domingo, 11 de setembro de 2016

Jandira Feghali

Dilma e Lula apoiam candidata comunista


Deposta há menos de um mês, a ex-presidente Dilma Rousseff irá ao Rio de Janeiro nos próximos dias para apoiar a candidatura de Jandira Feghali (PCdoB) à prefeitura do Rio. A informação foi confirmada pela candidata, durante caminhada na favela do Jacarezinho, na manhã deste domingo. A previsão é que Dilma participe da agenda da aliada entre os dias 20 e 23 de setembro. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participará da campanha, possivelmente a partir de semana que vem.

Jandira tem incluído em sua agenda de campanha a discussão sobre a política nacional. Seu material de campanha inclui adesivos com a frase "Fora Temer" e, no último debate eleitoral, ela acusou o candidato Marcelo Crivella (PRB) de traição, por ter votado a favor do impeachment de Dilma.

A candidata do PCdoB disse ainda que tem conversado com Lula — que já aparece em vídeos da campanha dela — mas não revelou detalhes sobre a estratégia discutida pelos dois.

BOA NOITE!


Clara Nunes (Clara Francisca Gonçalves Pinheiro), nasceu em  Paraopeba, no dia  12 de agosto de 1942 e morreu no Rio de Janeiro em 2 de abril de 1983), foi considerada uma das maiores intérpretes do país.

Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore, Clara também viajou várias vezes para a África, representando o Brasil. Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, ela se converteu à umbanda

Clara Nunes seria uma das cantoras que mais gravariam canções dos compositores da Portela, sua escola do coração. Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam discos.

Clara Nunes canta um de seus grandes sucessos. A Deusa dos Orixás



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FUTEBOL

24ª RODADA

SABADO - 10/09
18h30
Vitória 1 X 2 Flamengo - Barradão

DOMINGO - 11/09
11h
São Paulo 3 X 1 Figueirense - Morumbi
Chapecoense 1 X 0 Coritiba - Arena Conda

16h
Atlético PR 2 X 1 Internacional - Arena Baixada
Cruzeiro 0 X 2 Botafogo - Mineirão
Sport 5 X 3 Santa Cruz - Ilha do Retiro
Santos 2 X 1 Corinthians - Vila Belmiro

18h30
Grêmio 0 X 0 Palmeiras - Arena Grêmio
Ponte Preta 1 X 1 América MG - Moisés Lucarelli

SEGUNDA - 12/09
20h
Fluminense 4 X 2 Atlético MG - Eduardo Passos


BOM DIA!

O sucateamento das agências*

Os gastos e investimentos de um governo são um bom indicador das prioridades de seu governante. Indicador igualmente eficiente da (in)capacidade do governante é o gasto que deixou de fazer em setor estratégico para o País. Como amplamente provado no processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff não se furtou a praticar as pedaladas fiscais para maquiar a realidade das contas públicas e continuar bancando aquilo que, segundo o juízo do partido, eram suas vitrines eleitorais. Mostrava, assim, não nutrir especiais escrúpulos em gastar o que não tinha, mesmo que tal gastança confrontasse a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mais que cumprir a lei, a presidente e seu partido pareciam preocupados em garantir-se no poder.

Já em outras áreas, a presidente Dilma não teve qualquer reparo em dificultar o repasse dos recursos. Foi o que ocorreu, por exemplo, com as agências reguladoras. Segundo levantamento da entidade Contas Abertas, entre 2010 e 2015, o total previsto para as agências era de R$ 57 bilhões. No entanto, apenas R$ 19,3 bilhões foram efetivamente gastos. Durante os seis anos de Dilma Rousseff no poder, apenas um terço do previsto – 33,86% – foi gasto com as agências reguladoras.

Tal porcentual revela com precisão o desleixo petista pelas agências, como se elas fossem dispensáveis. É impressionante constatar que os 13 anos no governo federal foram insuficientes para fazer o PT enxergar a importância das agências, com suas funções de fiscalização e regulação de setores cruciais para a economia e a população. Fica claro que a ideologia petista retira a capacidade de ver qualquer coisa que não conste de seu manual partidário, ferrenhamente circunscrito a distorcidas e ultrapassadas ideias sobre Estado e sociedade.

Por exemplo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tinha em 2015 um orçamento de R$ 5,6 bilhões. Não é certamente um valor trivial, especialmente num ano de aperto fiscal. Mas a presidente Dilma repassou à Anatel menos de 8% da previsão orçamentária, que ficou limitada a apenas R$ 446 milhões. Ora, tal porcentual é claramente incompatível com a importância da internet e da telefonia na infraestrutura de um país. O bom funcionamento desses serviços é condição necessária para a economia e para a população.

Caso emblemático do desconhecimento da presidente Dilma Rousseff sobre o papel das agências reguladoras – e de como tal ignorância tem graves efeitos na economia – ocorreu no setor elétrico. Tratando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como se fosse um departamento do Ministério de Minas e Energia, a voluntariosa presidente quis ela própria formular as regras do setor, com a imposição de uma artificial redução das tarifas. A consequência da solução dilmista foi nada mais nada menos que a quebra do setor, com reflexos tanto na qualidade do serviço como na confiança do mercado sobre a segurança jurídica das regras de concessão. Simplesmente um desastre. Tivesse a presidente Dilma respeitado o papel da Aneel, em vez de promover seu sucateamento, certamente os resultados teriam sido muito diferentes.

Outro reflexo do desleixo petista com as agências reguladoras foi a quantidade de diretorias vagas. Insistentemente a presidente Dilma Rousseff demorava um longo tempo para nomear os novos diretores. Em maio, ao ser afastada do exercício da Presidência, havia 7 vagas em aberto nas 44 agências reguladoras federais.

Não deixa de ser contraditório que o sucateamento das agências tenha sido promovido justamente por um partido que se diz tão favorável ao setor público e se opõe a qualquer proposta de revisão das atribuições estatais. Prega a importância do Estado, mas depois não repassa as verbas a uma área fundamental para que o poder público não fique à mercê das forças econômicas. Nessa esquizofrenia fica evidente que, para o PT, Estado forte é simples sinônimo de partido forte. O que foge disso é descartável.

*Publicado no Portal estadão.com em 11/09/2016