quarta-feira, 7 de junho de 2017

➤BOA NOITE!


O Quarteto em Cy surgiu para a música popular brasileira quando as baianas Cybele, Cylene, Cynara e Cyva Ribeiro decidiram morar no Rio de Janeiro.

Criado em 1960, com o apoio de Vinicius de Moraes, as vozes do grupo transitaram por notáveis compositores da música brasileira, e suas gravações foram lançadas em mais de 30 discos—tanto no Brasil quanto no exterior.

Com uma carreira sólida e inabalável por cinquenta anos, o Quarteto em Cy se mantém como um dos mais notáveis e expressivos grupos vocais da história da MPB.

Para esta quarta-feira, selecionei uma linda composição de  Mú Carvalho, Cláudio Nucci e Paulinho Tapajós, que ficou ainda mais bonita nas vozes afinadíssimas do Quarteto em Cy, Sapato Velho


➤RAPIDINHAS


Autoridades resgatam 20 passageiros com vida em Mianmar
Autoridades afirmaram que resgataram 20 passageiros com vida no acidente de um avião militar em Mianmar, diz mídia chinesa. Os destroços da aeronave desaparecida foram encontrados no mar de Andamão, no Sul do país, segundo fontes locais. Ela levava mais de 100 pessoas a bordo e voava entre entre as cidades de Myeik e Yangon, com destino a Dawei. Navios militares fazem uma operação de busca pelo avião. O avião perdeu contato com a base aérea 29 minutos depois de decolar, enquanto voava a 18 mil pés sobre o mar de Andamão, a 70 quilômetros da cidade de Dawei, afirmaram militares. Apesar de ser período de monções em Mianmar, as condições climáticas não eram ruins no momento em que o avião desapareceu. O general Min Aung Hlaing, comandante das Forças Armadas, afirmou que 106 soldados e membros de suas famílias estavam a bordo, além de 14 pessoas da tripulação, totalizando 120 pessoas a bordo. Uma fonte do aeroporto havia dado o número de 116 pessoas no total.

Nas mãos de Fachin, os cabelos do homem da mala
O penteado do homem da mala está nas mãos de Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. O ministro vai decidir se acolhe – ou não – pedido do ex-assessor especial do presidente Michel Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR) que não quer ter a cabeça raspada na Papuda, complexo penitenciário para onde deverá ser transferido nesta quarta-feira, 7. O ex-deputado alegou que não quer passar pela experiência do empresário Eike Batista, preso em janeiro na Operação Eficiência – desdobramento da Lava Jato – por suposta propina de US$ 16,5 milhões para o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ). Em Bangu, onde ficou preso, Eike teve a cabeça raspada, segundo a defesa de Rocha Loures.
“Aproveita-se a oportunidade para requerer a Vossa Excelência que determine, com urgência, que lhe seja assegurado o máximo respeito aos seus direitos e garantias fundamentais, especialmente que não seja imposto tratamento desumano e cruel, respeitando e assegurando a sua integridade física, especialmente que não se lhe raspe o cabelo como fizeram no Rio de Janeiro com Eike Batista”, requereu o advogado Cezar Bittencourt, que defende o homem da mala.

Mais quatro cidades decretam situação de emergência no Rio Grande do Sul, e lista sobe para 56
Mais quatro cidades decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul devido ao excesso de chuvas registrado nas últimas semanas, conforme boletim da Defesa Civil, divulgado na manhã desta quarta-feira (7). São elas: Arroio do Meio, no Vale do Taquari; Santo Ângelo, Catuípe e Santo Antônio das Missões, no Noroeste do estado. Com isso, subiu para 56 o total de municípios nessa situação. No último levantamento da Defesa Civil, de terça-feira (6), eram 52 cidades. Além disso, mais uma município foi incluído entre os afetados pelo excesso de chuva, passando para 126 cidades atingidas em todo o Rio Grande do Sul. Segue em 6.309 o número de pessoas que estão fora de casa. São 433 famílias desabrigadas – que foram levadas a abrigos fornecidos pelo estado –, um total de 1.807 pessoas. Outras 1.077 famílias estão desalojadas – em casas de parentes ou amigos –, o que representa 4.502 pessoas.

