segunda-feira, 18 de julho de 2016

BRASILEIRÃO 2016

15ª RODADA

SÁBADO – 16/07/16
16:00
Botafogo 3 X Flamengo – Luso Brasileiro

18:30
Santos 3 X 1 Ponte Preta – Vila Belmiro

DOMINGO – 17/07
11:00
América MG 0 X 3  Santa Cruz – Independência

16:00
Internacional 0 X 1 Palmeiras – Beira Rio
Fluminense 2 X 0 Cruzeiro – Edson Passos
Corinthians 1 X 1 São Paulo – Arena Corinthians
Atlético PR 1 X 1 Vitória – Arena Baixada
Figueirense 1 X 1 Chapecoense – Orlando Scarpelli

18:30 
Sport 4 X 2 Grêmio – Ilha do Retiro

SEGUNDA – 18/07
20:00

Atlético MG 2 X 1 Coritiba - Independência

CLASSIFICAÇÃO

BOA NOITE!

Michael Jackson foi um famoso cantor, compositor, dançarino, produtor, empresário, arranjador vocal, filantropo, pacifista e ativista americano que, segundo a revista Rolling Stone, faturou em vida cerca de sete bilhões de dólares, fazendo dele o artista mais rico de toda a história. Um ano após sua morte seus discos renderam cerca de um bilhão de dólares.
Começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos onze anos como vocalista dos Jackson 5. 
Em 1973, Michael Jackson gravou uma canção que foi considerada a mais bonita daquele ano e que ele apresentou durante a premiação do Oscar: Ben


BLOG DO CAMAROTTI

Cunha aposta em ausências de 
deputados para reverter cassação*

O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) trabalha com uma cartada final par tentar manter o mandato. Segundo aliados, Cunha aposta na ausência de parlamentares com quem tem relação para que não se alcancem os 257 votos necessários para a cassação.

Nesse caso, a ausência contaria como voto favorável ao deputado afastado, já que aliados mais próximos não escondem o constrangimento de ter que votar no plenário contra a cassação de Cunha, por causa das evidências que pesam contra ele no processo, além da forte pressão da opinião pública.

Interlocutores do deputado afastado já manifestaram que o ideal seria que ele renunciasse ao mandato para evitar o desconforto de uma sessão para cassar o mandato. Mas Cunha resiste a essa hipótese.

Para esses interlocutores, Cunha ainda aposta na relação pessoal e também na dívida de gratidão de vários parlamentares que receberam financiamento de campanha graças à sua intervenção.

"Cunha ainda aposta em favores pessoais e até na intimidação para conseguir ausências e evitar a cassação, mas o cenário mudou. Hoje, a Câmara não tem como manter o mandato de Cunha. Se isso acontecer, é melhor fechar logo a Casa porque a opinião pública não vai aceitar esse tipo de manobra. A presença e o voto de todos os deputados no dia da cassação serão acompanhados de perto pelos seus eleitores", reconheceu ao Blog um aliado de Cunha.
*Publicado no Blog do jornalista Gerson Camarotti (G1) em 18/07/2016

RAPIDINHAS


Acordo propõe reduzir testemunhas e acelerar impeachment de Dilma
A defesa da presidente afastada Dilma Rousseff está disposta a um acordo com a acusação para diminuir a quantidade de testemunhas a serem ouvidas na fase final do processo de impeachment. A redução evitaria que a sessão de julgamento, prevista para começar no dia 25 de agosto, se prolongue e paralise o Senado no segundo semestre. Dilma é acusada de participação em cinco fatos que podem configurar crime de responsabilidade – as pedaladas fiscais no Banco do Brasil e a edição de quatro decretos orçamentários. Conforme o entendimento de técnicos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Senado, o Código do Processo Penal admite que defesa e acusação arrolem, cada uma, cinco testemunhas para cada um dos fatos. O total de convocados, portanto, pode chegar a 50 – 25 para cada lado.

