segunda-feira, 31 de outubro de 2016

BOA NOITE!

Édith Giovanna Gassion, (Paris19 de dezembro de 1915 — Plascassier10 de outubro de 1963), ou simplesmente, Édith Piaf foi uma cantora francesa de música de salão e variedades, reconhecida internacionalmente por seu talento no estilo francês da chanson.
 Entre seus maiores sucessos estão "La vie en rose" (1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je ne regrette rien" (1960). Participou de peças teatrais e filmes.
Édith Piaf está sepultada na mais célebre necrópole parisiense, o cemitério do Père-Lachaise. Seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa. Hoje, o seu túmulo é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.
Segundo a pesquisa da BBCLe Plus Grand Français, Édith Piaf foi considerada a 10ª maior francesa de todos os tempos.
Então não deixe de ouvir Edith Piaf na magnifica interpretação de Non, Je ne regrette rien


RAPIDINHAS


Por escolas ocupadas, Enem deve ser reaplicado em 6 e 7 de dezembro
Cerca de 95 mil alunos que prestariam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no próximo fim de semana devem ter mais um mês para se preparar. O MEC estuda aplicar o exame em 6 e 7 de dezembro (terça e quarta) para os candidatos cujos locais de prova são escolas atualmente ocupadas pelo movimento secundarista.  Esta data já havia sido definida para candidatos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa. Eles fazem uma prova diferente, mas - segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - com o mesmo rigor e o mesmo balanço de dificuldades aplicados aos alunos em liberdade. Neste ano, essa prova deve ser aplicada também aos alunos que prestariam o Enem nas escolas ocupadas, pois faltaria tempo hábil para a elaboração de uma terceira versão do exame, tornando essa alternativa a mais viável.

PSDB passa PT e vai governar 34,4 milhões de eleitores
O PSDB vai governar 34,4 milhões de eleitores a partir de 2017, segundo levantamento com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A soma equivale a 24% do total do eleitorado, de 144 milhões. Em seguida aparecem o PMDB, com 20,6 milhões, o PSB, com 11,8 milhões, e o PSD, com 9,72 milhões de eleitores. Juntos, os quatro partidos governarão 53% do eleitorado brasileiro. Em comparação com a eleição de 2012, houve avanço do PSDB que, naquela eleição, aparecia em terceiro lugar em número de eleitores, atrás do PT e PMDB. O PT passou de 27 milhões para 4,36 milhões de eleitores. O PMDB continua na segunda posição, com um total de 20,6 milhões.

Cidades atingidas por ciclone no RS devem fazer decreto de emergência coletivo
O prefeito de Santa Vitória do Palmar, na Região Sul do Rio Grande do Sul, vai pedir apoio de outras prefeituras que foram atingidas pela ressaca do mar na última semana para tentar, juntos, um decreto de situação de emergência. Eles buscam agilizar a liberação de recursos dos governos federal e estadual para recuperar os prejuízos provocados pelo ciclone extratropical.
Na beira da praia do Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar, o cenário é de destruição. No local, 53 casas foram totalmente destruídas e 20 casas correm o risco de desabar, conforme a Defesa Civil. Os prefeitos da região devem se reunir na tarde desta segunda-feira (31) para avaliar os estragos. "Uma reunião com os prefeitos de Rio Grande, São José do Norte, todos esses balneários que foram atingidos e tentar um decreto nível estadual e federal para conseguir algum tipo de apoio", explica o coordenador da Defesa Civil de Santa Vitória do Palmar, Marino Nicolettis.

Lava Jato vai ‘até onde fatos levarem’, diz ministro da Justiça
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta segunda-feira, que a operação Lava Jato “vai até onde os fatos levarem”. Segundo ele, essa é uma questão do Poder Judiciário, que tem todo o apoio do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. “Até aonde o Ministério Público entender necessário o aprofundamento das investigações, teremos operações”, completou. Questionado sobre a situação envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros, na reunião conjunta sobre segurança pública que ocorreu nesta sexta-feira, Moraes disse apenas que o saldo do encontro foi muito importante, porque mostrou união dos Três Poderes pela segurança pública. Renan havia chamado Moraes de “chefete de polícia” ao criticar a operação da Polícia Federal que prendeu temporariamente quatro policiais legislativos no último dia 21 de outubro.

