terça-feira, 30 de agosto de 2016

BOA NOITE!

Andrea Bocelli  tenor, compositor e produtor musical italiano, vencedor de cinco BRIT  Awards e três Grammys, gravou nove óperas completas (entre as quais: La bohème, Il trovatore, Werther e Tosca), além de vários álbuns clássicos e populares, tendo vendido mais de 150 milhões de cópias em todo o mundo.


Em 1994 Andrea apresentou-se no Festival de San Remo, ganhando o evento com a canção "Il mare calmo della sera", o que levou ao primeiro disco de ouro. No mesmo ano, estreou na ópera Macbeth, de Giuseppe Verdi, com o papel de Macduff, cantou no concerto beneficente de Pavarotti em Modena e apresentou-se para o Papa João Paulo II no Natal. 

Em 1995 sua canção Con te partirò ficou em quarto lugar no Festival de San Remo. 



OPINIÃO

Ato final

Eliane Cantanhêde

Se houve uma surpresa ontem no Senado, foi justamente a falta de surpresas. Dilma Rousseff repetiu tudo que vem dizendo nesses nove meses, sobretudo na “mensagem aos Senado e ao povo brasileiro”. E os senadores, a favor ou contra o impeachment, também ficaram no mais do mesmo. Logo, sem nenhuma novidade, tudo fica onde estava.

O único fato realmente surpreendente desde as 9h da manhã foi que Dilma não partiu para o confronto e os senhores senadores e senhoras senadoras foram duros, mas elegantes. Ou seja, a sessão histórica foi marcada por um legítimo embate político, mas com civilidade.

O dia amanheceu com mais uma pancada no ex-presidente Lula, responsável por Dilma dar um passo maior do que a perna e virar presidente da República. Indiciado pela Polícia Federal na sexta-feira pelo triplex dos outros, Lula ontem viu a Receita Federal aplicar pesadas multas e cortar subsídios do instituto que leva o seu nome, sob acusação de que o dinheiro das empreiteiras da Lava Jato entrava por uma porta e saía por outra, por exemplo, para empresa de um de seus filhos.

Apesar do constrangimento, lá estava Lula nas galerias do Senado para prestigiar Dilma, e carregando um adereço espetacular: Chico Buarque, ídolo de gerações. Chico perde muito com essa exposição, mas Dilma, Lula e o PT lucram muito. Virtualmente derrotados no Senado, eles jogam para a opinião pública e constroem uma narrativa para a história.

Mais uma vez, o grande ausente foi “o povo”, ou seja, os movimentos pró e contra Dilma e sua excelência, o eleitor. A cerca de um quilômetro instalada nos gramados de Oscar Niemeyer, para isolar as duas grandes torcidas, revelou-se um cuidado desnecessário.

Ao discursar, com claque no plenário, Dilma repetiu tudo o que sempre diz e acaba de escrever na “mensagem”: a tortura, o câncer, é honesta e vítima de uma injustiça. Logo, alvo de um golpe contra a democracia, de uma ruptura constitucional, mas resiste, como sempre resistiu. “Entre meus defeitos não estão a deslealdade e a covardia.”

Citando Getúlio, Jango e JK, mas esquecendo seu privilegiado interlocutor Fernando Collor, ela disse que, como eles, é alvo de uma elite que teve seus interesses contrariados. Os crimes de responsabilidade, disse, são “meros pretextos”. O resto é golpe, golpe, golpe.

Seu alvo frontal foi Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara, inimigo número um da opinião pública. Mas é claro que sobrou para Michel Temer e seu “governo usurpador”. Ficou faltando alguma coisa? Sim, faltaram duas coisas bastante importantes.

Uma delas foi a tese de convocação de um plebiscito para antecipar as eleições de 2018, abatida já na decolagem pelo próprio PT. A outra foi qualquer traço de autocrítica, afora o fato de ter repetido, literalmente, o que já tinha escrito na “mensagem”: que teve muito contato com “o povo” nesses meses, foi recebida com reconhecimento e carinho e ouviu “algumas críticas” pelos seus erros. Convenhamos, é pouco.

Dilma Rousseff foi a primeira mulher eleita presidente, chegou a bater recordes de popularidade e foi reeleita com 54 milhões de votos, como não cansa de repetir. Logo, precisou errar muito, mas muito mesmo, para estar à beira de um impeachment constitucional defendido pela maioria da sociedade, votado na Câmara e Senado e referendado pelo Supremo. Mas Dilma teve praticamente dois anos desde a reeleição para admitir um, unzinho erro que fosse, e não foi capaz.

