sábado, 23 de setembro de 2017

➤FUTEBOL

Campeonato Brasileiro 2017 – 25ª Rodada

SÉRIE A

Sábado – 23/09
19:00
Flamengo 1 X 1 Avaí – Luso Brasileiro

21:00
Santos 1 X 0 Atlético PR – Vila Belmiro

Domingo – 24/09
11:00
São Paulo 1 X 1 Corinthians – Morumbi

16:00
Fluminense 0 X 1 Palmeiras – Maracanã
Coritiba 2 X 3 Botafogo – Couto Pereira
Atlético GO 1 X 2 Cruzeiro – Olímpico
Chapecoense 1 X 0 Ponte Preta – Arena Conda

19:00
Bahia 1 X 0 Grêmio – Fonte Nova
Atlético MG 1 X 3 Vitória – Independência

Segunda – 25/09
20:00
Sport 1 X 1 Vasco – Ilha Retiro

CLASSIFICAÇÃO


SÉRIE B

Terça – 19/09
19:15
América MG 1 X 0 Vila Nova – Independência

21:00
Guarani 0 X 4 Paraná – Brinco de Ouro

Sexta – 22/09
19:15
Juventude 0 X 0 Boa Esporte – Alfredo Jaconi
Londrina 1 X 1 Santa Cruz – Estádio do Café
Luverdense 0 X 0 Oeste – Parque das Emas

Sábado – 23/09
16:30
Náutico 0 X 1 Internacional – Lacerdão
Figueirense 2 X 0 ABC – Orlando Scarpelli
Goiás 2 X 1 Paysandú – Serra Dourada
CRB 1 X 2 Criciúma – Rei Pelé

19:00
Ceará 2 X 1 Brasil - Castelão

CLASSIFICAÇÃO

➤Irmãos Batista

Gilmar mantém Joesley e Wesley na cadeia

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes negou nesta sexta-feira o pedido de liberdade aos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da J&F, presos preventivamente na semana passada por uma decisão da Justiça Federal em São Paulo.

A soltura dos acusados foi decidida pelo ministro no caso em que os irmãos Batista são acusados crime de insider trading (informação privilegiada), sob a suspeita de usarem informações obtidas por meio de seus acordos de delação premiada, para venderem e comprarem ações da JBS no mercado financeiro.

Gilmar Mendes julgou o pedido de habeas corpus feito pela defesa dos acusados após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitar o mesmo pedido. Na sessão de quinta-feira, os ministros da 6ª Turma da Corte decidiram manter a prisão dos acusados.
Agência Estado

➤Guerra na Rocinha

Mesmo com cerco militar, houve tiroteio na madrugada

Fotos:Agência Globo
Embora as Forças Armadas estejam no segundo dia seguido de operação na Rocinhae após um breve período de aparente tranquilidade, foram registrados novos tiros na comunidade da Zona Sul do Rio de Janeiro, na madrugada deste sábado (23). Disparos foram ouvidos por volta de 4 horas. Após o tiroteio, cinco criminosos que tentavam furar o cerco de Exército foram presos e com eles apreendida farta quantidade de armas e munição.

De acordo com o Centro de Operações, o túnel Zuzu Angel, que faz a ligação entre as zonas Sul e Oeste da cidade, foi interditado nos dois sentidos por cerca de uma hora. A via foi liberada às 5h36.

Depois do tiroteio, equipes do Exército apreenderam farta quantidade de armas e munição na comunidade. A apreensão ocorreu na rua General Olimpio Mourão Filho quando criminosos tentaram furar o cerco militar. Cinco criminosos foram presos e levados para a 11ª DP (Rocinha) juntamente com o material apreendido.

Segundo o Exército, foram apreendidos um fuzil AK47 calibre 7,62mm com numeração raspada e quatro carregadores, uma pistola Glock calibre 9mm com dois carregadores, 86 cartuchos calibre 7,62mm e 18 calibre 9mm, dois equipamentos de rádio transmissores, documentos, cadernos de anotações do tráfico de drogas, além de pequena quantidade de drogas e dinheiro em espécie.