Sede do Festival de Woodstock se torna sítio histórico dos EUA
O lugar escolhido como sede do icônico Festival de Música e Arte de Woodstock, em agosto de 1969, foi incluído no registro nacional de locais históricos dos Estados Unidos, informou nesta terça-feira o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo. “Woodstock foi um momento crucial na história de Nova York e dos EUA, reunindo a arte e a música em um evento que mudou o panorama político e cultural. Esse reconhecimento ajudará a preservar esse ponto de referência para a geração atual e para as futuras”, indicou Cuomo em comunicado. O Festival de Woodstock foi um evento musical que ocorreu em uma fazenda de Bethel, no condado de Sullivan, e reuniu 500 000 pessoas em três dias para ver lendas do rock como Joe Cocker, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Santana, Joan Baez e The Who. No local, foi construído o Centro para as Artes, inaugurado em 2006. Dois anos mais tarde, um museu dedicado à história do festival foi aberto, contando também o que ocorreu nas edições de 1979, 1989, 1994, 1999 e 2009. O museu também explora as transformações sociais, políticas, culturais e musicais da década de 1960, vinculadas aos assuntos que continuam afetando o mundo na atualidade.

Venezuela acusa EUA de estarem por trás de violência em protestos
A busca por bodes expiatórios não tem fim. Nesta terça-feira, a Venezuela acusou os Estados Unidos de estarem por trás da “desestabilização e da violência” que abalam o país nos últimos meses e alertou que o governo de Nicolás Maduro não se submeterá aos “desejos de dominação” dos americanos. O governo venezuelano reagiu dessa forma por meio de seu embaixador na ONU em Genebra, Jorge Valero. Valero discursou após a embaixadora americana, Nikki Haley, na abertura da 35ª sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da organização. “Foi patética a intervenção da embaixadora do império. Ficou evidente, de maneira clara e inegável, quem está por trás da desestabilização e da violência criminosa na Venezuela”, disse. Mais cedo, Haley afirmou que a “indiferença e a inação” do CHD diante da crise da Venezuela prejudicam a reputação do órgão. A embaixadora também pediu a renúncia do governo de Maduro ao cargo que ocupa no conselho, o fórum multilateral mais importante em questões de direitos humanos.

➤Saúde e lançamento de livro

Argumentos dos ministros para encerrar sessão


A sessão do julgamento da chapa Dilma-Temer nesta quarta-feira, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi encerrada  às 13h, porque a partir das 14h foi aberta a sessão do pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) e os ministros Gilmar Mendes, Luiz Fux e Rosa Weber precisam estar presentes. No entanto, outros argumentos foram levantados para suspender o julgamento, como os “problemas respiratórios não sanados” citados pelo relator Herman Benjamin, e o lançamento do novo livro de Fux, “Jurisdição Constitucional II – Cidadania e Direitos Fundamentais”. que está marcado para as 18h.

Quem lembrou do lançamento do livro foi Rosa Weber, ao que Fux respondeu que o “interesse do país vem primeiro”. Mesmo assim, Benjamin pareceu favorável à suspensão da sessão, comentando, pela terceira vez, que está com problemas de saúde.

O julgamento desta quarta teve dezenas de intervenções de outros ministros – especialmente do presidente da Corte, Gilmar Mendes – durante a análise das questões preliminares, o que está estendendo a sessão.

Na quinta-feira, a previsão é que o TSE convoque mais uma sessão extraordinária à tarde para continuar com o processo – assim, o julgamento duraria o dia todo, pois já havia sessões marcadas para as 9h e 19h. Caso as sessões de quinta-feira não sejam suficientes, os ministros cogitaram continuar o julgamento na sexta-feira e ate sábado e domingo.

