terça-feira, 25 de abril de 2017

➤Operação Lava Jato

STF decide soltar Genu, condenado por Moro


Por 3 a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na tarde desta terça-feira, 25, atender o pedido da defesa do ex-tesoureiro do Partido Progressista (PP) João Cláudio Genu e revogar a sua prisão preventiva decretada no âmbito da operação Lava Jato.

Mais cedo, o colegiado já tinha decidido revogar a prisão domiciliar e, consequentemente, libertar o pecuarista José Carlos Bumlai, condenado em 2016, em primeira instância, a 9 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção passiva.

Em seu voto, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, destacou que Genu foi condenado por corrupção passiva no processo do mensalão – a pena, no entanto, acabou prescrevendo. 

“Não há dúvida de que o plenário deste STF empreendeu juízo de certeza quanto à culpabilidade do agente (no julgamento do mensalão)”, destacou Fachin. “Esse episódio não teria dissuadido o paciente da prática de novos delitos, o que desvela a indispensabilidade do emprego de medida cautelatória”, concluiu o ministro.

Acompanhou o relator apenas o ministro Celso de Mello. A favor da liberdade de Genu se posicionaram os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

“Estamos a julgar a necessidade ou não da manutenção da prisão preventiva do ora paciente. Se não concedermos essa ordem de habeas corpus, teremos de fazer o seguinte: mudar o precedente do plenário. Estamos diante de execução provisória da pena em primeiro grau, o que não é aceito por esta Corte”, disse Toffoli. 
Agência Estado


➤BOA NOITE!


Hoje vou atender minhas amigas e leitoras que reclamam que passo muito tempo sem postar alguma música com o cantor Julio Iglesias. Realmente ele faz muito sucesso toda vez que publico aqui alguma música sua.

Para esta terça-feira, em homenagem a todas e todos que curtem a voz romântica de Julio Iglesias, selecionei um vídeo em que ele canta um de seus grandes sucessos, O me Quieres o Me Dejas, que em português foi gravado com o nome de Devaneios



➤Reforma trabalhista

Relator quer o fim do imposto sindical

O relator da reforma trabalhista, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), recebeu na segunda-feira uma enxurrada de emendas que tentam modificar o texto do seu relatório. Foram pelo menos 450 sugestões de mudanças, protocoladas, sobretudo, pela oposição. Ao GLOBO, Marinho disse que pretende aceitar algumas das emendas que melhorem e tornem mais claro o texto, mas já adiantou que não pretende mexer “nem um milímetro” no que diz respeito ao fim da obrigatoriedade da contribuição sindical. O próprio ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, garantiu que o governo vai respeitar a decisão do Congresso nessa questão.

— Estamos estudando. Se houver possibilidade de melhorar, a gente fará. O que não vou fazer é desfigurar o texto. Críticas construtivas, eu vou acatar todas — disse o relator.

A maior parte das emendas mexe em quatro pontos: o fim da obrigatoriedade do imposto sindical, a jornada intermitente, a permissão para que mulheres lactantes ou gestantes trabalhem em ambientes insalubres com autorização médica e a criação de uma comissão para representar os trabalhadores dentro da empresa.

Com relação ao fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, a tendência é ser sancionado pelo presidente Michel Temer, para não criar desconforto com a base de apoio — apesar das resistências de entidades sindicais patronais e de trabalhadores.

O discurso dos parlamentares é que o fim do imposto sindical obrigatório vai deixar mais dinheiro na mesa do trabalhador. Até quem está contra a medida admite, nos bastidores, que Temer teria dificuldade de vetar, porque o imposto é impopular. O presidente também precisa agradar a base para vencer o desafio da reforma da Previdência — que enfrenta resistências ainda maiores por parte das bancadas.
Agência Globo

➤Prisão deve ser imediata

STF manda goleiro Bruno de volta para a cadeia


A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta terça-feira o retorno imediato do goleiro Bruno Fernandes à prisão. Em 24 de fevereiro, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, concedeu habeas corpus para libertar o jogador – que foi sentenciado a 22 anos e três meses pelo assassinato de Eliza Samudio, com quem teve um filho. O ministro argumentou que a condenação ainda não foi confirmada em segunda instância e, por isso, o réu poderia recorrer em liberdade. Mas a maioria do colegiado discordou e decidiu mandar o jogador de volta para a prisão.

