terça-feira, 20 de dezembro de 2016

➤BOA NOITE!


Frank Sinatra foi um cantor, ator e produtor nascido nos Estados Unidos considerado um dos mais populares e influentes artistas musicais do século 20.

Sem nenhum treinamento formal, Sinatra desenvolveu estilo altamente sofisticado. Sua habilidade em criar uma longa e fluente linha musical sem pausas para respiração, sua manipulação de frases o fez chegar bem mais longe que o usual dos cantores populares.

Sinatra forjou uma bem sucedida carreira como ator, vencendo um Óscar de melhor ator coadjuvante, foi homenageado no Prêmio Kennedy em 1983 e recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade de Ronald Reagan em 1985 e a Medalha de Ouro do Congresso em 1997, além de  11 Grammy Awards, incluindo o Grammy Trustees Award, Grammy Legend Award e o Grammy Lifetime Achievement Award..

Por sugestão de um querido amigo, selecionei para hoje uma gravação de um dos maiores sucessos de Frank Sinatra, com legendas em português, da música My Way


➤RAPIDINHAS



Deputados entram em acordo para aprovar o projeto de renegociação da dívida dos Estados
Os deputados entraram em acordo para votar o projeto de renegociação da dívida dos Estados. O texto a ser votado será o que veio do Senado, já com a inclusão do regime de recuperação fiscal para entes mais endividados. Por outro lado, as contrapartidas foram retiradas do texto. Mesmo com orientação contrária do governo, que tinha as contrapartidas como uma prioridade, a base fechou acordo com a oposição para beneficiar os Estados. O novo texto retira qualquer impedimento para reajustes de servidores e ainda exclui o financiamento para o Programa de Demissão Voluntária (PDV). Para o PT, a exclusão desse dispositivo vai desestimular os Estados à aderirem ao PDV.

Natal deve ter 2º pior resultado desde 2001
O Natal deste ano deve ser o segundo pior em vendas desde 2001 e a perspectiva é que o faturamento retroceda para o nível de 2012, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Com 3,6 milhões de desempregados a mais do que em dezembro de 2015, o brasileiro está inseguro para comprar a prazo. Quando opta por pagar à vista, procura gastar menos. O clima de incerteza afeta até mesmo os lojistas de shoppings, que normalmente são mais otimistas. No fim de semana, os shopping centers tiveram bom fluxo de consumidores, mas com vendas abaixo do esperado. A expectativa é que esse quadro melhore a partir de hoje, quando os brasileiros recebem a segunda parcela do 13.º salário.

Governo anuncia R$ 850 milhões para ensino técnico e escolas de tempo integral
O governo anunciou nesta terça-feira (20), em cerimônia no Palácio do Planalto, a liberação de R$ 850 milhões para o ensino técnico e para a implementação de escolas de tempo integral. De acordo com o MEC, os R$ 850 milhões já estavam previstos no Orçamento de 2016. Destes, R$ 700 milhões serão destinados ao programa batizado de Médiotec e liberados ao final do mês para os estados. Os outros R$ 150 milhões serão empenhados e liberados em janeiro do ano que vem. Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, os recursos deverão permitir a abertura de vagas no ensino profissionalizante por meio de um programa derivado do Pronatec, batizado de Médiotec. Além disso, acrescentou, a verba servirá para estimular colégios a ter aulas em tempo integral. "O Médiotec é direcionado ao aluno do ensino médio, faz parte do próprio Pronatec. Tem os diferenciais de dupla certificação ao final do ensino médio e a capacitação em cursos baseados nas necessidades do mercado de trabalho", declarou Mendonça Filho na cerimônia, na qual estava presente o presidente Michel Temer.

Mega-Sena pode pagar prêmio de R$ 36 milhões nesta terça
O sorteio 1.887 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 36 milhões para quem acertar as seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h (horário de Brasília) desta terça-feira (20 no terminal rodoviário do Tietê, em São Paulo (SP). A semana terá mais duas oportunidades para tentar a sorte na Mega-Sena, na quinta-feira e no sábado. De acordo com a Caixa Econômica Federal, com o valor integral do prêmio, o ganhador poderá comprar 24 mansões no valor de R$ 1,5 milhão mil cad.. Se quiser investir na poupança, receberá mensalmente R$ $ 231,6 mil em rendimentos. As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 3,50.

