quarta-feira, 12 de abril de 2017

➤ATENÇÃO!

Advogados dos delatores querem proibir imagens


Vídeo do depoimento de Marcelo Odebrecht (Globo News)
Cerca de 40 advogados representando os delatores da Odebrecht, entraram com pedido no STF solicitando que a ministra Carmen Weber determine que somente o áudio dos depoimentos seja divulgado e que as imagens dos delatores não apareçam no vídeo. A decisão da ministra ainda não foi anunciada.

➤Emílio Odebrecht para Lula:

“Seu pessoal está com a goela muito aberta”

Foto: AE/Reprodução
O empresário Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da Odebrecht, disse em relato por escrito à Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito de sua colaboração na Lava Jato, que discutia com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva doações para campanhas do PT. O “apoio” ao petista e seus aliados, segundo o empreiteiro, remonta à época em que ele nem sequer era candidato e se estendeu ao período em que ele comandou o País.
“Lembro de, em uma dessas ocasiões, ter disso ao então presidente que o pessoal dele estava com a goela muito aberta. Estavam passando de jacaré para crocodilo’”, contou Emílio.

O relato do empresário faz parte dos documentos que serviram de base para os pedidos de abertura de inquérito remetidos pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O empresário disse que pedidos de ajuda eram sempre feitos por Lula diretamente a ele, mas que os dois sempre designavam um representante de cada lado para negociar valores e tratar de detalhes.

No caso do PT, inicialmente o interlocutor era o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil e Fazenda), atualmente preso em Curitiba. Do lado da Odebrecht, os designados foram Pedro Novis e, a partir de 2009, Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, que assumiu o comando da holding da empreiteira.

Em algumas ocasiões, segundo Emílio, Marcelo pediu ao pai que conversasse com Lula para “informar valores e esclarecer dúvidas”. “Lembro de, algumas vezes, ter dito a ele algo como: ‘Presidente, seu pessoal quer receber o máximo possível, e meu pessoal quer pagar o mínimo necessário. Já instruí meu pessoal para chegar ao melhor acordo, e peço também ao senhor para conversar com seu pessoal para aliviar a pressão’”, afirmou Emílio.
Agência Estado

➤BOA NOITE!



Armageddon  é um filme de drama / ficção científica / catástrofe norte-americano de 1998, dirigido por Michael Bay.

O filme acompanha um grupo de operários petrolíferos enviado pela NASA para destruir um gigantesco asteróide em rota de colisão com a Terra. O elenco do filme inclui Bruce Willis, Ben Affleck, Billy Bob Thornton, Liv Tyler (filha do vocalista da banda, Steven Tyler), Owen Wilson, Will Patton, Peter Stormare, William Fichtner, Michael Clarke Duncan, Keith David e Steve Buscemi.

O título do filme provém da grande tragédia relatada na bíblia. A banda sonora de Armageddon conta com várias canções da banda de hard rock Aerosmith, entre as quais o êxito I Don't Want to Miss a Thing




➤OPINIÃO - 2

Septicemia republicana*


Caberá ao Judiciário, o menos atingido dos Poderes, 
a missão de tentar debelar a infecção

Vera Magalhães


A delação da Odebrecht atinge, ainda que com diferentes graus de letalidade, a cúpula do Executivo e do Judiciário, os principais partidos governistas e de oposição, governadores de vários Estados, alguns dos nomes mais cotados para disputar a Presidência da República em 2018, e todos os últimos presidentes vivos desde a redemocratização.

Tal quadro de septicemia, com todo o organismo político-institucional brasileiro corrompido, exige que o País seja colocado na UTI. Caberá ao Judiciário, o menos atingido dos Poderes, a missão de tentar debelar a infecção.

Diante da divulgação dos inquéritos que serão abertos no STF e em outras instâncias da Justiça, urge que os presidentes dos tribunais superiores anunciem um planejamento minucioso para se debruçar sobre as acusações que pesam sobre os políticos, sob pena de paralisia do governo e do Congresso e prejuízo incalculável ao processo de equilíbrio fiscal e retomada do crescimento econômico.

Só no primeiro dia da disparada do petardo da lista de inquéritos determinados pelo ministro Edson Fachin, já subiu no telhado a votação da renegociação da dívida dos Estados. Os relatores das duas principais reformas — da Previdência e trabalhista — estão na lista. O mesmo vale para os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Como seguir com o baile como se nada tivesse acontecido?