O julgamento terminou com três votos a um. Apenas Marco Aurélio defendeu que o goleiro continuasse em liberdade. Os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Rosa Weber. Ressaltaram que condenações de Tribunais do Júri são soberanas e podem ser executadas imediatamente. Eles também lembraram que, quando a sentença foi fixada, o Tribunal do Júri considerou que o réu agiu de forma fria e planejada, com requintes de crueldade. Para Fux, tratam-se de “fatos gravíssimos”. Luís Roberto Barroso não estava presente.

— Casos como este merecem tratamento diferenciado — afirmou Fux.

Bruno jogava no Flamengo quando ocorreu o crime, em 2010. Ele foi preso diante dos indícios de envolvimento com a morte de Eliza Samudio. Depois que foi solto, o goleiro passou a atuar no Boa, time de Mina Gerais que disputa a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

O tribunal do júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, condenou Bruno em 2013. Quando concedeu o habeas corpus, Marco Aurélio lembrou que a condenação ainda não foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Nesta terça-feira, ele manteve o entendimento.
Agência Globo

➤RAPIDINHAS


Polícia Militar frustra plano do PCC de resgatar Marcola
Agentes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), grupo de elite da Polícia Militar, se deslocaram nesta segunda-feira, 24, para Presidente Prudente, no interior do Estado, após uma investigação apontar que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) pretendiam resgatar o seu líder Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Os arredores do presídio da cidade onde ele está preso em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) tiveram segurança reforçada. 
A investigação descobriu que o PCC pretendia usar a mesma estratégia dos ataques às empresas de transporte de valores. O grupo fecharia com veículos ruas de acesso ao presídio e jogaria na via pregos para retardar a chegada da polícia. Homens armados com fuzis e metralhadora ponto 50 teriam a missão de matar agentes de segurança da penitenciária e detonariam explosivos para derrubar as muralhas.
Quando descoberto o plano, foi determinado que a Rota fosse até a cidade – os agentes chegaram na sexta-feira, de madrugada. Para a proteção, policiais contavam com fuzis IA2, de última geração. Outros grupos da PM, como o de Operações Especiais (Gate) e o Comando de Operações Especiais (COE), entraram em alerta e podem ser deslocados a qualquer momento.

Operação Deu Zebra termina com 19 presos no Rio Grande do Sul
A operação Deu Zebra, desencadeada na manhã desta terça-feira para desarticular uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro e envolvida com jogos de azar, terminou com a prisão de 19 pessoas no Rio Grande do Sul. Segundo informações da Polícia Civil, o grupo teria movimentado em quatro anos de atuação mais de R$ 520 milhões. 
A ação cumpriu 237 ordens judiciais, sendo 14 mandatos de prisão e 73 mandados de busca e apreensão, além de 57 apreensões de veículos e 19 sequestros de imóveis. Policiais visitaram as cidades de Bagé, Caçapava do Sul, Cacequi, Dom Pedrito, Pelotas, Porto Alegre, Quaraí, Rosário do Sul, Santa Rosa, Santana do Livramento, Santo Ângelo, São Gabriel, São Sepé e Taquara. A investigação identificou uma infraestrutura organizada que atuava por trás de máquinas de apostas. Entre os valores apreendidos, foram identificados valores em moeda nacional, dólar, euro e peso uruguaio.
“É a maior operação de lavagem de capitais da PCRS (até agora, dado o volume financeiro movimentado”, resumiu o Chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt.

