domingo, 16 de outubro de 2016

BOA NOITE!


Simon & Garfunkel foi uma dupla norte-americana de folk composta pelos cantores e compositores Paul Simon e Art Garfunkel.

Seu relacionamento por vezes conturbado fez com que seu último álbum, Bridge Over Troubled Water, fosse adiado várias vezes devido a desentendimentos artísticos, o que acabou resultando na separação da dupla em 1970. Este foi seu álbum de maior sucesso, alcançando o primeiro lugar de vendas em diversos países, incluindo os Estados Unidos, e recebendo a certificação de platina óctupla da Recording Industry Association of America.

A dupla alçou fama em 1965 na esteira do sucesso de "The Sound of Silence".


FUTEBOL

31ª RODADA


DOMINGO - 16/10
17 horas
Internacional 2 X 1 Flamengo - Beira Rio
Botafogo 3 X 2 Atlético MG - Luso Brasileiro
Cruzeiro 0 X 0 Chapecoense - Mineirão
Atlético PR 2 X 0 Coritiba - Arena Baixada
Figueirense 1 X 2 Palmeiras - Orlando Scarpelli

18h30 
Corinthians 2 X 0 América MG - Arena Corinthians
Ponte Preta 3 X 0 Santa Cruz - Moisés Lucarelli

19h30
Santos 1 X 1 Grêmio - Vila Belmiro
Sport 1 X 0 Vitória - Ilha Retiro

SEGUNDA - 17/10
20 horas
Fluminense _ X _ São Paulo - Edson Passos

CLASSIFICAÇÃO


Desvio de R$ 1,25 bilhões

Investigações já atingem 18 ministros da era petista


Investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) indicam que ministros dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016) são suspeitos de envolvimento em esquemas que movimentaram pelo menos R$ 1,25 bilhão de forma ilegal, por meio de irregularidades no uso do dinheiro público e propinas pagas por empresas privadas durante o exercício do cargo.

O dado faz parte de um levantamento feito pelo jornal Estado de São Paulo no Supremo que mostra que 18 ministros estão sob investigação de desvio de recursos nas gestões petistas – 4 no período Lula, 10 no de Dilma e outros 4 comuns aos dois governos. Foram considerados os já condenados (1), réus (2) e investigados (15) – neste último caso, o número engloba os processos na Corte e os remetidos a outras instâncias pelo STF. Foram pesquisados os nomes de 167 ex-ministros nas duas gestões.

Esses números, mesmo após o impeachment de Dilma, podem aumentar com as próximas etapas da Operação Lava Jato e a possível revelação de mais envolvidos no esquema de corrupção na Petrobrás. Alguns são citados em delações, mas ainda não são investigados ou viraram réus. Além dos ministros, os ex-presidentes Lula e Dilma também aparecem em investigações. O próprio Lula é réu em três ações penais abertas nos últimos dois meses e acusado de organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Dois casos correm na Justiça Federal em Brasília e outro em Curitiba. Dilma também é alvo de inquérito no STF por tentar atrapalhar o andamento da Lava Jato. Segundo os investigadores, ela nomeou Lula para a Casa Civil unicamente para dar-lhe o direito ao foro privilegiado.

Não foram incluídos nesse levantamento os ex-ministros suspeitos de cometer irregularidades fora do cargo ou ao exercer outras funções – caso de outros gestores da era petista que enfrentam processos no STF. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil de Dilma, é ré em ação que investiga o recebimento de recursos da Petrobrás, no valor de R$ 1 milhão, para financiar sua última campanha ao Senado. O ex-deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que passou pelos Ministérios da Previdência e do Trabalho no governo Lula, é suspeito de, posteriormente, na condição de presidente do PT, pedir 1% de propina sobre os contratos da Andrade Gutierrez com o governo federal. Berzoini foi incluído no inquérito do “quadrilhão”, o principal da Lava Jato.

No atual governo, Michel Temer nomeou seis ministros que eram investigados no Supremo – suspeitos de envolvimento em crimes eleitorais, falsidade ideológica, quadrilha e com o esquema de corrupção na Petrobrás. Até o momento, três já deixaram o cargo.

Relação de ex-ministros dos governos Lula e Dilma, investigados por desvios de verbas públicas:

José Dirceu – Alfredo Nascimento – Paulo Bernardo – Agnelo Queiroz – Aloísio Mercadante – Antonio Palocci – Edinho Silva- Edson Lobão – Erenice Guerra – Jaques Wagner – José Eduardo Cardozo – Marcelo Negromonte – Orlando Silva – Carlos Gabas – Fernando Pimentel – Guido Mantega – Ideli Salvati e Silas Rondeau.
Agência Estado

Eleições 2016

PMDB condena ‘truculência’ 
de aliados de Marchezan

Episódio ocorrido neste sábado (15), na sede do Diretório Municipal do PMDB, em Porto Alegre, gerou revolta entre os simpatizantes da campanha de Sebastião Melo e da direção do PMDB. Uma nota de repúdio (leia abaixo) foi distribuída pelo partido, colocando a posição dos peemedebistas sobre o ocorrido.  

Nota de repúdio à invasão de profissionais contratados pela campanha de Nelson Marchezan Júnior à sede do PMDB

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que integra a Coligação Abraçando Porto Alegre, dos candidatos Sebastião Melo e Juliana Brizola, denuncia a ação sórdida, truculenta, antidemocrática e ilegal da candidatura de Nelson Marchezan Júnior, registrada na tarde deste sábado (15).

