sexta-feira, 20 de outubro de 2017

➤FUTEBOL

Campeonato Brasileiro 2017
31ª Rodada


SÉRIE A

Sábado - 21/10
17:00
Vasco 1 X 1 Coritiba - Maracanã

Domingo - 22/10
17:00
Grêmio 1 X 3 Palmeiras - Arena Grêmio
Santos 1 X 0 Atlético GO - Vila Belmiro
São Paulo 2 X 0 Flamengo - Pacaembu
Cruzeiro 1 X 3 Atlético MG - Mineirão
Atlético PR 2 X 1 Sport - Arena Baixada
Bahia 2 X 1 Vitória - Fonte Nova

19:00
Ponte Preta 1 X 2 Avaí - Moisés Lucarelli
Chapecoense 2 X 0 Fluminense - Arena Conda

Segunda - 23/10
20:00
Botafogo 2 X 1 Corinthians - Engenhão

CLASSIFICAÇÃO


SÉRIE B

Sexta-20/10
19:15
Guarani 2 X 0 Juventude – Brinco de Ouro

20:30
Náutico 1 X 2 ABC – Lacerdão
CRB 1 X 1 Boa Esporte – Rei Pelé

21:30
Ceará 2 X 2 Figueirense – Castelão

Sábado – 21/10
16:30
Criciúma 2 X 3 Internacional – Heriberto Hülse

17:30
Vila Nova 0 X 0 Oeste – Serra Dourada
Brasil 1 X 1 Santa Cruz – Bento Freitas
Londrina 2 X 0 Paysandú – Estádio do Café

19:00
América MG 1 X 1 Paraná – Independência

21:00
Luverdense 1 X 2 Goiás – Parque das Emas

CLASSIFICAÇÃO

➤OPINIÃO

Até aqui de mágoas*

No day after da 2.ª denúncia, empregos, Previdência e 
guerra contra ‘conspiradores’

Eliane Cantanhêde

Michel Temer e Rodrigo Maia se esforçam para dizer que o pior da crise entre eles passou, mas uma dúvida ainda paira sobre as instituições: a real história da divulgação da delação de Lúcio Funaro no site da Câmara. O relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, está no centro dessa e de outras dúvidas.

Em ofício de 26 de setembro ao advogado Eduardo Carnelós, Fachin determinou que ele poderia ter acesso às partes que dizem respeito ao seu cliente Temer, não ao restante da delação. Mas, depois, em conversa no STF com Rodrigo Maia, a presidente Cármen Lúcia e um assessor jurídico da Câmara, Fachin não tão claro, induzindo Maia e seu assessor à divulgação da delação de Funaro, então protegida pelo sigilo.

Trecho do ofício de Fachin ao advogado: “... em termos de declaração separados, dando origem a diferentes procedimentos investigatórios, em diferentes estágios de diligências, não assiste a um determinado denunciado o acesso universal a todos os depoimentos prestados. O que a lei lhe assegura é o acesso aos elementos da colaboração premiada que lhe digam respeito”.

Já na versão da conversa posterior do ministro, Maia lhe disse que a delação de Funaro chegara ao Congresso sem a comunicação oficial do sigilo e lhe perguntou se haveria restrições à publicação no site. Fachin não titubeou: “Não há nada grave”. A frase foi interpretada como sinal para a divulgação. Mas, com a divulgação, péssima para Temer, às vésperas da votação da CCJ, Fachin soltou nota voltando à versão ao advogado e declarando que os vídeos de Funaro “não deveriam ter sido divulgados”. Pois é. Mas foram.

A favor de Fachin, alega-se que a delação dizia respeito não só a Temer, mas também aos ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, e os três estariam em julgamento na CCJ e em seguida no plenário da Câmara. Logo, os juízes, no caso os deputados, tinham direito às informações ali contidas. Mas essa versão edulcorada não convence nem o governo nem parte do STF.

É por essas e outras que, antes mesmo da votação da segunda denúncia, prevista para a próxima quarta-feira, Temer já se prepara não só para intensificar sua defesa diante da opinião pública, mas também para martelar a tese de “conspiração” contra ele.
O termo (alternativo a “golpe”, que tem dono...) já foi usado por Temer na carta que enviou aos deputados antes da votação na CCJ e dá o tom e o roteiro do presidente após sobreviver à segunda denúncia. Equipes do Planalto, inclusive, fazem o que nos acusam (a nós, da mídia) de não fazer: a leitura e divulgação dos pontos favoráveis a Temer, seja em delações, seja em medidas de governo, seja até na explosiva portaria do trabalho escravo.

O título de um desses trabalhos internos é Contradições e inconsistências na delação de Lúcio Funaro. Ele destaca em verde o nome de Temer e em azul os trechos em que Funaro declara que não conhece Temer, nunca foi ao escritório dele e não sabe quem teria entregue dinheiro a ele.

Exemplo: o delator disse que não tem ideia se o dinheiro de Geddel Vieira Lima ia para Temer e achava “pouco provável que o presidente(...), pela própria característica, pelo jeito dele de ser, pegaria um dinheiro da mão do Altair (carregador das fortunas do esquema)”.

Em sua defesa política, Temer pretende dizer, subliminarmente, que, além de Rodrigo Janot, Marcelo Miller, Joesley Batista, delatores, aliados e adversários, a “conspiração” contra ele tem agentes importantes também no Judiciário. Quando se pergunta no Planalto sobre o “day after” da segunda denúncia, a resposta é midiática: “Emprego e reforma da Previdência”. Mas, nos bastidores, sabe-se que Temer é um pote até aqui de mágoas. E não vai deixar por isso mesmo.