A ministra Cármen Lúcia, que falou sobre a Lava Jato em Washington no início da semana, precisa falar sobre a gravidade da missão que a Corte que preside terá pela frente.

Não dá para imaginar que 76 novos inquéritos só no Supremo vão ser julgados no ritmo em que a Lava Jato vem tramitando no tribunal. Não se pode chegar a uma eleição fundamental para o País, após o trauma do segundo impeachment em 24 anos, com alguns dos principais postulantes com inquéritos abertos sem que se saiba ao certo se serão ou não condenados.

A presidente deve se pautar pela celeridade e o senso de dever que vem demonstrando o relator desde que foi designado para a inglória missão de substituir Teori Zavascki. Fachin tem se desincumbido de suas tarefas de maneira firme, discreta e sem tergiversação. Que sua conduta seja o farol para os demais ministros.

O mesmo dever vale para o governo. O critério anunciado há pouco mais de um mês por Michel Temer para definir quem fica e quem sai parece vencido diante do rombo que a lista de Fachin abre na Esplanada. O titular da Casa Civil, Eliseu Padilha, é acusado de traficar propina para o PMDB, em parceria com o outro braço direito do presidente, Moreira Franco. Como os dois principais auxiliares palacianos terão autoridade para negociar as reformas implicados de forma tão contundente no maior escândalo de corrupção da história do País?

Até que sejam denunciados, no ritmo atual, o governo Temer terá acabado. A tentativa de Temer de blindar amigos não resistirá ao impacto devastador que a lista vai provocar numa sociedade que assiste às revelações entre atônita e revoltada.

A legitimidade deste governo e deste Congresso para realizar reformas que são absolutamente urgentes e necessárias fica comprometida. 

Temer – que só não será ele próprio indiciado por prerrogativa constitucional, como fica claro no despacho de Fachin – tem de afastar imediatamente todos os investigados e nomear para seu lugar pessoas que não estejam na Lava Jato.

Quanto ao Congresso, a limpeza será mais difícil, pelo grau da infecção. E é também por isso que o STF tem de acelerar o passo: para remover da vida pública políticos que, deixados aos próprios desígnios, daqui para a frente só vão legislar para salvar a própria pele.
*Publicado no Estadão em 12/04/2017

➤LAVA JATO

Metade das arenas da Copa teve irregularidades



Destino de investimentos bilionários, a construção e a reforma das arenas para a Copa do Mundo de 2014 tiveram irregularidades em pelo menos 6 dos 12 estádios que receberam o Mundial, de acordo com delatores da Odebrecht. A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que sejam encaminhados para outras instâncias relatos que envolvem o Maracanã, o Mané Garrincha, a Arena Castelão, a Arena da Amazônia e a Arena Pernambuco.

Os conteúdos que apontam “possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians” serão investigados no próprio STF, onde já tramita um inquérito sobre o Itaquerão, em segredo de justiça.


No mais caro dos estádios, o Mané Garrincha, que custou 1,4 bilhão de reais, de acordo com dados oficiais, os delatores João Antônio Pacífico Ferreira e Ricardo Roth Ferraz de Oliveira relataram “ocorrência de acordo de mercado”.

Em tese, um acordo de mercado é uma prática em que os concorrentes combinam, previamente, preços ou os vencedores de uma licitação. Fachin determinou que conteúdos sejam encaminhados à Seção Judiciária do Distrito Federal e autorizou que a PGR os encaminhe à Procuradoria da República no Distrito Federal.


Nas obras do Maracanã – reconstruído ao custo de  1,05 bilhão de reais, 75% a mais que os  600 milhões de reais  que se calculou gastar num primeiro momento – houve pagamento de vantagem indevida, segundo cinco delatores.

“Além do repasse de valores ao então governador Sérgio Cabral, noticia-se a ocorrência de pagamentos em favor de agentes ligados ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ)”, destaca o ministro Edson Fachin nos despachos em que autoriza a remessa dos termos de depoimentos ao Superior Tribunal de Justiça, que é a instância onde devem ser processados penalmente conselheiros de tribunais de conta estaduais. Entre eles está Jonas Lopes de Carvalho, suposto beneficiário dos pagamentos.


