quinta-feira, 31 de agosto de 2017

➤BOA NOITE!



Roberto Carlos, que nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, no dia 19 de abril de 1941 (76 anos) é um dos maiores fenômenos da música brasileira e pode, sem dúvidas, ser considerado um cantor romântico, mesmo tendo começado, no início da década de 60, uma incursão pelo rock com o programa Jovem Guarda.

Hoje, Roberto grava músicas românticas, estilo que fez dele um dos cantores preferidos do grande público. Em 1971, com seu parceiro permanente, Erasmo Carlos, compôs e gravou um de seus grandes sucessos, Detalhes, cuja letra deve ter feito chorar muitos jovens enamorados e apaixonados e confirmado namoros que duram até hoje.

Matem a saudade e curtam o Rei Roberto Carlos cantando para os apaixonados de todos os tempos, Detalhes.


➤Para ser saudável

Nem é preciso comer tantos vegetais


Sabemos os efeitos positivos que o consumo moderado da gordura pode ter na saúde, apontados em pesquisa publicada no periódico científico The Lancet. Mas outro estudo feito em conjunto sugeriu algo tão surpreendente quanto: você não precisa comer diariamente tantas frutas e vegetais quanto os especialistas recomendam para ser saudável.

Para os cientistas, três a quatro porções (equivalentes a 375 gramas) de frutas, legumes e verduras por dia podem ser o suficiente para prolongar a vida, reduzindo o risco de morte prematura por doença cardiovascular – as diretrizes da OMS para uma boa alimentação recomendam cinco porções diárias (equivalente a 400 gramas).

Porém, esse efeito só foi possível junto ao consumo moderado de gorduras e, o mais importante, de carboidratos.

Ao analisarem dados sobre a dieta de 135.000 pessoas de diversos lugares do mundo, durante um período de sete anos, e compararem a ingestão de frutas, verduras e legumes às taxas de mortalidade, os pesquisadores descobriram que aqueles que comiam de três a quatro porções diárias tinham 22% menos chances de morrer do que os outros, que comiam menos. Pessoas que consumiram mais do que essa quantidade não apresentaram resultados melhores.

O Ministério da Saúde recomenda que produtos in natura, como frutas e legumes, devem ser a base da alimentação do brasileiro. Nos Estados Unidos, as diretrizes recomendam um consumo diário entre 1,5 e dois copos de frutas e entre dois e 2,5 copos de vegetais, o equivalente entre 400 e 800 gramas para ambos, e pode variar conforme idade e gênero de cada indivíduo.

O estudo também descobriu que o consumo de vegetais crus pode estar fortemente associado a uma redução ainda maior do risco, enquanto os vegetais cozidos mostraram um resultado mais modesto. Entretanto, a maioria das diretrizes não distingue os alimentos conforme seu modo de preparo.

Segundo os pesquisadores, muitas das recomendações internacionais são baseadas em dados de saúde coletados nos Estados Unidos e na Europa e há pouca pesquisa relacionada a países do Oriente Médio, América do Sul, África e Ásia, onde esses produtos são mais caros ou limitados.

“Mesmo uma pequena redução na recomendação de 400 gramas para 375 pode ter implicações importantes sobre gastos, segurança alimentar e saúde em outros países, principalmente os mais pobres”, disseram em relatório.

Com Revista Veja/Conteúdo

➤Um ano de impeachment

PT não sabe o que fazer com Dilma

Um ano depois do afastamento, presidente cassada vira problema
dentro do partido; candidatura ao Senado ou Câmara é cogitada

Um ano depois do impeachment, a presidente cassada Dilma Rousseff é vista por setores amplos do PT como uma página a ser virada. Embora o discurso oficial seja de martirização de Dilma e a militância apoie a ex-presidente, alas petistas a consideram culpada pela derrocada do partido e uma ameaça para a volta de Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto.

Segundo estes setores do partido, a falta de controle de Dilma sobre a Polícia Federal – e não os casos de corrupção envolvendo integrantes da legenda – resultou na Lava Jato, no impeachment e na disseminação do sentimento antipetista.

Por outro lado, estes mesmos setores consideram que as maiores dificuldades para o retorno de Lula à Presidência são reverter o entendimento comum de que os erros de Dilma são a origem da crise econômica e recompor a aliança de centro esquerda esfacelada no processo de impeachment.