Trump chama todo o Senado para discutir tensões com a Coreia do Norte
O governo Donald Trump chamou o Senado americano inteiro a comparecer à Casa Branca nesta quarta-feira (26/04), numa convocação atípica para discutir a crescente tensão com a Coreia do Norte.
Todos os 100 senadores foram convidados a participar da reunião com o secretário de Estado, Rex Tillerson, o secretário de Defesa, Jim Mattis, o diretor da inteligência nacional, Dan Coats, e o general Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto.
Normalmente, as autoridades do governo se dirigem ao Capitólio para informar os membros do Congresso sobre temas relacionados à política externa e sobre questões de segurança nacional. O caminho inverso, de todos os 100 membros do Senado se dirigirem até a Casa Branca, é incomum. Já houve no passado, mas para grupos menores de senadores.
David Popp, porta-voz do líder republicano no Senado Mitch McConnel, explicou que Trump "ofereceu sediar a reunião e que o líder do Senado concordou". Outras lideranças do Senado sinalizaram que a maioria, se não todos, dos senadores deve comparecer na Casa Branca.

Justiça quer leiloar R$ 1 bi em bens de Cabral, Eike e outros presos na Lava Jato no Rio
Mansões, lanchas, iates, joias, fazenda e carros. A 7ª Vara Federal iniciou, a pedido do juiz Marcelo Bretas, o levantamento e avaliação de todos os bens apreendidos até agora nas operações da Lava Jato no Rio. A intenção do magistrado é levar essas apreensões a leilão e reverter o lucro obtido aos cofres públicos.
A medida seria tomada a cada processo que for concluído. Se o réu for condenado, a Justiça determinará o leilão de seus bens apreendidos.
O cálculo inicial é que o valor possa ultrapassar R$ 1 bilhão, como antecipou a coluna Gente Boa, do jornal O Globo.
No rol de acusados que podem ter os bens leiloados estão o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e sua mulher, Adriana Ancelmo; os empresários Eike Batista, Fernando Cavendish e Miguel Skin, além do ex-secretário de Saúde do RJ, Sérgio Côrtes.

Marchezan entrega quinta-feira, na Câmara, pacote de medidas
O prefeito Nelson Marchezan Júnior apresentará aos vereadores nesta quarta-feira, em reunião às 10h, no Paço Municipal, os projetos que integram o pacote que será encaminhado à Câmara de Porto Alegre na quinta. Sem medo de polêmicas, Marchezan irá comprar mais brigas e colocará em pauta temas delicados.
Uma segunda leva de projetos chegará à Casa em maio. Entre as medidas que incluirão a primeira remessa, uma das que prometem maiores embates em plenário é a que visa alterar a concessão de gratuidades no transporte coletivo da Capital. Na mira da prefeitura, estão, principalmente, estudantes e professores. A proposta elaborada pelo Executivo estabelece o fim da meia passagem concedida a professores das redes pública e privada. Em relação aos estudantes que atualmente têm direito à gratuidade da passagem integral, a intenção é limitar a concessão aos que possuam renda familiar de até três salários mínimos. A regra já é aplicada hoje aos idosos entre 60 e 64 anos. Também devem constar do pacote projeto de revisão da planta de valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), com a possibilidade de tomada do imóvel pela prefeitura em caso de não pagamento da dívida, a criação de um Cadastro Informativo de créditos não quitados (Cadin) municipal, o estabelecimento de teto aos servidores e alterações em funções gratificadas.

➤OPINIÃO

Sabotagem contra a Lava Jato*


Quem quiser identificar um foco de sabotagem contra a continuidade das investigações da Operação Lava Jato, que estão sendo conduzidas pela força-tarefa da Procuradoria-Geral da República (PGR), não precisa ir muito longe. Basta olhar para o próprio Ministério Público Federal (MPF).

