Joesley e Saud se entregam em São Paulo
O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e o
executivo da empresa Ricardo Saud se apresentaram na sede da Polícia Federal,
na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, às 14h05 deste domingo (10) após o relator da
Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, acatar seu
pedido de prisão.
Joesley deixou a casa do pai no
Jardim Europa às 13h45, Zona Sul de São Paulo, rumo à Polícia Federal, e Saud
seu apartamento no Morumbi, também na Zona Sul.
O pedido ao STF foi feito pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, nesta sexta-feira (8). Além de
Joesley, Janot também pediu a prisão de Ricardo Saud, executivo da empresa, e
do ex-procurador da República Marcelo Miller.
Com a autorização de prisão pelo
relator, o acordo de delação premiada firmado entre a JBS e a
Procuradoria-Geral da República deve ser rescindido. Isto porque o termo de
delação prevê que o acordo perderá efeito se, por exemplo, o colaborador mentiu
ou omitiu, se sonegou ou destruiu provas.
Sobre a validade das provas
apresentadas, mesmo se os termos da delação forem suspensos, continuarão
valendo – provas, depoimentos e documentos. Esse é o entendimento de pelo menos
três ministros do Supremo: a rescisão do acordo não anula as provas.