quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

➤BOA NOITE!


Adeus às Ilusões (The Sandpipers),filmado nos Estados Unidos em 1965, dirigido por Vincente Minelli, é um drama que tem no elenco Elisabeth Taylor, Richard Burton, Eva Marie Saint e Charles Bronson.

Em 1966 ganhou o Oscar de Melhor Canção Original, e o Grammy de melhor trilha sonora.

Para esta quarta-feira, selecionei uma gravação de Frank Sinatra, cantando ao vivo no Cassino The Sands, acompanhado pela orquestra de Count Basie, a trilha de Adeus às Ilusões, The Shadow of Your Smile


➤Aquecimento global

2016 bate novo recorde de temperatura


Se fosse um atleta, o aquecimento global estaria no nível de Usain Bolt. Acaba de quebrar seu terceiro recorde seguido como ano mais quente da história. A temperatura média do planeta em 2016 foi 0,94°C mais alta que a média registrada no século 20, batendo 2015, que por sua vez já tinha batido 2014. É o valor mais alto em 137 anos.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (18) pela agência de oceanos e atmosfera dos EUA (Noaa). E foram confirmados de modo independente também pela OMM (Organização Meteorológica Mundial), pela agência espacial americana (Nasa) e pelo Met Office, do Reino Unido, com algumas pequenas variações. De acordo com a OMM, por exemplo, a temperatura média em 2016 foi 1,1°C superior à média pré-industrial.

Segundo os dados da Noaa, é a primeira vez na história dos registros de temperatura, iniciados em 1880, que três recordes de temperatura mais alta são quebrados na sequência, apresentando sinais cada vez mais claros de que o ritmo do aquecimento global promovido pela alta concentração de gases de efeito estufa na atmosfera está cada vez mais intenso, apesar de o ano passado e o anterior também terem sofrido com um forte fenômeno El Niño.

“Um único ano quente é uma curiosidade. Mas a tendência (de crescimento) e o fato de que estamos quebrando recorde ano após ano agora são o real indicador de que estamos passando por grandes mudanças”, disse Deke Arndt, chefe de monitoramento climático global da Noaa, em coletiva à imprensa.

Isso fica ainda mais evidente olhando os valores ao longo das décadas. Desde 1976, a temperatura média do planeta não fica abaixo da média histórica do século 20. Dos 16 anos mais quentes da história, com exceção de 1998, todos estão nos anos 2000. Sendo que os cinco mais quentes ocorreram na última década (2013, 2010, 2014, 2015 e 2016, em ordem de crescimento).

Além disso, todos os meses entre maio de 2015 até agosto de 2016 foram a edição mais quente daquele mês desde o início dos registros. Sendo que julho e agosto do ano passado também foram os meses mais quentes de todos os meses na história meteorológica.

Os recordes seguidos aproximam o planeta perigosamente os limites estabelecidos pelo Acordo de Paris. Concluído em dezembro de 2015, o acordo entrou em vigor em novembro do ano passado. Ele define que os países têm de reduzir suas emissões de gases a fim de manter o aumento da temperatura do planeta bem abaixo de 2°C até o final do século, com esforços para ficar em 1,5°C – esse valor parece cada vez mais impossível.
Agência Estado

➤RAPIDINHAS



Governo gastará R$ 10 mi para enviar 1 000 militares a presídios
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira que o governo disponibilizou 1 000 homens das Forças Armadas para atuar em operações nos presídios, mas que o número pode aumentar dependendo da necessidade dos governos estaduais. O orçamento inicial é de 10 milhões de reais. Equipes das Forças Armadas atuarão, segundo o governo, em varreduras nos presídios e não terão contato com os detentos, que deverão ser remanejados pelas polícias estaduais para permitir a atuação dos militares, que ocorrerá “de surpresa”.  “A previsão é de 1 000 homens em trinta equipes, que atuarão por demanda, conforme os Estados solicitarem. Portanto, esse número pode crescer”, afirmou. A decisão de usar os militares no combate à crise carcerária foi tomada pelo presidente Michel Temer na tarde desta terça. O ministro acredita que os governos da Região Norte, de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul pedirão atuação das Forças Armadas, mas nenhum deles solicitou ajuda até o momento. Na tarde desta terça, Temer tem reunião com os governadores de Rondônia, Acre, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará e Tocantins.