Diante das perguntas dos senadores, ela traçou um perfil assustador do governo Temer. Em nota, ele rebateu as “inverdades” atribuídas “de forma irresponsável e leviana”: não vai estipular de 70 a 75 anos para a idade mínima de aposentadoria, a extinção do auxílio-doença, a regulamentação do trabalho escravo, a privatização do pré-sal, a revogação da CLT. Anotem aí, porque em algumas horas Dilma vai sair de cena e o foco estará em Temer.

*Publicado no Portal estadão.com em 30/08/2016

PRESS e ADVERTISING

Qual é a imagem de jornalistas e publicitários neste mundo conectado?



Qual a imagem que os profissionais de comunicação - jornalistas e publicitários - tem de si mesmo  e de que modo são vistos pelo público e pelo mercado? Este é o tema central das matérias de capa da edição 171 das revistas PRESS e ADERTISING, que já começa a circular.
Na edição, duas entrevistas de folego.

Na PRESS, o publisher Fernando di Primio fala de sua carreira como empreendedor no mercado editorial, que começou aos 12 anos, quando lançou seu primeiro jornal. Ele discorre sobre os desafios do meio revista, o futuro do jornal impresso e as demandas dos novos leitores.

Na AD, Simone Leite, primeira mulher a presidir a Federasul, fala da necessidade de integração e soma de esforços por parte das entidades dos setores produtivos gaúchos na busca de um novo ciclo para a economia gaúcha. Ela, que foi candidata a senadora, há dois anos, fala também de política e alerta: "Precisamos de um projeto de Estado e não um projeto de governo". Isso em relação ao Rio Grande do Sul e ao Brasil.

Na seção Grandes Nomes, a AD traz um pouco da vida e obra de Jerry Della Femina, profissional lendário da propaganda americana e autor do livro que inspirou a série Mad Men. Na Press, o perfilado é Carl Bernstein, que entrou para a história do jornalismo investigativo, — junto com Bob Woodward (lembrado na edição anterior) — ao produzirem a famosa reportagem do Caso Watergate, que culminou com a renúncia do presidente Richard Nixon.
Tem muito mais coisa boa para ler nesta nova edição da PRESS ADVERTISING.
Nos próximos dias, o conteúdo completo poderá ser lido nos sites www.revistapress.com.br e www.adonline.com.br

RAPIDINHAS



Temer e ministros tentam votar impeachment nesta terça
Atentos ao desenrolar do dia desta terça-feira, 30 e apesar de dizerem que o governo não está interferindo na votação do impeachment, o presidente em exercício Michel Temer e os ministros do Planalto darão prosseguimento ao trabalho de monitoramento dos votos dos senadores. O governo está preocupado com a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, em deixar a votação final para a manhã da quarta-feira, 31. A avaliação é que a nova data poderá atrapalhar e atrasar ainda mais os planos do governo e de Temer, que tinha previsto, já em um cenário de primeiro adiamento, viajar na tarde de quarta-feira, no máximo até às 16 horas, para poder chegar a tempo de participar das agendas na China. Mas se apenas a votação ficar para quarta-feira, como quer Lewandowski, interlocutores do presidente acreditam que "ainda dá tempo".


Vice de Janot participou de protesto contra impeachment de Dilma
Um vídeo que circula na internet mostra que a vice de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República, Ela Wiecko, participou de um protesto contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A manifestação ocorreu em junho deste ano, em Portugal. Na gravação, Ela Wiecko aparece de óculos escuros segurando uma faixa onde se lê “Fora Temer”, o famoso bordão contra o presidente em exercício Michel Temer. A vice-procuradora-geral confirmou que participou da manifestação, mas disse que não iria comentar o assunto. “Foi em junho, quando eu estava de férias”, limitou-se a dizer.


Desemprego fica em 11,6% no trimestre encerrado em julho
O desemprego ficou em 11,6% no trimestre encerrado em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando todos os trimestres, a taxa é a maior da série histórica, que teve início em 2012. No trimestre encerrado no mesmo período de 2015, o índice havia atingido 8,6% e no trimestre anterior, de fevereiro a abril deste ano, a taxa ficou em 11,2%. De maio a julho, a pesquisa estima que havia 11,8 milhões de pessoas desocupadas - o maior número desde o início da série. Na comparação com o mesmo trimestre de 2015, o aumento foi de 37,4%. Já em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, o contingente cresceu 3,8%.