Réu acusado de pagar propina a Cunha diz que MPF “beira a má-fé”
O empresário português Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira respondeu as acusações do Ministério Público Federal. E falou grosso com os procuradores. Ele é acusado pelo MPF de pagar propina a Eduardo Cunha para ser beneficiado em um contrato de aquisição dos direitos de participação na exploração de um campo de petróleo no Benin. Ao todo, teria pago 1 500 000 dólares ao deputado. Na peça de defesa apresentada ao juiz Moro, em diversos momentos seus advogados dizem que tais afirmações causam a Idalécio “indignação sem tamanho”. Eles ainda destacam a “leviandade, a ousadia e a irresponsabilidade” do MPF ao acusá-lo de crimes que, segundo eles, o empresário não cometeu. “A acusação é fruto de deliberado desconhecimento, é leviana e beira a má- fé”, diz a defesa de Idalécio, que aparentemente não fará delação.

Caixa vai financiar compra de imóveis de até R$ 3 milhões
A Caixa Econômica Federal vai elevar o teto do valor de imóveis financiáveis pelo banco, o porcentual de financiamento para imóveis de valores maiores e facilitar condições para construtoras, num esforço para acelerar os desembolsos no segundo semestre, disse um executivo do banco. Uma das principais medidas do pacote, previsto para ser anunciado na próxima segunda-feira, é dobrar dos atuais 1,5 milhão de reais para 3 milhões de reais o valor máximo dos imóveis que podem ser financiados pelo banco, de acordo com o vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antonio de Souza. Além disso, segundo ele, a Caixa elevará a cota de financiamento no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), usado para imóveis de valor superior a 750 mil reais, de 70% para 80% nos imóveis novos, e de 60% para 70% no caso de usados.

Waldir Maranhão: "Não sei se serei lembrado"
Os quase 500 deputados presentes no plenário da Câmara na madrugada de quinta-feira, 14, ficaram surpresos quando, na empolgação pela eleição como novo presidente da Casa, o deputado Rodrigo Maia, do DEM, abraçou e levantou a mão de Waldir Maranhão, o interino que deixava o cargo. Meio sem jeito, Maranhão deu a outra mão ao primeiro secretário, Beto Mansur, do PMDB, e fizeram todos o tradicional levantar de braços comuns às vitórias políticas. Pela  primeira vez, em dois meses de interinidade, Maranhão era aplaudido pelos colegas. Livre do peso do cargo, no final da semana passada, Maranhão disse que tentou fazer “o melhor”. “Não sei se serei lembrado pela história", disse. "Mas ainda que eu não venha a ser lembrado, eu tenho lembrança de que tentei fazer o melhor”.

Brasileiro não quer se aposentar aos 60, como prevê reforma
A maioria dos brasileiros pretende se aposentar antes dos 60 anos, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada hoje.  21% querem se aposentar antes dos 56 anos e 24% citam o período entre 56 e 60 anos. 17% esperam se aposentar entre os 61 e 65 anos e 7% depois disso. 14% já são aposentados e 17% não sabem ou não quiseram responder, segundo a pesquisa feita com 2.792 pessoas em 171 municípios. Na média, os entrevistados apontaram 60 anos como a idade ideal para a aposentadoria; homens gostariam de se aposentar aos 61, e mulheres aos 59. Os números apontam dificuldades para o governo do presidente interino Michel Temer, que pretende aprovar uma reforma da Previdência  até o final do ano.

Pauta personalista

Só uma proposta de Renan foi aprovada
Sem dialogar com os líderes partidários ou com o governo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acabou derrotado na tentativa de impor uma pauta expressa nas duas semanas que antecederam o início do recesso parlamentar. Com muitos pontos polêmicos, das nove propostas de Renan, apenas uma foi aprovada.

O único projeto que passou pelo crivo do plenário foi a PEC que fixa limites de despesa para as Assembleias Legislativas e Tribunais de Contas estaduais PEC que fixa limites de despesa para as Assembleias Legislativas e Tribunais de Contas Estaduais. Com acordo entre os blocos, a votação foi simbólica. O restante da lista de Renan, entretanto, criou divergências dentro da própria base do governo.

