domingo, 24 de julho de 2016

BOA NOITE!


Nélson Gonçalves, gaúcho de Santana do Livramento,  foi um dos maiores cantores e compositores da música popular brasileira, consagrando-se como o terceiro maior vendedor de discos da história do Brasil, com mais de 75 milhões de cópias vendidas. Formou uma parceria com o compositor Adelino Moreira, obtendo os maiores sucessos de sua carreira.

Mas Nelson também fez sucesso gravando musicas de outros compositores como Sérgio Bitencourt, que compôs em homenagem a seu pai, Jacó do Bandolim, Naquela mesa. 



Olimpíada 2016

COI permite participação de russos

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou neste domingo que a delegação da Rússia vai participar dos jogos no Rio de Janeiro, desfalcada da equipe de atletismo. Os competidores das outras modalidades, no entanto, só poderão ir para a Olimpíada depois da permissão das suas respectivas federações internacionais. Eles também precisarão comprovar que nunca foram pegos no exame antidoping — ainda que já tenham cumprido punição anteriormente. O pedido pelo banimento total foi feito por atletas e órgãos esportivos de dez países depois que uma alta autoridade do sistema antidoping russo revelou que os atletas do país foram, pelo menos até dois anos atrás, sistematicamente dopados, com a conivência e o apoio do Ministério dos Esportes de Moscou. Antes disso, a Wada, a agência mundial antidoping, já havia conduzido uma investigação própria e concluído que os integrantes da equipe de atletismo ingeriram substâncias proibidas regularmente, o que já resultou na proibição de sua participação na Olimpíada carioca; os recursos impetrados foram negados na quinta-feira pela Corte Arbitral do Esporte, que manteve a suspensão.
A revelação do complexo esquema de doping na Rússia, com nítidas digitais do próprio governo, serviu para expor com fatos e dados as manobras escusas com que a política usa o esporte para seu benefício, e vice-versa. As suspeitas de doping sempre rondaram a União Soviética, a Alemanha Oriental e outras potências esportivas do extinto bloco, mas o treinamento dos atletas era cercado de segredo. Com o desmoronamento do comunismo, a fiscalização internacional se intensificou. Foi neste momento que o Ministério do Esporte da Rússia, cioso da preservação do lugar do país no topo dos pódios, e a federação de atletismo, dependente do doping para manter os bons resultados, se uniram em um enredo que mais parece filme de espionagem. Um ex-diretor do laboratório antidoping de Moscou, Grigory Rodchenkov, deixou o cargo, mudou-se para os Estados Unidos e revelou o funcionamento do esquema. Ele contou como na Olimpíada de inverno de Sochi, em 2014, técnicos e agentes dos serviços de inteligência russos trocavam as amostras de urina de atletas dopados por outra sem traços de doping, coletada meses antes. O serviço era feito de madrugada, por um pequeno grupo que, iluminado por uma única lâmpada, trocava os frascos através de um pequeno buraco disfarçado na parede da sala de acesso restrito do laboratório. “Funcionava como um relógio suíço”, na descrição de Rodchenkov. Desta forma desapareceram mais de 100 amostras “sujas”.
Fonte: veja.com

BRASILEIRÃO – 20l6

16ª RODADA

SÁBADO – 23/07
16:00
Corinthians 1 X 1 Figueirense  – Arena Corinthians

18:30
Santa cruz 0 X Coritiba – Arruda

DOMINGO –24/07
11:00
Ponte Preta 2 X 2 Internacional – Moises Lucarelli
Palmeiras 0 X 1 Atlético MG – Arena Palmeiras

16:00
Grêmio 1 X 0 São Paulo – Arena Grêmio
Cruzeiro 1 X 2 Sport – Mineirão
Atlético PR 1 X 0 Fluminense – Arena Baixada
Chapecoense 2 X 1 Botafogo – Arena Condá