Na Arena Castelão, o delator Benedicto Barbosa da Silva Júnior, conhecido como BJ, narrou a “ocorrência de acordo entre as empresas do Grupo Odebrecht e Carioca Engenharia a fim de frustrar o caráter competitivo de processo licitatório associado à construção da Arena Castelão”, segundo o despacho do ministro Fachin. Os fatos foram encaminhados à Seção Judiciária do Ceará. O ministro também autorizou que a PGR envie cópia para a análise da Procuradoria da República no Ceará.

Benedicto Júnior também contou que houve um acordo entre as empresas Odebrecht e Andrade Gutierrez para frustrar o caráter competitivo de processo licitatório associado à construção da Arena Amazônia, de acordo com o despacho do ministro Fachin, que remeteu essas informações à Seção Judiciária do Amazonas e autorizou remessa de cópia pela PGR à Procuradoria da República no Amazonas.

O delator João Antônio Pacífico Ferreira narrou a ocorrência de acordo entre as empresas Odebrecht e Andrade Gutierrez “a fim de frustrar o caráter competitivo de processo licitatório associado à construção da Arena Pernambuco”. Fachin autorizou o encaminhamento de cópia destas declarações para a Seção Judiciária de Pernambuco e permitiu à PGR que as encaminhe à Procuradoria da República em Pernambuco.


Os fatos ligados ao Itaquerão ficarão no STF. Emílio Odebrecht e Marcelo Odebrecht, dono e herdeiro do Grupo Odebrecht, se somaram a mais três delatores para descrever irregularidades na arena corintiana – estádio que inicialmente estava previsto para custar R$ 820 milhões, mas terminou em R$ 1,08 bilhão, tendo incentivo de R$ 400 milhões da Prefeitura de São Paulo. Os relatos de “possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians” serão apurados no inquérito 4341 que já tramita no Supremo em segredo de justiça e tem como alvo único atualmente o deputado federal Andres Sanchez (PT-SP), ex-presidente do Corinthians.
Agência Estado

➤OPINIÃO

Uma profusão de 'Genis' na 'lista de Fachin'*


É impossível o PSDB atirar pedras no PT, o PT atirar pedras no PSDB 
ou qualquer partido atirar qualquer coisa contra os outros
        
Eliane Cantanhêde


Com tantas e tão variadas “Genis” na “lista de Fachin”, é impossível o PSDB atirar pedras no PT, o PT atirar pedras no PSDB ou qualquer partido atirar qualquer coisa contra os outros. A lista atinge todo o mundo político, até mesmo o PMDB do presidente Michel Temer e o coração do seu governo.

Entre mortos e feridos, por enquanto, não se salva ninguém. Se os ex-presidentes do PT José Dirceu e José Genoino foram pegos desde o mensalão, agora os dois campeões, com cinco inquéritos cada um, são os presidentes do PSDB, Aécio Neves, e do PMDB, Romero Jucá.

Sem nomes inesperados, a surpresa é a proporção de senadores: 24, quase 30% do total de 81, contra 39 deputados, menos de 10% dos 513. Somados, esses alvos são mais do que suficientes para paralisar o Congresso, inclusive a votação da reforma da Previdência. Nem os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia, escaparam.

Assim, Michel Temer (que não pode ser citado por fatos anteriores ao mandato) é atingido triplamente: além do impacto sobre as reformas, ele vê o seu partido duramente envolvido e o núcleo duro do Planalto balançando.

Depois de Geddel Vieira Lima, o risco é perder Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência. Esse foi o tripé que sustentou a chegada de Temer à Presidência e, como ele anunciou publicamente, ministros que forem denunciados serão afastados temporariamente e os que virarem réus, definitivamente. Ainda não foi o caso, mas pode vir a ser.

Os ex-presidentes Lula e Dilma deveriam estar entre aliviados e exultantes, mas a situação deles não é nem um pouco melhor, tanto que o PT e a própria Dilma já afunilam o discurso de que, se Lula for preso, isso será um “golpe” para tirá-lo de 2018 na marra. É um “hedge”.