Começa o segundo dia de votação do pacote de Sartori na Assembleia Legislativa
Servidores dormiram na Praça da Matriz e ampliaram a mobilização no início da tarde. Sessão atrasou e foi iniciada às 15h20min. Neste segundo dia, o primeiro projeto a ser votado é o que extingue seis fundações entre elas A TVE/FM Cultura/ Fundação de Economia  e Estatística, CORAG e a Fundação Zoobotânica. Enquanto os deputados discursam, com a oposição tentando retardar o começo da votação, do lado de fora da Assembleia Legislativa, servidores contrários ao pacote de medidas, são contidos pela Brigada Militar. Confrontos já aconteceram na tarde de hoje e certamente ainda ocorrerão até o final da votação. O governador conta com o apoio dos partidos da base aliada para conseguir os votos necessários para a aprovação dos projetos.

➤Corrupção e lavagem de dinheiro

Janot denuncia José Guimarães ao STF


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o deputado José Guimarães (PT-CE), líder da minoria na Câmara dos Deputados e ex-líder do governo Dilma Rousseff, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O inquérito surgiu a partir da delação premiada do ex-vereador do PT Alexandre Romano, conhecido como Chambinho – o delator também foi denunciado com o parlamentar pelos mesmos crimes.

Janot pede que Guimarães seja condenado e perca o mandato parlamentar. Além disso, quer que os dois devolvam R$ 1 milhão para os cofres públicos, em razão dos valores desviados, e que sejam condenados a uma indenização para reparação dos danos materiais e morais de mais R$ 1 milhão.

Segundo a denúncia, em 2011, José Guimarães aceitou propina de R$ 97.761,00 de valores provenientes de financiamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) a um empreendimento na área de energia da empreiteira Engevix. O deputado teria atuado para garantir o contrato para a empresa.

Alexandre Romano
A Procuradoria afirma que José Guimarães intermediou o contato de Alexandre Romano, que atuou no interesse da Engevix, com o presidente do BNB à época, Roberto Smith. O contrato era de R$ 260 milhões para contrução de usina eólica na Bahia. De acordo com a denúncia, Guimarães "indicou e dava sustentação política" a Smith no cargo.

Romano, por sua atuação, recebeu R$ 1 milhão de comissão, "de forma disfarçada", mediante contratos fictícios de prestação de serviços de advocacia a empresas ligadas a Engevix. Foi um percentual desse dinheiro que teria sido pago como propina ao deputado, segundo Janot.

"Em suma, o panorama probatório coletado demonstra robustamente o recebimento doloso de vantagem indevida pelo deputado federal José Guimarães, mediante o pagamento de dívidas pessoais por terceiros. A propina foi recebida em razão da atuação do parlamentar perante a presidência do Banco do Nordeste do Brasil, de sua indicação e sustentação política, para viabilizar a concessão de financiamento de acordo com os interesses da empresa", afirma o procurador.

Conforme o documento, o valor de R$ 97.761,00 foi pago por meio de dois cheques, compensados em setembro de 2011, em favor do escritório Bottini e Tamasauskas Advogados - do advogado criminalista Pierpaolo Bottini - e Samab Companhia Indústria e Comércio de Papel.

Janot esclarece na denúncia que o escritório de advocacia confirmou que recebeu cheque de R$ 30 mil pela atuação na defesa do parlamentar em um inquérito no STF. Sobre a empresa de papel, Janot diz que também foi apresentada documetnação de que o cheque de R$ 67.761,00 foi depositado e serviu para pagamento de folhetos e "santinhos".

Segundo Janot, "o repasse de propina com base em contratos fictícios e mediante o custeio de despesas pessoais, por meio da realização de pagamentos a pessoas jurídicas credoras do agente público beneficiado, consistiu em estratégia de ocultação e dissimulação da natureza, da origem, da localização, da disposição, da movimentação e da propriedade de valores provenientes diretamente do crime de corrupção passiva."