O partido não sabe o que fazer com Dilma. Hoje, as funções da presidente cassada se resumem à presidência do conselho curador da Fundação Perseu Abramo, muito longe do centro de poder real da sigla.

Na semana passada, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, ex-ministra e uma das petistas mais próximas e fiéis a Dilma, perguntou à presidente cassada se ela pretende se candidatar em 2018.

“Ela disse que não tem nada decidido. Mas, se decidir se candidatar, vai ter muito voto”, disse a senadora. Para Gleisi, “Dilma é a grande liderança que encarna a injustiça contra o PT”.

No entanto, a opinião da presidente do partido não é compartilhada por setores relevantes da máquina partidária. Em conversas reservadas, dirigentes dizem que, se Dilma for derrotada na disputa por uma cadeira no Senado pelo Rio Grande do Sul ou pelo Rio, causaria mais desgaste ao PT. Outros afirmam que ela tiraria a vaga de um senador petista e aceitam, no máximo, uma candidatura a deputado federal.

As críticas, antes veladas, agora vieram à tona. O próprio Lula, em entrevista à uma rádio de Salvador, apontou falhas de Dilma na condução da política e da economia e disse que ela poderia ter tomado a decisão de não se candidatar à reeleição.

O presidente estadual do PT do Rio, Washington Quaquá, escreveu que, com a chegada de Dilma ao Planalto, “uma arrogância desmedida tomou conta do centro de decisões”.

Em conversas recentes com amigos, Dilma demonstra falta de vontade de voltar a morar a Brasília, ficar presa a um mandato e ter de conviver com políticos que considera traidores.

Ela prefere a agenda de viagens internacionais nas quais denuncia o que chama de “golpe” e a convivência com intelectuais e artistas. No início de setembro, ela volta à Europa para um giro que inclui França, Bélgica, Itália e talvez a Rússia. Desta vez, além de “denunciar” o impeachment, vai fazer a defesa do direito de Lula de disputar a eleição de 2018. 

A relação com o ex-presidente continua “inabalável”. Ambos conversam com frequência e se encontram quando possível. Defender Lula é uma das prioridades de Dilma. Na véspera da morte de seu ex-marido Carlos Araújo, ela foi ao Rio para o lançamento de um livro de juristas contra a condenação do petista pelo juiz Sérgio Moro, embora Araújo estivesse hospitalizado. A tristeza causada pela morte do ex-companheiro foi notada por amigos. 

Dilma só demonstra incômodo com as agendas intermináveis do antecessor. Semana passada, confrontada com roteiro da caravana de Lula no Nordeste, capitulou: “Meu filho, não tenho mais saúde para essas coisas”. 

Ela passa os dias entre Porto Alegre, Rio e Belo Horizonte, onde mora sua mãe. Mantém a rotina de pedaladas matinais e, à medida que as reações hostis diminuíram, tem gostado mais da relação direta com o povo. Ela vive da aposentadoria de R$ 5 mil, investimentos e aluguéis de imóveis da família.

Pouco tempo atrás teve oportunidade de comprar o apartamento vizinho ao seu, em Porto Alegre, mas recusou a oferta para não dispor dos R$ 1,2 mil mensais da taxa de condomínio.

Agência Estado

➤Desemprego

Trabalho informal reduz taxa para 12,8%

No trimestre de maio a julho, havia aproximadamente 13,3 milhões 
de pessoas desocupadas; maioria dos empregos gerados foram 
sem carteira assinada ou por conta própria, segundo o IBGE Foto:Estadão/Reprodução

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,8% no trimestre encerrado em julho deste ano, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa registrada no País no trimestre encerrado em julho foi a menor desde o trimestre encerrado em janeiro, quando estava em 12,6%. 

O resultado ficou no piso do intervalo das expectativas dos analistas, que estimavam uma taxa de desemprego entre 12,8% e 13,3%, com mediana de 13,0%. A taxa foi de 13,6% no trimestre terminado em abril. No trimestre até julho de 2016, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,6%.

Na passagem dos trimestres terminados em abril e julho deste ano, mais de 1,4 milhão de brasileiros saíram da fila do desemprego, fazendo o número de empregados atingir os 90,7 milhões de pessoas.  Com isso, a taxa de desemprego caiu de 13,6% para 12,8%. Mas os postos de trabalho foram gerados, em sua maioria, na informalidade.
Agência Estado

➤DESTAQUES




Contas no vermelho
Depois de 11 horas de discussões, a sessão do Congresso Nacional foi encerrada nesta madrugada por falta de quórum sem concluir a votação do projeto do governo que prevê déficit de R$ 159 bilhões nas contas públicas em 2017 e em 2018. Os parlamentares chegaram a aprovar o texto-base, mas não terminaram de analisar as sugestões ao projeto. Com isso, uma nova sessão foi convocada para a próxima terça-feira (5).