Tribunal Eleitoral do Paraná quer informações da Lava Jato sobre Gleisi Hoffmann
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná quer acesso a informações apuradas pela Lava Jato sobre a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A principal delas refere-se à declaração prestada pelo doleiro Alberto Youssef de que repassou R$ 1 milhão para a campanha da petista ao Senado em 2010. O ministro do STF, Teori Zavascki, dirá se concorda com o pedido do Tribunal Eleitoral.


Em carta à Cristina Kirchner, Lula fala em conspiração contra Dilma e contra PT
Em carta enviada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, o petista classifica o processo de impeachment de Dilma Rousseff como "inconstitucional" e fala que a situação é uma "conspiração" para partidos derrotados assumirem o poder. Ele ainda acusa o PSDB de pedir o cancelamento do registro do PT na Justiça para impedi-lo de ser candidato a presidente em 2018. A carta, escrita em espanhol e assinada por Lula com data de 26 de agosto, tem seis páginas e foi publicada por Cristina nessa segunda, 29, em seu site. No documento, Lula afirma que o processo de impeachment é inconstitucional e completamente arbitrário contra Dilma. Para o petista, a situação é fruto de uma conspiração de partidos derrotados nas últimas eleições com grandes grupos midiáticos e se configura contra as regras democráticas.

Contra Temer

Protestos bloqueiam vias de SP


Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam vias da capital paulista em protesto contra o governo interino de Michel Temer, contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e contra cortes em programas sociais na manhã desta terça-feira (30).

Pelo menos quatro pessoas foram detidas, uma delas dirigia um caminhão carregado com pneus que seria utilizado para montar barricadas, segundo Secretaria da Segurança Pública. Dos detidos, três foram encaminhados ao 11º DP e o motorista do caminhão ao 13º DP. As ocorrências estão em andamento.

Às 6h50, o grupo interditou totalmente a Marginal Tietê no sentido Rodovia Ayrton Senna. Os manifestantes atearam fogo em pneus nas três pistas, expressa, local e central, na altura da Ponte da Casa Verde. Cerca de 7kms de congestionamento se formaram. Motoristas saíram dos carros para aguardar a liberação da pista. Às 7h50, a via estava totalmente liberada, mas os motoristas enfrentaram longo congestionamento.

Às 7h, a Ponte Eusébio Matoso e o cruzamento entre as avenidas Francisco Morato e Vital Brasil foram interditados por manifestantes no sentido Centro. Um caminhão deixou pneus na via.  O trecho estava liberado às 8h30, mas o trânsito continuava bloqueado na região do Butantã e na Rodovia Raposo Tavares.

A Marginal Pinheiros, na altura da Ponte Transamérica, também foi bloqueada por volta das 7h. Meia hora depois, os bombeiros apagaram a barricada com pneus pegando fogo e liberaram a pista no sentido Interlagos.

A Rodovia Régis Bitteencourt foi bloqueada na altura do km 272, em Taboão da Serra, no sentido da capital paulista e liberada por volta das 7h30.
Mais cedo, a Avenida Nove de Julho foi bloqueada na altura do Vale do Anhangabaú. O grupo também ateou fogo em pedaços de madeira.

Também houve registro de manifestações na Radial Leste, próxima a estação Itaquera do Metrô, e na Avenida Jacu-Pêssego, próxima ao Rodoanel e à divisa com Mauá. Às 9h as vias estavam liberadas ao tráfego.
Fonte G1/conteúdo – Fotos: Agência Estado

30/08/2016


Estadão - Sessão do impeachment desta terça terá debate entre acusação e defesa e discursos de senadores
Em discurso no Senado nesta segunda-feira, 29, Dilma Rousseff destacou biografia, defendeu mandato, negou ter cometido crime de responsabilidade e voltou a falar em 'golpe'

Folha de São Paulo - Para PT, queda de Dilma é penúltimo passo antes de 'caçada final' a Lula
Repetem, assim, diagnóstico feito por José Dirceu quando foi condenado pelo mensalão, em 2012. Ele dizia que seria o primeiro a cair, e que em seguida viriam Dilma e Lula. Reclamava que alertava o PT, mas que o partido não dava a menor bola