Cai número de alunos com nota mil na redação do Enem e sobe total de zero
Diminuiu o número de alunos que tiveram nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e aumentou a quantidade daqueles que tiraram zero no último ano. O acesso às notas do Enem 2016 foi liberado nesta quarta-feira (18). A média total dos participantes do Enem 2016 também caiu em ciências da natureza e ciências humanas e subiu em linguagens e matemática. Em 2016, só 77 participantes do exame conseguiram alcançar a pontuação máxima na redação, segundo o Ministério da Educação. O número é menor do que o registrado no ano anterior, quando 104 candidatos conseguiram nota máxima. Em 2014, foram 250 redação com notas mil. Ao todo, no ano passado, 291.806 redações foram anuladas ou tiveram nota zero. O principal motivo para a anulação (46.874 candidatos) foi fuga ao tema. Quase 5 mil alunos tiveram seus textos desconsiderados pela banca examinadora por ferir os direitos humanos, impeditivo previsto em edital. Em 2015, 53 mil pessoas tiraram zero na redação.

Fortes tremores atingem Roma e a região central da Itália
Uma série de tremores atingiu Roma e a região central da Itália em um intervalo de cerca de uma hora na manhã desta quarta-feira (18), segundo a Reuters. Não houve relato imediato de feridos ou estragos, mas linhas de trem foram bloqueadas na capital italiana. Edifícios em Roma tremeram. Escolas e o sistema de metrô foram fechados por precaução. Moradores próximos do epicentro, cerca de 110 km a nordeste de Roma, correram para as ruas apesar da neve. "O maior problema agora é a neve, porque estamos tendo dificuldade em contornar e avaliar qualquer dano", afirmou o porta-voz dos bombeiros, Luca Cari. Os múltiplos tremores – três deles com magnitude superior a 5 - atingiram uma região que foi abalada fortemente por terremotos no segundo semestre de 2016, segundo a Reuters. Um deles chegou a ter magnitude de 5,5. O epicentro foi a 110 km de distância de Roma e 40 km de profundidade. Inicialmente, a magnitude tinha sido estimada em 5,7. Uma testemunha relatou que o metrô da capital italiana chegou a ser esvaziado.

Projeto de lei propõe multa para quem jogar lixo no chão em Curitiba
Quem for flagrado jogando lixo nas ruas de Curitiba poderá pagar multa entre R$ 157 a R$ 980, dependendo do tamanho do objeto jogado na via pública. A proposta é de um projeto de lei do vereador Felipe Braga Côrtes (PSD), que protocolou o texto na Câmara Municipal de Curitiba no dia 2 de janeiro. O projeto tinha sido proposto em 2013, tramitou em todas as comissões, mas estava arquivado. De acordo com a proposta, funcionários da limpeza e guardas municipais estariam autorizados a abordar quem jogou lixo na rua e pedir a ele que recolha o item. Caso a ordem não seja obedecida, a multa poderá ser aplicada. Uma lata de refrigerante de 350 ml, por exemplo, geraria multa de R$ 157. Já objetos que ocupam mais de um metro cúbico jogados na via pública podem gerar multa de R$ 980. Ainda conforme o texto, se o cidadão se negar a recolher o lixo também não fornecer seus dados para o auto de infração, o fiscal estaria autorizado a encaminhar o caso para a polícia.

Passageiro de voo da KLM morre após pouso de emergência no Paraná
Um passageiro do voo KL701 da companhia aérea KLM morreu na manhã desta quarta-feira (18) após passar mal dentro do avião que viajava de Amsterdã, na Holanda, a Buenos Aires, na Argentina. Segundo a Infraero, o comandante do avião solicitou um pouso de emergência na região Metropolitana de Curitiba e a aeronave pousou no Aeroporto Internacional Afonso Pena, no Paraná. No entanto, o passageiro não resistiu.  O avião pousou no aeroporto localizado em São José dos Pinhais às 6h52 desta quarta-feira. Todos os procedimentos de emergência foram seguidos, porém a morte do passageiro de 69 anos foi registrada às 7h30. A vítima morreu por problemas cardíacos. Às 9h04 desta quarta, o avião da KLM seguiu voo em direção a Buenos Aires. A nacionalidade e a identidade do passageiro não foi revelada.