Numa proposta que não deixa margem a dúvidas quanto às verdadeiras intenções de sua autora, a subprocuradora-geral da República Raquel Elias Dodge apresentou ao Conselho Superior da instituição um projeto de resolução que obriga o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a ter de mudar a equipe que o assessora no momento em que a Lava Jato se encontra numa de suas fases mais importantes.

A votação da proposta só não foi concluída na sessão de ontem porque Rodrigo Janot pediu vista, quando 7 dos 10 conselheiros já haviam se manifestado a favor da resolução e 1 contra. O procurador-geral alegou que em momento algum foi consultado sobre a resolução e afirmou que, por causa das especificidades técnicas das investigações, não tem como mudar sua equipe. Como só faltam votar dois conselheiros, a aprovação da resolução é uma questão de tempo.


Subprocuradora-geral Raquel Elias Dodge
Entre outras inovações, o projeto de resolução limita em 10% o número de procuradores que uma unidade do Ministério Público Federal pode ceder para participar de investigações em outra unidade. Isso atinge o coração da Operação Lava Jato, pois desde sua instalação ela sempre contou com especialistas do MPF vindos de todo o País. Só no caso da Procuradoria Regional do Distrito Federal, por exemplo, 8 dos 29 procuradores federais – cerca de quase 30% – estão atuando nos tribunais superiores em nome da PGR. O órgão é responsável não apenas pelas investigações de quem tem foro privilegiado, como, igualmente, pela formalização dos grandes acordos de delação premiada que envolvem parlamentares e empreiteiras do porte da Odebrecht e da OAS.

No total, há atualmente 41 procuradores federais cedidos à Procuradoria-Geral, dos quais 10 estão trabalhando na Operação Lava Jato. Sua substituição, por causa da resolução que está sendo votada pelo Conselho Superior do MPF, poderá retardar as investigações, pois os novos procuradores que Rodrigo Janot terá de nomear precisarão de tempo para conhecer os processos. E, como o próprio Janot alegou, a PGR não dispõe de especialistas em número suficiente para conduzir as investigações mais complexas. Essa morosidade era tudo o que os advogados dos réus queriam, para tentar fazer com que as ações penais de seus clientes prescrevam.

O projeto de resolução estabelece ainda um prazo máximo de quatro anos para que um procurador federal possa atuar fora de sua unidade de origem. Como a força-tarefa da PGR em Curitiba começou a trabalhar há mais de três anos, isso significa que os membros do MPF a ela cedidos também terão de ser substituídos até o final do ano. Essa é mais uma inovação intempestiva que pode gerar problemas de descontinuidade nas investigações e comprometer a coleta das provas necessárias para fundamentar a proposição de ações penais contra políticos e empreiteiros.

O mais grave é que nem mesmo as entidades de procuradores da República – cujos dirigentes são candidatos ao cargo de Janot, que será substituído em setembro – se opuseram à resolução. “Não há ninguém insubstituível. A Operação Lava Jato é um trabalho de instituição, não um trabalho de apenas alguns colegas, por mais brilhantes que sejam”, disse ao jornal O Globo o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti.

Fica evidente que, por trás do projeto de resolução apresentado ao Conselho Superior do Ministério Público Federal, há irresistíveis pressões corporativas, pois notáveis personagens desse edificante episódio almejam suceder a Rodrigo Janot, preocupando-se mais com suas aspirações do que com a mais importante investigação que a instituição do Ministério Público já conduziu na história do País.
*Publicado no Portal Estadão em 25/04/2017

➤Operação Lava Jato

Pedido de investigação contra dois governadores está no STJ

Marcelo Miranda e Fernando Pimentel
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu, na noite desta segunda-feira (24), requerimentos de abertura de investigação contra os governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB). 