Ônibus não circulam nesta manhã dentro da comunidade. Apenas vans e mototáxis faziam o transporte de passageiros nas vias internas da favela. No entorno, segundo o Centro de Operações da Prefeitura, não havia interdições ao tráfego.

➤OPINIÃO

A brisa depois do temporal*

Se o Congresso não fizer sua parte, os sinais positivos da 
economia podem se converter em luzes efêmeras

Além de uma gravíssima crise econômica e social, o País foi obrigado a conviver nos últimos anos com uma série de eventos, de variadas naturezas, que dificultaram enormemente a normalização da vida política, social e econômica. Era como se o Brasil tivesse sido virado ao avesso e a cada semana, às vezes a cada dia, aparecessem novos escândalos, novas delações, novas denúncias.

Voltando-se no tempo, dá-se conta dos grandes obstáculos que se interpunham à retomada da economia. Só neste ano houve a revelação do conteúdo da delação da Odebrecht, que originou a famosa lista de Fachin, depois veio a delação de Joesley Batista, com as investidas do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer, e, mais recentemente, revelou-se a colaboração de Lúcio Funaro. Pois bem, o País viveu tudo isso num curto período, que culminou, para a surpresa de muitos, com a proliferação de sinais de recuperação econômica, de melhora do mercado de trabalho e de fortalecimento do consumo. Também é possível vislumbrar um horizonte institucional menos conturbado, especialmente depois da troca de comando na Procuradoria-Geral da República.

Essas novas condições precisam ser preservadas. Há muito o País ansiava por um ambiente de normalidade, que parecia se tornar cada vez mais distante, para não dizer impossível. Periodicamente, surgia uma nova delação, ou uma nova interpretação de delação, desconstruindo a tão sonhada normalidade, que é muito mais do que um simples desejo de uma parcela da população. É condição necessária para o desenvolvimento econômico e social.

Ainda há, naturalmente, nuvens carregadas no horizonte do País, o que demanda especial prudência por parte das autoridades. Mais do que nunca, o País necessita de um Ministério Público centrado em sua missão constitucional de defender a ordem jurídica. É preciso resgatar a finalidade original da colaboração premiada. O material colhido nas delações deve deixar de ser usado como pólvora de novos escândalos, muitos deles artificiais, para ser aproveitado como ponto de partida de muitas investigações. Também não há lugar na vida pública para o messianismo de alguns procuradores.

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem também papel fundamental nesse trabalho de normalizar o ambiente institucional do País. É hora de rejeitar a tentação do personalismo e das interpretações alternativas. Em vez de retardarem o desenvolvimento econômico e social, os ministros da Suprema Corte devem assegurar as condições para a vigorosa normalização da vida nacional, mantendo os pés firmes no bom Direito, abdicando de qualquer pretensão de criar a lei ideal para ser tão somente seu mais fiel intérprete. Além de contribuir para o bom ambiente econômico – afinal, insegurança jurídica afasta investimentos –, só um STF alinhado com suas funções constitucionais poderá dirimir com acerto as importantes questões penais de sua competência. Depois de tantas notícias de autoridades envolvidas em práticas criminosas, é hora de identificar as provas, punir os culpados e absolver os inocentes, numa demonstração de que é possível combater a impunidade respeitando as garantias processuais.

Logicamente, o ambiente mais desanuviado também traz à tona a responsabilidade do Executivo e do Legislativo na aprovação das necessárias reformas, especialmente a previdenciária, a tributária e, no que ainda for possível, a política. Se o Congresso não fizer sua parte, os sinais positivos da economia podem se converter em luzes efêmeras. Sem um ajuste estrutural das contas públicas, só possível com a reforma da Previdência, não há alicerce seguro para a retomada da economia e do emprego. O cumprimento pelo Congresso de sua parcela de responsabilidade na reconstrução do País será também a resposta mais contundente e mais efetiva aos que tentam equivocadamente inserir todos os políticos no balaio dos corruptos.

Os tempos atuais oferecem oportunidades que há muito estavam desaparecidas. Convém não desperdiçá-las.

*Publicado no Portal Estadão em 23/09/2017