➤Para bater o ponto

Médicos pedem R$ 2 mil de aumento

Darcy Pinto Filho (E) e Marlonei dos Santos (D). Foto: PIONEIRO/Reprodução
Representantes do Sindicato dos Médicos e da Prefeitura de Caxias do Sul, na Serra gaúcha, realizaram uma reunião na terça-feira (17) para discutir a implantação do ponto biométrico no município. A mudança atinge os todos os médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que serão obrigados a bater ponto no cumprimento da jornada de 20 horas. A categoria no entanto, quer aumento de R$ 2 mil para passar a bater o ponto.

Conforme o sindicato, os médicos do SUS, que atuam nas unidades básicas de saúde (UBSs) e no Centro Especializado de Saúde (CES), podem trocar o cumprimento das 20h por cotas de atendimento de pacientes. A cota funciona com base em quatro consultas por hora, somada a mais dois atendimentos ao dia. Esse acordo, feito na admistração anterior e garantiu esse benefício a que cerca de 170 dos 380 médicos que atendem pelo SUS no município, de acordo com o presidente do sindicato, Marlonei dos Santos.

O secretário da Saúde de Caxias do Sul, Darcy Ribeiro Pinto Filho, afirma que a implantação do ponto biométrico será concretizada, e que a definição será apresentada diretamente aos médicos, na próxima segunda-feira (23), com a exigência que estejam disponíveis no horário para o qual foram contratados.

"O que nós vamos discutir com os colegas é que, nesse plano, nós necessitamos que os médicos estejam disponíveis no horário para o qual foram contratados", avisou Darcy Filho.

Em resposta, o presidente do Sindicato dos Médicos informou que a categoria aceita o cumprimento da carga horária. Mas, para isso, pede aumento do salário, que é de R$ 3,5 mil, para R$ 5,5 mil. O valor é referente à jornada de 20 horas.

"A gente não é contra o ponto biométrico, só é contra fazê-lo sem essas bases salariais", afirmou Marlonei dos Santos.

O Secretário da Saúde adiantou que não é possível conceder o aumento e pediu ajuda aos médicos para construir um novo momento assistencial na cidade.

➤OPINIÃO

Falta um empurrão*

Este ano deve ser melhor que 2016, mas nem por isso as empresas voltarão a contratar nos próximos meses. Otimismo, sim, mas com muita cautela. A maioria dos dirigentes de empresa ainda não tem confiança suficiente para justificar novos investimentos e ampliação, ou mera recomposição, do quadro de pessoal. Esse panorama, já indicado por múltiplos sinais no segundo semestre de 2016, foi mais uma vez confirmado por uma sondagem da PwC divulgada em Davos, um dia antes do início das discussões do Fórum Econômico Mundial. Mais que informação, esse relatório é mais uma advertência para o governo.

O presidente Michel Temer e seus ministros econômicos têm confiado, aparentemente, que a sucessão de notícias positivas funcione como combustível para o entusiasmo dos empresários. Boas notícias têm aparecido. O teto para o aumento de gasto foi aprovado, a inflação tem diminuído, o Banco Central acelerou o corte de juros e políticos têm declarado apoio à reforma da Previdência. Empresários têm reagido bem a essas novidades, mas há uma distância entre essa reação e a decisão de pôr mais dinheiro nos negócios.

Executivos brasileiros estão entre os mais otimistas do mundo quanto à possibilidade de expansão de suas companhias neste ano, segundo a pesquisa recém-publicada. O otimismo é ainda mais sensível quando a perspectiva se estende para três anos. Repete-se, nesse relatório, um detalhe observado em muitas outras pesquisas. O dirigente confia mais no dinamismo da própria empresa do que no vigor da economia. Por isso a cautela predomina. A ordem ainda é cortar custos, buscar maior eficiência com os meios disponíveis e esperar melhor oportunidade para ações de maior alcance. Mas, nesse caso, de onde virá o crescimento?

O menor endividamento das famílias e das empresas favorece o consumo e a produção. A inflação em queda também é um fator positivo para a recuperação. Com menor alta de preços também diminui a erosão da renda familiar. Além disso, a redução dos juros abre a perspectiva de crédito mais acessível. Por enquanto a palavra perspectiva é a mais adequada, porque o custo dos financiamentos permanece muito elevado. Mas o sinal é positivo.

Somados todos os bons indícios, parte dos dirigentes de empresa poderá ser estimula a aplicar mais dinheiro na formação de estoques e, quem sabe, numa preparação mais ampla para quando os negócios voltarem a florescer.