18:30
Vitória 2 X 3 Santos – Barradão

SEGUNDA – 25/07
20:00
Flamengo _ X _ América MG – Kleber Andrade

CLASSIFICAÇÃO


OPINIÃO

Antes tarde do que nunca*

A imagem pública dos parlamentares brasileiros e dos políticos em geral nunca foi exatamente positiva e piorou muito a partir dos escândalos revelados pela Operação Lava Jato e congêneres. Deputados e senadores consideram-se perseguidos e injustiçados pelo estigma da corrupção e não se conformam, muitos com razão, com a generalização dessas acusações. Esse sentimento majoritário de repulsa dos brasileiros aos desvios de conduta de seus representantes no Congresso Nacional está hoje tão enraizado que certamente levará um bom tempo para mudar a partir do instante em que houver razões para tanto. Mas aos deputados, em particular, está sendo oferecida uma excelente oportunidade de acelerar o processo de reconquista do apoio e respeito populares: a discussão do pacote de medidas contra a corrupção. Ele está travado há mais de um ano na Câmara e agora o novo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anuncia que quer vê-lo aprovado até 9 de dezembro, Dia do Combate à Corrupção.

O presidente da Câmara reuniu-se na terça-feira com representantes do Judiciário e do Ministério Público e com um grupo de deputados, entre eles o relator do projeto na comissão especial designada para debater a matéria, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Com o apoio de todos, Maia garantiu que dará prioridade à tramitação desse pacote de projetos. São dez medidas destinadas a aperfeiçoar, acelerar e tornar mais rigoroso o processo de investigação e julgamento dos casos de corrupção na gestão da coisa pública. É mais uma boa notícia que o renovado comando da Câmara dos Deputados dá ao País.

O pacote anticorrupção foi elaborado basicamente a partir da iniciativa dos procuradores federais envolvidos na Lava Jato e tornado público pelo procurador-geral Rodrigo Janot em março do ano passado. Chegou ao Congresso Nacional subscrito por mais de 2 milhões de brasileiros, exatamente no momento em que centenas de milhares de manifestantes saíam às ruas, em todo o País, para protestar contra a corrupção e o desgoverno e exigir o impeachment da presidente da República.

Com Eduardo Cunha na presidência da Câmara, mais interessado na queda de braço com o Palácio do Planalto como meio de fortalecer seu próprio poder político, o pacote anticorrupção permaneceu engavetado, até porque jamais despertou a simpatia do baixo clero, que o hoje afastado parlamentar fluminense liderava. De fato, as medidas propostas são assustadoras para quem se habituou a se proteger com o escudo da imunidade parlamentar e do foro privilegiado. Mais de 20% de membros do Congresso Nacional são investigados, réus ou condenados por corrupção.

O pacote prevê, por exemplo, o aumento da pena máxima para corrupção de 12 para 25 anos e a classificação dessa infração como crime hediondo. Outra medida atinge diretamente os partidos políticos denunciados por corrupção, que poderão sofrer multas proporcionais aos valores desviados e, nos casos mais graves, serem punidos com a suspensão do funcionamento de diretórios por até quatro anos ou até mesmo terem o registro de funcionamento cassado.

Na apresentação do pacote, em março do ano passado, um dos responsáveis pelo trabalho, o procurador Deltan Dallagnol, chegou a ser dramático: “A corrupção rouba a comida, o remédio e a escola dos brasileiros. Quem rouba milhões mata milhões”. Descontado o arroubo retórico, o fato de homens públicos se locupletarem com recursos por definição destinados ao bem comum é uma vilania realmente merecedora de julgamento implacável e punição rigorosa, pois vitimiza principalmente os cidadãos mais carentes de investimento público.

Uma vez submetido ao escrutínio parlamentar e escoimado de eventuais demasias, o pacote anticorrupção, ao qual o novo presidente da Câmara promete garantir uma tramitação a salvo de manobras procrastinatórias, é um poderoso trunfo com o qual os deputados poderão contar, se estão realmente dispostos a recuperar a confiança popular perdida ao longo de mais de uma década em que o Parlamento se transformou em mero balcão de negócios a serviço de um projeto de poder irresponsavelmente populista.

*Publicado no estadão.com em 24/07/2016