➤Ação contra Dilma-Temer

Relator rejeita tese para tirar Odebrecht
Para relator de julgamento contra chapa Dilma-Temer, 
Odebrecht foi "o maior parasita da Petrobras" e, portanto, 
delação deve ser apreciada no processo


Em uma sessão marcada por alfinetadas, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou a tese dos advogados de Dilma Rousseff e Michel Temer de que os depoimentos de Marcelo Odebrecht, João Santana e Mônica Moura deveriam ser excluídos do processo que julga a cassação da chapa vencedora das eleições de 2014.

O assunto, no entanto, só será apreciado pelos outros ministros da corte a partir das 9h desta quinta-feira, 8 de junho. Se os magistrados discordarem do relator, abre-se espaço para a tese de que a denúncia inicial contra a chapa eleita em 2014 é fraca.

No cerne desse debate está o argumento sustentado pela defesa de que a ação teve seu objeto excessivamente ampliado no decorrer do processo. Segundo eles, os depoimentos do empresário e do casal de marqueteiros fogem do escopo inicial do processo movido pelo PSDB em dezembro de 2014. 

O ministro rebateu essa tese. Na visão dele, “é absolutamente descabido se dizer da tribuna que Petrobras e Odebrecht [não têm] nada a ver. Têm tudo a ver”.

“A Petrobras se transformou em um veículo para a Odebrecht alcançar objetivos de natureza privada, espúrios, e isso é dito claramente nos depoimentos. Mais até do que as outras empresas que estão listadas na [denúncia] inicial. Repito que nenhuma parasitou mais esta grande empresa pública [Petrobras] do que a Odebrecht”.

Entenda o que está em jogo

O argumento central das defesas de Dilma e Temer se baseia no fato de que a Constituição determina um prazo máximo de 15 dias após a diplomação eleitoral para abertura de um processo de impugnação de mandato.

Isso significa, na visão de um grupo de juristas, que todos os fatos que devem nortear uma ação eleitoral deveriam ser apresentados dentro desse prazo.

A lógica é mais ou menos a seguinte: se no período de instrução do processo, surgirem novas provas que fortaleçam a denúncia inicial, ótimo, elas podem ser incluídas no julgamento. Agora, se surgirem novos fatos contra os réus, seria necessário abrir uma nova ação.

➤Gás de cozinha

Preço  sobe 6,7% a partir de quinta-feira


Cozinhar, usar o fogão e o chuveiro, estufa e outros equipamentos, vai ficar mais caro a partir de quinta-feira, dia 8, quando o gás será reajustado em 6,7%, para o botijão de até 13 quilos. A partir de agora, devido a nova política de preços do produto, a Petrobrás reajustará o gás no dia 5 de cada mês. 

Para a Petrobras, o novo modelo "reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização de gás liquefeito de petróleo destinado exclusivamente a uso doméstico de até 13 quilos a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos".

A empresa explica que o preço final às distribuidoras será formado pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, acrescida de uma margem de 5%.

O gás de cozinha teve seu preço reajustado pela última vez no mês de março, com um aumento de 9,8, o que significou uma variação de R$v 1 a R$ 3 no preço do botijão.

TV JUSTIÇA – AO VIVO

➤Chapa Dilma-Temer - 2

10h36
A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff fez 376 perguntas às testemunhas e 269 foram feitas pela defesa do presidente Michel Temer, destaca Benjamin. O relator diz, ainda, que 29 testemunhas foram requeridas pelos representantes, 14 pela defesa de Dilma e 19 pelo juízo.
O argumento é uma tentativa de Benjamin de provar que houve espaço para ampla defesa durante o processo. 

10h34
O relator defende que o tempo razoável para o julgamento de um processo na Justiça Eleitoral é de um ano a partir da apresentação dos autores da ação. Benjamin destaque que o prazo está "há muito superado" e defende o não prolongamento do processo. 
A primeira ação foi apresentada, pelo PSDB, logo após a eleição da chapa Dilma-Temer em 2014.