Eleição para prefeito segue indefinida em 146 cidades, mesmo após segundo turno

Concluído o processo eleitoral, 146 dos 5.568 municípios brasileiros ainda não sabem quem assumirá o cargo de prefeito no ano que vem. São as cidades em que os candidatos  mais votados para a prefeitura municipal continuam com registro de candidatura pendente de decisão final na Justiça Eleitoral. É o caso, por exemplo, do prefeito reeleito de Niterói (RJ), Rodrigo Neves (PV), que obteve mais de 58,59% do votos válidos (130.473) no domingo (30), no segundo turno, mas possui um recurso contra o registro de sua candidatura à prefeitura municipal pendente de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Estado com o maior número de municípios cujo candidato vencedor corre o risco de ser cassado, antes mesmo de assumir, é São Paulo, com 26 cidades nessa situação. O TSE tem até o dia 19 de dezembro, data da diplomação dos candidatos eleitos, para proferir uma decisão sobre todos esses casos. Segundo a assessoria do tribunal, tal prazo será cumprido, de modo a não provocar insegurança jurídica a respeito de quem de fato assumirá as prefeituras.

OPINIÃO - 2

PT saudações*

Vera Magalhães


Se alguém ainda acreditava na possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva ser candidato novamente à Presidência da República em 2018, mesmo depois da Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff, o eleitor brasileiro tratou de dizer de forma clara e cristalina: não vai acontecer.

A derrota do PT é tão avassaladora que não permite nenhuma leitura atenuante. Não se salvou nada nem ninguém no partido. Mesmo o rosário da renovação da sigla, que começou a ser desfiado por Tarso Genro e outros, não sobrevive a uma constatação dura: não há candidatos aptos à tarefa.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, citado como opção na terra de cegos que virou o partido, não quer assumir a missão nem seria um nome com trânsito suficiente para desbancar os caciques de sempre e enterrar de vez o lulismo – do qual, diga-se, foi um dos últimos produtos exitosos.

Sim, porque a única remota chance de o PT se reerguer seria enterrar o lulismo, mas o partido há muito tempo fez a opção oposta, a de se enterrar se for preciso para defender Lula, em uma simbiose que as urnas acabam de rechaçar de maneira fragorosa.

Tanto que o partido não consegue pensar em uma alternativa para 2018 que não seja seu “comandante máximo”, para usar a designação que a Lava Jato deu ao ex-presidente.

A insistência na tese de que Lula é vítima de perseguição – com lances patéticos como queixa à ONU e manifestações internacionais bancadas por “sindicatos” que nada mais são que versões da CUT para gringo ver – mostra que o PT decidiu atrelar seu destino ao do ex-presidente.

Dilma já parece ter sido esquecida pelos petistas na mesma velocidade com que o foi pelos brasileiros. Tanto que, com exceção de Jandira Feghali, ninguém se lembrou dela nas eleições municipais.

A presidente cassada tem sido vista fazendo compras tranquilamente no Rio, em um sinal inequívoco de que o discurso de que houve um golpe era uma fantasia, a única saída para um partido que perdeu o poder porque já não tinha condições de governar nem apoio popular, como o resultado das eleições tratou de deixar evidente.

É essa reflexão que o PT terá de fazer se quiser se refundar. Isso pressupõe admitir que patrocinou um esquema de corrupção cuja dimensão ainda está por ser inteiramente conhecida. Admitir que levou a economia do País à maior recessão da história. Que perdeu a governabilidade antes de Dilma perder a cadeira. E que Lula não é uma vítima de uma perseguição implacável que envolve Judiciário, imprensa, Ministério Público e sabe-se lá mais quem.
Quais as chances de o partido fazer isso seriamente? Remotas, para não dizer inexistentes.

Do outro lado do pêndulo político, o PSDB sai do pleito municipal como o grande vencedor mais por memória do eleitorado de décadas de polarização com o PT do que por força própria. Mas o fim dessa alternância, pelo simples fato de que um dos polos se esfacelou, também obrigará os tucanos a reverem sua estratégia para voltar a ter chance de governar o País.

Isso significa trocar as disputas de bastidores entre caciques para ver quem será o candidato da vez, uma constante desde a sucessão de Fernando Henrique Cardoso, por alguma nitidez programática capaz de mostrar ao eleitorado que o partido tem um projeto para tirar o País do buraco.

A pulverização de votos por uma miríade de siglas mostra que o eleitor, embora ainda enxergue no PSDB e PMDB as alternativas mais seguras à ruína petista, começa a procurar opções.

A negação da política é uma das marcas indeléveis de 2016. O único político de expressão nacional que saiu vitorioso, Geraldo Alckmin, acertou ao perceber o Zeitgeist e apostar em um candidato em São Paulo com o discurso da não política. Em escala nacional, no entanto, o País já viu o estrago que a eleição de um outsider pode provocar. Com Fernando Collor, antes. E com Dilma depois.