Depois que o repórter Breno Pires publicou a “lista de Fachin” no Estado, com exclusividade, quem puder que atire a primeira pedra! Só a sociedade pode. Não contra um, mas contra todos. Uma política de Genis.
*Publicado no Portal Estadão em 12/04/2017

➤RAPIDINHAS


Fraude no IPE: Paciente com registro de mais de 1,2 mil exames
O Ministério Público está investigando suposta fraude contra o IPE Saúde, através da Operação Examinação. João Alfredo Beltrame, promotor do Gaeco Saúde, disse que foram encontrados registros de mais de 1,2 mil exames laboratoriais em nome de um único paciente, no período de um ano.  "Nós temos um caso em que houve 1.247 exames de um só usuário. A pessoa tem inúmeros exames de sangue, o que daria 70 ou 80 por mês. Isso chamou a atenção do IPE, que nos procurou para que a gente chegasse a essas conclusões", destacou Beltrame. 
O promotor informou que tudo começava quando um paciente, usuário do IPE, buscava um laboratório credenciado após ter consultado um médico de confiança. "Com a requisição, ele chegava ao estabelecimento e passava o cartão na máquina e digitava a sua senha. Os funcionários da empresa, que são os nossos suspeitos, pegavam as senhas e anotavam. Com o número do cartão, os servidores replicavam os exames centenas de vezes, executando várias cobranças do IPE", explicou. 

Maduro é vaiado por multidão em meio a escalada de crise na Venezuela
Venezuelanos revoltados com o governo do país atiraram objetos contra o presidente Nicolás Maduro durante um evento na terça-feira, em San Félix, no Estado de Bolívar (veja abaixo). Os protestos contra o líder de esquerda aumentaram nas últimas semanas em meio a uma crise econômica brutal e ao que críticos dizem ser uma guinada rumo a uma ditadura.
Imagens da televisão estatal mostraram uma multidão cercando o veículo em que Maduro acenava de pé ao se despedir no final de um evento militar no sudeste da Venezuela. Algumas pessoas atiraram objetos contra Maduro, enquanto seus guarda-costas acudiam. Neste momento a rede estatal interrompeu a transmissão.
Em outro vídeo compartilhado nas redes sociais, vozes gritando "Maldito!" eram ouvidas enquanto o veículo que aparentemente transportava Maduro, ex-motorista de caminhão e líder sindical, tentava abrir caminho pela multidão.

Pezão recebeu dinheiro em espécie e em contas no exterior, dizem delatores
Dois dos executivos da empreiteira Odebrecht que fizeram acordo de colaboração premiada citaram o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), como destinatário de recursos de origem ilegal. As citações a Pezão, feitas por Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Leandro Andrade Azevedo, levaram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin a enviar petição para abertura de investigação contra o governador no Superior Tribunal de Justiça (STJ) - foro apropriado para processos que envolvem governadores.
Segundo os depoimentos dos delatores, Pezão recebeu pagamentos indevidos em espécie e por meio de contas bancárias abertas no exterior. Os repasses de dinheiro teriam sido registrados no sistema "Drousys", usado pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht para registrar os pagamentos de propinas a políticos e comandado por outro delator, Hilberto Silva. Nos depoimentos não há menção aos valores que Pezão teria recebido.
Pezaão nega as acusações e diz que nunca teve conta no exterior

Anvisa interdita lote de linguiça de frigorífico investigado na Operação Carne Fraca
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou um lote de linguiça calabresa da marca Frigosantos. O frigorífico é um dos investigados pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, deflagrada no último dia 17. A resolução da agência foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (12).
Segundo a Anvisa, a interdição foi motivada por uma informação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de que resultados laboratoriais mostraram que o lote citado tinha a presença da bactéria estafilococos.
O produto tem validade até o dia 30 de abril, mas a interdição do lote vale pelo prazo de 90 dias. Com a determinação da Anvisa, o produto está proibido de ser comercializado.

‘Não se pode paralisar o governo’, diz Temer

o dia seguinte à abertura dos inquéritos contra oito ministros, 24 senadores e 39 deputados pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer afirmou na manhã desta quarta-feira que não se pode “paralisar o governo”.
Em discurso durante a sanção de projetos que beneficiam as mulheres, Temer disse que é preciso haver separação dos Poderes e não se referiu diretamente ao STF e aos investigados após o levantamento do sigilo da delação da Odebrecht, que ficou conhecida como ‘delação do fim do mundo’.
“Nós não podemos jamais paralisar o governo. Temos que dar sequência ao governo, à atividade legislativa e à atividade judiciária”, afirmou.
O presidente também enfatizou que tem o apoio “especialíssimo” do Congresso. “Quero ressaltar que um governo só funciona porque tem o apoio do Congresso. Evidentemente, nas eventuais divergências ou interpretações, quem vai dar a palavra final é o Judiciário e é isso que temos que prestigiar cada vez mais”, afirmou.