10h29
Herman afirmou que, como juiz, seu dever é indeferir pedidos que protelaram o processo e não traziam contribuição.
Ele cita que a defesa de Dilma Rousseff pediu que "deveriam ser ouvidos os depoimentos de todos os envolvidos", destacando a palavra "todos". O relator, porém, critica o pedido. "Será que é possível encerrar algum processo judicial nas condições da representada?"
Ele diz, ainda, que o pedido da representada tem uma contradição. "Ora o juiz relator avançou o sinal, ouviu testemunhas que não deveria, que não foram pedidas pela parte, ora sequer ouviu dezenas, quiçá centenas de testemunhas."

10h26
O presidente Michel Temer permaneceu no início da manhã no Palácio do Jaburu, ao mesmo tempo em que a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que julga a ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer era reiniciada. O presidente chegou há pouco ao Palácio do Planalto, onde participa, às 11h, da cerimônia de lançamento do Plano Safra 2017/2018. Ontem à noite, Temer acompanhou o julgamento pela televisão. 

10h23
O primeiro deles, diz Benjamin, é a observação do princípios do contraditório e da ampla defesa. "Não existe esse tipo de inquirição coletiva. No momento em que o juiz está fazendo as perguntas, os próprios advogados faziam as suas perguntas. Está nos autos. Podem verificar", diz o relator. Ele garante que houve ampla garantia para a defesa. 
 Os outros dois critérios citados pelo relator são pertinência da prova com o objetivo do feito e a contribuição efetiva da medida para o esclarecimento dos fatos.

➤Chapa Dilma-Temer

O julgamento  no TSE



A partir de agora, vou acompanhar, via Estadão, os pronbunciamentos de ministros no julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE. A sequência de pronunciamentos é feita pelo jornal Estado de São Paulo e reproduzo para todos.

10h20
Herman Benjamin lê três critérios que, segundo ele, nortearam a colheita de provas. "Façam o exercício de verificar se eu cumpri os critérios", disse o relator, dirigindo-se aos estudantes de Direito que assistem ao julgamento. 

10h11
O ministro Admar Gonzaga, empossado em março por Temer para o cargo no TSE, diz que a aplicação da regra (sobre uso de testemunhas) recomenda temperamento.

10h02
O ministro Napoleão Nunes questiona a inclusão das delações: "Poderia um juiz diante desse 'poder-dever', 'dever poder', ampliar o objeto da demanda e incluir fatos que não estariam incluídos?". Herman relembra que, até o momento, só está lendo a preliminar referente ao cerceamento de defesa, não sobre a inclusão de fatos novos.  

09h56
Ministro Luiz Fux indica apoio ao relator e cita precedentes em outros casos em que houve uso de testemunhas não pedidas pelas partes.

09h49
"As notícias estão aí sobre o caso JBS", afirma Gilmar Mendes, presidente do TSE. O ministro Luiz Fux rebate: "Tenho que trabalhar nos autos. Eu não posso trabalhar com notícia do jornal."

09h46
Ministro Gilmar Mendes interrompe relator para dizer que, daqui a pouco, Benjamin vai querer ouvir até os delatores da JBS. E ironiza: Provavelmente semana que vem, teríamos que esperar possível delação de (o ex-ministro) Palocci.

 "Eu não quero interromper a Vossa Excelência", diz Gilmar. "Mas já interrompendo...", rebate Herman Benjamin.

Gilmar interrompeu a fala de Herman enquanto o ministro defendia a decisão de incluir no processo os depoimentos dos delatores da Operação Lava Jato.
 Para o presidente da corte, esse argumento é “falacioso” e, daqui a pouco, o relator vai querer incluir a delação do grupo JBS ou “na semana que vem", a delação do ex-ministro Antonio Palocci, que ainda sequer foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal. "Só uma provocação", disse.