➤OPINIÃO

Um revolucionário em ação*

"Esquecido em uma cela de Curitiba, na qual paga pena por corrupção da grossa, José Dirceu tem mandado cartas a conhecidos seus na esperança de recuperar algo da mística do 'guerreiro do povo brasileiro'”, perdida em alguma esquina entre o mensalão, o petrolão e o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com o PT inteiramente devotado a salvar o pescoço do chefão Lula da Silva, nenhum petista parece se incomodar mais com a prisão de Dirceu. Mas o disciplinado ex-guerrilheiro não perde a pose de revolucionário e, por meio dessas mensagens, pretende incitar a militância a “ir às ruas”, pois “é hora de ação”.

Na mais recente missiva – escrita em uma folha de caderno escolar onde se lê “O Despertar da Força”, referência a um episódio da série Guerra nas Estrelas –, Dirceu diz que é preciso “exigir justiça para todos, a renúncia de Temer et caterva, eleições gerais, Constituinte”, tudo isso “antes que façam um acordão, como já vem sendo pensado por Gilmar Mendes (ministro do Supremo Tribunal Federal), a falada ‘operação contenção’ para salvar o tucanato e o usurpador Temer”.

Nessa linguagem sôfrega e confusa, decerto pensada para denotar a urgência do momento, Dirceu considera que essa missão, já que ele próprio está preso, cabe aos notórios João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST); Guilherme Boulos, chefe do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST); e Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ou seja, a tigrada que já está bastante empenhada em transformar a violência e a baderna em armas políticas.

Mesmo dizendo que “quem está preso não deve meter o bedelho” na política, Dirceu quer se fazer passar por um líder capaz de ditar os passos e os contornos da “luta”, atribuindo-se uma importância que raros companheiros lhe dão. “É agora ou nunca”, escreveu, dizendo ser esta a “hora de um programa de mudanças radicais, na política e na economia”.

Entende-se a aflição de José Dirceu. Afinal, já está claro que ele, a exemplo de muitos outros companheiros de viagem de Lula, foi abandonado à própria sorte para não atrapalhar o chefão petista. Desde que o cerco ao ex-presidente começou a se fechar, nem ele nem o PT fazem qualquer referência a Dirceu e aos demais petistas graúdos encrencados na Lava Jato, como João Vaccari Neto e Antonio Palocci, seja para defendê-los, seja para sequer lembrar da existência deles.

A mágoa do outrora “guerreiro do povo brasileiro” é tanta que transparece em outra carta, esta enviada ao governo cubano por ocasião da morte de seu amigo, o ditador Fidel Castro. Na mensagem, lembrou que Fidel nunca deixou de lhe ser solidário durante os “anos de infâmia”, isto é, “não quando eu estava no governo, e sim sempre quando eu mais necessitava – de novo banido e caluniado nos anos do mensalão e também depois da minha condenação e prisão em 2013”.

Mas Dirceu não se dá por vencido. A exemplo de Lula, ele também quer se passar por perseguido político e pretende caracterizar o atual momento como um estado de exceção, em que os direitos elementares de “progressistas” como ele estariam suspensos por um conciliábulo de inimigos dos pobres. Ainda que tenha sido condenado em todas as instâncias judiciais, nas quais, mesmo dispondo de amplo direito de defesa, sua culpa no esquema de corrupção que dominou os governos petistas ficou amplamente comprovada, Dirceu se considera vítima de um complô que envolve até mesmo o Supremo Tribunal Federal (STF). Na carta, ele diz que “o STF se acumpliciou com as ilegalidades do (juiz Sérgio) Moro, com o golpe e, pior, com a impunidade, o corporativismo judiciário”.

A caradura é tanta que Dirceu assina a carta como “Daniel”, um dos codinomes que ele usou durante a ditadura militar. Ou seja, para “Daniel”, estamos vivendo uma nova ditadura, que, segundo sua perspectiva, deve durar quase tanto quanto a de 1964: “Temos ainda 20 longos anos de luta pela frente”. No caso de Dirceu, condenado a 23 anos de prisão, a luta se resume a não ser esquecido de vez.