➤A pedido de Fachin

Tribunais do RS investigarão mais 8 gaúchos

Mais oito gaúchos, além de um ministro, quatro parlamentares e dois executivos, serão investigados por tribunais do Rio Grande do Sul a pedido do ministro Edson Fachin, do STF, atendendo indicação do Procurador Geral da República. Todos tiveram seus nomes citados em delações premiadas da Odebrecht.

A deputada estadual Manuela D'Avila (PC do B) será investigada pelo Tribunal Regional Eleitoral, enquanto que o ex-governador Germano Rigotto (PMDB), os ex-deputados Beto Albuquerque (PSB) e Paulo Ferreira (PT) além do ex-prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PDT), terão investigações procedidas pelo Justiça Federal do RS. O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Estilac Xavier, será investigado pelo STJ enquanto que o deputado Frederico Antunes (PP) e o prefeito de Uruguaiana, Ronnie Peterson Melo (PP) serão alvo do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

➤Marcelo Odebrecht

"Conta de Lula era de R$ 40 milhões"



Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o empreiteiro Marcelo Odebrecht revelou como foi criado o esquema clandestino de financiamento das demandas do ex-presidente Lula no famoso “Departamento de Operações Estruturadas” da empreiteira. Além de confirmar que “Amigo” era mesmo o codinome de Lula no sistema, o empreiteiro revelou que, logo depois de o petista deixar o poder, em dezembro de 2010, ele combinou com o ex-ministro Antonio Palocci a reserva de 40 milhões de reais em propinas para atender “demandas de Lula” 

“Tinha um saldo de uns 40 milhões [na conta do PT com a Odebrecht]. Aí o que eu combinei com o Palocci? Vai mudar o governo, vai  entrar a Dilma […] A gente sabia que ia ter demandas de Lula, por uma questão do instituto, para outras coisas. Então o que a gente disse foi o seguinte: ‘Vamos provisionar uma parte desse saldo, e então botamos 35 milhões no saldo amigo, que é Lula, para uso que fosse orientação de Lula, porque a gente entendia que lula ainda ia ter influência no PT’”, disse Marcelo Odebrecht a Moro na segunda-feira. “Como era uma relação nossa com a Presidência (da República), PT, com lula, tudo se misturava. Então a gente botou 40 milhões para atender demandas que viessem de lula”, complementou Odebrecht.

Na manhã desta quarta-feira, o juiz Sergio Moro retirou o sigilo dos depoimentos prestados na audiência do processo que investiga o ex-ministro Antonio Palocci. Além de explicar como foi criada a conta “amigo”, o empreiteiro Marcelo Odebrecht detalhou como se dava o recebimento das demandas por parte de Lula e a consequente liberação do dinheiro pelo departamento de propinas: “Teve alguns em que o pedido era feito e saía via espécie, aí Palocci pedia pra descontar do saldo amigo. Então quando ele pedia para descontar do saldo amigo, eu sabia que ele estava se referindo a Lula, mas eu não tinha como comprovar.”

Marcelo Odebrecht citou a compra de um terreno em São Paulo para a construção do que seria a nova sede do Instituto Lula como um exemplo de despesa custeada pela conta “amigo”, que seria de conhecimento de Lula. “As duas únicas comprovações que eu teria de que Lula de certo modo tinha conhecimento dessa provisão foi quando veio o pedido para a compra do terreno do instituto IL (Instituto Lula), eu nao consigo me lembrar se foi via Paulo Okamotto ou via Bumlai, foi um dos dois, mas com certeza depois eu falei com os dois. Eu deixei bem claro que se eu fosse comprar o terreno sairia do valor provisionado”, disse Odebrecht.

