domingo, 11 de dezembro de 2016

➤Delação da Odebrecht

Temer convoca reunião de emergência


O presidente Michel Temer convocou uma reunião de emergência neste domingo com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e outros ministros do seu governo para uma avaliação das delações dos ex-executivos da Odebrecht para a força-tarefa da Lava Jato. No encontro, que acontecerá no Palácio do Jaburu, Temer também discutirá medidas para a retomada da economia ainda este ano.

A reunião não estava prevista na agenda do presidente. Na sexta-feira à noite, depois do vazamento da delação do ex-diretor de Relações Institucionais Cláudio Melo Filho, na qual foi citado, Temer foi para São Paulo. Ele retornou a Brasília por volta da hora do almoço deste domingo.

O Palácio do Planalto reagiu aos vazamentos com “preocupação” e sem “ingenuidade”. A ordem do presidente Michel Temer é evitar muitos comentários, reforçar que as delações precisam se comprovar e que o governo tem que “continuar trabalhando” pelo país. Interlocutores do presidente, entretanto, admitem que “os efeitos disso precisam ser observados” e que a Lava Jato sempre foi e continua sendo um fato “imponderável”.

Cláudio Melo Filho afirmou em delação que Temer pediu 10 milhões de reais ao empreiteiro Marcelo Odebrecht em 2014. Oficialmente, o Planalto negou a informação e afirmou que não há mais comentários a serem feitos e que a nota divulgada “diz tudo”.

No texto para responder as acusações, o presidente repudia “com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho”. “As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente”, completa a nota.

Está prevista para esta semana a última votação da PEC do Teto dos Gastos, marcada para terça-feira, 13, e da LDO. O governo não quer que a tramitação dessas medidas, e da reforma da Previdência, sejam prejudicadas com o teor das delações dos ex-executivos da Odebrecht.

Agência Brasil

➤BOA NOITE!


Maurico Alberto Kaiserman, ou Morris Albert (São Paulo, 7 de setembro de 1951) é um cantor e compositor brasileiro que fez sucesso no mundo inteiro com nome e composições em inglês.

Em 1975, Morris gravou seu grande sucesso “Feelings” e logo após “She’s my girl”, e acabou vendendo discos em mais de 50 países, totalizando mais de 160 milhões de cópias. Atualmente, Morris Albert vive na Itália.

Para fechar o fim de semana, vamos recordar Morris Albert e seu grande sucesso, “Feelings” que foi gravado por dezenas de cantores em todo o mundo.


➤Futebol



39ª RODADA

Domingo - 11/12
17 horas
Grêmio 0 X 1 Botafogo - Arena Grêmio
Fluminense 1 X 1 Internacional - Giulite Coutinho
Vitória 1 X 2 Palmeiras - Barradão
São Paulo 5 X 0 Santa Cruz - Pacaembu
Santos 1 X 0 América MG - Bila Belmiro
Cruzeiro 3 X 2 Corinthians - Mineirão
Atlético PR 0 X 0 Flamengo - Arena Baixada
Chapecoense _ X _ Atlético MG - WO Duplo
Ponte Preta 2 X 0 Coritiba - Moises Lucarelli
Sport 2 X 0 Figueirense - Ilha Retiro

CLASSIFICAÇÃO





➤Levantamento

Nos portais de notícias

Dei uma olhada, como faço sempre, nos diversos portais de notícias que acompanho para abastecer meu blog. Fiquei impressionado com as manchetes sobre a delação de um executivo da Odebrecht. Confiram  o que encontrei;

Portal G1
➨Delator da Odebrecht citou 51 políticos de 11 partidos

➨Renan troca estilo político moderado por perfil mais agressivo

➨Janot pedirá abertura de investigação para apurar vazamento da delação de ex-diretor da Odebrecht

➨Temer pediu pessoalmente doação no Palácio do Jaburu, diz delator

➨Delatores citam Pezão, Paes, Lindbergh, Maia, Rosinha e Garotinho por caixa 2 em campanha

➨Cláudio Melo Filho citou Renan Calheiros, Romero Jucá e Eunício Oliveira

➨Delator diz que Jaques Wagner recebeu R$ 7,5 milhões entre 2010 e 20111

Estado de São Paulo
➨TSE julgará chapa Dilma/Temer em 2017, afirma ministro

➨Exército diz que ‘malucos’ apoiam intervenção

➨Delação atinge candidatos no Congresso e a ministério

➨Por que o ‘custodiado’ Sérgio Cabral foi parar na prisão da Lava Jato

O Globo
➨Lava-Jato já suspendeu 16 projetos em seis países da AL e Caribe

➨Odebrecht pagou R$ 17 milhões por 14 MPs no Congresso

➨Para delator da Odebrecht, Jucá é ‘Resolvedor da República’

