Pedido de prisão contra Aécio será analisado hoje no STF
Um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR)
pedindo a prisão preventiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG), no caso do
pagamento de R$ 2 milhõespela
J&F a pessoas ligadas ao tucano, deverá ser analisado nesta terça-feira
(26) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Este é, ao todo, o
terceiro pedido de prisão contra Aécio Neves feito pela PGR ainda sob a gestão
de Rodrigo Janot, encerrada no dia 17.
A primeira discussão, no entanto, será sobre um pedido da
defesa, que quer levar o julgamento ao plenário, alegando que pedido de prisão
contra senador é uma questão “da mais alta relevância e gravidade”. A última
manifestação da PGR é a favor da análise na Primeira Turma, conforme o
entendimento inicial do ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso. Se esta
preliminar da defesa for rejeitada, começará o julgamento do pedido da PGR.
Alvo da Operação Patmos, realizada em maio para apurar
fatos trazidos no acordo de colaboração de executivos do Grupo J&F, Aécio
Neves ficou impedido de exercer atividades parlamentares por decisão do
ministro Edson Fachin, relator do caso, por mais de um mês. Após mudança de
relatoria, no dia 30 de junho, o ministro Marco Aurélio Mello revogou a medida
do ministro Fachin e devolveu Aécio ao Senado. O tucano tem negado
irregularidades.
Pagamentos a Lula vão além dos lançados na planilha
‘Italiano’
O empresário Marcelo Bahia Odebrecht destacou em novos
depoimentos prestados à Polícia Federal, em Curitiba, em 8 e 21 de agosto, que
os pagamentos a Luiz Inácio Lula da Silva acertados com sei pai e patriarca do
grupo, Emílio Odebrecht, não se limitaram aos registrados no codinome ‘Amigo’
da planilha de propinas “Italiano”, que era gerenciada pelo ex-ministro Antonio
Palocci e chegou a ter R$ 300 milhões à
disposição do ex-presidente e do PT.
“Reitera que houve outros pagamentos a Lula, acertados
por Emíluio, que não transitaram pela conta ‘Italiano’ e nem tiveram o
envolvimento do colaborador”, registra a PF, no termo de depoimento de
Marcelo, do dia 8. Delator desde janeiro e preso desde junho de 2015, o
empresário foi novamente ouvido pela PF, desta vez no inquérito que apura
propinas em doações ao Instituto Lula e pagamentos de palestras via Lils
Palestras e Eventos.
Marcelo pontou que na conta “Italiano” houve “dois
créditos decorrentes de pedidos de contrapartida específica: valores ‘LM’ e BK’
que totalizaram 114 milhões”. E que além destes, “houve outros créditos que
somados a estes totalizaram cerca de R$
300 milhões”. “Mas que fazia parte de uma agenda mais ampla, sem
vinculação específica, ou seja, sem contrapartida específica”.
Relator de CPI da JBS é acusado de desvio de R$ 16,6 mi
O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), relator da CPI
mista da JBS e defensor de primeira hora do presidente Michel Temer, está sendo
processado por improbidade administrativa quando era presidente da Agência de
Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab). Em denúncia do Ministério
Público Estadual, aceita pela Justiça, Marun é acusado, com outros 13 réus, por
causar lesão ao erário em valores estimados em R$ 16,6 milhões.
“Estou me defendendo, e tenho certeza de que o processo
resultará na minha absolvição”, disse o deputado. Na quarta-feira, 20, mesmo
dia em que o Estado falou com seus advogados, Marun informou à CPI
que a ação estava em andamento.
O processo tramita, desde junho de 2013, na 1.ª Vara de
Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Justiça de Mato Grosso
do Sul. Está com o juiz Alexandre Antunes da Silva, em fase de recebimento da
contestação dos réus – Carlos Eduardo Xavier Marun, Agehab, a empresa Dighito
Brasil, e outros 11 denunciados. A defesa de Marun foi entregue em 6 de março.
Seus advogados, do escritório Paulo Tadeu Haendchen, refutam as acusações e
pedem a total improcedência da ação. Os demais réus também, por seus
respectivos advogados.
Greve dos Correios entra no 7º dia e tem adesão de 23
estados e DF
A greve dos Correios entrou em seu sétimo dia nesta
terça-feira (26) com a adesão de todos os 31 sindicatos filiados à Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares
(Fentect). Agora, a paralisação atinge 23 estados e o Distrito Federal.
De acordo com a entidade, a paralisação é parcial, com
redução de funcionários nas agências. Mas a adesão tem aumentado nos locais em
que foi declarada greve, segundo a federação. A paralisação afeta
principalmente a área de distribuição.
A paralisação envolve os trabalhadores dos sindicatos de
Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, São Paulo (Campinas,
Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Vale do Paraíba e Santos), Ceará,
Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais (MG, Juiz
de Fora e Uberaba), Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do
Norte, Rio Grande do Sul (RS e Santa Maria), Rondônia, Roraima, Sergipe e Santa
Catarina.
As agências franqueadas não estão participando da greve -
são cerca de 1 mil no país. Já as agências próprias totalizam mais de 6.500
pelo país.
Líderes do Senado buscam consenso para
fundo eleitoral
Líderes partidários do Senado se reúnem nesta terça-feira
(26) para tentar chegar a uma versão do projeto que cria um fundo – com
recursos públicos – para financiamento de campanhas com condições de ser
colocado em votação no plenário.
O almoço foi organizado pelo presidente do Senado,
Eunício Oliveira (PMDB-CE), e a ideia em debate, segundo o G1 apurou, é limitar
a proposta à criação do fundo, retirando do texto trechos que modificam
outras regras eleitorais.
Pela proposta apresentada pelo senador Armando Monteiro
(PTB-PE), estima-se que o valor do fundo seria cerca de R$ 3,5 bilhões, a maior
parcela advinda das emendas parlamentares.
Em meio a guerra retórica, Coreia do Norte reforça suas
defesas
A Coreia do
Norte aparentemente reforçou as defesas em sua costa leste,
disse a agência de notícias sul-coreana Yonhap nesta terça-feira, depois de o
regime norte-coreano afirmar que o presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, declarou
guerra ao país e que derrubaria bombardeiros norte-americanos
que estivessem sobrevoando perto da península coreana – Washington negou a
declaração, a qual considerou “absurda”.
A agência Yonhap sugeriu que o país vizinho está
reforçando suas defesas posicionando aeronaves em sua costa leste e tomando
outras medidas depois que bombardeiros
norte-americanos sobrevoaram uma área perto da península
coreana durante o fim de semana. O governo de Kim Jong-un não
se manifestou a respeito da suposta movimentação militar.
Por sua vez, em Nova Déli, Índia, o secretário de Defesa
dos Estados Unidos, James Mattis, afirmou terça-feira em entrevista coletiva
que os Estados Unidos seguem na busca por uma solução diplomática para a crise
com a Coreia do Norte.