sábado, 5 de novembro de 2016

BOA NOITE!


Georges Bizet, (Paris, 25 de outubro de 1838  Bougival, 3 de junho de 1875) foi um compositor francês, de óperas. Numa curta carreira devido à sua prematura morte, ele atingiu poucos sucessos antes do seu trabalho final, Carmen, que viria a se tornar uma das mais populares e frequentemente interpretadas composições no repertório operístico.

Bizet não fundou nenhuma escola e não deixou nenhum discípulo ou sucessor. Após anos de negligência, os seus trabalhos começaram a ser interpretados com mais frequência no século XX. Mais tarde, comentários aclamando o compositor como brilhante e gênio começaram a surgir, dizendo que a morte prematura foi uma perda significativa para o teatro musical francês.

Da Opera Carmen, Suite 1, Los Toreadores, é o que vamos ouvir pela London Festival Orchestra.


Processo Dilma/Temer

Valores desviados são 'espantosos', diz relator


Relator do processo que pode levar à cassação do presidente Michel Temer e à convocação de uma nova eleição, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que ficou impressionado com o que ouviu até agora de testemunhas de acusação no âmbito da ação que apura, entre outras coisas, se a chapa encabeçada por Dilma Rousseff em 2014 recebeu dinheiro desviado dos cofres da Petrobrás. O ministro considera os valores desviados "espantosos" e ficou impressionado com a forma com que o esquema era visto com naturalidade pelos seus agentes - algo que define como "normalidade da corrupção".

"Os valores são espantosos, às vezes, eu repetia a pergunta (nos depoimentos) pra saber se eu estava entendendo bem, pra saber se eram bilhões ou milhões. A dimensão é enorme. São valores estratosféricos. Nós, seres humanos normais, não temos condição de avaliar o que se pode comprar com aquilo", afirmou Benjamin a jornalistas, depois de se reunir com o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância. Os dois participaram do VI Encontro Nacional de Juízes Estaduais (Enaje), em Porto Seguro.

"Vocês conhecem a expressão de Hannah Arendt, a 'banalidade do mal' (expressão usada pela filósofa alemã para analisar o comportamento de agentes nazistas no extermínio de judeus). Aqui era a 'normalidade da corrupção'. Já vi casos graves de corrupção, mas nada nesse patamar de volume", completou Benjamin, ressaltando que o assombro se refere não apenas à Petrobrás, mas também às supostas irregularidades na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e de Angra 3. Também chamou a atenção do ministro os diferentes termos usados pelas testemunhas para se referir ao dinheiro da corrupção, definido como "comissão" e "taxa padrão".

Entre as 25 testemunhas de acusação já ouvidas pelo TSE estão ex-diretores da Petrobrás, executivos de empreiteiras e lobistas, muitos deles delatores da Operação Lava Jato. Nesta semana, serão ouvidas testemunhas de defesa de Dilma, como Edinho Silva e Giles Azevedo, respectivamente ex-tesoureiro da campanha de 2014 e ex-chefe de gabinete da petista.

"Este é o maior processo da história do TSE. Não é só o maior processo na minha história como juiz, mas sim de todos. O TSE nunca julgou uma cassação de uma chapa presidencial eleita. Mas em relação a maior ou menor rapidez, eu imprimo a este processo o ritmo que eu acho que o caso merece", comentou o ministro.

Se o processo for concluído ainda neste ano e o plenário do TSE decidir pela cassação da chapa Dilma/Temer, novas eleições diretas serão convocadas. Fontes que acompanham a investigação, no entanto, afirmaram ao Estado que o julgamento deve ficar para 2017, o que levaria, em caso de decisão pela cassação, à realização de eleições indiretas no Congresso Nacional para definir o sucessor de Temer.
Agência Estado

FUTEBOL

34ª RODADA


Sábado - 05/11
17 horas
FLAMENGO 0 X 0 BOTAFOGO - Maracanã

19h30
SÃO PAULO 4 X 0 CORINTHIANS - Morumbi

Domingo - 06/11
11 horas
PONTE PRETA 1 X 2 SANTOS - Moisés Lucarelli

17 horas
PALMEIRAS 1 X 0 INTERNACIONAL - Arena Palmeiras
VITÓRIA 3 X 2 ATLÉTICO PR - Barradão
CRUZEIRO 4 X 2 FLUMINENSE - Mineirão
SANTA CRUZ 1 X 0 AMÉRICA MG - Arruda

19h30
CORITIBA 2 X 0 ATLÉTICO MG - Couto Pereira
CHAPECOENSE 1 X 0 FIGUEIRENSE - Arena Conda