*Publicado no Portal Estadão em 31/10/2016

SEGUNDO TURNO


Os novos prefeitos

Em cinquenta e sete municípios foram disputadas eleições em segundo turno na tarde de ontem, no Brasil. Confira quem se elegeu prefeito:

01 – Anápolis – ROBERTO ORION (PTB)
02 – Aracajú – EDUARDO NOGUEIRA  (PC do B)
03 – Belo Horizonte – ALEXANDRE KALIL (PHS)
04 – Bauru – GAZZETTA  (PSD)
05 – Belford Roxo – WAGUINHO (PMDB)
06 – Belém – ZENALDO COUTINHO (PSDB)
07 – Blumenau – NAPOLEÃO BERNARDES ((PSDB)
08 – Caxias do Sul – DANIEL GUERRA (PRB)
09 – Cuiabá – EMANUEL PINHEIRO  (PMDB)
10 – Canoas – LUIZ CARLOS BUSATO (PTB)
11 – Curitiba – RAFAEL GRECA (PMN)
12 – Campo Grande – MARQUINHOS TRAD (PSD)
13 – Caucaia – NAUM AMORIM (PMDB)
14 – Caruaru – RAQUEL LYRA (PSDB)
15 – Contagem – ALEX FREITAS (PSDB)
16 – Cariacica – JUNINHO (PPS)
17 – Diadema – LAURO MICHELS (PV)
18 – Duque de Caxias – WASHINGTON REIS (PMDB)
19 – Fortaleza – ROBERTO CLÁUDIO (PDT)
20 – Florianópolis – GEAN LOUREIRO (PMDB)
21 – Franca – GILSON DE SOUZA (DEM)
22 – Goiânia – IRIS RESENDE (PMDB)
23 – Guarujá – VALTER SUMAN (PSB)
24 – Guarulhos – GUTI (PSB)
25 – Jundiaí – LUIZ MACHADO (PSDB)
26 – Jaboatão dos Guararapes – ANDERSON FERREIRA (PR)
27 – Juiz de Fora – BRUNO SIQUEIRA (PMDB)
28 – Joinville – UDO DOHLER (PMDB)
29 – Manaus – ARTUR NETO (PSDB)
30 – Maceió – RUI PALMEIRA (PSDB)
31 – Macapá – CLECIO LUIS (REDE)
32 – Mauá – ATILA JACOMOSSI (PSB)
33 – Montes Claros – HUMBERTO SOUTO (PPS)
34 – Maringá – ULISSES MAIA (PDT)
35 – Niterói – RODRIGO NEVES (PV)
36 – Nova Iguaçu – ROBERTO LISBOA (PR)
37 – Olinda – PROF. LUPÉRCIO (PV)
38 – Osasco – ROGÉRIO LINS (PTN)
39 – Porto Alegre – NELSON MARCHEZAN JR (PSDB)
40 – Porto Velho – DR. HILDON (PSDB)
41 – Petrópolis – BERNARDO ROSSI (PMDB)
42 – Ponta Grossa – MARCELO OLIVEIRA (PPS)
43 – Rio de Janeiro – MARCELO CRIVELA (PRB)
44 – Recife – GERALDO JULIO (PSB)
45 – Ribeirão Preto – DUARTE NOGUEIRA (PSDB)
46 – Santa Maria – JORGE POZZOBOM (PSDB)
47 – Suzano – RODRIGO ASHUISCHI (PR)
48 – São Bernardo do Campo – ORLANDO MOLANDO (PSDB)
49 – Santo André – PAULO SERRA (PSDB)
50 – Sorocaba – CRESPO (DEM)
51 – São Luiz – EDIVALDO HOLANDA JR (PDT)
52 – Serra – AUDIFAX (REDE)
53 – São Gonçalo – JOSÉ LUIZ NANCI (PPS)
54 – Vitória – LUCIANO RESENDE (PPS)
55 – Vitória da Conquista – HERSEN GUSMÃO (PMDB)
56 – Vila Velha – MAX FILHO (PSDB)
57 – Volta Redonda – SAMUCA SILVA (PV)

OPINIÃO

Lula e Dilma sumiram!

A absoluta falta de rumo do PT fica claramente definida com a ausência de Luiz Inácio Lula da Silva, o fundador e líder do partido, nas eleições de domingo. Alegando já ter completado 71 anos e não ter mais obrigação de votar, Lula não saiu de casa em São Bernardo do Campo onde o PT estava de fora no segundo turno.

Afirmando que estava em Belo Horizonte, visitando a mãe, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também não votou nas eleições de ontem. Aqui em Porto Alegre, onde tem residência, seu partido não disputou o segundo turno e, assim como Lula, Dilma decidiu não votar. Coincidência, apenas.