Ambos os pedidos de investigação são oriundos das delações da construtora Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que têm como alvo governadores com prerrogativa de foro na Corte e tiveram o sigilo levantado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os pedidos contra os dois governadores foram apresentados pela Procuradoria-Geral da República ao STF no dia 14 de março. Os dois chefes do Executivo estadual negam qualquer envolvimento com irregularidades. 

Após análise, o relator da Operação Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, encaminhou duas petições ao STJ, ao qual caberá investigar e processar eventual ação penal. Mais 12 sindicâncias ainda devem ser remetidas pelo Supremo.

O ministro Luis Felipe Salomão foi indicado para relatar os caso no âmbito do Superior Tribunal de Justiça. Salomão aguardará o recebimento dos outros requerimentos para análise em conjunto, procedimento idêntico ao adotado pelo ministro Edson Fachin no STF. O vice-procurador-geral da República Bonifácio de Andrada atuará nos processos.

Em nota, a secretaria de Comunicação Social de Tocantins destacou que o governador Marcelo Miranda "foi somente citado [pelos delatores da Lava Jato], não houve indiciamento. Mas vale considerar que todas as doações de campanha do governador foram feitas de forma legal, devidamente declaradas e as contas aprovadas".

Já o petista Fernando Pimentel, que governa o estado de Minas Gerais, afirmou à imprensa que só irá se pronunciar sobre os pedidos de investigação após a divulgação completa do teor das delações que envolvem seu nome.
Agência Brasil

➤Jogo do bicho informatizado

Polícia deflagra operação  no Rio Grande do Sul


Foto: Agência RBS/Reprodução
A Polícia Civil realiza na manhã desta terça-feira (25) a Operação Deu Zebra, que tem como alvos duas organizações criminosas que coordenam apostas no jogo de bicho em diversas cidades do Rio Grande do Sul.

A ação da polícia ocorre simultaneamente em 14 municípios: Bagé, São Gabriel, Pelotas, Santana do Livramento, Rosário do Sul, Cacequi, Quaraí, Dom Pedrito, São Sepé, Caçapava do Sul, Santa Rosa, Santo Ângelo, Taquara e Porto Alegre. No entanto, de acordo com a investigação, foram identificadas mais de 70 cidades onde os grupos atuam.

São cumpridos 14 mandados de prisão preventiva, 67 de busca e apreensão e sete conduções coercitivas. Entre os alvos estão funcionários públicos, como agentes de prefeituras e policiais, suspeitos de corrupção.

Foi autorizada pela Justiça ainda a apreensão de 57 veículos e 19 imóveis, além de 67 contas bancárias, que serão analisadas para futuro bloqueio de valores.
Um dos chefes das bancas de apostas coordena os jogos em Bagé, o outro fica em São Gabriel. Em Pelotas, os policiais buscam um técnico em informática que presta serviços às quadrilhas.

Em Taquara e Porto Alegre, a polícia cumpre mandado em uma empresa de tecnologia e em um local onde estão servidores que armazenam dados.

“Nosso foco, além de combater a contravenção de jogos de azar, é prender os grupos por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Nossa investigação durou um ano e dois meses, e nesse período foi possível ter noção da grande quantidade de dinheiro que é lavada pelos bicheiros. Dinheiro que não sabemos pra onde vai, que pode financiar outros crimes”, explica a delegada regional da Polícia Civil em Santana do Livramento, Ana Tarouco, que coordena a operação.
Agência Globo 

➤25/04/2017


Estadão - ‘Privatizações’ na Petrobrás e benefícios fiscais foram contrapartidas de Lula e Palocci a ‘doações expressivas’, denunciam delatores
Alexandrino Alencar, próximo de Lula, e Pedro Novis relataram à Lava Jato que a 'MP do Bem', editada em 2005 para garantir crédito presumido de PIS/COFINS sobre compra de nafta foi uma compensação aos repasses para as campanhas petistas

Folha de São Paulo - Resultado de licitação do BB vaza 4 dias antes de abertura de envelopes
Vencedor do certame de maior valor já feito na gestão Temer foi antecipado à Folha; banco afirma que "definição das vencedoras foi norteada por critérios técnicos"