Segunda - 07/11
20 horas
GRÊMIO _ X _ SPORT - Arena Grêmio

RAPIDINHAS



Teori nega pedido da defesa de Cunha para soltar peemedebista
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira, 4, uma reclamação da defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pedindo a soltura do peemedebista. Os advogados de Cunha alegavam que o juiz Sérgio Moro descumpriu decisão anterior da Corte ao decretar a prisão do ex-presidente da Câmara, em setembro. Teori alegou que o STF não decidiu sobre a prisão do peemedebista e que, portanto, Moro não violou o entendimento do Supremo. Ao negar o prosseguimento da ação, o ministro entendeu que a defesa de Cunha não utilizou o instrumento jurídico adequado para pedir a liberdade do peemedebista, uma vez que este tipo de ação só pode ser utilizada quando há contrariedade a entendimentos do STF.

TCU pede paralisação de 15 obras federais
O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendará ao Congresso que bloqueie o repasse de recursos para 15 obras bancadas pelo governo federal em 2017 por causa de irregularidades graves na execução dos contratos. O relatório que lista os empreendimentos será julgado pelos ministros da corte na próxima terça-feira, 8, e enviado à Comissão Mista de Orçamento, à qual caberá a palavra final sobre a paralisação dos projetos. Ao todo, o TCU fez este ano 126 auditorias em obras com orçamento de R$ 34,7 bilhões, detectando indícios de irregularidades graves em pelo menos 94 delas. Para a maioria dos casos, no entanto, a corte recomenda medidas corretivas menos severas que o bloqueio de verbas. Entre as obras com problemas está  o de intervenções na infraestrutura do aeroporto Salgado Filho.

Defesa Civil homologa decretos de emergência para 9 municípios do RS
O governo do RS reconheceu a situação de emergência de nove municípios gaúchos após os prejuízos causados por temporais no último mês. Foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (4) a homologação dos decretos de Santo Antônio do Palma, Montenegro, David Canabarro, Jaguari, Vila Maria, Marcelino Ramos, Getúlio Vargas, Ivoti e Nova Bassano. O decreto, assinado pelo governador Sartori, reconhece “os prejuízos econômicos e materiais nos municípios atingidos”. Através da homologação, os municípios podem utilizar de benefícios como ajuda humanitária, dispensa de processos licitatórios e da abertura de crédito extraordinário, entre outros. O temporal de outubro causou enchentes e cheias de rios, e deixou famílias desabrigadas e desalojadas em boa parte do estado. Casas foram danificadas com o vento e granizo, e rodovias bloqueadas devido a deslizamentos e acúmulo de água. Os vales do Taquari e do Caí e a Região Central foram as localidades com mais danos.

'A impunidade alimenta a corrupção', diz Moro em evento na Bahia
O juiz responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância, Sérgio Moro, participou na tarde desta sexta-feira (4), em Porto Seguro, cidade do sul da Bahia, do VI Encontro Nacional de Juízes Estaduais (Enaje). Em sua apresentação, Moro afirmou que a Petrobras gastou R$ 6 bilhões em pagamentos de propina só em 2015. Ele também pediu que os juízes de todas as instâncias tomassem iniciativas, não deixando os crimes impunes, para prevenir a corrupção. "A impunidade alimenta a corrupção”, disse Moro. No Enaje, o juiz participou de um talk show, que começou por volta das 16h30, e que também contou com a presença de Gherardo Colombo, magistrado responsável pela "Operação Mãos Limpas", na Itália, investigação que inspirou a Lava a Jato. Na apresentação, os dois compartilharam suas experiências e metodologias com os convidados. Ambos contaram que utilizaram grampos, delações premiadas, análise de documentos apreendidos, além de contar com a cooperação jurídica internacional, espécie de pacto com juízes de outros países.

Temer diz que 'talvez' seja hora de examinar hipótese de voto facultativo

O presidente da República, Michel Temer, afirmou em entrevista que o "mal-estar" da população com a classe política pode explicar o alto número de abstenções, votos brancos e nulos na eleição municipal deste ano. Na entrevista, Temer afirmou que é preciso que o Congresso Nacional faça uma reforma política e que, "talvez fosse o caso de começar a examinar a hipótese do voto facultativo". "Talvez seja preciso fazer mesmo uma reforma política, e na reforma vai entrar em pauta o chamado voto obrigatório, e o voto facultativo. Talvez fosse o caso de começar a examinar a hipótese do voto facultativo. Quer votar, vota. Não quer, não vota. [...] Evidentemente que isso precisa vir acompanhado de uma pregação da cidadania", afirmou o presidente.