Temer na China
O presidente Michel Temer está na China para buscar investidores interessados no pacote de concessões e privatizações anunciado pelo governo na semana passada. São 57 ativos, entre os quais a Casa da Moeda, a Eletrobras e o Aeroporto de Congonhas. Ao todo, Temer passará cerca de dez dias fora do Brasil. Na China, ele se reúne com empresários e participa da 9ª Cúpula do Brics - grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Delação de Funaro
A Procuradoria Geral da República deve mandar hoje ao Supremo o acordo revisado do delator Lúcio Funaro. Ontem, o ministro Edson Fechin devolveu o texto do acordo para a PGR com pedido de ajustes.

PT X Dilma
Um ano após impeachment, PT não sabe o que fazer com Dilma,vista por setores amplos do PT como uma página a ser virada. Embora o discurso oficial seja de martirização de Dilma e a militância apoie a ex-presidente, alas petistas a consideram culpada pela derrocada do partido e uma ameaça para a volta de Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto.

Agasalhos
Quinta-feira seguirá com temperaturas baixas em todo o RS. A mínima no RS será registrada em São José dos Ausentes: 7ºC

Estradas
Concessão de rodovias do RS deve exigir R$ 15 bilhões em obras. Edital que concede quatro rodovias federais à iniciativa privada deve ser enviado nos próximos dias ao Tribunal de Contas da União

Salário parcelado
Governo estadual deposita hoje valor mais baixo desde início dos parcelamentos. Servidores receberão R$ 350 e Executivo deve quitar a folha até o dia 13 de setembro.

Sucesso
Sérgio Moro terá série de palestras no Rio Grande do Sul. Em época de lançamento de filme sobre a Lava Jato, juiz tem presença prevista em três eventos no Estado.

Isenção
Temer vai recorrer por suspeição de Janot. Criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, defensor do presidente, não aceita decisão de Fachin e insiste que procurador-geral da República 'não age de forma isenta'.

Refinaria
TCU condena Cerveró e Gabrielli a pagar R$ 260 milhões por refinaria de Pasadena. Tribunal julgou irregular débitos relacionados à assinatura da carta de intenção enviada pela Petrobras à empresa Astra, durante as negociações

Ensino religioso nas escolas
O Supremo Tribunal Federal deve retomar hoje o julgamento de ação sobre ensino religioso nas escolas públicas. Ontem, o relator da ação votou para que professores sejam proibidos de promover suas crenças durante as aulas. Luís Roberto Barroso defendeu a adoção de um modelo 'não-confessional', que se limite à exposição das doutrinas. A decisão final sobre o assunto depende do voto da maioria dos 11 ministros da Corte.

Mercado de trabalho
O IBGE divulga hoje os dados do mercado de trabalho no Brasil no trimestre encerrado em julho, por meio da Pnad Contínua. A última pesquisa mostrou que o desemprego ficou em 13,0% no trimestre encerrado em junho. No período, o Brasil tinha 13,5 milhões de desempregados. O resultado representou um recuo de 0,7 ponto percentual.

Missão de paz no Haiti
Nas ruas de Porto Príncipe, a capital haitiana, um misto de incerteza e alívio divide os habitantes após a decisão das Nações Unidas de encerrar a missão de paz no país. Hoje, o Brasil termina sua presença, após 13 anos liderando militarmente o trabalho.

Eliminatórias da Copa
O Brasil enfrenta hoje à noite o Equador em Porto Alegre, em jogo da zona sul-americana das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. A seleção já está classificada para o Mundial. A novidade é que a braçadeira de capitão foi dada ao lateral Marcelo, que vai liderar o time de Tite pela primeira vez.

18 horas: Venezuela x Colômbia
19h30: Chile x Paraguai
20 horas: Uruguai x Argentina
23h15: Peru x Bolívia

Furacão
Depois de matar 38 pessoas no Texas, Harvey chega à Louisiana. Estado que ainda não se recuperou completamente dos estragos causados pelo furacão Katrina em 2005 foi atingido por ventos máximos de 72 km/h.