O Globo - Relator avisa não ceder no fim do imposto sindical
Rogério Marinho recebeu enxurrada de emendas ao texto

Correio Braziliense - Senadores tramam aprovar, amanhã, lei que inviabiliza combate à corrupção
Projeto considerado nocivo à operação Lava-Jato está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Enquanto integrantes do Ministério Público tentam evitar avanços contra investigadores e magistrados, políticos não abrem mão da votação de amanhã

Estado de Minas - Três suspeitos de mega-assalto no Paraguai são mortos no Paraná
A operação para prender os assaltantes se estenderam pela noite, com participação das polícias Rodoviária, Civil, Militar, Ambiente e a Guarda Municipal de Foz do Iguaçu

Tribuna da Bahia - Para PT, há 'estratégia estabelecida' para retirar Lula da eleição
As principais lideranças petistas alinharam um discurso para defender a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Diário do Nordeste - Oposição venezuelana pressiona governo
Diante da escalada da violência nos protestos, Maduro fala em eleições diretas já para prefeitos e governadores

Gazeta do Povo - Nove são presos e três mortos na caçada à quadrilha suspeita de roubo no Paraguai
As prisões ocorreram após perseguições e intensos tiroteios, em que os fugitivos usavam armamento pesado, como fuzis AK-47 e submetralhadoras

Diário Catarinense - Sem inaugurar prédio, governo de SC deixa de economizar R$700 mil
Centro Administrativo teve de pagar aluguéis nos últimos 6 meses para manter estruturas que deveriam operar desde outubro no Continente

Revista VEJA - Coreia do Norte desafia os EUA e faz exercício com fogo real
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, presente nas manobras, teria testado artilharia de longo alcance

Revista EXAME - Preço da gasolina amplia queda e tem mínima de 16 meses, diz ANP
O preço médio da gasolina caiu 0,3 por centro, na semana encerrada em 22 de abril ante a semana anterior, para 3,629 reais por litro

Revista ÉPOCA - PF acusa Collor de peculato em conclusão de inquérito da Lava Jato
Investigações encaminhadas ao STF apontam prejuízo ao poder público de R$ 9 milhões

➤BOM DIA!

Haddad versus Doria?*


Sem Lula e Alckmin, ex e atual prefeito de SP podem 
ser ‘o novo’ na polarização PT-PSDB

Eliane Cantanhêde


O primeiro turno na França confirma que o profundo desgaste dos partidos e dos políticos tradicionais não é uma exclusividade brasileira e atiça um movimento que hoje parece inacreditável, mas pode surpreender em 2018: a reprodução em nível nacional da disputa entre João Doria, do PSDB, e Fernando Haddad, do PT, mas com um equilíbrio bem diferente do registrado na capital paulista.

A melhor aposta tucana ainda é Geraldo Alckmin, que tenta sobreviver à Lava Jato, que atingiu em cheio Aécio e Serra. Ele está ferido, mas não está morto e seu quadro clínico depende da evolução das delações e provas. Se sucumbir, Doria é um plano B caminhando para virar o plano A.
Do lado petista, é Lula ou Lula? Ele é o único nas esquerdas, desponta na dianteira das pesquisas, com 30%, e seus seguidores, que continuam mudos, cegos e surdos a indícios, delações e provas, vão com ele para qualquer sacrifício. Isso, porém, não é suficiente para evitar uma condenação que inviabilize a candidatura e o PT pode precisar desesperadamente de uma alternativa. Haddad é uma delas.

Na França, os socialistas e os conservadores históricos foram expelidos pela primeira vez em décadas, cedendo espaço ao centro e à extrema direita. No Brasil, a polaridade PT-PSDB ainda domina o debate político, aliás, apaixonadamente, mas o problema é de quadros. Aí entram os assépticos Doria, empresário bem-sucedido, e Haddad, professor universitário não contaminado pela Lava Jato e pela má imagem do PT.