Durante averiguação judicial na sede municipal do PMDB (Rua Riachuelo, 421, Centro Histórico), feita a pedido da aliança que sustenta a candidatura de Nelson Marchezan Júnior, a advogada da referida candidatura e um fotógrafo que não se identificou tiraram proveito da ordem judicial. De forma ilegal, o fotógrafo invadiu a sede que pertence ao PMDB há mais de 30 anos, percorreu os dois pisos da casa e fez registros de imagem. A advogada representante do candidato Nelson Marchezan Júnior, por sua vez, foi flagrada por testemunhas presentes ao episódio também captando imagens e vasculhando materiais pertencentes ao PMDB, agindo de maneira afrontosamente ilegal, desrespeitando a presença da oficial de Justiça.

Diante do conjunto de ilegalidades, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro notificou a Justiça Eleitoral (113ª Zona), ainda na tarde deste sábado, sobre a gravidade dos atos abusivos e truculentos de responsabilidade da candidatura de Nelson Marchezan Júnior, que remontam a um obscuro período em que o Brasil viveu sob um regime de exceção. O PMDB salienta ainda que prontamente respeitou a ordem judicial – como convém às instituições democráticas –, mas condena o ato oportunista de profissionais contratados pela candidatura de Nelson Marchezan Júnior.

Além disso, o PMDB está marcando audiência, nesta segunda-feira (17), com as autoridades da Justiça Eleitoral para registrar sua indignação com a má-fé dos representantes da campanha de Nelson Marchezan Júnior que agiram com clara intenção de violar a privacidade com objetivos eleitorais.

Porto Alegre, 15 de outubro de 2016.

Antenor Ferrari, presidente do Diretório do PMDB de Porto Alegre

BOM DIA!

Avanços e recuos

Eliane Cantanhêde

O Congresso dá uma no cravo e outra na ferradura. Na Câmara, a Comissão Especial que analisa as dez medidas anticorrupção propostas por procuradores avança a olhos vistos. Mas, no Senado, o PMDB embala uma mudança da lei de abuso de autoridade vista como uma ofensiva contra os mesmos procuradores e a Lava Jato. As dez medidas preveem maior rigor com os crimes e criminosos de colarinho branco. Já a nova lei de abuso de autoridade visa cortar as asinhas justamente de quem tenta combater... os crimes e criminosos de colarinho branco. Um cruzamento revelador.

A Comissão deve atingir mais de cem depoentes nesta semana, incluindo o juiz Sérgio Moro, procuradores, delegados, agentes da Receita, professores, jornalistas e representantes da “sociedade civil”. No Senado, quem apadrinha a nova lei de abuso de autoridade são dois alvos lustrosos da Lava Jato: o presidente Renan Calheiros e o ex-ministro Romero Jucá, ambos do PMDB.

Renan classifica a Lava Jato como “avanço civilizatório”, mas o Supremo já instaurou o sétimo (sétimo!) inquérito sobre sua participação em desvios da Petrobrás. E Jucá encerrou uma passagem meteórica pelo Planejamento no governo Temer por causa de uma fita em que fala de um “pacto para estancar a sangria”. Ele jura que a “sangria”, no caso, era a crise econômica, mas a suspeita é que ele se referia aos estragos da Lava Jato nos políticos.

É fundamental garantir justiça, direitos individuais e coletivos e impedir linchamentos de quem quer que seja - inclusive de corruptos. Para isso, é necessário tanto combater a impunidade, de um lado, quanto evitar excessos e abusos da Justiça, Ministério Público, Polícia Federal, Receita e imprensa, do outro. Trucidar reputações e condenar com ligeireza não é fazer justiça, ao contrário. Mas, posta a ressalva, há que se reconhecer o desequilíbrio histórico a favor da impunidade e contra a ação da autoridade.

Corruptos e corruptores sempre tiveram leis, processos penais, prazos, agentes públicos e uma “justiça” direcionados para proteger o poder, a riqueza e a impunidade, enquanto as instituições sustentadas pelo Estado e pela sociedade conviviam com falta de condições, de autonomia e de instrumentos, até mesmo legais, para uma justiça sem aspas. 

Essa situação vem se invertendo lentamente desde a redemocratização, até que, hoje, corruptos estão em baixa, combatentes da corrupção estão em alta.

É preciso aperfeiçoar esse processo e avançar, jamais retroceder. Por isso, é preciso ficar de olho tanto nas dez propostas que correm na Câmara como nas alterações que o Senado tenta fazer na lei de abuso de autoridade.
Isso, sem perder de vista a repatriação de recursos não declarados. Para a área econômica, abrandar impostos e multas traz o dinheiro de volta e reforça o Tesouro, mas a força-tarefa da Lava jato critica premiar quem fraudou o fisco e suspeita que a inclusão de parentes de políticos – como tentam fazer agora - possa beneficiar quem cometeu crimes piores, como corrupção. Debate interessante.

Lembrança: por 20 anos, o PT virou o combatente-mor da corrupção em aliança com o MP, a mídia e funcionários públicos exemplares. Bastou subir a rampa do Planalto com Lula em 2003 para se virar contra os aliados e propor, em sequência, a “lei da Mordaça” (contra o MP), uma lei para punir vazamentos de órgãos públicos (contra funcionários) e o “controle social da mídia” (contra jornalistas e meios). O que foi bom para o PT contra os adversários não poderia mais valer contra o próprio PT no poder.

Moral da história: “conter abuso de autoridades” pode ser pretexto para embutir algo bem menos nobre, como facilitar desvios e garantir a velha e conhecida impunidade que sempre reinou nesta nossa República.

Publicado no Portal Estadão em 16/10/2016