09h39
Herman Benjamin afirma que a possibilidade do juiz ordenar provas não é peculiaridade. "Poderia deixar essa equivocada impressão, mas a rigor isso é uma regra", afirma.

 O relator cita o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio em ação de inconstitucionalidade. "O juiz que não fizer (chamar testemunhas) está prevaricando".

09h35
"Os depoimentos (da Odebrecht) foram requisitados em decorrência de pedido expresso da petição inicial", afirma Benjamin. 

09h31
"Na Justiça Eleitoral, nós não trabalhamos com os olhos fechados", diz Herman Benjamin. O relator defende que a inclusão das delações é legítima. "O juiz ou relator poderá ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas como conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam interferir na decisão da causa", justifica.

09h28
Benjamin começa a ler seus argumentos para, segundo ele, afastar o cerceamento de defesa.

09h24
Os ministros Admar Gonzaga e Napoleão Nunes Maia Filho questionam o relator Herman Benjamin sobre as questões preliminares. Gonzaga propôs que a votação das preliminares deveria acontecer antes do mérito. 
Benjamin insiste que elas estão vinculadas ao mérito. Gilmar Mendes afirma: "o relator já percebeu que há divergências em relação ao seu posicionamento". 

09h21
A discussão mais importante que deve acontecer nesta manhã é sobre a preliminar que define se os depoimentos de delatores da Odebrecht e os do casal de publicitários João Santana e Mônica Moura devem ter validade no processo.

As defesas de Temer e de Dilma sustentam que é incabível o uso dos delatores como provas porque excederia o objeto inicial da acusação, feita pelo PSDB, logo após a eleição de 2014.

O movimento no TSE é menor na manhã desta quarta do que na noite da terça-feira, quando o auditório estava lotado. Na noite de ontem, foram superadas as fases de leitura de relatório, sustentações orais e a votação de quatro preliminares.

09h18
Na chegada para o julgamento da chapa Dilma-Temer, o advogado do partido de acusação (PSDB) José Eduardo Alckmin afirmou que "há provas robustas" de irregularidade na campanha de 2014, independentemente da utilização das delações da Odebrecht. 

 A acusação, no entanto, pede apenas a inelegibilidade de Dilma Rousseff, mas não a cassação do presidente Temer.

José Eduardo Alckmin afirmou que o Supremo tem prerrogativa que permite o juiz utilizar testemunhas que não foram pedidas pelas partes.

09h16
Relator ministro Herman Benjamin começa a analisar três preliminares que ficaram para a manhã desta quarta-feira, 7. Ele destaca que são preliminares que se relacionam com o mérito. A primeira delas diz respeito ao cerceamento da defesa sobre a colheita de provas referentes à empresa Odebrecht. 

➤RESUMO

Comece o dia bem-informado

O país em compasso de espera
O julgamento que pode tirar o mandato do presidente continua agora de manhã. Ontem, o TSE rejeitou os primeiros 4 questionamentos das defesas de Temer e Dilma e iniciou uma discussão que deve ser retomada hoje: as delações da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura devem fazer parte do processo?

Sistema eleitoral falido
Ao dar seu voto, o relator Herman Benjamin afirmou que as ações que analisam suposto abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral de 2014 são 'filha de um sistema político-eleitoral falido' e defendeu uma reforma 'abrangente e corajosa'.

Advogado de Dilma
'Hoje realmente começa o julgamento'

Advogado de Temer
'Se excluir Odebrecht perspectivas são boas'

É tudo mentira
O advogado de Dilma defendeu que Marcelo Odebrecht mentiu à Justiça e que o 'inconformismo' levou o PSDB entrar com a ação

E agora, José?
Temendo vitória de Maia, cúpula do PSDB decide manter apoio a Temer. Receio com Maia se alia a outro fator: destino do presidente está ligado ao de Aécio

Direito do trabalhador
Comissão do Senado aprova texto base da reforma trabalhista. Todos os destaques foram rejeitados; texto segue para comissões de Assuntos Sociais e de Constituição e Justiça

O homem da mala
Personagem de outra delação, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, homem de confiança do presidente Temer, deve ser transferido para a Penitenciária da Papuda. Mas o que ministro Edson Fachin precisa decidir é se Loures terá a cabeça raspada, ou não.

