Requião recomenda
'muita alfafa' a apoiadores de Moro
O relator do projeto que atualiza a lei de abuso de
autoridade, senador Roberto Requião (PMDB-PR), defendeu a manutenção do texto
na pauta de votações do Senado desta terça-feira, 6. Após manifestações País
afora no domingo, 4, que tiveram como foco a crítica à atuação dos
parlamentares para inibir investigações da Operação Lava Jato, alguns senadores trabalham para desacelerar a proposta no Congresso. Para
Requião, o projeto deve ser aprovado para combater movimentos autoritários que
estariam se formando no Brasil, semelhantes a regimes instalados na Itália, com
o fascismo, e Alemanha, com o nazismo. Ele afirmou que é a favor da Lava Jato,
mas que ninguém está acima da lei. "Promotores e juízes estão imbuídos de
uma visão de paladinos, acham que só eles são perfeitos, que têm autoridade
absoluta para prender, para soltar, passando por cima das leis", afirmou. Nesse
domingo, o senador se envolveu em uma polêmica ao recomendar "muita
alfafa" aos manifestantes que foram às ruas em apoio ao juiz Sérgio Moro.
"Eu recomendo alfafa, muita alfafa. In natura ou como chá. É própria para
muares e equinos, acalma e é indicada para passeatas nonsense", escreveu.
Meirelles nega estar
ameaçado no cargo e diz que pressão é normal
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou nesta
segunda-feira, que seu cargo no governo esteja em risco. Perguntando se está
sendo “fritado” por aliados, ele afirmou: “Não tenho visto isso.” As
declarações de Meirelles acontecem após rumores que aliados estariam
descontentes com o desempenho da equipe econômica e pressionando por mudanças.
Na última semana, o IBGE
divulgou o PIB do terceiro trimestre de 2016, com retração de 0,8%
ante o trimestre anterior. O resultado foi pior que o esperado por analistas. No domingo, o presidente da República, Michel Temer,
disse que Meirelles tem seu “total apoio”. O presidente afirmou também que não
há nenhuma intenção de se compartilhar o comando da política econômica. Segundo
ele, é normal que haja pressão sobre membros do governo e ele já teve uma
experiência semelhante quando foi presidente do Banco Central, durante o
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Acho que agora (a pressão) é
até um pouco menor”, comentou. A declaração foi dada após sua participação no
12º Congresso Brasileiro da Construção, em São Paulo.
Sócio de Lulinha
pediu antena da Oi em sítio de Atibaia
A operadora de telefonia móvel Oi afirmou ao Ministério
Público Federal (MPF) que o sócio de um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva foi quem pediu que a operadora instalasse uma antena de celular
perto do sítio frequentado pelo petista em Atibaia, interior de São
Paulo, segundo a edição desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo. A
empresa encaminhou à força-tarefa da Operação Lava Jato documentos que mostram
a ligação entre pessoas próximas a Lula e a instalação da torre de telefonia
móvel. A instalação reforça a suspeita de que uma espécie de consórcio informal
de empresas dirigidas por amigos de Lula bancou melhorias no sítio. A Oi
apresentou um e-mail enviado por Kalil Bittar, sócio na Gamecorp de Fábio Luís
Lula da Silva, o Lulinha, e irmão de Fernando Bittar, dono do sítio no papel. A
Oi se tornou sócia da Gamecorp em 2005.
Cármen Lúcia pede
união de juízes em abertura de encontro do Judiciário
A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia,
pediu união aos juízes do país ao abrir nesta segunda-feira (5) o 10º Encontro
Nacional do Poder Judiciário, em Brasília. O evento tem como objetivo traçar
metas dos tribunais para o ano que vem, principalmente para melhorar o
agilidade nas decisões. “Tenho convicção que será um encontro para a união,
porque temos encontros comuns, mas deveres comuns, num momento de extrema
dificuldade. Há enorme intolerância com a falta de eficiência do poder público,
o que nos leva a pensar em soluções para que a sociedade não desacredite no
Estado. O Estado tem sido nossa única opção. Ou é a democracia ou a guerra. E o
papel da Justiça é pacificar”, afirmou Cármen Lúcia. A fala da ministra ocorre
em um momento em que entidades representativas de juízes e do Ministério
Público criticam
medidas em discussão no Congresso, interpretadas por esses organismos como
tentativa de cerceamento o trabalho de magistrados e promotores. No discurso,
Cármen Lúcia disse que a sociedade brasileira passa por um momento de
“encruzilhada”. A ministra afirmou que, se deixar de acreditar nas
instituições, a sociedade pode optar por uma "vingança".
Rede pede
afastamento de Renan ao Supremo
A Rede Sustentabilidade entrou nesta
segunda-feira (5) no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para
afastar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do cargo. A medida
foi tomada após a decisão proferida pela Corte na semana passada, que tornou
Renan réu pelo crime de peculato. O relator do pedido liminar é o ministro
Marco Aurélio. No mês passado, a Corte começou a julgar a ação na qual a Rede
pede que o Supremo declare que réus não podem fazer parte da linha sucessória
da Presidência da República. Até o momento, há maioria de seis votos pelo
impedimento, mas o julgamento não foi encerrado em função de um pedido de vista
do ministro Dias Toffoli. De acordo com os advogados do partido, a liminar é
urgente porque o recesso no Supremo começa no dia 19 de dezembro, e Renan
deixará a presidência no dia 1º de fevereiro do ano que vem, quando a Corte
retorna ao trabalho.