segunda-feira, 19 de setembro de 2016

BOA NOITE!

Nelson Gonçalves, que nasceu em Santana do Livramento, foi um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos.

Durante sua carreira, gravou mais de duas mil canções, 183 discos em 78 rpm, 128 álbuns, vendeu cerca de 75 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina.

Nelson se tornou popular não só por sua voz inconfundível, por suas interpretações inesquecíveis, mas principalmente por cantar aquilo que o povo gostava de escutar.

Garimpando um pouco as gravações dele, encontrei esta música que, se não foi tão popular assim, mostra toda a força da voz e do sentimento de Nelson ao cantar.

De Lúcio Nascimento e Carlos Colla,  Cara A Cara.



19/09/2016


Estadão - Governo oferece aval para que Estados tomem até R$ 20 bi em empréstimos
Segundo Henrique Meirelles, existe um espaço na Lei de Responsabilidade Fiscal que permite à União garantir financiamentos contraídos pelos Estados em bancos públicos e privados; ministro afirmou que Tesouro vai acelerar autorização para empréstimos

Folha de São Paulo - Grupo de tucanos em SP abandona João Doria Jr. e anuncia apoio a Marta
Dissidência no PSDB começa com mais força entre militantes de diretórios da zona sul; partido ameaça com punições

O Globo - Polícia acha mais 5 explosivos em mochila suspeita nos EUA
Artefatos estavam em estação de trem de Nova Jersey. FBI nega prisões relacionadas a bombas no fim de semana

Correio Braziliense - Fraude traz desconfiança e afasta brasileiro de fundos de previdência
O rombo bilionário das principais fundações traz desconfiança ao setor. Participantes fazem contas para ver se, no futuro, recursos serão suficientes para pagar despesas. Funcef e Postalis cobram contribuições adicionais para cobrir déficit

Estado de Minas - Temer vai fazer discurso para investidores na ONU
Fala do presidente Michel Temer na Assembleia Geral da ONU, amanhã, em Nova York, deve estar voltada para propostas do governo brasileiro de atrair recursos internacionais para o país

Tribuna da Bahia - Papa diz que corrupção vicia e gera pobreza, exploração e sofrimento
Francisco disse que o percurso da vida comporta uma escolha entre duas estradas opostas, a da honestidade e o da desonestidade

Diário Catarinense - Saiba quando é a hora de começar a investir em previdência privada
Num cenário de incertezas, o investimento em previdência privada é apontado por especialistas como alternativa mais do que viável: é primordial

Revista VEJA - ‘Congresso não pode desfigurar a PEC do Teto’, diz Meirelles
Ministro da Fazenda explicou que prioridade é a votação que define o limite de gastos públicos e, depois, a reforma da Previdência

Revista EXAME - Justiça rejeita arquivamento de ameaça a Sergio Moro
A Justiça Federal rejeitou o arquivamento da investigação sobre supostas ameaças ao juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, ditas publicamente pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, durante manifestação na Avenida Paulista. "Nós vamos nos livrar do Moro", disse Freitas, na ocasião

Revista ÉPOCA -  A convicção das provas
Procuradores como Deltan Dallagnol, líder da força-tarefa da Lava Jato, avançam país afora nos esquemas de corrupção da era petista – e o trabalho deles está apenas começando

Portal G1 - Campanha de 'multivacinação' começa nesta segunda-feira
Campanha terá todas as vacinas disponíveis pelo SUS. Ministério disponibilizou 19,2 milhões de doses extras de 14 vacinas

Portal IG - Países vizinhos esperam reação econômica para aliviar desconfiança com Temer
Políticos, analistas e empresários de outros países da América Latina veem na economia peça-chave para a imagem que Michel Temer criará na região

Agência Brasil - Congresso tenta votar LDO em sessões marcadas para hoje e terça-feira
Diante da possibilidade da ausência expressiva de parlamentares, o presidente do Senado, Renan Calheiros convocou duas sessões do Congresso Nacional para hoje(19), às 19h, e terça-feira (20), para tentar fechar a votação

BOM DIA!