BOM DIA!

Para Lula, a culpa é do eleitor*

Em sua primeira manifestação depois do atropelamento eleitoral sofrido pelo seu partido, o ex-presidente Lula mostrou que não aprendeu nada com a derrota. Recusando-se a aceitar o fato de que os brasileiros rejeitaram o PT nas urnas em razão do desastre protagonizado pelos governos petistas em todas as esferas da vida pública, Lula preferiu criticar o eleitor.

“Aqui em São Paulo nós temos um problema que é o conservadorismo”, disse o ex-presidente, procurando na sociologia de botequim, tão cara a certos intelectuais petistas, mais bem falantes que pensantes, a resposta para os resultados eleitorais no Estado, onde o PT venceu em somente oito cidades e perdeu em todos os municípios do ABC, região que lhe era fiel.

Segundo a Folha de S.Paulo, Lula, num evento na Universidade Federal de São Carlos, elaborou o seguinte – chamemos assim – raciocínio: “Desde a Revolução de 32, quando foi construída a USP, que eles não queriam universidade federal aqui para não ter pensamento federal no Estado de São Paulo. Uma ideia, uma concepção retrógrada, que não tem noção de país, não tem noção de que o país tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados, que nós somos uma meganação, que tivemos as mais diferentes culturas deste mundo, e tem gente que não gosta disso. Tem gente que não gosta da ascensão de outros Estados”.

Decerto instruído pelos marqueteiros que se dedicam a falsear a realidade para adaptá-la aos delírios lulopetistas, o ex-presidente juntou alhos e bugalhos. Num esforço de tradução da glossolalia de Lula, pode-se dizer que ele tentou atribuir aos paulistas que lutaram contra a ditadura de Getúlio Vargas – o “eles” da frase – a pretensão de isolar São Paulo do resto do País, desejo que se manifestaria pela rejeição à instalação, no Estado, de universidades federais.

Como se nota por esse discurso fraudulento, a verdade não tem a menor importância para Lula e os que pensam por ele. O que importa, para esses êmulos do personagem Pacheco, de Eça de Queiroz, que passou a vida a dar a impressão de possuir “imenso talento” sem ter produzido nada que prestasse, é dizer qualquer coisa para então concluir que “tem gente (os tais “conservadores” paulistas) que não gosta da ascensão de outros Estados” e “não tem noção de país”. É por isso, depreende-se, que o eleitor paulista rejeitou tão ferozmente Lula, o demiurgo de Garanhuns.

 É compreensível que Lula tenha decidido comprar briga com o eleitor paulista, uma vez que a derrota em São Paulo foi especialmente acachapante. Mas o argumento do ex-presidente não explica as razões pelas quais o PT conquistou menos de 5% das prefeituras em todo o País e, entre as capitais, ficou apenas com Rio Branco. Também não explica por que houve candidatos petistas no Nordeste, bastião eleitoral de Lula, que preferiram não se associar ao ex-presidente na campanha, receosos de que a impopularidade crescente do chefão petista minasse as suas já escassas chances eleitorais. Portanto, o ex-presidente tentou reduzir a São Paulo um fenômeno que é nacional – a ojeriza ao PT.

Nenhum dos bajuladores de Lula – que já foi tido como catedrático em eleições, gênio capaz de reverter em sucesso qualquer desastre eleitoral – lhe explicou que a salvação do PT depende da capacidade de entender o recado dos eleitores. Tanto é assim que, no mesmo discurso, Lula preferiu enxergar na derrota os sinais de um complô contra o Brasil. A propósito do impeachment de Dilma Rousseff, ele perguntou: “Será por causa do pré-sal, que é a maior descoberta de petróleo do século 21? Será que é porque nós destinamos 75% dos royalties para resolver o problema da educação? Será que essa coisa que aconteceu no Brasil tem alguma ligação com o fato de o Brasil ter virado protagonista internacional, ter criado o Brics, ter criado um banco fora do FMI? Será que o que está acontecendo no Brasil tem a ver com a relação do Brasil com a África, da criação da Unasul, do Mercosul?”.

Para Lula, no melhor estilo das teorias conspiratórias, “tem algo maior do que a gente imagina acontecendo neste país”. De fato, tem: uma imensa determinação de superar a empulhação lulopetista e devolver a racionalidade à administração do País.

*Publicado no Portal Estadão em 05/11/2016