O Partido dos Trabalhadores prova, através de duas de suas maiores lideranças, de seus dois ex-presidentes da República, que vive uma derrocada total. Nas sete cidades em que disputou o segundo turno, o PT não elegeu nenhum candidato. Das capitais brasileiras, somente Rio Branco será comandada pelo partido de Lula. Além da Capital do Acre, mais duas cidades podem ser destacadas entre as que o PT elegeu prefeitos: Rio Grande (RS) e Araraquara (SP).

Em São Paulo, berço do petismo, houve uma derrocada como nunca. O famoso Cinturão Vermelho do PT, no interior paulista, acabou. Das 39 cidades, o Partido dos Trabalhadores comandava nove e, passado o segundo turno, fica apenas com Franco da Rocha. O mesmo aconteceu no Rio de Janeiro, onde o partido foi fragorosamente derrotado.

Pode se dizer o mesmo do Nordeste, tradicional base petista, onde o desemprenho do PT não passou de sofrível. Disputou o segundo turno em Recife e perdeu. E os motivos são bem conhecidos.

A crise nacional surgida com o escândalo descoberto pela Lava Jato e a responsabilidade de Dilma sobre a crise econômica, seriam motivos mais do que suficientes para levar o PT ao lugar onde se encontra após as eleições. Mas o número de petistas tradicionais apanhados, julgados e condenados por corrupção, abriu os olhos dos eleitores.

Tudo isso somado a decisão dos ex-presidentes Lula e Dilma com a votação no segundo turno, surge como verdadeiro descaso para com a democracia.

Nada, absolutamente nada justifica a decisão de Lula e Dilma que simplesmente ignoraram suas bases eleitorais pelo simples fato de que seus companheiros não disputavam o segundo turno. Explicações fajutas como idade avançada e visita a mãe, não servem para apagar o ato desprezível de quem, até bem pouco tempo, pregava a democracia, a participação popular, e a necessidade de partidos fortes.

O mais provável é que Lula e Dilma, temerosos de enfrentar eleitores que hoje sabem perfeitamente quem são eles, tiveram medo de sair de casa. Desesperados com a ausência de seus companheiros na disputa buscaram desculpas esfarrapadas para justificar aquilo que já se sabe: eles só votam quando vislumbram alguma possibilidade de seguir mandando. 

Como se diz lá em São Gabriel, “democratas, pero no mucho”!
Machado Filho

31/10/2016


 Estadão - Um em cada quatro eleitores será governado pelo PSDB
Somados os resultados do 1º e 2º turnos, tucanos vão administrar a partir do ano que vem 803 municípios, que reúnem 23,9% do eleitorado brasileiro

Folha de São Paulo - Com nenhuma vitória no 2º turno, PT terá disputa interna por verba
Número de prefeitos do partido encolheu 61%

O Globo - Pela 1ª vez, PT fica sem prefeituras no Grande ABC
Partido perdeu eleição em todas cidades de seu reduto histórico

Correio Braziliense - Governistas vencem disputa pelas grandes cidades e já pensam em 2018
Segundo turno confirma vitória do PSDB na disputa pelas grandes cidades, e do PMDB, no total dos municípios. Maior derrotado foi o PT, que perdeu todas as sete corridas que disputou ontem. Atenção a partir de agora se volta para o Planalto

Estado de Minas - Base de Temer vai comandar 81% do eleitorado do País
O resultado consolida uma ampla base municipal formada pelas legendas com assento na Esplanada e, ao mesmo tempo, revela a ampliação do espaço dos partidos nanicos

Tribuna da Bahia - PSDB conquistou 14 prefeituras no 2º turno; PT perdeu nas 7 cidades que disputou
Candidatos petistas também disputaram em Mauá (SP), Anápolis (GO), Juiz de Fora (MG) e Vitória da Conquista (BA)

Diário do Nordeste - Reeleito, Roberto Cláudio prega união e volta a falar em compromissos
A diferença de votos dele para Wagner foi de 90.396, dentro da margem de erro apontada pelo Ibope na segunda pesquisa do 2º turno

Diário Catarinense -  1.153 votos que afetam toda a política catarinense
Vitórias em Joinville e Florianópolis fortalecem o PMDB, que já tinha o maior número de prefeituras e recupera a força nas maiores cidades

Revista VEJA - SP: Cinturão vermelho some e Alckmin sai ainda maior para 2018
Governador de São Paulo vê PSDB aliados faturarem onze das treze cidades paulistas. Pela primeira vez em 34 anos, PT ficará sem prefeitos no ABC paulista