O partido do ‘Fora Temer’


Um eleitor desatento poderia pensar que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, não é mais do PT. Sua propaganda para a eleição do mês que vem esconde a famosa estrela vermelha do partido de Lula da Silva, algo bem diferente do material que apresentou aos paulistanos “o novo homem para um novo tempo” na campanha de 2012, quando Haddad se elegeu. Pode-se dizer que o prefeito, bem como muitos outros candidatos do PT nas eleições municipais, perceberam que assumir-se petista hoje é candidatar-se à humilhação nas urnas. Mesmo com toda a máquina municipal à sua disposição, Haddad disputa palmo a palmo com candidatos nanicos a rabeira das pesquisas, pela simples razão de que, além de mau administrador, ele continua petista. Diante de tal perspectiva, o prefeito resolveu aderir ao mais novo partido da praça: o partido do “Fora Temer”.

O partido do “Fora Temer” é uma agremiação inventada pelos oportunistas do PT para congregar todos aqueles que, como consequência do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ou perderam a boquinha de que desfrutavam no governo federal ou precisam desesperadamente de uma boia política, por mais furada que seja, para sobreviver ao naufrágio petista.

No primeiro time estão os grupelhos que, apresentando-se como “movimentos sociais”, recebiam fartas verbas públicas para fazer a defesa violenta do governo petista. Destacam-se, nessa turma, o notório Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e seu subproduto urbano, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). São eles que, junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), estão na vanguarda das manifestações que vêm infernizando a vida dos brasileiros a título de exigir a saída do presidente Michel Temer.

No segundo grupo aparecem os políticos petistas que, aflitos, temiam ficar sem discurso na campanha eleitoral, já que o PT, antes um trunfo eleitoral, se tornou um fardo. As pesquisas de intenção de voto mostram esse peso morto: os candidatos petistas perdem em quase todas as cidades importantes, e de maneira acachapante. Além das agruras de Haddad em São Paulo, a tigrada está em maus lençóis em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, no Recife e até mesmo em Porto Alegre, seu tradicional reduto.

Isso explica por que, de uma hora para outra, a campanha de Haddad deixou de lado qualquer discussão séria sobre a cidade que ele administra de forma tão amadora e passou a vincular os adversários do prefeito ao tal “golpe” que os petistas vivem a denunciar. Foi Lula, em recente comício com seu afilhado, quem deu a senha: “O Doria, a Marta e o Russomanno representam exatamente aqueles parlamentares que deram o golpe na Dilma”. Tanto Lula como Haddad estavam usando no paletó um adesivo em que se lia “Fora Temer, Fica Haddad” – sem nenhuma menção ao PT.

Assim, o “Fora Temer” foi formalizado como o “partido” dessa turma, inclusive no material de campanha. Mas, como tudo o que envolve Lula e seus sequazes, o “Fora Temer” é apenas uma palavra de ordem. É um grito vazio, irresponsável, antidemocrático. Se a reivindicação desse pessoal fosse o retorno de Dilma Rousseff à Presidência, ainda haveria nisso alguma dose de racionalidade política. Mas nem os próprios petistas – Lula à frente – querem saber de Dilma, cuja desastrosa gestão foi em parte responsável pela formidável debacle do PT.

A reivindicação de que Michel Temer deixe o governo, sem mais nem menos, e que se convoquem novas eleições diretas para presidente, sabe-se lá com base em que legislação, somente se presta a fornecer aos petistas algum discurso que lhes permita evitar a discussão de temas mais constrangedores, como a corrupção envolvendo vários de seus principais dirigentes e o amadorismo gerencial de Haddad, Dilma e outros pupilos de Lula. Felizmente, a despeito do apoio que o partido do “Fora Temer” conseguiu amealhar entre alguns incautos, parece claro que a essa associação de intrujões está reservado, nas urnas, o profundo desprezo da maioria dos brasileiros.

Editorial do jornal O Estado de São Paulo de 19/09/2016