terça-feira, 10 de janeiro de 2017

➤BOA NOITE!


The Beatles foi uma banda de rock britânica, formada em Liverpool em 1960. É o grupo musical mais bem-sucedido e aclamado da história da música popular.A partir de 1962, o grupo era formado por John Lennon (guitarra rítmica e vocal), Paul McCartney (baixo, piano e vocal), George Harrison (guitarra solo e vocal) e Ringo Starr (bateria e vocal). 

Durante seus anos de estúdio, os Beatles produziram o que a crítica considera um dos seus melhores materiais, incluindo o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967),  visto como uma obra-prima.

Os Beatles tiveram mais álbuns em primeiro lugar nas paradas britânicas do que qualquer outro grupo musical. De acordo com a RIAA, eles venderam mais álbuns nos Estados Unidos do que qualquer outro artista. Em 2008, a Billboard divulgou uma lista dos top-selling de todos os tempos dos artistas Hot 100 para celebrar o cinquentenário das paradas de singles dos Estados Unidos, e a banda permaneceu em primeiro lugar. Eles já foram honrados com 8 Grammy Awards, e 15 Ivor Novello Awards da BASCA. Segundo estimativas, já venderam entre 600 milhões e mais de 1 bilhão de discos em todo o mundo. Os Beatles foram coletivamente incluídos na seleção da revista Time das 100 pessoas mais importantes e influentes do século XX.

O vídeo que selecionei, mostra a plateia, normalmente composta por meninas, num completo delírio durante uma apresentação dos Beatles em 1963, executando a música She Loves You 


➤OPINIÃO

Um papo na cozinha*

Eliane Cantanhêde

O Brasil lucra quando os presidentes da República e do Supremo Tribunal Federal têm boas relações institucionais e, mais ainda, se respeitam e conversam livremente sobre assuntos que dizem respeito a um País tão convulsionado. Michel Temer e Cármen Lúcia já conversaram por quatro horas no ano passado e voltaram a se encontrar no sábado, por duas horas, na casa da presidente do Supremo. Aliás, na cozinha, enquanto ela fazia pessoalmente o cafezinho.

Entre vários temas comuns, dois são mais urgentes e já tinham sido discutidos em reuniões preliminares de Cármen Lúcia com ministros e representantes do Executivo: a crise dos Estados e a crise de segurança, destampada com o massacre de 56 presos em Manaus no primeiro dia do ano e abordada com Alexandre de Moraes (Justiça). Incluem-se aí a crise do sistema prisional e o Plano Nacional de Segurança, que foi anunciado pelo Executivo semana passada, mas foi uma ideia lançada pela ministra.

Há um consenso de que o sistema prisional é um caos e de que o Brasil, além de abandonar presos e presídios à própria sorte, também “prende muito e prende mal”, como Moraes não cansa de repetir. Mas não há consenso sobre a necessidade de construir mais penitenciárias numa época de falta de recursos e de excesso de presídios caindo aos pedaços, carentes de manutenção. Ou até de presídios novos em folha, mas sem condições de entrar em operação.

Ontem mesmo, Temer anunciava a construção no Rio Grande do Sul de uma das cinco novas penitenciárias de segurança máxima do Plano de Segurança, enquanto a nova Penitenciária Feminina de Lajeado, a 118 km de Porto Alegre, foi inaugurada em novembro, com 84 vagas, mas só agora começa a receber as sete primeiras detentas, por falta de agentes, funcionários, verbas, equipamentos. Antes de construir uma nova, não é melhor cuidar das existentes?

Outro tema óbvio entre Temer e Cármen Lúcia foi a facilidade com que se fala em superpopulação carcerária e em presos provisórios ou até que já cumpriram pena e continuam enclausurados – todos pobres, evidentemente. Ninguém discorda do diagnóstico, mas os números são considerados “chutes” e Cármen Lúcia já se reuniu com o presidente do IBGE e com o comandante do Exército para ainda neste mês assinar o protocolo para um grande censo penitenciário no País, com apoio de ONGs e igrejas que tenham acesso aos presos. 

Outro tema entre os presidentes da República e do STF foi a crise dos Estados. O Rio de Janeiro não paga salários de algumas categorias desde outubro/novembro, mas a União sustou dois repasses para o Estado, um de R$ 192 milhões, outro de R$ 181 milhões, e a crise caiu no colo de Cármen Lúcia na primeira semana do ano. Espremida entre Rio e Planalto, ela deu uma liminar liberando os recursos, mas prevendo um prazo para as partes se acertarem. Em seguida, recebeu o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que ontem fechou com o governador Pezão um acordo que pode servir de base para as negociações da União com outros Estados.

Por falar em governador, não se sabe o que falaram Temer e Cármen Lúcia especificamente sobre o massacre de Manaus – onde a ministra reuniu-se com presidentes de tribunais de Justiça –, mas uma coisa é certa: Executivo, Judiciário e Legislativo continuam achando que o que ocorreu não foi uma rebelião convencional. 