*Publicado no Portal Estadão em 20/12/2016

➤20/12/2016


Estadão - Merkel diz que ação em Berlim foi atentado terrorista
Chanceler alemã afirmou que, se for confirmado, será ‘difícil’ suportar a ideia de que um refugiado foi o autor do ataque

Folha de São Paulo - Ação de delator no Congresso rendeu ao menos R$ 8,4 bilhões à Odebrecht
Segundo ex-diretor, aprovação de duas MPs envolveu R$ 16,9 mi em propina e doações

O Globo - Janot quer retirar sigilo das delações da Odebrecht
Procurador-geral contou intenção a parlamentares capixabas; Tarefa caberá a Teori

Correio Braziliense - Atirador gritou "Alá é grande" várias vezes após matar embaixador
Imagens mostram o homem vestindo terno preto, camisa e gravata, empunhando uma arma e gesticulando em um centro de exposições em Ancara

Estado de Minas - Infiltrações ameaçam Igrejinha da Pampulha; ainda não há data para restauro
Infiltrações ameaçam a São Francisco de Assis, ícone do conjunto moderno de Niemeyer declarado patrimônio cultural da humanidade

Tribuna da Bahia - Câmara Municipal congela reajuste dos vereadores
ACM Neto passará a receber R$ 24.875, enquanto o vice Bruno Reis (PMDB) e os secretários terão salário de R$ 18.732,56

Diário do Nordeste - Comitê da Seca debate cenário de 2017 no Ceará
Para o secretário de Desenvolvimento Agrário, atual cenário hídrico  no Estado é crítico

Diário Catarinense - Após ano ruim, mercado imobiliário prevê reação em 2017 em Joinville
Tendência é de queima de estoques de imóveis na cidade em 2017

Pioneiro - Por falta de dinheiro, prefeitura cancela festa de Réveillon em Caxias do Sul
Evento ocorreu nos Pavilhões da Festa da Uva nos últimos dois anos. Desta vez, crise provocou o corte nos recursos

Revista VEJA - Gravidez causa mudanças no cérebro das mulheres, diz estudo
Segundo pesquisa publicada na Nature Neuroscience, as modificações ajudam nos cuidados com os bebês e podem persistir por até dois anos

Revista EXAME - Chefe do TRE-SP vê chances de novas eleições presidenciais
Pela Constituição, uma nova eleição direta seria convocada se a chapa for cassada ainda em 2016

Revista ÉPOCA - PDT entrará com ação no STF contra PEC do teto dos gastos
Argumento é que a proposta fere cláusula pétrea da Constituição: de que Saúde e Educação são direitos de todos

Agência BRASIL - Gilmar Mendes: ação da chapa Dilma-Temer pode ser julgada no 1º semestre
Ministro disse que julgamento depende da liberação do voto do ministro Herman Benjamin, relator das ações no TSE

Portal G1 - 5 são detidos após protesto contra pacote de austeridade no RS
Deputados estaduais iniciaram votação de medidas ontem

Portal IG - Sorteio da Mega-Sena de Natal pode pagar prêmio de R$ 36 milhões nesta terça
Caso um único apostador acerte sozinho os seis números sorteados, poderá receber R$ 231,6 mil ao mês se investir o valor do prêmio na poupança

➤Votação do pacote

Dia de tumultos e discussões

Sob forte esquema de segurança, com protestos e tumulto ao longo de todo o dia, os deputados estaduais iniciaram nesta segunda-feira (19) a discussão sobre o pacote enviado pelo Poder Executivo à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul com objetivo de conter gastos e amenizar a crise financeira do estado. São medidas que afetam diretamente cerca de 1,2 mil servidores de 11 órgãos ligados ao Executivo que podem ser extintos.


A sessão extraordinária começou por volta das 14h15 e se estendeu até a madrugada desta terça-feira (20). A votação segue a partir das 14h, sendo uma reunião entre os líderes, às 13h30, define a pauta de projetos a serem apreciados.

Manifestantes passaram a noite na praça da Matriz, em frente à Assembleia Legislativa, e pela manhã seguiam concentrados sob os olhos de policiais militares que fazem a segurança da casa legislativa.

Até a madrugada desta terça-feira (20) três dos 27 projetos colocados na ordem do dia foram aprovados pelos deputados. A primeira medida aprovada foi o Projeto de Lei 249/2016, que reestrutura da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, que passa a ser chamado de Escritório de Desenvolvimento de Projetos, com 36 votos favoráveis e 17 contrários.