Um dos projetos na lista mexe com um tabu da base aliada de Michel Temer, o aumento de tributos. A proposta reajusta as alíquotas dos impostos sobre doações e herança, mas não foi orientada pela equipe econômica do presidente em exercício. Apesar de o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, considerar por vezes o aumento de impostos, a ideia ainda tem muita resistência política na base.

O projeto parou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde alguns parlamentares questionaram a competência do Senado em legislar sobre uma tributação que é constitucionalmente definida como estadual. O autor da proposta, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), está em contato com a Receita Federal, onde busca apoio técnico para destravar juridicamente a matéria ou uma outra solução de tributação de doação e herança, via imposto de renda.

Também não houve consenso entre os aliados de Temer para colocar em votação o projeto que legaliza os jogos de azar. A medida é vista como uma oportunidade de ampliar a arrecadação do Estado, com perspectiva de receita de R$ 15 bilhões. Por outro lado, há quem tenha receio que o projeto abra portas para a lavagem de dinheiro. O próprio líder do governo, Aloysio Nunes (PSDB-SP), é contra o avanço da proposta.

A matéria causou a reação de entidades que se disseram preocupadas com a legalização dos jogos. O Ministério Público Federal se posicionou oficialmente contra o projeto. De acordo com o MPF, é preciso acrescentar mecanismos mais rigorosos ao texto, do contrário a proposta implicará na "presença e dominância do crime organizado".

De toda a lista, a maior derrota talvez tenha sido no projeto sobre abuso de autoridade. Renan tentou, de diversas formas, dar celeridade à proposta. Ele determinou uma tramitação expressa, por uma comissão com apenas nove senadores, em caráter terminativo. Caso aprovado, o tema seguiria direto para a Câmara. A reação de senadores e entidades também foi forte, com receio de que a proposta ameaçasse o curso da operação Lava Jato.

Diante da pressão, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que assim como Renan é investigado na operação da Polícia Federal, acabou recuando e deixando a matéria para depois do recesso parlamentar. O caráter terminativo também foi retirado, e o texto terá que ser aprovado no plenário do Senado.
Agência Estado

AS PRIMEIRAS DA SEMANA

Venezuelanos viajam até 11 h para comprar comida no Brasil
A crise econômica na Venezuela  está provocando uma corrida por alimentos em Pacaraima, no Norte de Roraima. O município, que possui pouco mais de 10 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), faz fronteira com o país vizinho e recebe dia após dia centenas de venezuelanos em busca de comida e remédios.
Durante os sete dias da semana, a movimentação no comércio de Pacaraima , a 250 KM de Boa Vista, começa nas primeiras horas do dia. No último sábado (16), às 9h a cidade já estava lotada de venezuelanos. Eles faziam filas para comprar itens básicos como arroz, farinha de trigo, óleo, macarrão, margarina e açúcar. Os mantimentos são para alimentar famílias inteiras que sofrem com o desabastecimento de alimentos na Venezuela.

Turquia não poderá integrar UE se reintroduzir pena de morte
A chefe de política externa da União Europeia, Federica Mogherini, afirmou nesta segunda-feira (18) que a Turquia não poderá integrar o bloco europeu caso reintroduza a pena de morte, segundo a CNN.
“Deixe-me ser clara em uma coisa: nenhum país pode se tornar um estado membro da UE se introduz a pena de morte”, disse Mogherini.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse neste domingo (17) que não deveria haver nenhum atraso no uso da pena de morte no país após a tentativa de golpe contra ele. Na sexta-feira (15), o conflito entre parte da população e as Forças Armadas deixou 265 mortos - 161 civis e 104 militares contrários ao governo. Falando a uma multidão de apoiadores que pediam a pena de morte em frente à casa dele em Istambul, Erdogan disse: "Nós não podemos ignorar esse pedido."

Bancos públicos financiaram 83% da infraestrutura
No fim do primeiro mandato da presidente afastada Dilma Rousseff, de cada 100 reais investidos em infraestrutura, 83 reais saíram dos bancos públicos, revela estudo inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que será divulgado nesta segunda-feira. BNDES, Caixa e Tesouro Nacional garantiram juntos 137,9 bilhões de reais dos 166,2 bilhões de reais desembolsados para transportes, energia elétrica, telecomunicações e saneamento em 2014. Sozinho, o banco de fomento foi responsável por quase metade dos empréstimos.
“A situação econômica atual e o realismo desse novo governo do presidente Temer vai impedir que isso se repita. Mas temos um legado pesadíssimo que vamos pagar nas próximas décadas”, afirma Cláudio Frischtak, presidente da Inter.B e um dos coautores do estudo. Segundo ele, essa dependência quase absoluta pelos financiamentos com dinheiro público gerou uma série de distorções nos projetos.

Senado abre consulta pública sobre programa 'Escola sem Partido'
O portal e-Cidadania, do Senado Federal, abriu consulta pública sobre o Programa Escola Sem Partido, que busca o fim da "doutrinação" em sala de aula. Os cidadãos podem votar se são a favor ou contra o projeto de Lei 193, de 2016, que está em tramitação.Também é possível enviar comentários e fazer sugestões de mudança de cada item previsto. De autoria do senador Magno Malta, o projeto de lei prevê a “neutralidade” dos docentes diante de questões políticas, ideológicas e religiosas em sala de aula. Às 9h40 desta segunda-feira (18), 30.049 pessoas se mostravam a favor da ideia e 28.729 diziam ser contrárias ao projeto. 

Governo da Rússia comandou operação de doping
Uma investigação realizada pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelou que a Rússia fraudou exames antidopings de seus atletas nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014, com a colaboração do governo do país. O relatório, divulgado nesta segunda-feira, confirma as declarações de Grigory Rodchenkov, ex-diretor do laboratório antidopagem russo, que em maio revelou ao jornal New York Times que testes positivos foram encobertos por ordem de oficiais enviados por ministros da Rússia. Banida do atletismo da Olimpíada por causa de um escândalo de doping, agora a Rússia pode ficar fora de todas as competições dos Jogos no Brasil. Desde o último fim de semana, quando o conteúdo da investigação da Wada foi vazado, várias federações passaram a pressionar o Comitê Olímpico Internacional (COI) por punições mais severas ao país governado por Vladimir Putin.

18/07/2016


Estadão - Dívida de diretor da Fiesp com a União é de R$ 6,9 bi
Total de débitos de difícil recuperação atinge R$ 1 trilhão; empresário Laodse de Abreu Duarte e irmãos respondem pelo maior passivo entre as pessoas físicas

Folha de São Paulo - Por delação, defesa de Odebrecht desiste de pedido de liberdade
O empresário Marcelo Odebrecht foi convencido por procuradores da Operação Lava Jato a desistir de um pedido de liberdade impetrado por seu advogado no último dia 5

O Globo - Dilma já começa a fazer sua mudança para Porto Alegre
Presidente afastada, porém, não desistiu dos planos de voltar à Presidência

Estado de Minas - Minas é estado com maior número de bens culturais reconhecidos pela Unesco
Reconhecimento da Unesco deve ter como reflexo imediato incremento no turismo e maior atenção de autoridades do país e da comunidade internacional sobre o cartão-postal da cidade

Correio Braziliense - Maioria em salas de cursinhos, mulheres dominam vagas em concursos públicos
De cada 10 pessoas aprovadas em seleções para cargos na administração federal, sete são do sexo feminino. A tendência, dizem especialistas, é de que, em pouco tempo, elas passem a ser maioria nos três poderes. Dedicação delas ao estudo faz a diferença

Tribuna da Bahia - Walter Pinheiro cobrava dinheiro para campanhas do PT a empresário
De acordo com a coluna Expresso, da Época, mensagens interceptadas em 2012 mostram que Pinheiro tinha acesso direto a Azevedo

Revista EXAME - 30 governadores e 7.899 policiais são detidos na Turquia
Pelo menos 50 funcionários de alto escalão também foram afastados de seus cargos

Revista VEJA - Deputados usarão a cassação de Cunha como bandeira eleitoral
A cassação dele servirá como palanque eleitoral para pelo menos 28 deputados que concorrerão a prefeituras nessas eleições

Revista ÉPOCA - A executivo, senador cobrava dinheiro para campanha e melhorias na Oi
Walter Pinheiro era interlocutor frequente de Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez

Portal TERRA - França bombardeia novos alvos para acabar com "câncer" do EI
O ministro de Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, anunciou nesta segunda-feira que seu país realizou na noite passada uma nova incursão contra o Estado Islâmico (EI) para acabar "com o câncer" que essa organização jihadista representa

Portal G1 - Analistas do mercado estimam retração menor do PIB em 2016
Previsão para a queda do PIB neste ano passou de 3,30% para 3,25%. Já estimativa do mercado para o IPCA de 2016 ficou estável em 7,26%.

Agência Brasil - Normas de segurança estão mais rigorosas nos aeroportos do país a partir de hoje
Começam a valer as novas determinações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para garantir maior segurança dos passageiros

BOM DIA!

Simples e profunda*
A eleição de um novo presidente da Câmara, semana passada, em substituição ao afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abre perspectivas positivas para o Legislativo levar adiante uma reforma política eficaz. Esta é uma demanda que se arrasta no sistema representativo do Brasil por anos, jamais enfrentada com a necessária seriedade pelos parlamentares. Eleito o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), a Casa, pelas palavras dele, tem a oportunidade de enfim se reencontrar com a agenda política do país.

Antes, o presidente interino Michel Temer já havia sinalizado, de um Executivo que busca implementar necessárias mudanças no país (política, econômica e fiscal) para um Congresso que ainda reluta a abandonar o crônico paradigma do excesso de fisiologismo, quais os pontos mais imediatos de uma reforma política simples, como deve ser, mas não menos profunda: a adoção de uma cláusula de desempenho para os partidos e a proibição de coligações nas eleições proporcionais.

A oportuna particularidade de, no espaço de poucos dias, os chefes do Executivo e de uma das Casas do Legislativo terem mostrado sintonia num tema vital para o futuro político do país não pode ser desperdiçada. A degradação do sistema de representação do país passa não só pelos gargalos mais visíveis, expressos em mecanismos que perpetuam o jogo do toma lá dá cá. Nela há também um inequívoco componente cultural, na forma de parlamentares que disputam eleições para, ao anteparo de seus mandatos, obter dividendos materiais. Neste particular, esta não é uma exclusividade do Brasil. Corrupção política, em maior ou menor grau, existe em todo o mundo. O que lhe dá no país a dimensão de “malfeitos” levados ao extremo são os dispositivos — legais mas deletérios — que, na prática, a “institucionalizam”.

A proliferação própria de um sistema como o brasileiro, que não impõe critérios realistas para o funcionamento das legendas, é uma grande mola a impulsionar práticas deletérias como o fisiologismo e o clientelismo, as faces mais visíveis da corrupção política. E, ainda que se abstraia esse aspecto — num esforço de apequenamento do papel da política na vida do país —, é impossível que a pulverização represente, sem redundância, o arco de opiniões da sociedade e que negociações políticas envolvendo 28 partidos sejam produtivas. No caso das coligações, o efeito mais nocivo está no fato de o eleitor votar num candidato e eleger outro, não raro sem qualquer afinidade ideológica.

O correto, na reforma sugerida por Temer e, espera-se, a ser abraçada por Maia seria criar uma barreira pela qual a legenda se veria obrigada a atrair 5% dos votos nacionais, sendo 2% em pelo menos nove estados, para ter assento na Câmara. Em 2006, uma cláusula de desempenho foi posta nestes termos para o STF apreciar. Na época, o Supremo a barrou — equívoco que agora, por certo, em face do novo perfil da Corte, não se repetiria. Mas que hoje o Legislativo pode, e deve, vir a desfazer no Congresso, pela sanidade do futuro político do país.
*Publicado no jornal O Globo em 18/07/2016