O Globo - Senado define o futuro de Dilma Rousseff nesta terça-feira
Votação deve se encerrar na madrugada de quarta; 61 senadores estão inscritos para falar, além de advogados de defesa e acusação

Correio Braziliense - Dia de Dilma no Senado é histórico, mas não sinaliza virada de voto
Dilma vai ao Senado e responde a perguntas de senadores, no entanto, o placar segue inalterado pelo afastamento definitivo do cargo

Estado de Minas - Defesa de Dilma já prepara ação no STF
O advogado da presidente, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, e a sua equipe estão com estudos adiantados e devem recorrer ao Supremo caso afastamento seja confirmado

Diário Catarinense - Em SC, maioria dos candidatos é homem, branco e de meia idade
Sistema político defasado, estrutura partidária e eleitoral engessada e o conservadorismo histórico das oligarquias de SC explicam este perfil

Tribuna da Bahia - Contribuição de Cunha ao País foi a mais danosa possível, diz Dilma
De acordo com ela, quando Cunha foi eleito presidente da Casa, em fevereiro de 2015, o processo de desestabilização parlamentar do governo teve início de forma acelerada

Revista VEJA - Após discurso firme, Dilma volta a ser Dilma
Presidente afastada até começou bem, mas voltou a fazer uso do "dilmês" ao ser interrogada

Revista EXAME - Taxa sobe a 11,6% e Brasil tem quase 12 mi de desempregados
A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa de desemprego atingisse 11,5%

Revista ÉPOCAArgumento de Dilma sobre crise externa não para em pé
A presidente acerta ao mencionar os três fatores conjunturais. Porém, erra na dosagem sobre o impacto dessas crises na recessão que atinge o Brasil

Agência Brasil - IBGE: Brasil já tem 206 milhões de habitantes
Estimativas publicadas no Diário Oficial da União indicam que o país tinha, em 1º de julho deste ano, 206.081.432 habitantes. No ano passado, a população era de 204.450.649

Portal G1 - Sessão desta terça terá debate entre advogados e discursos de senadores
Debate deve durar 5h; cada senador terá direito a falar 10 minutos na tribuna. Julgamento da presidente afastada deve ser decidido somente na quarta

Portal IG - Human Rights, diretor da OEA,  se recusa a chamar processo de 'golpe'
Diretor executivo, que está no Brasil, "não vê futuro" na ação do PT na Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos

BOM DIA!

Muito antes, pelo contrário...

Antes de cansar, para dizer o mínimo, das respostas da presidente afastada durante o interrogatório no Senado, fiquei pensando no dom que as pessoas tem de não dizer nada imaginando que dizem tudo. Claro que muitos acharam maravilhoso o que disse a presidente.

Salvo melhor juízo, depois de algumas respostas (?) ficou fácil entender que Dilma não diria nada, não responderia objetivamente nada e tentaria, de alguma forma, ocupar o tempo com palavras e termos técnicos, sem responder o que lhe foi perguntado.

Foram horas intermináveis em que ela, habilmente, usou de seus conhecimentos pessoais para não dizer nada. Só respondia diretamente, quando era questionado por algum companheiro que já chegava ao microfone elogiando e afirmando que ela era inocente e vítima de um golpe.

Ao final de um dia cansativo, que dividi entre a TV e o hospital onde acompanhei minha mulher, vi o presidente do STF, que insistiu em chamar a depoente de “Excelentíssima senhora Presidente da República”, quando na verdade estava tratando com a presidente afastada, encerrar a sessão que, se não tivesse acontecido, certamente teria o mesmo resultado. Ou alguém acredita que algum senador possa ter mudado o voto depois de ouvir a afastada?

Hoje teremos mais uma longa sessão de discursos, elogios, críticas e, lamentavelmente, ofensas e discussões, antes que se inicie prá valer a votação que poderá determinar a saída definitiva de Dilma doa presidência, ou não.

A atual situação, que precisa de 54 votos, que já tem 53, afirma que terá 60 ou mais. Já a atual oposição, os que defendem Dilma, que contabilizam 19 votos, afirmam que terão o suficiente para barrar o impeachment.

É esperar para ver e isto só deverá acontecer, se acontecer, na madrugada. Amanhã poderemos acordar com um novo presidente ou com Dilma de volta ao Planalto.

Tenham todos um Bom Dia!