O empreiteiro também afirmou que acertava com Palocci as principais demandas de Lula e que o ex-presidente evitar tratar de dinheiro em conversas pessoais: “Lula nunca me pediu [a reserva do dinheiro] diretamente. Essa informação eu combinei via Palocci. Óbvio que ao longo de alguns usos ficou claro que era realmente pro Lula.
Portal VEJA/Conteúdo

➤Lista de Fachin - 2

Aécio pediu R$ 7 milhões para campanha de Anastasia


Foto: Agência Senado/Reprodução
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, será investigado, ao lado do também senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), pelo pagamento de mais de R$ 7 milhões para a campanha de Anastasia ao governo de Minas, em 2010. O documento que autoriza a abertura do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) foi divulgado pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.

Também serão investigados Oswaldo Borges da Costa, assessor de Aécio, e Paulo Vasconcelos do Rosário Neto, marqueteiro dos dois tucanos nas elieções de 2010. A abertura do inquérito foi baseada no depoimento de dois delatores da Odebrecht: Benedicto Júnior, ex-presidente da empresa, e Sérgio Luiz Neves, diretor-superintendente.

Segundo os delatores, o primeiro repasse, de R$ 1,8 milhão, foi feito ainda em 2009, quando Aécio era governador de Minas e Anastasia, seu vice. No ano seguinte, teriam sido pagos R$ 5,4 milhões. Naquele ano, Aécio deixou o governo e foi eleito para o Senado.

Em nota, Aécio afirmou que "considera importante o fim do sigilo" das delações, e que assim poderá "desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta". Também em nota, Anastasia disse que "nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém".
O Globo/Conteúdo

➤Lista de Fachin

PT lidera: 20 envolvidos



Nos inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ou encaminhados para investigações em instâncias inferiores da Justiça, há 20 processos envolvendo petistas, sendo 12 deputados federais, quatro senadores, três ex-ministros e um governador.

Entre eles, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que teria recebido R$ 4,5 milhões nas eleições de 2008 e 2010, via caixa dois. Os repasses seriam em troca de benefícios à Odebrecht no programa Pró-Moradia, de Nova Iguaçu, quando ele era prefeito. Ele concorre à presidência da legenda.

Outro senador é Humberto Costa (PT-PE), acusado de receber quase R$ 600 mil em sua campanha de 2010. O dinheiro teria vindo depois de pedido do senador e envolveria o favorecimento à empreiteira em um processo de licitação da Petrobras.

Segundo os delatores da Odebrecht, a ex-presidente Dilma Rousseff e a ex-presidente da Petrobras Graça Foster também teriam ciência desse acordo.
Já o ex-ministro Guido Mantega teria acertado o pagamento de R$ 27 milhões em benefício ao PT, em 2012, em troca da aprovação, pela PREVI, da aquisição de uma torre comercial e shopping pela Odebrecht. Desse total, R$ 5 milhões seriam para os deputados federais Carlos Alberto Zarattini e Cândido Vaccarezza (hoje no PTB).

O ex-ministro Paulo Bernardo e o ex-presidente da Câmara Marco Maia são acusados de cobrar propina na execução da obra de expansão da linha 1 do metrô de Porto Alegre, orçada em R$ 323,9 milhões. Bernardo teria solicitado 1% do valor do contrato e Maia, 0,55%. As demandas foram atendidas entre 2009 e 2010. O ministro Eliseu Padilha também teria recebido 1% do contrato.
Arlindo Chinaglia (PT-SP), ex-presidente da Câmara e ex-líder dos governos Lula e Dilma, foi citado por delatores como beneficiário de recursos desviados da obra da hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira.

Segundo os delatores, o petista recebeu R$ 10 milhões. Ele teria, inclusive, cobrado da empreiteira em 2014 que não estava recebendo os valores combinados. Depois da reclamação recebeu R$ 2,5 milhões.
Já o filho do ex-ministro José Dirceu, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), teria recebido R$ 500 mil, divididos entre as campanhas de 2010 e 2014.

Além disso, o ex-ministro teria teria intermediado o pagamento de R$ 350 mil para diversos candidatos, nas eleições de 2008, 2010 e 2012.
Agência Globo

➤Delação da Odebrecht

Cinco políticos ligados ao RS têm investigação autorizada

Cinco políticos ligados ao RS foram citados na chamada "lista do Janot" e tiveram a investigação autorizada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).


Além do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), estão na lista os nomes dos deputados federais Marco Maia (PT), Maria do Rosário (PT), Onyx Lorenzoni (DEM) e Yeda Crusius (PSDB). Outras duas pessoas ligadas ao estado foram citadas, os ex-presidentes da Trensurb Marco Arildo Cunha e Humberto Kasper.