A segunda medida aprovada foi o PL 247/2016, que versa sobre a estrutura administrativa e diretrizes da administração estadual, reduzindo o número de secretarias de 29 para 17. Parlamentares contrários ao texto protestavam contra o desmonte da Secretaria da Cultura, sem a extinção dos cargos comissionados.

O PL 274/2016 foi o terceiro a ser aprovado. A medida trata sobre a cedência dos servidores da Segurança Pública, permitindo que os municípios com mais de 200 mil habitantes possam contar com um agente do estado para ocupar o cargo de secretário municipal de Segurança, desde que a cidade possua Guarda Municipal.

A votação começou na tarde de segunda-feira e a quarta sessão extraordinária foi encerrada por volta das 3h30 desta terça. Uma nova reunião de líderes foi convocada para às 13h, quando vão ser definidas as matérias a serem incluídas na pauta de votação, que começa às 14h.

Um projeto, que estava em segundo lugar na ordem de votações, não chegou a ser apreciado por um acerto das lideranças. A proposta cria uma gratificação para militares que atuam em presídios.



Houve registro de ao menos quatro tumultos do lado de fora da Assembleia Legislativa. Foram presas quatro pessoas - dois homens e duas mulheres - e apreendido um adolescente de 16 anos por jogar pedras na polícia durante confronto em frente a sede do Legislativo.

Com o grupo, foram encontrados material para produção de coquetéis molotov, além de escudos e capacetes, conforme a Brigada Miltiar. O adolescente foi encaminhado para sua família enquanto que os outros quatro assinaram um termo circunstanciado e foram liberados.

Desde o início da manhã, servidores ocuparam a Praça da Matriz em protesto contra as medidas. Com carro de som, faixas e cartazes, eles se uniram para acompanhar a votação dos parlamentares.

Para entrar no plenário da Assembleia, no entanto, era necessário ter uma senha. Foram distribuídas 160 entradas, divididas igualmente entre favoráveis e contrários ao pacote. Com a restrição, muitos montaram barracas e ficaram do lado de fora.

A assessoria da presidência da Assembleia informou que a distribuição limitada e a divisão de fichas foram feitas por medida de segurança. A Casa afirmou ainda que o número de fichas distribuídas não será ampliado, já que a decisão aconteceu em acordo com os representantes das entidades.

Antes mesmo da sessão começar, o clima era tenso. Houve confusão do lado de fora do prédio quando um grupo de servidores empurrou e derrubou os gradis que cercavam a porta de entrada, para tentar chegar mais perto do acesso à Assembleia. Alguns jogaram pedras e fogos de artifício em direção aos policiais, que revidaram com bombas de gás lacrimogênio.

Do lado de dentro, a sessão começou às 14h20. O primeiro projeto de lei apreciado foi o de número 249/2016, que prevê a reformulação da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), e a criação de um Escritório de Desenvolvimento de Projetos, dentro da Secretaria de Planejamento.

A primeira hora foi destinada para comunicações de lideranças e questões de ordem. As outras três horas foram para que os deputados fossem à tribuna, para deliberações.

Quase quatro horas após o início, a discussão sobre a proposta foi encerrada, e o líder do governo, deputado Gabriel Souza (PMDB), apresentou requerimento de preferência para votar o texto e a emenda de número 1.

A sessão continuava, quando, do lado de fora, iniciou um novo tumulto. Um grupo de manifestantes, usando máscaras, se aproximoua da Assembleia e ficaram posicionados em frente ao prédio. Logo começou confronto com a Tropa de Choque, que lançou bombas para dispersar.

A situação provocou correria e assustou servidores que faziam vigília na Praça da Matriz. Alguns buscaram refúgio na Catedral Metropolitana, ao lado da Assembleia. O Choque impediu a aproximação dos manifestantes e contêineres foram incendiados.

Enquanto isso, no plenário, os servidores aprovaram a emenda 1 do projeto de lei, por 37 votos a 16, quase seis horas depois da sessão começar. Do lado de fora, com a situação mais calma, servidores assistiram o restante da votação em um telão.

Segundo o governo, se todos os projetos forem aprovados, o estado vai economizar R$ 1,5 bilhão por ano. Serão demitidos entre 1,1 mil e 1,2 mil servidores das fundações, se a extinção for aprovada.