As autoridades liberaram as visitas de fim de ano, apesar das informações de que haveria fugas; os líderes tinham armas de fogo, mas só usaram armas brancas; não houve registro de reféns; e parece inédita uma rebelião sem lista de reivindicações... Tudo esquisito. Aliás, tudo anda muitíssimo esquisito e o temor é de que Manaus seja laboratório para futuros massacres.

*Publicado no Portal Estadão em 10/01/2017

➤Serviços Urbanos e Segurança

Marchezan anuncia novos secretários

Ramiro Rosário e Kleber Senisse
O prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), anunciou mais dois nomes de titulares que farão parte de seu secretariado.

Para a secretaria de Serviços Urbanos, o indicado foi o vereador tucano Ramiro Rosário. Ele será responsável pelo Departamento Municipal de Limpeza urbana e parte das atividades do Departamento Municipal de Água e Esgotos e do Departamento de Esgotos Pluviais.

Para o novo secretário, “não importa o tamanho do buraco, mas buraco tem que ser tapado”.

Para a secretaria de Segurança, Marchezan indicou o coronel da reserva da Brigada Militar, Kleber Roberto de Lima Senisse. A delegada da Polícia Civil, Claudia Cristina Santos da Rocha Crusius, será a secretária adjunta.

➤10/01/2017


Estadão - País precisa de R$ 10 bi para acabar com déficit prisional, diz CNJ
Levantamento estima que cada vaga custe até R$ 50 mil; Conselho alertou que há 132 unidades em construção com verba federal, mas tempo das obras é de 6 anos

Folha de São Paulo - Em três anos, número de membros do PCC cresce 20 vezes em Roraima
Facção cria filiais no Estado; em 2013 operava com 50 homens, hoje são 1.000

O Globo - STF vai discutir com AGU solução para estados com recursos bloqueados
Ideia é criar uma solução meio-termo

Correio Braziliense - Analistas apostam em redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros
Expectativa de que inflação de 2016 tenha ficado dentro da meta e que desemprego e recessão perdurem neste ano aumentam pressão para que Banco Central acelere o ritmo de corte da taxa básica de juros na reunião desta semana

Estado de Minas - Surto de febre amarela provoca corrida por vacinas no interior de Minas
Secretaria de Saúde investiga 23 casos suspeitos da doença, com 14 mortes, em quatro regiões do Estado

Tribuna da Bahia - 19 servidores federais são expulsos por práticas ilícitas na Bahia
Em todo o Brasil, o  Governo Federal expulsou no ano passado um total de 550 servidores públicos

Diário do Nordeste - IPTU terá correção de 6,58%; 14 mil imóveis vão subir mais em Fortaleza
Aumentos do imposto são relativos à inflação e à realização de benfeitorias que elevam o valor venal do bem

Diário Catarinense Governo de SC anuncia construção de presídio em São Bento do Sul
Obra será construída com parte do valor enviado pelo governo federal

Pioneiro - Prazo para pagamento à vista do IPTU em Caxias do Sul termina nesta terça-feira
Desconto para quem optar pela cota única é de até 15%

Revista VEJA - Parlamento da Venezuela declara abandono de cargo por Maduro
Segundo a Assembleia Nacional, o presidente estaria falhando em cumprir suas funções constitucionais

Revista EXAME - Nomeação de genro de Trump gera debate sobre nepotismo
A nomeação de Jared Kushner, genro de Donald Trump, como assessor da Casa Branca, está levantando acusações de nepotismo

Revista ÉPOCA - Maia acha que leva vantagem em relação a adversários na disputa pela presidência da Câmara
Ele tem exposição espontânea por ser o atual mandachuva da Casa

Agência BRASIL - IGP-M, que reajusta aluguéis, acumula 6,88% em 12 meses
A primeira prévia de janeiro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel, registrou uma inflação de 0,86%, taxa superior ao 0,2% da primeira prévia de dezembro

Portal G1 - Após quatro quedas seguidas, varejo cresce 2% em novembro, diz IBGE
No ano, comércio acumula queda de 6,4%, a maior da série histórica do indicador, iniciada em 2001

Portal IG - Estudantes poderão renovar os contratos do Fies a partir do dia 16 de janeiro
Aditamentos referentes ao primeiro semestre de 2017 são feitos pela internet; prazo visa evitar os problemas que ocorreram no ano passado

➤BOM DIA!

Síndrome do pessimismo*

Rubens Barbosa**

A interação das crises econômica, política e ética está deixando marcas profundas na sociedade brasileira. Manifestações violentas, individuais ou coletivas, contra pessoas ou o Estado, tornaram-se rotina. O mau humor instalou-se de forma permanente, consequência da insegurança, do desemprego crescente, que aflige as famílias, da perda do poder de compra da maioria que recebe salário e também das estratosféricas taxas de juros, que afetam as pessoas e as empresas.

Característica da insatisfação e frustração é a tendência ao negativismo e pessimismo. As notícias quase diárias de corrupção da Lava Jato, da total insensibilidade da classe política e de setores corporativos diante da crise estão tornando difícil a leitura isenta e desapaixonada até de acontecimentos positivos. O discurso lulopetista do “nós e eles” está à solta.