Revista EXAME - PSDB vai comandar 11 das 30 maiores cidades do país
Candidato tucano ganhou até em São Bernardo do Campo, antigo reduto eleitoral de Lula

Revista ÉPOCA - O PRB chega ao púlpito
Vitória de Marcelo Crivella no Rio marca a ascensão do partido que superou a associação com igreja

Portal G1 - Só uma capital brasileira será governada por uma mulher
Das 26 capitais brasileiras, apenas uma será governada por uma mulher: Boa Vista (RR), onde Teresa Surita (PMDB) se elegeu no primeiro turno

Portal IG - 'O trabalho será para reconstruir o PT', diz Humberto
O senador, após resultado da eleição do Recife, disse que o momento também é propício para começar a preparação para a disputa de 2018

Agência Brasil - Marchezan promete gestão econômica e prática em Porto Alegre
“Quanto maior é o número de secretarias e órgãos, mais distante está o prefeito e as próprias secretarias do problema, da vida real. A gente precisa de uma estrutura enxuta e competente”, afirmou

BOM DIA!

Agora é com Marchezan!

Um pouco depois das 19 horas de ontem, Nelson Marchezan Jr (PSDB) viu seu nome  consagrado nas urnas como novo prefeito de Porto Alegre. A partir de 1º de janeiro de 2017, ele estará ocupando a cadeira de José Fortunati no Paço Municipal.

Mas não herdará apenas a cadeira, ficará com o ônus de todos os problemas comuns a quase todas as prefeituras do Brasil. Não terá uma tarefa fácil pela frente, muito pelo contrário.

Com 44 anos, Marchezan deixa a vaga de deputado federal para sua companheira de partido mas adversária em muitos pontos, Yeda Crussius. A ex-governadora é a primeira suplente da bancada tucana.

Entre os inúmeros problemas que o novo prefeito deverá enfrentar, eu destacaria um que não está na área administrativa, nem na financeira, nem na composição de seu governo. Marchezan terá que pensar, e muito, no alto índice de abstenção, nos números significativos de votos brancos e nulos. Tanto é verdade, que a soma deles supera o número de votos que o elegeu prefeito.

A abstenção em Porto Alegre chegou a 25,25% (277 mil), os votos nulos alcançaram 13,36% (109 mil) e os brancos 5,67% (46 mil). Comparando com os votos obtidos por Marchezan, temos um quadro que mostra 432 mil entre abstenção, brancos e nulos, contra 402 mil  votos válidos dados ao candidato do PSDB.

É incrível, mas de cada quatro pessoas com direito a votar, uma sequer compareceu ao local de votação. Um quarto dos eleitores preferiu ficar em casa, viajar ou simplesmente ignorar o processo eleitoral de ontem. Foram 277 mil votos que deixaram de ser colocados nas urnas, número maior dos que foram dados a Sebastião Melo, que obteve 262 mil.

A forte campanha dos partidários de Raul Pont e Luciana Genro pelo voto nulo, mais a pulverização dos votos de esquerda, acabaram por influir na decisão de um quarto dos eleitores.

Claro que votar em branco, anular o voto ou não participar da eleição, é um direito que a democracia oferece, mas será que é o melhor para o país, no caso para Porto Alegre, o mais recomendável? Incentivar eleitores a votar em branco, anular o voto ou não votar, contribui para que as coisas comecem a melhorar? Será que os que acham que apenas os candidatos de seus partidos podem ser governantes, estão contribuindo para a plenitude de uma normalidade no Brasil?

Nelson Marchezan Jr, muito graças a abstenção, votos nulos e brancos, além de seus méritos pessoais,  foi eleito prefeito de Porto Alegre. A partir de agora, como ficou demonstrado ontem, enfrentará a fúria dos que, já no primeiro turno, perderam a eleição. Para a turma dos que só olham com um olho, para os que pensam só com um lado do cérebro, a batalha está só começando. Como é costume estratégico dos que são contra tudo o que não está ao seu lado, até a cor da camisa ou da gravata do prefeito será motivo para críticas e protestos.

Será que os arautos do caos pensam que nos levarão a algum ponto positivo ou entendem que o que fizeram nos últimos anos, destruindo o Brasil, afundando nossa economia, aumentando a inflação e colocando 13 milhões de brasileiros na fila dos desempregados, é o que as pessoas de bom senso querem?

Torcendo para que a administração de Nelson Marchezan Jr seja a melhor possível para Porto Alegre, sou obrigado a lembrar ao futuro prefeito que, agora, é tudo com ele!

Tenham todos um Bom Dia!