Furacão – 2
Usina química registra explosões no Texas após passagem do Harvey. Instalações sofreram apagão após surgimento do furacão, que provocou fortes chuvas em Houston

Previsão do tempo
Dia começa com nevoeiro em SP e no RS. O tempo vira no Sudeste e no Sul, regiões onde o Sol sai de cena e esfria. Há previsão de rajadas de vento entre SP e ES. Devem ocorrer pancadas isoladas de chuva em partes do Norte e do litoral nordestino. Tempo firme e seco nas demais regiões do país.
Veja/Estadão/Correio do Povo/clicRBS/O Globo/G1/IG/ 

➤EDITORIAL

Sem desculpa para atrasos*

O relator da reforma da Previdência não precisa fazer 
qualquer tipo de conjectura sobre uma possível nova denúncia 
contra Michel Temer

Na terça-feira passada, o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), afirmou que a possibilidade de a Procuradoria-Geral da República apresentar uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer deverá retardar a tramitação no Congresso da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/2016, que altera as regras previdenciárias. “Não dá para avançar com uma reforma previdenciária enquanto você tiver uma pauta do tipo ‘vamos ou não acatar denúncia’ cujo resultado importa em permanência ou não do presidente da República”, disse Arthur Maia ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

É compreensível – mas injustificável – que a oposição tente usar uma possível denúncia contra Michel Temer para atrasar o andamento da reforma da Previdência. Sem maiores responsabilidades por devolver ao País as condições de desenvolvimento econômico e social, não seria estranho ver os partidos da oposição enraivecida empenhados numa tentativa desse tipo. Não faz, no entanto, o menor sentido que o relator da reforma adote semelhante postura.

Em primeiro lugar, vale lembrar que ainda inexiste uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Nova acusação formal é por ora tão somente uma possibilidade, que, se for efetivada, merece análise isenta e cuidadosa de seu conteúdo. Basta ver que, apesar de todo o alarde criado em torno da delação de Joesley Batista, a denúncia contra Michel Temer apresentada em junho pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, era manifestamente inepta.

De toda forma, a questão principal não é essa. O relator da reforma da Previdência não precisa fazer qualquer tipo de conjectura sobre uma possível nova denúncia contra Michel Temer para dar-se conta de que são assuntos distintos e que o Congresso pode e deve dar célere andamento à PEC 287/2016.

A proposta de reforma da Previdência é de autoria do governo, mas sua importância transcende em muito os interesses do Palácio do Planalto. Se o Congresso não votar a reforma da Previdência, o principal derrotado não será Michel Temer. É o interesse do País que está em jogo e não cabe condicioná-lo aos desejos de um procurador-geral em fim de mandato. Sem a reforma da Previdência, o País estará desprovido de um sistema previdenciário minimamente compatível com sua realidade fiscal e social, vendo-se obrigado a continuar bancando com seus parcos recursos públicos um sistema caro e obsoleto.

Além disso, o déficit da Previdência traz sérias dúvidas sobre a capacidade de o Estado brasileiro continuar pagando essa fatura. Em 2016, o rombo causado pela Previdência nas contas da União, dos Estados e dos municípios foi de R$ 305,4 bilhões. Longe de ser temporário, o desequilíbrio é estrutural e tende a crescer em razão do envelhecimento da população.

Diante do caráter prioritário da reforma da Previdência, é também um equívoco condicionar o seu andamento a outras reformas, como deu a entender o deputado Arthur Maia. “Tem que aguardar passar essa fase, que tem também a reforma eleitoral, para ver se é possível ou não é possível retomar a Previdência”, afirmou o relator da reforma da Previdência.

Não cabe aguardar para saber se será possível ou não dar andamento à PEC 287/2016. A reforma da Previdência é um tema difícil, que será superado tão logo os parlamentares, sem qualquer vacilação, decidam não esperar pelo melhor dos momentos e, antes, construam eles mesmos as condições para sua aprovação. E cabe ao relator da reforma a liderança nessa empreitada.

A responsabilidade do Congresso com a reforma da Previdência é também a consciência de que não basta aprovar algumas alterações superficiais ou medidas de curto alcance, que funcionariam mais como bombas de efeito retardado do que como uma real correção de um problema que há muito tempo compromete o equilíbrio fiscal do Estado e, consequentemente, as futuras gerações de brasileiros. Faz-se necessária uma reforma de verdade, sem paliativos e sem atrasos.

*Publicado no Portal Estadão em 31/08/2017