De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), delações apontam que Yeda recebeu o total de R$ 1,75 milhão como contribuição para as campanhas eleitorais de 2006, quando foi eleita governadora do Rio Grande do Sul, e de 2010, quando perdeu a disputa pela reeleição para Tarso Genro. Em troca, concederia vantagens à Braskem para que a empresa, controlada pelo Grupo Odebrecht, permanecesse recuperando créditos de ICMS no contexto do estado.



Por meio de nota publicada em rede social, a deputada disse que aguarda o "levantamento do sigilo das delações que embasaram a decisão". "Embora desconhecendo ainda as razões que o levaram a elaborar estas listas, considero fundamental tanto a Lava Jato quanto o trabalho do Supremo para que os inquéritos hoje autorizados sejam feitos e concluídos com a celeridade requerida por mim e por toda a população brasileira", diz trecho da nota.




Onyx teve autorizada uma investigação por crime de caixa 2. Um delator aponta que ele recebeu para a campanha eleitoral de 2006 um repasse de R$ 175 mil, em uma operação não contabilizada. O executivo da Odebrecht disse ter dito ao gaúcho: "Estamos percebendo o seu desempenho, a sua conduta, e nós gostaríamos de termos aí como um parceiro futuro nas suas atividades como deputado federal".

Onyx disse que recebeu com "surpresa" a informação e que foi "injusta e indevidamente citado". Ele disse também que já pediu ao advogado para que entre com requerimento para saber do que ele é acusado.



Marco Maia também é suspeito de caixa 2. Um delator relatou que ele recebeu R$ 1,35 milhão do setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. Maia disse que a lista é uma "grande mentira" e que em nenhum momento fez algum contato ou pedido à Odebrecht. Ele afirmou que pretende processar todos os que o citaram e também entrar com um pedido no STF para saber do que é acusado.



A deputada Maria do Rosário também deve ser investigada por caixa 2. Um delator afirmou ter sido procurado pela parlamentar em 2010, quando ela se candidatou para a Câmara. Ele diz ter repassado R$ 150 mil à política.

Maria do Rosário disse que suas contas foram aprovadas que jamais utilizou qualquer situação indevida. "Acho um absurdo estar sendo citadas desse modo e vou, inclusive, enfrentar, se por ventura, essa investigação que virá a ser levada a frente e não apurar nada de errado, eu vou enfrentar quem vier ser detrator em relação a isso", disse a deputata, completando que nunca solicitou recursos.
Agência Globo

➤12/04/2017


Dos jornais e revistas 

No lugar de colocar um destaque, com a divulgação da Lista de Fachin vamos ver o que cada veículo está destacando sobre o assunto.

Estadão 
- Ministro do STF autoriza inquéritos para investigar 98
- Patriarca da Odebrecht diz que Lula prometeu lobby pela empreiteira junto a Dilma
- Lula pediu à Odebrecht que contratasse empresa de sobrinho em Angola
- Caixa 2 representa quase metade das acusações

Folha de São Paulo 
- Comando do Congresso, 8 ministros e 24 senadores são investigados
- FHC recebeu vantagens indevidas em eleições, diz dono da Odebrecht
- FHC, Lula e Dilma irão para instância superior
- Odebrecht diz que repassou R$ 350 mil a assessor de Dilma
- Fachin manda a Moro investigações que envolvem Lula e parentes

O Globo
- Congresso teme ‘devastação’ com vídeos da delação da Odebrecht
- Investigação de políticos está apenas no começo
- Prescrição pode livrar acusados da lista de Fachin
- Aécio teria pedido R$ 7 milhões para Anastasia

Correio Braziliense
- Agnelo Queiroz recebeu R$ 1 milhão e José Roberto Arruda, R$ 996 mil
- A lista que parou Brasília: Fachin entrega 83 pedidos de inquéritos

Estado de Minas
- Processo dos envolvidos na lista de Fachin pode levar quase dois anos
- Temer não afastará nenhum dos ministros da lista neste momento

Tribuna da Bahia
- Odebrecht pagou caixa 2 para Geddel em 2006 e 2014
- Delação cita pedidos de Lula para filho e irmão

Diário do Nordeste
- Lista de Fachin atinge cúpula do Governo e do Congresso
- Parlamentares cearenses na lista de investigados