➨Acusado contesta codinome dado pela Odebrecht de ‘Todo Feio’

➨Delator cita caixa dois para Pezão, Paes, Lindbergh e Garotinho

Folha de São Paulo
➨Delação indica que Odebrecht gastou R$ 88 mi em pagamentos a políticos

➨Sob pessimismo econômico, dispara reprovação a Temer, diz Datafolha

Revista VEJA
➨Delação da Odebrecht: presidente da Câmara recebeu propina

➨Lava Jato: Ex-executivo liga apelidos a Aécio e Kassab

➨Delação da Odebrecht: Temer diz que doações foram legais

➨E-mail revela que dinheiro ao PMDB foi repassado após eleições

➤BOM DIA!

Turbulência*

Eliane Cantanhêde


O ano de 2016 vai terminando e o de 2017 bate à porta com mais dúvidas do que certezas e com a sensação de que, quanto mais o presidente Michel Temer se isola no governo, mais ele fica refém de um Congresso carente de credibilidade e apavorado com a Lava Jato. A única boa notícia de Temer na semana passada foi a queda da inflação. Nesta, deve ser a aprovação do teto de gastos.

No mais, Temer se imiscuiu na crise entre Legislativo e Judiciário, deixou vazarem que cedia em temas centrais da recém-lançada reforma da Previdência e recuou na escolha do substituto de Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo. Convenhamos, não são exatamente movimentos de quem se sente firme feito uma rocha.

É claro que um alto grau de tensão entre Poderes, especialmente em um momento de crise política e da economia, não é bom para ninguém nem ajuda presidente nenhum. Mas Temer não precisava participar ativamente da solução de meio-termo do Supremo, até porque a percepção na opinião pública não é de esforço contra o imbróglio institucional, mas para salvar o cargo de Renan Calheiros mais um mês e meio.



Quanto à reforma da Previdência, nada mais natural que o governo envie ao Congresso uma proposta com “gorduras” para ter o que queimar ao longo das negociações. E nada mais natural, ainda, que ouça sugestões, reclamações, ponderações. Mas não precisa piar no primeiro urro das centrais sindicais. Se pia assim na primeira semana, o que vai sobrar da reforma daqui a seis meses?

Por fim, a escolha do líder tucano Antonio Imbassahy para a Secretaria de Governo, responsável pela articulação com o Congresso, pareceu bastante razoável, mas foi interditada pelo Centrão, que reúne PP, PTB, PRB etc e trabalha mais pelos seus interesses do que pelos do País. Não tem ninguém que possa avisar aos líderes do Centrão que o avião atravessa uma área de turbulência e convém ter juízo e usar o cinto de segurança?

Imbassahy é um parlamentar respeitável e resolveria uma equação: o PSDB assume (assumiria) a articulação agora e abre (abriria) a presidência da Câmara, em fevereiro, para a reeleição de Rodrigo Maia, que é uma mão na roda. Não é do PMDB, do PSDB, do Centrão nem do PT, os carros-chefes do Congresso, mas do DEM, partido experiente que, aliás, tem crescido na crise. Além disso, Maia tem bom trânsito no Planalto, boa relação na Câmara e não tenta dar passos maiores do que as pernas.

Com os peemedebistas Eduardo Cunha preso, Renan réu, Geddel fora, Romero Jucá enrolado e Eliseu Padilha entrando na roda, Temer vai se isolando no Planalto e precisa cada vez mais não só do Congresso, mas em particular do PSDB. Reagiu afirmativamente, com autoridade, quando os tucanos começaram a botar as asinhas de fora na economia, mas precisa de reforço no Planalto e esse reforço só pode vir do PSDB. De quem mais?

Então, tudo bem que Temer não confronte o Centrão, mas agradá-lo recuando na escolha de Imbassahy? Não parece uma boa troca. E, no final, o importante é que o governo deve aprovar a PEC do Teto definitivamente nesta semana, mas tem pela frente uma duríssima negociação pela Previdência e precisa de perícia e determinação para estabilizar o voo. E que fique claro: não apenas pela reforma, mas pela sobrevivência.

FHC. Sempre tão frio e racional, Fernando Henrique Cardoso anda abatido com o tamanho e as diferentes formas da crise. Mesmo depois de passar a fase pior da hérnia de disco e abandonar a bengala, está com cara péssima.

“O senhor continua com muita dor na coluna?”, perguntou uma assessora.

“Não. É dor na alma”, respondeu.

*Publicado no Portal Estadão em 11/12/2016