O dia no Congresso
A Câmara parou ontem à noite, pouco antes do início do julgamento no TSE, mas a previsão na agenda do Congresso é que os deputados e senadores se reúnam em plenário para discutir mudanças na estrutura da Embratur, na Câmara, e a PEC que torna imprescritível o crime de estupro, no Senado.

E a chuva continua
Quarta-feira tem alerta de chuva forte e alagamentos em todo o RS. Estado também poderá ter rajadas de vento e descargas elétricas

É muita droga
Polícia descobre laboratório e apreende 4,5 mil pedras de crack em Canoas. Droga seria distribuída para diversos pontos de tráfico na região Metropolitana

Todo o cuidado, é pouco
Golpe com cheque fica cada vez mais sofisticado. Quadrilhas usam estratégias que incluem de reprodução de assinaturas 'perfeitas' até sequestro de celulares.

Vai fazer falta?
Justiça determina que Anitta deposite R$ 1,2 milhão em juízo.  Valor ficará retido até que sejam julgadas todas as disputas envolvendo a cantora e sua ex-empresária, Kamilla Fialho

Terrorismo
EI assume ataque ao Parlamento do Irã e ao mausoléu do aiatolá Khomeini. Terroristas deixaram mortos e feridos em ações simultâneas em Teerã

Desastre
Avião militar desaparece em Mianmar com 116 pessoas a bordo. Segundo um comunicado do escritório do comandante em chefe do Exército, comunicação com aeronave foi perdida quando estava cerca de 32 km a leste da cidade de Dawei

Roland Garros
Austríaco dá 'pneu', elimina campeão Djokovic e faz semi contra Nadal

Futebol
Amistoso
15h45: Itália x Uruguai
16h30: Espanha x Colômbia
Campeonato Brasileiro da Série A
19h30: Atlético-MG x Avaí
19h30: Coritiba x Palmeiras
21 horas: Santos x Botafogo
21h45: Vasco x Corinthians
21h45: Sport x Flamengo

Previsão do Tempo
O aguaceiro não dá trégua ao Sul, com chuva forte em SC, norte do RS e parte do PR. Alerta também para pancadas no extremo norte do país. Mas o tempo estará firme em RO, TO, PA e parte do AM. Tempo aberto e seco, com muito sol e calor, no Nordeste e no Centro-Oeste, exceto no sul de MS. No Sudeste, chove a qualquer hora apenas na região metropolitana.
Estadão/O Globo/ Veja/ clicRBS/CP/G1

➤BOM DIA!

A corrupção em julgamento*

Merval Pereira

O julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não se restringe à chapa vitoriosa da eleição presidencial de 2014, mas ao nosso sistema político-eleitoral. O que está desfilando à frente dos brasileiros é uma série de delitos criminais, eleitorais, fiscais, que atinge todo nosso espectro partidário.

O relator Herman Benjamim chamou a atenção dos estudantes que estavam presentes ao plenário do TSE para o fato de que o PSDB, partido que disputou e perdeu a eleição presidencial e apresentou as ações de impugnação da chapa vitoriosa, hoje faz parte da base aliada de apoio do novo governo, exercido pelo vice-presidente na chapa acusada, depois do impeachment da presidente Dilma.

 Embora não se possa incluir no processo as acusações que pesam também contra o PSDB ou outros partidos brasileiros, que foram acusados na Operação Lava Jato de diversos delitos, muitos semelhantes aos que estão em julgamento agora no TSE, o relator destacou que o julgamento que começou ontem é uma demonstração de que as instituições brasileiras estão funcionando no sentido de depurar as atividades distorcidas das campanhas eleitorais.