Um claro exemplo disso é o fato de terem passado despercebidos o exame e a aprovação de algumas leis pelo Congresso e mudanças com ações do Estado que afetam positivamente a todos, governo, setor privado e indivíduos. Nos cem primeiros dias (outubro-dezembro) do governo Temer, o Executivo, visto como fraco, ineficiente e fragilizado pela Lava Jato, bem como o Congresso, apesar de desmoralizado e enfraquecido, aprovaram uma série de reformas que nem Lula nem Dilma tiveram disposição ou força política para sequer tentar que fossem examinadas.

A lista é expressiva: lei que permite a desvinculação das receitas da União, lei que regula o funcionamento das estatais, lei das concessões e privatizações, lei que muda o regime de exploração do pré-sal, lei das empresas aéreas, lei que facilita a privatização do setor elétrico, lei permitindo repatriação de recursos mantidos no exterior, lei que permite redução de jornada a servidor federal com cônjuge ou filho deficiente, lei que amplia poderes das CPIs, lei para renegociação de dívida de produtor atingido pela seca, lei que simplifica trâmite de processos judiciais, PEC do Teto de gastos públicos, lei da reforma do ensino médio, medida provisória que regulariza a situação fundiária em áreas pobres e carentes (favelas). E ainda se iniciou a discussão sobre a revisão das dívidas estaduais, da Lei Rouanet e das importantes reformas da Previdência e trabalhista.

É verdade que a grave crise que o País atravessa facilitou esse avanço. Em conversa com o ministro Delfim Netto, ouvi que os governos agem sempre da mesma forma: apesar de todas as advertências, continuam a aplicar políticas equivocadas até que a situação comece a sair do controle; nesse momento é que começariam a aplicar as políticas corretas que vinham sendo sugeridas havia muito tempo.

É preciso ter em mente que o governo Temer herdou uma economia falida, em recessão, com crescente desemprego, nível de corrupção jamais visto e política externa que isolou o Brasil e diminuiu sua exposição no exterior. Com o País vivendo a mais grave crise de sua História, o resultado tem sido, goste-se ou não das medidas, a rápida aprovação de leis, a mudança de políticas e a redução do papel do Estado na economia e na vida dos cidadãos.

Para reduzir o papel do Estado estão em pauta diversas providências. Exemplos são a recuperação da Petrobrás, agora com liberdade para operar os preços dos combustíveis, a revisão do papel do BNDES, de modo a atender de fato aos interesses do País, a redução do número de ministérios e a extinção de 4.689 cargos em comissão e funções de confiança.

Na política externa, eliminada a influência da ideologia na formulação e execução de suas ações, busca-se retirar o Brasil do isolamento dos entendimentos comerciais e acelerar as negociações Mercosul-União Europeia. Deu-se nova ênfase ao Mercosul e suspendeu-se a Venezuela pelo descumprimento dos compromissos assumidos no Protocolo de Adesão de 2006.

O período Lula-Dilma, voltado para ansiados programas sociais, paternalistas, assistencialistas e de caráter redistributivista, ignorou as reformas modernizantes que poderiam favorecer ainda mais e de forma permanente as classes menos favorecidas. Sucedendo a presidentes que ignoraram essas reformas, o governo atual, neste curto período, alterou políticas, legislações e deu direção à economia.

Tudo isso foi feito sob o mais completo alheamento da sociedade, anestesiada pelo desânimo e pela desesperança quanto ao futuro. O aprofundamento das reformas estruturais, como as da Previdência e trabalhista, ao lado da reforma política, apesar de pouco ambiciosa até aqui, criou um novo patamar para os futuros governos.
Resultado dessa nova atitude, iniciou-se a redução da taxa de juros, acentuou-se a queda da inflação, o risco Brasil diminuiu e, sobretudo, evitou-se a criação de mais impostos. Com o gradual restabelecimento da confiança empresarial, em 2017 o País deverá sair da recessão dos três últimos anos.

A discussão de uma agenda para um Brasil moderno deveria ir além das atuais mudanças na economia e das ações do governo. O debate, na eleição de 2018, deveria concentrar-se nas propostas com visão de médio e longo prazos sobre o lugar do Brasil no mundo, com a definição do que queremos, internamente, em termos de redução do papel de Estado e, externamente, no tocante à inserção do País nos fluxos dinâmicos das cadeias produtivas globais. O muito que foi feito em tão pouco tempo, combinado com as punições exemplares de políticos e empresários corruptos, é sinal alentador de que as instituições – Executivo, Legislativo e Judiciário –, embora fragilizadas, continuam funcionando e produzindo resultados que podem favorecer toda a sociedade.

Em 2018 os eleitores terão de optar entre a volta ao passado e o aprofundamento das reformas para a execução de agenda modernizadora, de modo a tornar o País mais eficiente e socialmente mais justo.

*Publicado no Portal Estadão em 10/01/2017

** Presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior