sábado, 29 de outubro de 2016

FUTEBOL

33ª RODADA

QUINTA FEIRA -27/10
20h30
Sport 1 X 0 Ponte Preta – Ilha do Retiro

SEXTA-FEIRA – 28/10
19h30
Fluminense 2 X 2 Vitória – Maracanã

SÁBADO – 29/10
16h30
Corinthians 1 X 1 Chapecoense – Arena Corinthians
Atlético MG 2 X 2 Flamengo – Mineirão
Atlético PR 1 X 0 Cruzeiro – Arena baixada

18h30
Internacional 1 X 1 Santa Cruz – Beira Rio
Botafogo 0 X 0 Coritiba – Luso Brasileiro

19h30
Figueirense 0 X 0 Grêmio – Orlando Scarpelli
Santos 1 X 0 Palmeiras – Vila Belmiro

SEGUNDA-FEIRA – 31/10
20 horas
América MG _ X _ São Paulo - Independência

SEGUNDO TURNO

Disputa está aberta em ao menos 11 capitais*


Pesquisas mostram empate em cinco e diferença 
de até dez pontos em outras seis

Das 18 capitais que terão votação no segundo turno amanhã, em no mínimo 11 delas a disputa deve ser definida com uma margem pequena de votos, segundo apontam pesquisas divulgadas pelo Ibope até ontem. O instituto realizou pelo menos um levantamento em cada uma das cidades.

Em cinco das capitais – Aracaju, Belém, Belo Horizonte, São Luís e Curitiba – as pesquisas mais recentes indicam situação de empate técnico entre os dois candidatos. Em outras sete, a diferença entre os adversários supera a margem de erro, mas ainda mostra disputa acirrada, com vantagens de até dez pontos porcentuais. É o caso de Campo Grande, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Vitória e Florianópolis.

No outro extremo, candidatos aparecem com ampla vantagem em relação aos adversários em seis cidades. No Rio de Janeiro, por exemplo, Marcelo Crivella (PRB), desponta com 61% das intenções de votos válidos – quando são excluídos os brancos, nulos e indecisos –, tendo 22 pontos porcentuais de diferença para Marcelo Freixo (PSOL), que aparece com 39%.

Em Recife, a vantagem é do atual prefeito e candidato à reeleição, Geraldo Júlio (PSB), que tem 60% das intenções de voto válido, contra 40% do petista João Paulo. Situações semelhantes ocorrem em Porto Velho, Maceió, Goiânia, Macapá e Cuiabá.

Em Campo Grande, a diferença de Marquinhos Trad (PSD), que era de 26 pontos porcentuais no levantamento divulgado no dia 14, caiu para dez pontos na pesquisa publicada ontem. Ele aparece com 55% das intenções de voto, ante 45% da sua adversária na disputa, a tucana Rose Modesto.

O mesmo ocorreu em Florianópolis, em que Ângela Amin (PP) conseguiu se aproximar de Gean Loureiro (PMDB) e também ficar a dez pontos porcentuais (55% a 45%) na pesquisa divulgada ontem. Antes, a vantagem do peemedebista era de 34 pontos.

O levantamento é semelhante ao cenário da disputa em Porto Alegre, onde o Ibope mostrou ontem vantagem de Nelson Marchezan (PSDB), com 56% das intenções de voto, 12 a mais do que Sebastião Melo (PMDB), que tem 44%. A distância chegou a ser de 16 pontos.

Equilíbrio. Para o cientista político José Paulo Martins Júnior, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), esse equilíbrio de forças é uma sinalização positiva dentro do sistema democrático. “Se tem segundo turno, a tendência é que existam dois grupos fortes com potencial eleitoral equivalente”, diz.
Para Humberto Dantas, cientista político do Insper, não é possível generalizar o cenário político das capitais, pois a realidade de cada uma deve ser levada em consideração. “A gente tem visto eleições com características muito diferentes. No Rio de Janeiro, os polos da esquerda e da direita foram para o segundo turno. Mas, ao mesmo tempo, é estranho que, em Porto Alegre, a eleição tenha começado com a liderança de dois candidatos da esquerda e ela tenha ficado fora da disputa agora”, afirma.

Dantas cita Recife e Fortaleza como capitais em que a situação é mais similar, uma vez que ambas têm seus atuais prefeitos na disputa do segundo turno.
Para ele, a quantidade significativa de votos brancos e nulos do primeiro turno pode se repetir no domingo, assim como o chamado “voto útil”. “No Rio, com a esquerda e a direita mais definidas, o eleitor do centro pode ficar sem opção, e aí muitas pessoas não iriam à urna pelo voto, mas pelo veto.”

“Se tem segundo turno, a tendência é que existam dois grupos fortes com potencial eleitoral equivalente.”
*Publicado no Portal Estadão em 29/10/2016