Por isso, disse ele, é preciso tomar decisões e punir os responsáveis, para que um sistema eleitoral falido seja revisto por uma reforma eleitoral que deve ser feita pelo Congresso. Não é a solução criminalizar a política, ressaltou Herman Benjamim, mas atuar para reformar as estruturas partidárias e nosso sistema eleitoral.

Por tudo isso, ele lembrou que o momento é de fazer cumprir a lei para exemplificar qual é o caminho que a sociedade brasileira escolheu. Nicolao Dino, o vice-procurador eleitoral, rebateu as preliminares apresentadas pelos advogados para não aceitar os depoimentos dos executivos da empreiteira Odebrecht e dos marqueteiros Monica Moura e João Santana.

Eles argumentaram que "fatos novos" foram acrescentados, o que seria impedido pela legislação. Dino asseverou que estavam confundindo fatos novos com "provas alargadas", indo na mesma linha do relator Herman Benjamim, que mandou acrescentar aos autos esses depoimentos, frutos de delações premiadas na Operação Lava Jato. 

Além de citar legislação eleitoral que permite a produção de provas no decorrer da investigação, desde que, como consideram ser o caso, estejam dentro do escopo das acusações apresentadas em tempo legal.

O advogado do presidente Michel Temer, Gustavo Guedes, que se bateu junto com os advogados de Dilma Rousseff pela não aceitação dois depoimentos, disse que os crimes apresentados neles não serão anistiados, mas julgados em outros processos. Ele pediu também que as contas dos dois candidatos fossem separadas, e alegou que há precedentes no TSE: "Não é possível que o presidente Michel Temer pague a conta do histórico de corrupção do Brasil."

O vice-procurador eleitoral Nicolao Dino disse que não há dúvidas quanto ao abuso de poder econômico e às fraudes na contratação das gráficas fantasmas por parte da chapa Dilma-Temer. "Há elementos robustos a justificar a cassação da chapa como um todo", concluiu o procurador.

 Ele reiterou a defesa da cassação do diploma e a inelegibilidade da ex-presidente Dilma Rousseff. O ministro Gilmar Mendes chamou a atenção para o fato novo de que empresas são contratadas sem terem condições de exercer as funções previstas, pois servem para desviar dinheiro público. Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o julgamento em curso servirá para que se descubra como se comportam os partidos políticos nas campanhas eleitorais.

A partir das investigações existirão informações suficientes para subsidiar ações congressuais e reformas eleitorais. Gilmar Mendes chamou a atenção para a delicadeza das decisões que serão tomadas, e o ministro Herman Benjamim, relator do processo, defendeu a ação do TSE que cassa os candidatos que solaparam a democracia, distorcendo o voto popular.
*Publicado no Portal O Globo em 07/06/2017

➤Terrorismo

Parlamento do Irã e mausoléu 
de Khomeini são atacados


Parlamento do Irã - Foto: Reuters/Reprodução
Um segurança foi morto e pelo menos 12 pessoas ficam feridas após atentado
Agressores não identificados atacaram o Parlamento do Irã e o mausoléu do aiatolá Ruhollah Khomeini na capital do país, Teerã, nesta quarta-feira, causando a morte de um guarda de segurança e deixando ao menos 12 feridos, segundo a agência de notícias estatal Irna.

Não há detalhes de quem teria lançado os ataques ou se eles foram coordenados. Os atentados levaram o Ministério do Interior iraniano a convocar uma reunião de emergência, informou a Irna.

De acordo com a TV estatal, o ataque ao Parlamento envolve quatro homens armados com rifles, ainda está em andamento e já deixou oito feridos.

No ataque ao mausoléu, um guarda foi morto e quatro pessoas ficaram feridas, informou a mídia iraniana. Neste segundo incidente, um dos agressores teria sido morto e uma mulher foi detida. Os agressores foram descritos como “terroristas” e um deles teria detonado explosivos que carregava junto ao corpo.
Com Agência Reuters