Gazeta do Povo
- Delação da Odebrecht levanta suspeita contra 5 ex-presidentes e 12 governadores
- Lista de Fachin complica tropa de choque de Dilma Rousseff

Diário Catarinense
- Delator cita caixa 2 em campanha de Colombo
- Ideli salvatti teria recebido R$ 300 mil a pedido de Carlito Merss

Revista VEJA
- Propina para o PT foi discutida com Lula, diz delator
- Cunha, Cabral, Alckmin e Paes vão para outras instâncias

Revista EXAME
- O impacto de um terremoto chamado Fachin
- Aécio e Jucá acumulam maior número de pedidos de investigação

Revista ÉPOCA
- Delatores relatam propina de R$ 10,3 milhões a Alckmin em 2010 e 2014
- Ex-presidente do BB e da Petrobras pediu propina para “atenuar a Lava Jato”

➤BOM DIA!

O Brasil está envergonhado. Só alguns! 


Com a publicação da lista de envolvidos na corrupção delatada pelos executivos da Odebrecht, fomos dormir com a sensação de que uma verdadeira bomba caiu sobre a cabeça de todos nós. Ela prova que em todos, eu disse todos, os setores da administração pública está instalada uma verdadeira endemia de corrupção, de aproveitamento, de roubo. Praticamente todos os que se envolvem com verbas acabam usufruindo delas em benefício próprio através de ações de corrupção.

Confesso que encontrei na lista, que a veja chamou de "Lista do fim do mundo", uma porção de nomes de gente que eu jamais imaginaria que estivessem envolvidos em processos de beneficiamento particular. Entre políticos sabidamente corruptos, aparecem alguns que eu, particularmente, não imaginava que se beneficiassem deste tipo de falcatrua que, hoje se sabe, se esconde nas trevas imundas da chamada Caixa 2.

Políticos de primeiro escalão, ministros,governadores, prefeitos, senadores, deputados, dirigentes de estatais, todos com o bolso cheio de dinheiro público, roubado dos cofres públicos, invariavelmente fruto de propinas e atos dignos de uma máfia das piores. Se é que existe máfia que seja pior que outra máfia.

Aqui no Rio Grande do Sul, os nomes que aparecem na lista do ministro Fachin, surpreendem pelo fato de mostrar pessoas que, até então, pareciam sérias e honestas, mas que não se contentaram em viver do salário pago pelos contribuintes e acabaram se beneficiando de dinheiro mal havido, enriquecendo sem se preocupar com os que sempre disseram defender. Alguns moram ou construíram mansões com o dinheiro que serviria, quem sabe, para ajudar a dar melhores moradias, mais atenção à saúde e à segurança, daqueles que eles procuraram na hora de conseguir votos, prometendo mundos e fundos e simplesmente esqueceram na hora de roubar, de encher os bolsos, de comprar carrões, apartamentos, sítios e tudo o que a burguesia, que eles teimam em criticar, usufrui. São burgueses, sim, mas só que com o fruto da roubalheira da qual participaram.

A corrupção, no Brasil, é uma verdadeira endemia que começa lá no operariado e vai crescendo até chegar aos pontos mais altos do mundo político. Há os que conseguem sobreviver com os salários miseráveis que ganham e os que se aproveitam dos cargos que ocupam para roubar, sem a mínima preocupação com os que juram defender.

Mas o pior de tudo é que já está em andamento uma grande ação para fazer com que tudo seja demorado em termos de investigações, que todos os políticos envolvidos sejam preservados e alguns até reeleitos em 2018. Uma vergonha!

Quando se e o relator das medidas que podem acabar em mudanças da lei eleitoral envolvido em ato de corrupção, esperar o que? Ele é um dos articuladores para que se mantenha a doação de empresas aos candidatos e partidos e da famosa lista fechada que nada mais é do que um caminho para levar de volta ao Congresso o bando de ladrões que fazem parte da lista divulgada no final da tarde de ontem.

Difícil é poder descobrir se o Brasil está envergonhado ou se tudo não vai acabar com os corruptos fazendo as leis que os protegem de tudo e de todos. 

Está mais do que na hora do brasileiro, aquele que fica vermelho diante de tanta corrupção, tomar uma atitude e acabar com este tipo de gente que só faz mal ao país.

Tenham todos um Bom Dia!