*Publicado no Portal Estadão em 20/10/2017

➤DESTAQUES


Lava Jato ataca corrupção na Petrobrás
A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta-feira (20) 10 ordens judiciais decorrentes de investigação que tramita perante a 13ª Vara Federal de Curitiba/PR para apurar o pagamento de vantagens indevidas a executivos da Petrobrás através do Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propinas do Grupo Odebrecht. Um dos alvos de mandado de prisão é o ex-gerente executivo da área Internacional da estatal Luis Carlos Moreira.  Em nota, a PF informou que estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, um mandado de condução coercitiva e um mandado de prisão temporária. Estão sendo ainda realizadas três intimações determinadas pelo Juízo Federal com a imposição de outras medidas cautelares conforme estabelece os artigos 282 e 319 do Código de Processo Penal. De acordo com as investigações, há indícios concretos de que um grupo de gerentes da Petrobrás uniram-se para beneficiar a Odebrecht em contratações com a petroleira, mediante o pagamento de valores de forma dissimulada em contas de empresas off-shores estabelecidas no exterior.

13 anos de cadeia para operador do PMDB
O juiz federal Sérgio Moro condenou nesta sexta-feira, 20, o operador de propinas do PMDB Jorge Luz a 13 anos e oito meses de prisão pelos crimes de corrupção e de lavagem na Operação Lava Jato. O magistrado imputou lavagem de dinheiro a Bruno Luz, filho de Jorge, e seis anos e oito meses de reclusão. Na sentença, Moro mandou prender o ex-gerente executivo da área Internacional da estatal Luis Carlos Moreira – alvo de nova operação da PF  nesta sexta. A denúncia do Ministério Público Federal, do Paraná, apontou que pai e filho ‘atuaram como representantes dos interesses de parlamentares e funcionários públicos da Petrobrás corrompidos para recebimento de propina em contratos de aquisição e operação de navios-sonda da Área Internacional’ da estatal. Segundo a acusação, houve propina de US$ 15 milhões, no contrato celebrado entre a Petrobrás e a Samsung Heavy Industries em 14 de julho de 2006, para fornecimento do Navio-sonda Petrobrás 10.000, e vantagem indevida de US$ 20 milhões no contrato celebrado entre a estatal e a Samsung Heavy Industries em 9 de março de 2007 para fornecimento do Navio-sonda Vitória 10.000.

Governo pode recuar em pontos da portaria de trabalho escravo
O presidente Michel Temer já admite a interlocutores próximos que pode fazer ‘ajustes’ na portaria que modifica as regras de combate ao trabalho escravo. No entanto, as alterações só serão feitas após a votação, na Câmara dos Deputados, da segunda denúncia contra ele por obstrução de Justiça e formação de quadrilha. A decisão foi tomada ontem depois de reunião com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Segundo fontes próximas ao presidente, o ministro fez uma defesa da portaria, apresentou seus argumentos e relatou a conversa que teve na quarta-feira com a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge.  A substituta de Rodrigo Janot no comando da PGR, que foi indicada por Temer, fez duras críticas à medida. Ela classificou a portaria como um ‘retrocesso à garantia constitucional de proteção à dignidade da pessoa humana’ e pediu oficialmente dez dias para que o governo se pronuncie e revogue a medida. A nova norma determina, entre outros pontos, que só o ministro do Trabalho pode incluir empregadores na Lista Suja do Trabalho Escravo, que dificulta a obtenção de empréstimos em bancos públicos. A nova regra altera também a forma como se dão as fiscalizações, além de dificultar a comprovação e punição desse tipo de crime.

Tribunal nega outro pedido de Lula contra Sergio Moro
A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) indeferiu nesta quinta-feira, por unanimidade, pedido de exceção de suspeição formulado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o juiz federal Sergio Moro no início de setembro. O pedido se deu no âmbito de processo em que o petista é réu por supostas propinas de 12,5 milhões da Odebrecht. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o valor é referente a um imóvel onde seria sediado o Instituto Lula e ao apartamento 121 no edifício Hill House, em São Bernardo do Campo, supostamente ocultados por meio de contratos com terceiros, como a DAG engenharia, de Demerval Souza, amigo de Marcelo Odebrecht e Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. O advogado Cristiano Zanin alegava que Moro é parcial e que isso teria ficado explícito na “sucessão de atos públicos desnecessariamente gravosos” praticados pelo magistrado contra o ex-presidente, entre eles a condução coercitiva, a busca e apreensão na residência e em empresas da família e a divulgação de interceptações telefônicas ilegais. O defensor sustentava ainda que o juiz estaria agindo com deboche e ironia e “espetacularizando” a Operação Lava Jato.

RS: Casas destelhadas e milhares sem luz
Após os temporais que atingiram o Estado entre a noite de quarta-feira (18) e a tarde desta quinta-feira (19) perderem força, a Defesa Civil trabalha para auxiliar as pessoas afetadas pelo mau tempo. O órgão, com o auxílio de suas nove coordenadorias regionais, trabalha para identificar o total de pessoas afetadas pelo mau tempo. O subchefe da Defesa Civil do RS, tenente-coronel Jarbas Ávila, destacou que esse levantamento facilita no auxílio aos prejudicados.
— Vamos concentrar nossos trabalhos na contabilização de pessoas afetadas para identificar os materiais mais demandados. Até o momento, o trabalho foi concentrado, principalmente, na entrega de lonas — afirmou Ávila, acrescentando que telhas estão entre os materiais mais solicitados no momento.

Conforme a Defesa Civil estadual, 1.746 imóveis foram afetados pelo mau tempo. Até o momento, não há registro de desabrigados ou desalojados. As regiões Central, das Missões e da Fronteira Oeste estão entre as principais localidades afetadas pelo aguaceiro. Mais de 167 mil clientes seguiam sem energia elétrica até as 20h desta quinta-feira.