando, apenas pelo fato de serem jogadores do seu time.

Imaginam, acho que sem imaginação suficiente, que todos estão preocupados com o que dizem sobre seus “adversários” esportivos.

Sou colorado e quero que o Inter ganhe sempre, mas sei que nuca será assim. Então, se ganhar, melhor, mas se perder, não perderei um minuto de meu precioso tempo para lamentar a derrota nem ficar levando a sério o que trato como um divertimento passageiro.

Quem acha que estou preocupado com as mensagens contra o Flamengo, contra o Inter, contra o Palmeiras, meus times preferidos, está redondamente enganado. Seguirei brincado, pois tenho convicção de que o futebol é, pelo menos para mim, uma brincadeira, jamais a doença que atinge certas pessoas.

O futebol é um esporte para uns e, que pena, uma doença para outros!

Ah! Parabéns ao Grêmio que deu um passo enorme para chegar às finais da Libertadores.  E não pensem que meu comentário é dirigido. Só acho que o futebol tem que ser entendido, sempre, como uma brincadeira passageira, no nosso caso entre gremistas e colorados!



➤OPINIÃO

Clima no Planalto é de ‘bola para frente’*

'Fim da ficção do Rodrigo Janot, de volta à realidade do Brasil' 
era uma das frases engatilhadas para o pronunciamento do presidente

Eliane Cantanhêde

O Palácio do Planalto levou dois sustos nesta quarta-feira, 25, a inesperada internação do presidente Michel Temer no Hospital do Exército e a dificuldade em dar quórum para derrotar a segunda denúncia no plenário da Câmara. Apesar disso, a vitória estava garantida desde o início e o sentimento no governo era e é de “bola para frente!”.

Por causa da obstrução na uretra, do procedimento médico e da anestesia, Temer teve de cancelar uma reunião com os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco – também denunciados, como ele – para definir o tom e o conteúdo de um pronunciamento que ele pretendia fazer à Nação.

A intenção era, e continua sendo, insistir num ponto: depois de duas denúncias, ambas derrubadas pela Câmara, é hora de retomar a normalidade, a agenda de reformas abruptamente interrompida pelo escândalo JBS e os avanços na economia. Aliás, argumentos repetidos insistentemente pelos deputados que votaram a favor de Temer.

“Fim da ficção do Rodrigo Janot, de volta à realidade do Brasil” era uma das frases engatilhadas para o pronunciamento do presidente, que deveria, ou deverá, enumerar dados econômicos positivos. Além da queda da inflação, do sexto mês da volta de empregos e da perspectiva de crescimento de mais de 3% em 2018, a ideia é falar de êxitos nesta mesma semana.

Enquanto o Congresso se preparava para votar a segunda denúncia e Temer abria os cofres para as emendas dos parlamentares dos votantes, o Banco Central baixava os juros para 7,5%, o Senado votava importante projeto sobre a leniência das empresas e o mercado se debruçava sobre o leilão do pré-sal, marcado para esta sexta-feira, 27.

A expectativa do Planalto é de que, sem a obrigatoriedade de participação da Petrobrás, a presença de grandes empresas estrangeiras será forte, criando um bom momento para mostrar a volta da confiança dos investidores internacionais no Brasil.

O Planalto, portanto, quer mostrar normalidade, avanços, segurança e disposição de mudar as coisas para melhor, mas tudo isso depende da capacidade e da força política de Temer para retomar a reforma da Previdência, que já foi considerada fundamental nos governos Fernando Henrique, Lula e Dilma Rousseff, mas nenhum deles conseguiu ir até o fim.

Temer, que se sente vitorioso e revigorado politicamente, aposta tudo nisso, mas a vitória na Câmara não significa que os problemas evaporaram e tudo está resolvido e às mil maravilhas. Nem a própria saúde do presidente.

*Publicado no Portal Estadão em 26/10/2017