Ainda nesta segunda (19), em uma rede social o governador defendeu a aprovação dos projetos e disse que não tem um plano “b”.

“Eu sempre fui muito claro: não existe o plano B. O momento é grave e decisivo. Se nada for feito agora, o nosso estado vai viver anos muito duros pela frente, com inércia política e enormes dificuldades financeiras. Os serviços públicos vão entrar, cada vez mais, em colapso”.
Conteúdo: Portal G1
Fotos/ ALRS/CP/ZH

➤BOM DIA!

Protesto sem vandalismo, não é protesto?

Foto: Correio do Povo/Reprodução
Busquei no Portal do Correio do Povo, a foto que marca muito bem o que aconteceu durante a tarde de ontem em frente ao prédio da Assembleia Legislativa, mais precisamente na Praça da Matriz. Muitas outras identificariam, como esta, o que foi o chamado confronto entre a Brigada Militar e os manifestantes (?) que, sob o argumento de protestarem contra o pacote de medidas encaminhadas pelo governador José Ivo Sartori, entre outras coisas extinguindo  fundações, companhias e aglutinando secretarias, voltaram a quebrar tudo o que viam pela frente.

Não vou entrar no mérito do pacote de medidas. O mesmo foi debatido durante muitas e muitas horas por deputados, alguns alinhados ao governo, outros contra. Por sinal, a oposição fez de tudo para jogar para a plateia tentando impedir a votação. Pedidos de contagem de presenças, repetição das mesmas palavras de ordem, fizeram com que poucas medidas fossem votadas na sessão de ontem.

Abro um parêntese para comentar o quanto os representantes de uma escancarada minoria, participam, ombro a ombro, com bancadas de muito maior número. Existem bancadas de um ou dois, no máximo, deputados na Assembleia Legislativa. São os que mais gritam. É a chamada democracia que, por exemplo, não existe em Cuba, na Venezuela, na Bolívia, na Coreia, países comandados por ditadores que eles defendem com unhas e dentes.

Voltando ao pacote, ou a votação dele, fico com o que aconteceu, mais uma vez, na Praça da Matriz, onde estão acampados os autodenominados defensores do funcionalismo, mas que não aceitam, por exemplo, a presença dos defensores do Rio Grande do Sul, provavelmente uma imensa maioria.

Começaram derrubando a grade de proteção colocada pela Brigada Militar. Depois arrancaram aas pedras dos passeios da Praça, que se não estou enganado, foram trazidas da Europa, para jogar contra os brigadianos e ferir um jornalista, atingido na cabeça por uma pedrada.

Foto: Portal G1/Reprodução
Depois, quem sabe não satisfeitos, passaram a incendiar containers de lixo, sempre com a cara coberta por máscaras ou camisetas, provavelmente para não serem identificados, assim como fazem os marginais.

Diante da reação da Brigada Militar, tentaram refúgio na Catedral Metropolitana e receberam o apoio de deputados oposicionistas, aqueles das bancadas de um homem só. A partir daí, a culpa por tudo que estava quebrado, incendiado, depredado só aconteceu por ‘intransigência’ dos brigadianos que tentaram impedir que o vandalismo fosse ainda maior.

Enquanto isso, a banca do Cpers Sindicato fazia farta distribuição de embalagens de Poliestireno (no meu tempo era isopor) com refeição, ou lanches, para os mestres em greve. Alguém, certamente não com  dinheiro gerado pelo sindicato, estava pagando a festa e a alimentação dos grevistas que, segundo propaganda nas emissoras de rádio, “lutam pela qualidade da educação”. Está certo que mandaram invadir escolas, fizeram uma greve de mais de 60 dias e estão parados novamente, provavelmente tudo em nome de um melhor aprendizado para os alunos das escolas estaduais.

Hoje, a partir das 14 horas, mais um capítulo das mesmas tentativas de oposicionistas de barrar o que 72% dos gaúchos querem, mas eles não querem. Tomara que as brigas fiquem restritas aos discursos e não prejudiquem ainda mais a pobre Praça da Matriz, palco e desaguadouro de insatisfações e atos politico partidários comandados por quem a gente conhece muito bem.

Tenham todos um Bom Dia!