Mas é difícil, por enquanto, imaginar mudanças muito mais sensíveis e rápidas. O Brasil chegou ao fim do ano com 12,1 milhões de desempregados. Milhões de famílias mal conseguem o dinheiro necessário para os gastos essenciais. Ou foram atingidas diretamente pelas demissões ou vivem o temor de alguém ser demitido. Esse temor, no fim de 2016, era mais generalizado que um ano antes, segundo pesquisa publicada há menos de um mês.

O desemprego, portanto, ainda será por um bom tempo um freio ao consumo, por causa do empobrecimento de muitas famílias ou pelo temor de gastar numa situação de muita insegurança. Alguns analistas têm previsto novo aumento da desocupação antes de um recomeço das contratações.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, menciona indícios de melhora, visíveis nas encomendas de material de embalagem ou de insumos para produção. Um começo de recuperação, segundo ele, será notado quando sair o balanço do primeiro trimestre. A evolução ainda será modesta e pouco visível quando o nível médio de produção deste ano for comparado com o de 2016. A reativação ficará mais clara, acrescenta, quando se confrontarem os números do quarto trimestre de 2017 com os dos três meses finais do ano anterior.

A comparação, arrisca o ministro, poderá mostrar um crescimento, na ponta, de 2%. Prudentemente o governo se abstém de maiores promessas. Não deveria, no entanto, renunciar a um esforço para criar condições de uma retomada um pouco mais rápida. Não faltarão capitais privados para projetos bons, se o governo for capaz de promovê-los.

*Publicado no Portal Estadão em 18/01/2017

➤18/01/2017



Estadão - Após 90 dias preso, Cunha balança sobre fazer delação
Apesar de ainda não confirmar que vai colaborar, quem acompanha sua rotina avalia que os 90 dias preso o fizeram “dobrar os joelhos”

Folha de São Paulo - Delação da Odebrecht vai avançar durante o recesso do Judiciário
Mesmo nas férias do Supremo, depoimentos de executivos começarão a ser confirmados

O Globo - Combater corrupção melhora ambiente para investimentos no Brasil, diz Janot
Para procurador-geral da República, país transmite mensagem de que a segurança jurídica

Correio Braziliense - Forças Armadas poderão atuar por até 12 meses em presídios
Proposta do governo federal surpreendeu secretários de Segurança em reunião com o titular da pasta da Justiça. A intenção é tentar responder a uma demanda dos estados pelo uso da Força Nacional dentro das penitenciárias, o que não é permitido pela lei

Estado de Minas - Minas Gerais pede mais vacinas contra a febre amarela
Na corrida contra a febre amarela, Minas pede mais 2 milhões de vacinas para áreas de risco. Para especialistas, saúde pública falhou ao permitir baixo índice de imunização

Tribuna da Bahia - INSS vai fazer "pente-fino" para revisar mais de 2 milhões de benefícios
Serão notificados 840.220 beneficiários de auxílio-doença e 1.178.367 aposentados por invalidez

Diário do Nordeste - Cariri registra primeira grande chuva do ano
Hoje, Funceme divulga prognóstico da quadra chuvosa de 2017 em todo Estado

Diário Catarinense - Estado tem avanço e lidera desempenho nas primeiras séries
Levantamento faz parte do projeto Todos Pela Educação, do governo federal. Nos anos finais, desinteresse dos alunos piora os índices

PIONEIRO - Médicos do SUS aceitam bater ponto se ganharem aumento de R$ 2 mil em Caxias do Sul
Os profissionais que não estiverem interessados em bater ponto e cumprir integralmente a carga horária terão de deixar o trabalho

Revista VEJA - Nova delação da Camargo Corrêa deve levar Lava Jato a SP
A Lava Jato pretende resgatar suspeitas de corrupção apuradas pela Operação Castelo de Areia, de 2009. Há indícios de irregularidades em 12 obras paulistas

Revista EXAME - Odebrecht é expulsa de cúpula empresarial do Panamá
A Odebrecht foi expulsa depois da revelação do pagamento de propinas milionárias em mais de 12 países

Revista ÉPOCA - Facção paulista planeja represália contra policiais
Novo documento da Polícia Civil, obtido por ÉPOCA, revela que o Primeiro Comando da Capital ordenou ataques a policiais em São Paulo. A determinação foi dada por um preso a membros de fora da cadeia

Agência BRASIL - Resultado final do Enem 2016 será divulgado hoje, informa Inep
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) decidiu antecipar a divulgação, inicialmente prevista para o dia amanhã (19)

Portal G1 - Temer recebe oito governadores nesta quarta para discutir crise nos presídios
Presidente se reunirá no Palácio do Planalto com governadores de AC, AM, MT, MS, PA, RO, RR e TO; estados estão entre os que pediram ajuda federal para restabelecer ordem nas penitenciárias

Portal IG - Teori inicia análise dos acordos de delação premiada de executivos da Odebrecht
A previsão é de que a decisão final sobre a aceitação seja assinada em fevereiro, após o término do recesso do STF (Supremo Tribunal Federal)

➤BOM DIA!

A CUT não serve para nada

Ontem (17) no final da tarde, começou uma movimentação, batidas de tambor, carro de som e pessoas se aglomerando ao lado do Largo Glenio Peres. Logo foi instalado uma espécie de palanque onde foram colocadas algumas faixas, a maioria de representantes da CUT que comandava a manifestação. Uma faixa vermelha com letras brancas, pedia Volta Dilma. O grupo se estendia até a esquina democrática  onde carros de som serviam de palco para um grupo, provavelmente de alguma escola de samba, animava a festa. Mais imensos balões da CUT e pessoas com jalecos da entidade. Alguém estava pagando a festa, só não se sabe quem. Ou se sabe?

Não preciso nem falar que as pessoas que deixavam o trabalho pensando em chegar logo em casa para um merecido descanso, depois de um dia de serviços, estavam prejudicadas pela movimentação do grupo que, inclusive, impedia o acesso aos veículos de transporte. O protesto era deles, mas quem pagou o pato, como sempre, foi quem não estava nem aí para o movimento.

Então fiquei pensando: quem não concorda com o governo do presidente Temer, que para eles é golpista, não pode negar que muita coisa vem mudando, para melhor ou para pior, no entendimento de alguns. A inflação está caindo, o PIB está reagindo e já se tem uma certa esperança chegando devagar. Pode não estar bem, mas temos que esperar para ver.

Quem está pedindo a volta da presidente Dilma, afastada do poder depois de um processo de impeachment, certamente está satisfeito ou com saudades da inflação de dois dígitos, do PIB bem lá no fundo do buraco, do descontrole total dos gastos das verbas públicas, da imensa corrupção que tomou conta do Brasil e das falsas promessas alardeadas através de programas ditos sociais que nunca passaram de movimentos eleitoreiros. Depois de 14 anos, acho que cansamos de esperar.

Já no lotação que me levaria para casa, ouvi o largador ordenar ao motorista: “sai logo pois eles subirão a Borges e não vais mais conseguir sair”. Mais uma vez lembrei do direito da maioria esmagado pela vontade da minoria. Os sindicalistas que ocupavam a avenida principal de Porto Alegre, não tinham qualquer preocupação com os trabalhadores que queriam somente voltar para casa.

Uma nova reflexão enquanto o lotação seguia, me lembrou do movimento que já começa a tomar corpo para que o governo não contribua mais com verbas públicas nem obrigue quem trabalha a uma contribuição sindical que serve, tão somente, para que sindicalistas façam política partidária e preguem o desrespeito às instituições. Que os sindicatos e seus dirigentes se auto sustentem, sem que o trabalhador, que não usufruiu de nenhum benefício por parte dos sindicatos, seja obrigado a pagar um dia de salário para que muitos se locupletem e organizem protestos como o de ontem.

Está na hora do governo rever a questão dos sindicatos onde dirigentes, normalmente pagos por nós através de impostos, se tornem profissionais de protestos e agressões aos governos legitimamente eleitos. Sindicato, foi o que aprendi, é para defender categorias na hora dos dissídios, na hora de lutar por direitos, não para organizar passeatas e caminhadas contra quem, de alguma forma, lhes sustenta.

Depois de ontem, apenas confirmei o que já sabemos faz muito tempo, ou seja, a CUT é uma entidade política que só se manifesta quando o governo não é do PT. Não serve pra mais nada.

Ah! tem também o MST que depois de quatorze anos de governos petistas, segue sem terra e ocupando estradas, instituições e praticando vandalismo, quando o governo não é do partido que defendem ou, o que é pior,  apoiado por ele. Mas esta e outras entidades (?), é assunto para outro comentário.

Tenham todos um Bom Dia!