Contra eles pesa a desconfiança. Doria entrou no jogo com as regras da política, é de um Estado-chave, tem partido consolidado, padrinho forte, excelente marketing e se beneficia do vácuo da Lava Jato. Ele, porém, mal concluiu cem dias na Prefeitura da principal capital, mas ainda assim uma prefeitura. Parece cedo para arvorar-se presidente.

Haddad manteve a aura de bom moço, cheio de bons princípios, queridinho dos intelectuais e protegido pela versão de que foi vítima não dele e de sua gestão, mas do vendaval que varreu o PT das capitais, à exceção de Rio Branco. Mas perdeu feio em São Paulo e perder a reeleição tem sabor mais amargo ainda.

Doria e Haddad beneficiam-se de um mesmo frescor: são, mas não são políticos; um é do PSDB, mas nem tanto, o outro é do PT, mas sem os vícios; passam ao largo da Lava Jato; representam “o novo”, na idade, na imagem, na inserção política. Parecem limpos, inodoros, adequados.

Também mantêm a divisão do País. Doria se dissemina em São Paulo, no Rio e no Sul, mas será bem mais fácil vender um professor petista no Norte e no Nordeste do que um almofadinha paulista com apoio do grande capital. Ainda mais se esse professor for levado pelos braços de Lula.

Analistas de diferentes áreas costumam ser brilhantes e contundentes ao analisar... eleições e resultados passados, como arquitetos de obras prontas, mas realmente difícil é projetar resultados, porque a política, que não é cartesiana, tem seus truques e melindres.

Doria e Haddad, porém, têm espaço no tabuleiro vazio de 2018 e se movimentam, conversam e consideram a possibilidade. Doria rachou o PSDB na eleição municipal, mas a sobrevivência do partido depende da união na presidencial. Haddad, lançado por Lula à prefeitura já como curinga para a sucessão de Dilma, desagrada a setores do PT, mas pode virar a única opção do petismo. E não está parado.

Tudo gira em torno da Lava Jato e de Lula, o eixo de 2018. Gravemente atingido, talvez ferido de morte, ele continua sendo o pastor de almas, o condutor de massas, que ou será candidato ou o maior cabo eleitoral. Doria força o confronto direto com ele (ou com seu candidato) e Haddad está de prontidão para o que Lula decidir.
*Publicado no Portal Estadão em 25/04/2016

➤Aniversário do Exército do Povo

Trump envia submarino nuclear para a Península Coreana


Embarcação deve passar pelo porto da cidade sul-coreana 
de Busan nesta terça, mesmo dia em que a 
Coreia do Norte celebra data importante de seu calendário




O governo dos Estados Unidos enviou o submarino nuclear USS Michigan para o litoral da Coreia do Sul, informou a CNN nesta segunda-feira.

De acordo com a rede de notícias americana, a embarcação deve passar pelo porto da cidade sul-coreana de Busan nesta terça-feira, mesmo dia em que a Coreia do  Norte celebra o 85º aniversário da criação de seu Exército do Povo, uma data importante para o regime de Kim Jong-un e que, segundo alguns analistas, pode ser a ocasião para um novo teste balístico de Pyongyang.

Movido à energia nuclear, o USS Michigan foi originalmente desenvolvido para carregar (e lançar) mísseis com ogivas atômicas, mas passou por modificações em 2004 para ser capaz de disparar torpedos menores. Atualmente, a embarcação tem capacidade para lançar mais de cem Tomahawks.

A manobra é mais uma demonstração de força do presidente americano Donald Trump, com o objetivo de intimidar o ditador norte-coreano, que afirmou que reforçará suas “medidas nucleares de autodefesa” perante o envio do porta-aviões americano USS Carl Vinson para perto de seu território.
CNN/VEJA